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Transcrição:

PODER JUDICIÁRIO DO ESTADO DA PARAÍBA TRIBUNAL DE JUSTIÇA GAB. DES. ROMERO MARCELO DA FONSECA OLIVEIRA ACÓRDÃO APELAÇÃO CÍVEL N. 039.2010.001550-0/001 ORIGEM : Comarca de Teixeira.. RELATOR : Des. Romero Marcelo da Fonseca Oliveira. APELANTE : Ruth Neide Amorim Ferreira. ADVOGADO : Felisberto de Souto Xavier. APELADO : Município de Teixeira, representado por seu Prefeito. ADVOGADO : Vilson Lacerda Brasileiro. EMENTA: SERVIDORA PÚBLICA MUNICIPAL. APOSENTADORIA POR TEMPO DE CONTRIBUIÇÃO. EXTINÇÃO DO VÍNCULO LABORAL COM O MUNICÍPIO. APELAÇÃO. VEDAÇÃO CONSTITUCIONAL DE PERCEPÇÃO DE PROVENTOS CUMULADOS COM REMUNERAÇÃO DE CARGO PÚBLICO. ART. 37, 10, E 40, DA CONSTITUIÇÃO. DESPROVIMENTO. Nos termos do 10 do art. 37 da CF, é vedada a percepção simultânea de proventos de aposentadoria de servidores civis ou militares com a remuneração de cargo, emprego ou função pública, ressalvados os cargos acumuláveis, os cargos eletivos ou em comissão. VISTO, relatado e discutido o presente procedimento referente à Apelação Cível n. 039.2010.001550-0/001, na Ação de Obrigação de Fazer c/c Danos Materiais, em que figuram como partes Ruth Neide Amorim Ferreira e Município de Teixeira. ACORDAM os eminentes Desembargadores integrantes da Egrégia Quarta Câmara Cível do Tribunal de Justiça da Paraíba, à unanimidade, acompanhando o voto do relator, negar provimento à Apelação. VOTO. Ruth Neide Amorim Ferreira intentou, perante o Juízo da Comarca de Teixeira, Ação de Obrigação de Fazer c/c Danos Materiais, processo n. 039.2010.001550-0, em face do Município de Teixeira. Alegou que (1) era servidora do Município desde 02 de fevereiro de 1977, f. 14/15, tendo começado como Professora, passando a exercer o cargo de Agente Administrativo; (2) aposentou-se por tempo de contribuição em 14 de maio de 2012, f. 17; (3) mesmo informada que teria sido exonerada automaticamente, continuou trabalhando por dois meses, até julho de 2010, f. 19/23v., tendo recebido sua remuneração desses meses através de cheque; (4) até o ajuizamento da ação não havia recebido sua carta de èmissão. Requereu o deeriiento da antecipação dos efeitos da tutela, para determinar ao

Réu que cancele o seu afastamento e a recoloque no posto de trabalho, e pela procedência dos pedidos, para confirmar a tutela antecipada -e-condená4o- ao pagamento de indenização por danos materiais, no valor de um salário mínimo por mês não trabalhado e não remunerado após o seu afastamento. Na Contestação, f. 26/37, o Município de Teixeira aduziu que (1) a Autora não trabalhou após sua aposentadoria, inexistindo, assim, qualquer vínculo laboral entre as partes; (2) a Promovente não pode acumular sua aposentadoria com percepção de salário em virtude da vedação constitucional. Pugnou pela improcedência dos pedidos. Na Sentença, f. 51/54, o Juízo, considerando a vedação a percepção simultânea de proventos de aposentadoria com a remuneração de cargo público, julgou improcedentes os pedidos, extinguindo o processo com resolução do mérito, nos termos do art. 269, I, do CPC, condenando a Autora ao pagamento de honorários advocatícios no valor de R$ 100,00. A Autora interpôs Apelação, f. 57/70, alegando que (1) o contrato de trabalho não se extingui com a aposentadoria por tempo de contribuição; (2) com a não extinção, o caso em questão é de permanência no serviço público sem necessidade de submissão a concurso público; (3) seu caso não se enquadra na vedação constitucional. Requereu a reforma da Sentença, para julgar procedentes os pedidos. Nas Contrarrazôes, f. 73/77, o Apelado asseverou que (1) no regime estatutário, com a aposentadoria do servidor ocorre a extinção da relação laboral; (2) o art. 37, 10, da CF, veda a percepção de proventos cumulada com remuneração de cargo público. Desnecessária a intervenção Ministerial no feito, por não ser configurarem quaisquer das hipóteses do art. 82, I a III, do CPC. É o relatório. Presentes os requisitos de admissibilidade, conheço do Recurso. A Apelante era servidora pública municipal sob o regime estatutário, exercendo o cargo de Agente Administrativo, f. 15, tendo requerido sua aposentadoria por tempo de contribuição, que lhe foi concedida em 14 de maio de 2010, f. 17. Assim, a Recorrente se enquadra na vedação constitucional de cumulação de proventos de aposentadoria com remuneração de cargo público, não tendo direito a continuar no cargo que anteriormente ocupava. O artigo 37, 10 da Constituição Federal tem a seguinte disposição: 10. E frçlada a percepção simultânea de proventos de aposentadoria decorrentes do art. 40 ou arts. 42 e 142 com a remuneração de cargo, emprego ou função pública, r alv os cargos acumuláveis na forma desta Constituição, os cargos eletivos e os X, e's01b, "a

cargos em comissão declarados em lei de livre nomeação e exoneração. O referido artigo proíbe a percepção simultânea de proventos de aposentadoria decorrentes do artigo 40, 42 e 142 com a remuneração de cargo, emprego ou função pública, ressalvados os cargos dispostos na Constituição Federal. Nesse sentido: APELAÇÃO CÍVEL. EXONERAÇÃO. Caracterizada a vedação constitucional dos artigos 37, 10 e 40 da constituição federal. Impossibilidade de cumulação de proventos da aposentadoria com remuneração de cargo público. Recurso desprovido. (TJPR; ApCiv 0903939-6; Foz do Iguaçu; Quinta Câmara Cível; Rel. Juiz Conv. Edison de Oliveira Macedo Filho; DJPR 10/08/2012; Pág. 126) AGRAVO DE INSTRUMENTO. DIREITO CONSTITUCIONAL E ADMINISTRATIVO. PRELIMINAR. INCOMPETÊNCIA DO JUÍZO. CONEXÃO. SUPRESSÃO DE INSTÂNCIA. NÃO CONHECIMENTO. MÉRITO. CUMULAÇÃO DE CARGOS PÚBLICOS. OBSERVÂNCIA DA NATUREZA DOS CARGOS. TÉCNICO-PEDAGÓGICO. IMPOSSIBILIDADE. PERCEPÇÃO SIMULTÂNEA DE PROVENTOS DE APOSENTADORIA COM REMUNERAÇÃO DO CARGO PÚBLICO. VEDAÇÃO LEGAL. RECURSO PARCIALMENTE CONHECIDO E PROVIDO. 1) A conexão alegada pelos recorrentes não foi apreciada pelo juízo a quo, uma vez que, ao analisar o pedido liminar, o magistrado se limitou a deferi-lo. Deste modo, não cabe ao juízo ad quem se pronunciar sobre a matéria, sob pena de supressão de instância. Precedente do TJES. 2) a averiguação da possibilidade jurídica da cumulação de cargos públicos não deve levar em consideração somente a nomenclatura conferida pelo legislador, mas sim as funções desempenhadas pelo servidor que o ocupa. 3) as atividades desempenhadas pelo professor da educação básica d (peb-d) de cachoeiro de itapemirim não coincidem com aquelas dos demais docentes da rede municipal de ensino, haja vista que sua atuação se limita ao "planejamento, administração, orientação, supervisão e inspeção escolar", isto é sequer são exercidas dentro das salas de aula. 4) além das atividades desempenhadas pela servidora serem fora de estabelecimento de ensino básico, a mesma é considerada especialista em educação, razão pela qual sua situação jurídica não é alcançada pelo alargamento realizado pelo Excelso STF no julgamento da AD1N n 3772/DF. 5) como o cargo de professor de educação básica - D é um cargo técnico-científico (especialista em educação), resta impossibilitada sua cumulação com outro de mesma natureza, pois as hipótese aceitas estão taxativamente elencadas no inciso XVI do art. 37 da Constituição Federal. 6) nos termos do 10 do art. 37 da CF, é vedada a percepção simultânea de proventos de aposentadoria de servidores civis ou militares com a remuneração de cargo, emprego ou função pública, ressalvados os acumuláveis na atividade, os cargos eletivos ou em comissão. Logo, sendo inadmissível o acúmulo de cargos de natureza técnico-científica enquanto o servidor está em atividade, também o será quando este passar para a inatividade. 7) recurso parcialmente conhecido e, neste tocante, provido. (TJES; AI 0902502-68.2012.8.08.0000; Segunda Câmara Cível; Rel. Des. José Paulo Calmon Nogueira da Gama; Julg. 03/07/2012; DJES 11/07/2012; Pág. 13) Posto isso, conhecido o Recurso, nego-lhe provimento, mantendo-se a incólume Sentença. É o voto. Presidiu ojjulgamento, realizado na Sessão Ordinária desta Quarta Câmara Cível do Tribunal J. sti` a da Paraíba o Desembargador Frederico Martinho da Nébrega te eseni

Coutinho, no dia 20 de setembro de 2012, conforme certidão de julgamento, dele participando além de mim, Relator, a eminente Desembargadora Maria das Gra -ç-as Monas Guedes. Presente a sessão, o Exmo. Sr. Dr. José Raimundo da Lima, Procuradora de Justiça. 7- Gabi, ete no T /PB em Yoão Pessoa-PB, 26 de sete c es. Romero Marcelo da Fonseca Oliveira Relator.

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