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Maio de 2015 Benefício do câmbio mais depreciado sobre as exportações de carnes será limitado pela queda da demanda de mercados relevantes Regina Helena Couto Silva Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos O complexo carnes brasileiro registrou forte expansão nos últimos anos o consumo interno cresceu em média 3,5% ao ano e as exportações 3% impulsionado pelo processo de inclusão social, que expandiu a demanda doméstica, e pela demanda externa em crescimento nos países emergentes (para onde são destinados 80% dos embarques, que respondem por 20% da produção doméstica). Para os próximos anos, acreditamos que a continuidade da expansão do consumo interno, embora em menor ritmo, e o câmbio em nível mais depreciado deverão continuar beneficiando as demandas doméstica e externa por carnes. Embora o cenário de longo prazo seja positivo, alguns riscos de curto prazo podem frustrar essas expectativas, como a possível queda de consumo doméstico, em função do aumento do desemprego, e da retração da demanda dos principais países de destino das nossas exportações expostos à queda de receita advinda do petróleo. Neste ano, deveremos observar aumento da taxa de desemprego, passando de 4,8% na média do ano passado para 6,8%, enquanto a inflação deverá encerrar o ano com alta de 8%, refletindo, em grande medida, o reajuste dos preços de itens administrados como energia elétrica e o repasse 25,0% 20,0% 15,0% 10,0% 5,0% 0,0% 24,93% 12,98% 2,88% 3,39% 6,57% Carne Bovina Frango inteiro Carne de porco 13,04% 3,75% 15,24% 12,81% da depreciação da taxa de câmbio. A combinação da inflação ainda pressionada e do aumento da taxa de desemprego com a recente elevação dos preços de carne bovina deverá levar à acomodação do consumo, com possível migração para a carne de frango, que tem preços mais acessíveis. Nesse sentido, as estimativas do USDA apontam ampliação de 2,3% do consumo doméstico de carne avícola e de 1,7% de carne suína, enquanto o consumo de carne bovina deverá ficar estável em relação ao nível do ano passado. Nos últimos dez anos, o consumo interno de carne de frango cresceu em média 4,5% ao ano, enquanto o consumo de carne suína cresceu 3,4% e de bovina 2,1%. Apenas em 2012 e 2013, houve recuo do consumo de carne avícola, em favor da bovina cujos preços subiram menos. Desde o ano passado o consumo de carne avícola voltou a crescer, enquanto o consumo de carne bovina está estabilizado, refletindo os preços elevados. Assim, parece-nos que as estimativas de consumo apontadas pelo USDA para este ano são factíveis, com o consumo de carne avícola crescendo em ritmo superior ao das demais proteínas, num cenário de preços muito elevados do boi gordo e de piora do mercado de trabalho. 5,66% 18,62% 21,35% 16,74% 13,34% 4,20% Variação acumulada em 12 meses dos preços de carnes no IPCA -5,0% dez/12 jan/13 fev/13 mar/13 abr/13 mai/13 jun/13 jul/13 ago/13 set/13 out/13 nov/13 dez/13 jan/14 fev/14-3,82% mar/14 abr/14 mai/14 jun/14 jul/14 ago/14 set/14 out/14 nov/14 dez/14 jan/15 fev/15 mar/15 Fonte: IBGE Elaboração: Bradesco 1

No tocante ao mercado externo, seria de se esperar incremento das exportações, favorecidas por uma combinação positiva em favor do Brasil: (i) dólar valorizado; (ii) oferta mais restrita por parte de produtores relevantes como EUA e Austrália 1 ; (iii) embargo russo aos produtos oriundos da Europa, dos EUA e da Austrália após as sanções econômicas contra o país em razão do envolvimento russo no conflito com a Ucrânia. Em que pese os benefícios apontados, as exportações brasileiras de carnes estão caindo, afetadas pela redução da demanda especialmente dos países produtores de petróleo, cujos preços atingiram baixos patamares o que, combinado ao dólar valorizado, encareceu as importações de carnes. No primeiro trimestre do ano, os volumes embarcados de carne bovina caíram 24% ante o mesmo período do ano passado, com recuos acentuados para o Irã (-65%), a Rússia (-45%) e a Venezuela (-50%). As exportações de carne suína caíram 17,5%, com recuo de 1% para a Rússia e com o fim das exportações para a Ucrânia que respondia por 13% dos toneladas embarques. - fonte: Secex Já Exportações de carne bovina, suína e avícola - acumulado 12 meses em mil as exportações de carne avícola ficaram praticamente estáveis no período, com ampliação de 0,7%, decorrente da expansão para os países árabes, e a China e a Rússia, mas com recuo para países produtores de petróleo como Venezuela e Angola. Após o embargo à carne oriunda da Europa e dos EUA, a Rússia passou a comprar mais carne avícola do Brasil. Mas o mercado russo tem pouca relevância para a carne de frango brasileira, respondendo por apenas 3% dos nossos embarques. Já para as carnes suína e bovina, a Rússia é bastante relevante, respondendo por 38% e 20% respectivamente dos destinos. De todo modo, o incremento de importações russas de carne avícola pode ser temporário, já que o país vem buscando a autossuficiência em carne avícola. De fato, a participação das importações de carnes avícola e suína no consumo interno caiu de quase 40% antes de 2010 para 10% atualmente, enquanto que para a carne bovina se mantém historicamente em 40%. Some-se a isso o fato de que o embargo russo às carnes europeia e norteamericana é limitado a um ano. 1.760 1.560 1.360 1.160 1.699 BOVINA SUÍNO FRANGO 3.463 1.157 3.827 1.235 3.646 4.000 3.886 1.437 3.500 Exportações de carne bovina, suína e avícola - acumulado 12 meses (em mil toneladas) 960 760 3.095 983 3.000 560 360 551 529 fev/07 abr/07 jun/07 ago/07 out/07 dez/07 fev/08 abr/08 jun/08 ago/08 out/08 dez/08 fev/09 abr/09 jun/09 ago/09 out/09 dez/09 fev/10 abr/10 jun/10 ago/10 out/10 dez/10 fev/11 abr/11 jun/11 ago/11 out/11 dez/11 fev/12 abr/12 jun/12 ago/12 out/12 dez/12 fev/13 abr/13 jun/13 ago/13 out/13 dez/13 fev/14 abr/14 jun/14 ago/14 out/14 dez/14 fev/15 507 426 2.500 Fonte: Secex Elaboração: Bradesco Diante do exposto, as expectativas do USDA são de expansão de 3% dos volumes embarcados de carne de frango pelo Brasil em 2015 principalmente para China e Rússia, uma vez que as exportações dos EUA deverão cair 2%, afetadas pelo embargo russo. Para a carne suína, a estimativa é de recuo de 4,7% das exportações, afetadas pela menor demanda da Rússia e pela continuidade de embargo da Ucrânia. As exportações dos EUA também devem cair em torno de 8,5%, influenciadas pela menor demanda russa e pela epidemia de diarreia suína epidêmica (PED) sobre o plantel. Já para a carne bovina, o USDA projeta ampliação de 5% das exportações brasileiras, ganhando market share 2 ante a queda dos embarques dos EUA e da Austrália de 3% e 14% nessa ordem. Mas apesar de fatores favoráveis às exportações brasileiras (a apreciação do dólar frente às principais moedas, as questões comerciais entre Rússia e EUA e Europa e a menor oferta norte-americana e australiana), o risco para esse cenário é de frustração. 1 As estimativas do USDA são de recuo de 3% dos volumes embarcados de carne bovina pelos EUA e de 14% da Austrália, onde não houve crescimento do rebanho. Nos últimos anos o custo de manutenção de gado no pasto, somado à seca de 2011 e 2012 provocaram o abate de fêmeas e a consequente redução do rebanho. As estimativas do USDA são de que os EUA e a Austrália recuperam volumes exportados a partir de 2017. As exportações norteamericanas de carne suína e avícola devem cair 8,5% e 2% nessa ordem, afetadas pelo embargo da Rússia. 2 Segundo o USDA o Brasil ganhará participação no mercado global de carne bovina, saindo de 19% no ano passado para 20% em 2015, ao passo que os EUA saem de 12% para 11% e a Austrália de 19% para 16%. 2

Isso porque, embora a depreciação do real melhore a rentabilidade das nossas exportações, devemos considerar que os principais países demandantes de carnes estão sofrendo o efeito da queda dos preços do petróleo. Além disso, os preços internacionais de carnes subiram recentemente em razão da menor oferta norte-americana, encarecendo ainda mais a importação desses países. Uma possibilidade de melhora das exportações de carne bovina neste ano vem do avanço das negociações sobre exportação de carne bovina in natura para os EUA, podendo chegar a algum acordo a partir do final de junho. Os EUA precisam importar 12% do seu consumo doméstico e o Brasil hoje consegue exportar apenas carne industrializada, um volume de 21 mil toneladas por ano, o equivalente a 1,5% do volume total exportado pelo Brasil. Outro mercado com possibilidade de reabertura neste ano é a China, cujo mercado está barrado à carne bovina brasileira desde dezembro de 2012, devido a um caso atípico de vaca louca encontrado no Paraná. A China importa 7% do seu consumo interno e o Brasil Fonte e (*) Projeção: USDA Elaboração: Bradesco Exportações Brasileiras do Complexo Carnes - 1997-2015 exportava o equivalente a 1% dos embarques totais até 2012. No tocante à carne suína, em meados de 2013, o Japão abriu seu mercado para a carne suína produzida em Santa Catarina, estado que responde por um terço dos embarques brasileiros, reconhecendo o estado como livre de febre aftosa sem vacinação. Vale lembrar que o Japão é o maior importador mundial de carne suína, respondendo por quase 20% do volume global comercializado. O país precisa importar quase metade do seu consumo doméstico, abastecido principalmente pelos EUA e pelo Canadá, que atendem, respectivamente, 40% e 22% do total importado. O Japão importa anualmente 1,2 milhão de toneladas de carne suína. O Brasil tem potencial para prover até 10% desse mercado, o equivalente a 120 mil toneladas, o que corresponde a 25% das exportações brasileiras. A título de ilustração, em 2014, as exportações brasileiras para o Japão alcançaram 4,3 mil toneladas, um salto relevante ante o volume de 0,4 mil toneladas de 2013. em mil toneladas Os embarques deverão crescer de forma gradual, podendo alcançar o potencial em até dois anos. 4.000 3.200 Bovina Frango Suínos 2.739 3.242 3.222 3.443 3.482 3.665 Exportações de carne bovina, suína e avícola - em mil toneladas 2.400 1.600 800 619 231 0 82 735 870 488 162 2.189 1.577 1.610 872 590 621 761 730 1.849 1.524 1.596 1.340 707 584 661 585 2.005 530 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015* Fonte e (*) Projeção: USDA Elaboração: BRADESCO 3

Perfil do setor Carne avícola EUA, China e Brasil respondem por 50% da produção total; Brasil e EUA respondem por 65% das exportações mundiais; O Brasil exporta 30% da sua produção e os EUA 20%; China, EUA, União Europeia e Brasil são os maiores consumidores mundiais, com 55% do mercado; Os maiores importadores são: Japão, Arábia Saudita e União Europeia, que juntos respondem por 1/3 das importações mundiais; O Japão importa 40% do seu consumo interno e a Rússia 15%; Os principais países de destino das exportações brasileiras de carne avícola são: Arábia Saudita 16%, União Europeia 10%, Japão 10% e China 6%. Carne suína China e União Europeia respondem por 70% da produção total; EUA, União Europeia e Canadá respondem por 80% das exportações mundiais; A UE exporta 10% da sua produção e os EUA 20%; O Canadá não é um grande produtor mundial (2%), porém exporta 60% da sua produção interna e, portanto configura como o 3º maior exportador; Brasil é o 4º exportador mundial e exporta 20% da sua produção. China e União Europeia são os maiores consumidores mundiais, com 70% do mercado; Os maiores importadores são Japão e China, que juntos respondem por 35% das importações mundiais; O Japão importa 50% do seu consumo interno e a Rússia 12%. A China importa 2% do seu consumo doméstico. Os principais mercados de destino das exportações de carne suína são: 38% Rússia e 23% Hong Kong. Carne bovina EUA, Brasil e Europa respondem por 50% da produção total; Índia, Brasil, Austrália e EUA respondem por 70% das exportações mundiais; Brasil é o segundo exportador mundial, atrás da Índia e exporta 20% da sua produção. EUA, Brasil e Europa são os maiores consumidores mundiais, com 50% do mercado; Os maiores importadores são EUA, Rússia e Japão, que juntos respondem por 40% das importações mundiais; A Rússia importa 40% do seu consumo interno, os EUA 12% e o Japão importa 60% do seu consumo interno. Os principais mercados de destino das exportações de carne bovina são: 25% Hong Kong, 20% Rússia, 11% Venezuela, 11% Egito, 8% Europa. 4

Equipe Técnica Octavio de Barros - Diretor de Pesquisas e Estudos Econômicos Marcelo Cirne de Toledo - Superintendente executivo Economia Internacional: Fabiana D Atri / Felipe Wajskop França / Thomas Henrique Schreurs Pires Economia Doméstica: Igor Velecico / Andréa Bastos Damico / Ellen Regina Steter / Myriã Tatiany Neves Bast Análise Setorial: Regina Helena Couto Silva / Priscila Pacheco Trigo / Leandro de Oliveira Almeida Pesquisa Proprietária: Fernando Freitas / Leandro Câmara Negrão / Ana Maria Bonomi Barufi Estagiários: Ariana Stephanie Zerbinatti / Thomaz Lopes Macetti / Victor Hugo Carvalho Alexandrino da Silva / Davi Sacomani Beganskas / Ives Leonardo Dias Fernandes / Henrique Neves Plens / Mizael Silva Alves O BRADESCO não se responsabiliza por quaisquer atos/decisões tomadas com base nas informações disponibilizadas por suas publicações e projeções. Todos os dados ou opiniões dos informativos aqui presentes são rigorosamente apurados e elaborados por profissionais plenamente qualificados, mas não devem ser tomados, em nenhuma hipótese, como base, balizamento, guia ou norma para qualquer documento, avaliações, julgamentos ou tomadas de decisões, sejam de natureza formal ou informal. Desse modo, ressaltamos que todas as consequências ou responsabilidades pelo uso de quaisquer dados ou análises desta publicação são assumidas exclusivamente pelo usuário, eximindo o BRADESCO de todas as ações decorrentes do uso deste material. Lembramos ainda que o acesso a essas informações implica a total aceitação deste termo de responsabilidade e uso. A reprodução total ou parcial desta publicação é expressamente proibida, exceto com a autorização do Banco BRADESCO ou a citação por completo da fonte (nomes dos autores, da publicação e do Banco BRADESCO). 5