COMPORTAMENTO INFORMACIONAL NA TOMADA DE DECISÃO: Proposta de Modelo Integrativo
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- Cármen de Almeida Bergmann
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1 COMPORTAMENTO INFORMACIONAL NA TOMADA DE DECISÃO: Proposta de Modelo Integrativo
2 Num AMBIENTE DE INCERTEZA e COMPLEXIDADE, a maioria das soluções são conseqüências de DECISÕES NÃO PROGRAMADAS (não rotineiras)... Estas decisões têm como elemento principal a INTUIÇÃO... INTUIÇÃO => elemento chave na CRIAÇÃO DE UMA VISÃO! (Posner & Kouzes, 1998) => Origem etimológica: INTUIÇÃO provém do verbo latino VER Papel da INTUIÇÃO na PRÁTICA ADMINISTRATIVA * Necessidade de USO e DESENVOLVIMENTO das CAPACIDADES INTUITIVAS * VALORIZAÇÃO e RECOMPENSA no ambiente empresarial AUMENTO DA EFICÁCIA * SOLUÇÕES CRIATIVAS e INTUITIVAS como parte de uma FILOSOFIA MAIS ABRANGENTE (Parikh, Neubauer e Lank, 2000)
3 ADMINISTRADORES INTUITIVOS seguem o ritmo próprio das INFORMAÇÕES QUE FLUEM AO REDOR DELES!!! * * Para alguns autores, PROCESSOS DECISÓRIOS NECESSITAM SER COMPLEMENTADOS PELA INTUIÇÃO, pois a INTUIÇÃO NÃO É CONTRÁRIA à RAZÃO; estas são complementares, e num processo decisório eficaz elas devem coexistir, pois a intuição está relacionada principalmente com o MODO DE SE OBTER INFORMAÇÕES. Entretanto, NÃO HÁ UM ENTENDIMENTO CLARO ACERCA DA INTUIÇÃO e a INTUIÇÃO SOZINHA NÃO PERMITE A TOMADA DE DECISÃO pelos agentes! Intuição no vácuo só produz mais vácuo. (Schultz,1999) * * Se alguns pesquisadores concordam que a intuição é uma espécie de instinto natural do ser humano (sexto sentido, sensação ou palpite), outros tanto são céticos a este respeito. Pesquisas realizadas na Administração definem a INTUIÇÃO COMO UMA INABILIDADE DO DECISOR EM ARTICULAR O PROCESSO DE PENSAMENTO QUE O LEVOU À DECISÃO. (Stauffer, 2007) e (Schoemaker e Russo, 2002)
4 O decisor associa algumas características de uma situação atual com aspectos similares de uma situação passada, sem perceber, conscientemente, essa base de associação! (Schoemaker e Russo, 2002) Analogia com o ato de se dirigir um carro: nos momentos iniciais de aprendizado, o indivíduo tem que refletir sobre cada movimento que precisa fazer. Com o passar do tempo, tais movimentos passam a ser automáticos, havendo uma economia de tempo pelo indivíduo, que não precisa mais passar por um processo consciente de pensamento, já que isto pode significar desviar sua atenção do fato e da decisão a ser tomada em frações de segundo. A visão de que a INTUIÇÃO É UMA ESPECIALIDADE AUTOMÁTICA é sustentada por alguns pesquisadores do próprio campo da Psicologia, os quais chegaram à conclusão de que pessoas intuitivas compartilham um traço essencial: são ESPECIALISTAS EM DETALHES, mesmo que, em alguns casos específicos, limitados a determinadas áreas de conhecimento. O domínio de uma área, para estes pesquisadores, é o que possibilita o pensamento intuitivo.
5 CASOS E RELATOS Qual a sua opinião a respeito? A intuição é ou não é um instinto natural do ser humano? DEBATES E OBSERVAÇÕES PRÁTICAS
6 A INTUIÇÃO no processo decisório não seria, portanto, um VIÉS DA TOMADA DE DECISÃO? Se considerarmos a experiência de mercado dos gestores como CONHECIMENTO ACUMULADO (experiência), o que ocorre, de fato, é que as suas decisões são tomadas mediante o uso deste conhecimento, acrescido de novas informações que lhes chegam através do FLUXO INFORMACIONAL existente nas organizações em que atuam. Com isso, eles CRIAM NOVOS CONHECIMENTOS que são aplicados nas decisões! Intuição como especialidade automática (associação inconsciente) Intuição = experiência ( conhecimento acumulado ) e espírito empreendedor Informações obtidas através da cadeia alimentar informacional
7 1º Modelo: MODELO GERAL DE TOMADA DE DECISÃO ESTRATÉGICA Modelo Geral de Tomada de Decisão Estratégica em Empresas de Pequeno Porte. Fonte: Desenvolvido pelo autor.
8 2º Modelo: IDENTIFICAÇÃO DAS NECESSIDADES, BUSCA E USO DA INFORMAÇÃO Modelo para identificação das necessidades, busca e uso da informação. Fonte: Desenvolvido pelo autor.
9 3º Modelo: MODELO DE ECOLOGIA DE FONTES DE INFORMAÇÃO... as fontes se alimentam umas das outras, formando diversas cadeias alimentares interrelacionadas, de forma que a informação é tipicamente transferida através de vários consumidores intermediários antes de chegar ao usuário final. (CHOO, 1998) Modelo de Ecologia de fontes de informação Fonte: Desenvolvido pelo autor, adaptado de Choo (1998).
10 Portanto, os gestores, muitas vezes, não conseguem perceber, de maneira clara, a CADEIA ALIMENTAR INFORMACIONAL que o ajuda a tomar uma decisão, atribuindo aos insights criativos advindos da sua intuição tal responsabilidade! MODELO DA CADEIA ALIMENTAR INFORMACIONAL PARA ORGANIZAÇÕES (Mafra Pereira, 2011)
11 Para entender melhor o conceito de CADEIA ALIMENTAR INFORMACIONAL, precisamos compreender as fontes de informação (seus tipos, classificações e relações...) As fontes de informação são diversas, abrangem diferentes aspectos do ambiente e se constituem em um importante recurso de informação para os negócios. A variedade de categorizações de fontes de informação apresentadas nos estudos e pesquisas até então realizados e as respectivas fontes de informação utilizadas atendem a determinados segmentos ou setores de negócios específicos. E sua classificação é difícil, porque a informação é, em muitos casos, transmitida por diversos elos de uma cadeia de comunicação Cadeia Alimentar Informacional (Choo, 1998).
12 PRINCIPAIS FONTES DE INFORMAÇÃO PARA NEGÓCIOS Fontes de informação para negócios. Fonte: Desenvolvido pelo autor.
13 PRINCIPAIS FONTES DE INFORMAÇÃO PARA NEGÓCIOS
14 PRINCIPAIS FONTES DE INFORMAÇÃO PARA NEGÓCIOS
15 MODELO INTEGRATIVO: COMPORTAMENTO INFORMACIONAL PARA DECISÕES ESTRATÉGICAS Modelo Integrativo: Comportamento informacional para decisões estratégicas Fonte: Desenvolvido pelo autor.
16 CASOS E RELATOS Modelo Geral de Tomada de Decisão Estratégica empresa Gama (Mafra Pereira, 2011)
17 CASOS E RELATOS Modelo de Identificação das necessidades, busca e uso da informação empresa Gama (Mafra Pereira, 2011)
18 CASOS E RELATOS Modelo da Cadeia alimentar informacional empresa Gama (Mafra Pereira, 2011)
19 A TEORIA EM AÇÃO como acontece na prática? 1º: Decisões estratégicas não são tomadas com base na intuição de seus executivos, mas sim nas informações obtidas pelos mesmos, sendo essas estruturadas (processadas) ou não, explícitas (registradas) ou não. 2º: Informações consideradas por executivos num processo de decisão estratégica advêm não só das fontes de informação primárias utilizadas por eles, mas também do fluxo informacional existente entre as diversas fontes de informação secundárias que alimentam as primeiras com informações que serão consideradas na decisão. 3º: Informações advindas de fontes pessoais e de maneira informal (não registrada) são as mais utilizadas pelos executivos em processos de tomada de decisões estratégicas para seus negócios. Informações obtidas através da cadeia alimentar informacional Intuição = experiência ( conhecimento acumulado ) e espírito empreendedor Intuição como especialidade automática (associação inconsciente) Decisões baseadas em informações obtidas nos níveis N0, N1 e N2 Fontes ligadas num contexto de tomada de decisão estratégica Nível 0: todas fontes pessoais N1: pelo menos uma fonte pessoal Meio preponderante: contato direto (informal)
20 COLOCANDO A MÃO NA MASSA 1. Com base em uma decisão estratégica tomada no último ano, esquematize esta decisão conforme o 1o Modelo Geral de Tomada de Decisão Estratégica 2. Preencha o questionário sobre o Uso de Fontes de Informação em Ambientes Organizacionais (com base na sua própria atividade).
21 CONSOLIDAÇÃO E AMPLIAÇÃO DO CONHECIMENTO PARA A PRÓXIMA AULA Leituras: 1. Artigo 8 Necessidades e usos da informação: a influência dos fatores cognitivos, emocionais e situacionais no comportamento informacional de gerentes 2. Artigo 9 A decisão estratégica por executivos de micro e pequenas empresas e a cadeia alimentar informacional como modelo integrativo de fontes de informação 3. Artigo 10 Modelo Integrativo Comportamento informacional para Decisões Estratégicas: estudos de caso em MPEs mineiras 4. Artigo 11 Comportamento e estratégias de organizações em tempos de mudança sob a perspectiva da tecnologia da informação 5. Artigo 12 Planejamento Estratégico da Tecnologia da Informação alinhado ao Planejamento Estratégico de Empresas
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