WEBINAR INFORMAÇÃO NA ESTRATÉGIA COMO PRÁTICA Palestrante: Profa. Esp. Vanessa Medeiros de Carvalho
SUMÁRIO 1. Contextualização 2. Estratégia 3. Estratégia como Prática 4. Informação como ferramenta para a Estratégia como Prática
CONTEXTUALIZAÇÃO A Sociedade do Conhecimento, globalizada, trouxe uma nova realidade, mais competitiva, de ampla concorrência e foco na criatividade e inovação. Ocasionou a necessidade de reestruturação das organizações e a readequação das práticas administrativas.
CONTEXTUALIZAÇÃO A sociedade passou por diversas transformações, onde as principais ondas de mudança se formaram à medida que valores, crenças e comportamentos disseminados entre as sociedades se modificaram.
CONTEXTUALIZAÇÃO Foram quatro ondas: a agrícola, que durou cerca de 5 mil anos; a industrial, cerca de 300 anos, a onda da informação, que durou apenas algumas décadas e, por fim, a onda do conhecimento, que vivenciamos hoje. Toffler (1980)
CONTEXTUALIZAÇÃO As duas primeiras são consideradas ondas do músculo, pois tinham como foco no trabalho braçal e nas máquinas. As duas últimas são consideradas ondas do cérebro, pois seu trabalho maior está condicionado ao trabalho intelectual.
CONTEXTUALIZAÇÃO O início do processo de utilização das informações pelas organizações fez-se por meio da necessidade de sobreviver e competir em um ambiente instável, tanto nacional quanto internacionalmente. Não apenas empresas, como também países, começaram a utilizar a informação, neste caso, a inteligência econômica, para gerir melhor seus recursos. (TARAPANOFF, 2006)
CONTEXTUALIZAÇÃO Nesta nova realidade, a informação torna-se relevante na administração de qualquer empresa, e o gerenciamento desta compreende inicialmente uma necessidade, que pode ser um problema a ser resolvido, passa pela aquisição, uso, distribuição e adaptação dessa informação de forma organizada, se trabalhada de forma complementar à gestão, poderá servir de apoio estratégico para a tomada de decisão.
CONTEXTUALIZAÇÃO A informação deve apoiar a transformação de produtos e serviços com alto valor agregado que atendam às necessidades dos clientes. É algo que influencia a melhoria dos processos, os produtos e serviços das empresas, tendo alto valor para a estratégia.
CONTEXTUALIZAÇÃO Esta visão consolidou-se após a mudança de valor da informação que passou da função de apenas gerir documentos e dados para a gestão de recursos da informação, que dão suporte à gestão, no auxílio nas decisões organizacionais.
CONCEITOS - ESTRATÉGIA Conforme Aaker (2005), uma mesma empresa pode ter diferentes estratégias de acordo com os diversos mercados em que deseja atuar.
CERTO OU ERRADO? Não existe uma maneira certa e outra errada na hora de planejar a organização da empresa, pois elas diferem entre si e tudo dependerá de como a empresa está estruturada e em que ambiente. Mintzberg et al (2006)
ESTRATÉGIA COMO PRÁTICA Na teoria da Estratégia como Prática, supõe-se que todos os processos são gerados e geridos por três construtos: Práxis, Práticas e Praticantes. Desta forma, o estudo da informação pretende, nesta teoria, estabelecer padrões de implementação e controle da informação na estratégia das empresas, por meio das informações circulantes nestes construtos.
ESTRATÉGIA COMO PRÁTICA (ECP) Os estudos sobre Estratégia como Prática (ECP) buscam conhecer os processos que ocorrem no micro ambiente da empresa, e analisam o quê e como os participantes desta dinâmica agem e as conseqüências de seus atos, para entender como se constrói o processo estratégico. (JOHNSON et al., 2007)
ESTRATÉGIA COMO PRÁTICA Na visão de autores da Estratégia como Prática (JARZABKOWSKI ET AL., 2007), estratégia não é algo que a organização tem, mas algo que seus membros fazem. No modelo proposto, "estrategizar" seria como "fazer a estratégia", ou seja, uma junção da ação do dia-a-dia dos praticantes, nas práticas, por meio da práxis.
TEORIA DA ESTRATÉGIA COMO PRÁTICA (ECP) Elaboração da Estratégia (Estrategizing) Práxis Práticas Praticantes Fonte: Jarzabkowski, Balogun e Seidl (2007).
ESTRATÉGIA COMO PRÁTICA (ECP) Conforme destacam ainda Jarzabkowski et al. (2007), essa forma de estrategizing se constitui em três partes, como fenômenos sociais interrelacionados, a Práxis; as Práticas e os Praticantes; ao correlacioná-las obtêm-se uma visão integrada, uma melhor compreensão do planejar estrategicamente, com maior ênfase nas micro-atividades do processo, uma das premissas da Estratégia como Prática.
ESTRATÉGIA COMO PRÁTICA (ECP) Os autores Jarzabkowski (2006) e Whittington (2007) evidenciam a ausência do pensar no ser humano em algumas teorias sobre a definição da estratégia. Na visão dos autores, a estratégia pode ser definida como as ações realizadas que se baseiam em determinadas práticas estratégicas. Esta definição foca em como os praticantes interagem e como implementam determinadas práticas estratégicas.
ESTRATÉGIA COMO PRÁTICA Praticantes utilizarão as informações interdepartamentais para o estrategizing resultando em condutas diárias que evidenciarão a estratégia na prática das empresas.
ESTRATÉGIA COMO PRÁTICA (ECP) Diferentemente de Barney (2002), que define estratégia como performance e vantagem competitiva na perspectiva do macro ambiente, a ECP define que a empresa deve ter mais do que planos, ou seja, seus processos diários são a base para a construção da estratégica.
RESUMINDO A informação está relacionada aos processos internos, das práticas, práxis e praticantes da ECP; Faz parte de um ativo de valor que poderá determinar o sucesso ou fracasso das empresas. É necessário que os gestores e os responsáveis pela gestão estratégica das empresas repensem o papel da informação no processo e na execução da estratégia competitiva de suas organizações. EXEMPLOS: RETRABALHO, PERDA DE RECURSOS, ETC
INFORMAÇÃO COMO FERRAMENTA PARA A ESTRATÉGICA COMO PRÁTICA A informação é o alicerce da sociedade do conhecimento e, por este motivo, é considerada um dos ativos organizacionais estratégicos. (TARAPANOFF, 2006) Já em meados da década de 90, McGee e Prusak (1994) orientavam para a importância da informação na estratégia empresarial, sendo esta a base da competição, principalmente para as empresas de serviços e manufaturas.
INFORMAÇÃO COMO FERRAMENTA PARA A ESTRATÉGICA COMO PRÁTICA Na visão dos autores McGee e Prusak (1994), para a informação se constituir é preciso coletar dados, organizá-los e ordená-los, aos quais serão atribuídos significados e contextos.
INFORMAÇÃO COMO FERRAMENTA PARA A ESTRATÉGICA COMO PRÁTICA Ao contrário dos dados, a informação tem como missão tornar comum para então ajudar à organização em sua trajetória, e os dados não têm esta mesma característica.
EXERCÍCIO Questões a serem discutidas 1. Como a informação faz parte da estratégia de sua empresa? 2. Quais práticas utilizam a informação? 3. Quais práticas serão influenciadas pela informação? 4. A falta de informação poderá gerar retrabalho e desperdício?
Referências AAKER, David A. Administração Estratégia de Mercado. 7ª Ed. Porto Alegre: Bookman, 2005. HAIR, J. F.; ANDERSON, R. E.; TATHAM, R. L. & BLACK, W. C. Análise Multivariada de Dados. 5. ed. Porto Alegre: Bookman, 2005. JARZABKOWSKI, P.; Strategy as practice: Recursiveness, adaptation and practices in-use. Organization Studies, v. 25, n. 4. pp. 529-560, 2003. BALOGUN, Julia; SEIDL, David. Strategizing: The Challenge of a practice perspective. Human Relation, 60, pp. 5-67, 2007. McGEE, J.; PRUSAK, L. Gerenciamento estratégico da informação: aumente a competitividade e a eficiência de sua empresa utilizando a informação como ferramenta estratégica. 4ª ed. Rio de Janeiro: Campus, 1994. MINTZBERG, H.; LAMPEL, J.; QUINN, J. B.; GLOSHAL, S. O Processo da Estratégia: conceitos, contextos e casos selecionados. 4. ed. p. 39-43. Porto Alegre: Bookman, 2006.
Referências TARAPANOFF, K. (Org.) Inteligência, informação e conhecimento. Brasília: IBICT: UNESCO, 2006. WHITTINGTON, R. Strategy practice and strategy process: Family differences and the sociological eye. Organization Studies, v. 28, n. 10, pp. 1575-1586, 2007. WILSON, T. D.; WALSH, C. Information behaviour: an inter-disciplinary perspective. British Library Research and Innovation Report, n. 10, 1996. Disponível em: <http://informationr.net/tdw/publ/infbehav/prelims.html>. Acesso em: 16 julho. 2012.
CONTATOS: VANESSA MEDEIROS DE CARVALHO E-MAIL: VCARVALHO@UNP.BR TEL: (84) 8117-4047/ 8846-2535