ADMINISTRAÇÃO GERAL MOTIVAÇÃO
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- Gabriela da Fonseca Viveiros
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1 ADMINISTRAÇÃO GERAL MOTIVAÇÃO Atualizado em 11/01/2016
2 MOTIVAÇÃO Estar motivado é visto como uma condição necessária para que um trabalhador entregue um desempenho superior. Naturalmente, como a motivação afeta a produtividade, as empresas devem orientar a motivação dos seus membros para os seus objetivos estratégicos. A motivação é relativa às forças internas ou externas que fazem uma pessoa se entusiasmar e persistir na busca de um objetivo. A motivação é a vontade de exercer altos níveis de esforço para alcançar os objetivos organizacionais. A motivação existe dentro das pessoas e se dinamiza com as necessidades humanas. As necessidades humanas ou motivos são as forças internas que impulsionam e influenciam cada pessoa determinando seus pensamentos e direcionando o seu comportamento diante das diversas situações da vida. CICLO MOTIVACIONAL A motivação funciona de maneira cíclica. O chamado ciclo motivacional é composto de fases que se alternam e se repetem. O organismo humano tende a um estado de equilíbrio dinâmico. Esse equilíbrio se rompe quando surge uma necessidade. O equilíbrio cede lugar a um estado de tensão que dura enquanto a necessidade não for devidamente satisfeita. A tensão gera ansiedade e sofrimento, provocando um consumo mais elevado de energia física e mental. A satisfação da necessidade devolve ao organismo o estado de equilíbrio dinâmico anterior. Todavia, nem sempre o ciclo motivacional se completa. Quase sempre o indivíduo não chega a alcançar a satisfação total ou parcial de uma necessidade. Assim, o ciclo motivacional pode ser resolvido a partir de três maneiras diferentes: 1. Satisfação da necessidade; 2. Frustração da necessidade; e 3. Compensação da necessidade. Estado de equilíbrio --> necessidade --> tensão --> comportamento --> satisfação da necessidade --> estado de equilíbrio. TEORIA DA HIERARQUIA DAS NECESSIDADES DE MASLOW
3 O conceito principal desta teoria é o de que a motivação de uma pessoa é originada por suas necessidades. Como as pessoas são diferentes umas das outras, as necessidades são também diversas. Maslow classificou estas necessidades em uma hierarquia, iniciando com as mais básicas até as necessidades superiores. As básicas seriam aquelas que todo ser humano deve saciar para que possa sobreviver. Já aquelas necessidades superiores seriam aquelas que só apareceriam quando as necessidades básicas já estivessem saciadas. Estas necessidades poderiam ser definidas como: sociais, de autoestima e de autorrealização. Assim sendo, as necessidades devem ser satisfeitas de acordo com uma hierarquia. Faz-se necessário atender às necessidades básicas (fisiológicas) antes que tentemos atender às necessidades superiores. Autorrealização: Desejo da pessoa de se tornar tudo o que é capaz, crescimento profissional. São as necessidades humanas mais elevadas e que se encontram no topo da hierarquia. Essas necessidades levam cada pessoa a realizar o seu próprio potencial e a se desenvolver continuamente ao longo da vida. Estima: Necessidade de respeito próprio, reconhecimento, status. São as necessidades relacionadas com a maneira pela qual a pessoa se vê e se avalia, isto é, com a autoavaliação e a autoestima. Envolvem a autoapreciação, a autoconfiança, a necessidade de aprovação social e de reconhecimento, de status, de prestígio e de consideração. Sociais: Necessidade de pertencimento: ter amigos, ter um bom ambiente de trabalho. São as necessidades relacionadas com a vida associativa do indivíduo com outras pessoas. São as necessidades de associação, de participação, de aceitação por parte dos colegas, de troca de amizade, de afeto e amor. Surgem no comportamento quando as necessidades mais baixas se encontram relativamente satisfeitas. Segurança: Constituem o segundo nível das necessidades humanas. Levam a pessoa a proteger-se de qualquer perigo real ou imaginário, físico ou abstrato. Ausência de ameaças e perigos, trabalho seguro, sem poluição, tranquilidade financeira. Surgem no comportamento humano quando as necessidades fisiológicas estão relativamente satisfeitas. Fisiológicas: Necessidades mais básicas de todo ser humano: ar, comida, água, sono e repouso, abrigo ou desejo sexual. São portanto, as necessidades relacionadas com a própria subsistência e existência do indivíduo.
4 TEORIA X E Y DE MCGREGOR A teoria X e Y de McGregor apresenta duas visões do trabalhador. Uma seria mais antiga e negativa: a Teoria X. Por ela, os seres humanos seriam preguiçosos, indolentes, sem ambição e iniciativa. De acordo com essa visão, o homem não gosta de trabalhar e sempre buscará fazer o menor esforço possível. Naturalmente, o administrador que pensa isto de seus funcionários tenderá a ser mais rígido com os horários, mais presente no ambiente de trabalho e mais centralizador. Além disso, ele não delegará responsabilidades aos demais funcionários pois crê que seus empregados não têm iniciativa e que são dependentes. Esta é, obviamente, uma visão antiquada e que não é mais adequada aos nossos dias e desafios. Já a Teoria Y é uma visão mais moderna, que vê as pessoas de forma positiva. As pessoas seriam trabalhadoras, ambiciosas e teriam capacidade de iniciativa e de tomar decisões complexas, além de contribuir com ideias inovadoras. O conceito principal seria a da confiança nas pessoas. Dessa maneira, o próprio funcionário poderia se autogerenciar, sem a necessidade de um controle rígido do seu superior. O gestor acreditaria na capacidade de seus empregados e delegaria poder e autoridade para que estes assumam suas responsabilidades, gerando naturalmente um ambiente de trabalho mais livre e democrático. TEORIA DOS DOIS FATORES DE HERZBERG A teoria de Herzberg, ou dos dois fatores, diz que os fatores que levam à satisfação são diferentes dos que levam à motivação no ambiente de trabalho. De acordo com esse autor, teríamos dois fatores principais; os motivacionais e os higiênicos. Os fatores considerados motivacionais seriam aqueles derivados dos fatores internos, como o conteúdo do trabalho, o reconhecimento dos colegas, a possibilidade de crescimento profissional, a realização em fazer uma tarefa bem feita, dentre outros fatores. Ou seja, a presença destes fatores motivadores geraria um alto nível de motivação nos trabalhadores. Quando isto não ocorre, ou seja, quando os fatores motivacionais não estão presentes, os funcionários não ficariam motivados nem desmotivados (seriam neutros em relação à motivação). Já os fatores higiênicos seria ligados aos aspectos externos, como o ambiente de trabalho, o salário, a segurança, o relacionamento com os colegas. Estes fatores afetariam a insatisfação; se não existirem, podem gerar insatisfação nos trabalhadores. Porém, sua presença não gera motivação (apenas evita a insatisfação).
5 Para Herzberg, a função de um administrador é remover os diversos fatores higiênicos que possam estar gerando insatisfação no trabalho e inserir fatores motivadores, de modo que os trabalhadores entreguem um desempenho superior. TEORIA DA EXPECTÂNCIA DE VICTOR VROOM Seu criador postula que a motivação é um somatória das expectativas dos funcionários em relação a sua capacidade para atingir os resultados e o valor que elas dariam às recompensas oferecidas pela organização. A teoria da expectância está baseada em três conceitos: 1. VALÊNCIA: O conceito está baseado na suposição de que a qualquer momento uma pessoa prefere certos resultados a outros. Valência é a medida da atração que um determinado resultado exerce sobre um indivíduo ou a satisfação que ele prevê receber de um determinado resultado. 2. INSTRUMENTALIDADE: A convicção de uma pessoa acerca da relação entre executar uma ação e experimentar um resultado é denominada instrumentalidade ou expectativa desempenhoresultado. 3. EXPECTATIVA: São convicções relativas ao vínculo entre fazer um esforço e realmente desempenhar bem. Sempre que um indivíduo escolhe entre alternativas que envolvem resultados incertos, torna-se claro que seu comportamento é afetado não só por suas preferências entre esses resultados, mas também pelo grau em que elevareis que eles são prováveis. TEORIA DAS NECESSIDADES ADQUIRIDAS DE MCCLELLAND Esta teoria foi desenvolvida após a teoria da hierarquia das necessidades de Maslow. De certa forma, é uma evolução desta última teoria. De acordo com seu criador, McClelland, as pessoas são motivadas de acordo com três tipos de necessidades que seriam adquiridas. Independentemente do tipo de pessoa, todos nós teríamos essas três necessidades: afiliação, poder e realização. Entretanto, cada pessoa teria um fator dominante, de acordo com sua vivência, cultura, personalidade, objetivos, etc.
6 Necessidade de Afiliação: Relativas ao desejo de ter bons relacionamentos e amizades. Necessidade de Poder: Ligadas ao controle e à influência de outras pessoas e em relação aos destinos da organização. Necessidade de Realização: Ligada aos desejos de sucesso, de fazer bem algum trabalho, de se diferenciar dos outros. TEORIA DO ESTABELECIMENTO DE OBJETIVOS (AUTOEFICÁCIA) Esta teoria está relacionada com a influência que a determinação de um objetivo tem sobre o indivíduo. De acordo com Locke, se uma pessoa define seus objetivos e acredita que será capaz de alcançá-los, ela estará mais motivada e terá maior chance de sucesso. Assim, as pessoas acabariam atingindo melhores resultados quando determinam metas específicas e aceitam estas metas, ou seja, quando realmente buscam alcançá-las. Metas específicas e difíceis motivariam mais as pessoas do que fariam as metas mais fáceis e vagas. Aos autores não referenciados, todos os direitos reservados.
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