AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE INSTRUMENTO Nº 205982-97.2014.8.09.0000 (201492059820) DE GOIATUBA



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Transcrição:

AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE INSTRUMENTO Nº 205982-97.2014.8.09.0000 (201492059820) DE GOIATUBA AGRAVANTE AGRAVADO CÂMARA FERNANDO CARLOS DE VASCONCELOS MINISTÉRIO PÚBLICO DESEMBARGADOR CARLOS ESCHER 4ª CÍVEL RELATÓRIO E VOTO Trata-se de pedido de reconsideração com conversão em agravo regimental interposto por FERNANDO CARLOS DE VASCONCELOS, qualificado e representado, contra a decisão de fls. 155/163, pela qual neguei seguimento ao agravo de instrumento por ele interposto, mantendo inalterada a decisão de fl. 31, figurando como agravado o MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE GOIÁS, igualmente qualificado e representado. Em suas razões recursais (fls. 166/177), o agravante, em suma, reitera os argumentos trazidos no arrazoado do agravo de instrumento a respeito da ausência de motivação da 1

decisão que recebeu a inicial da ação de improbidade administrativa. O preparo é visto à fl. 178. É, em síntese, o relatório. Passo ao voto. Diante da ausência de previsão legal do pedido de reconsideração e de o presente recurso cumprir os requisitos de admissibilidade do agravo regimental, dele, assim, conheço. Não se conforma o agravante com o fato de ter sido negado seguimento ao seu recurso de agravo de instrumento, sustentando ser eivada de nulidade a decisão do primeiro grau, por ausência de fundamentação. Razão, no entanto, não lhe assiste, na medida em que as teses ora questionadas foram suficientemente analisadas na decisão recorrida, no sentido de que na ação de improbidade administrativa, a decisão que recebe a inicial 2

pode ter fundamentação sucinta, bastando que ateste a existência de indícios mínimos da ocorrência dos fatos lesivos ao erário e a quem eles podem ser imputados, sendo indevido o aprofundamento da matéria, por falta de instrução probatória e para evitar o prejulgamento do mérito da demanda. Assim sendo, não há o que se alterar na decisão recorrida, até porque o agravante não trouxe qualquer fato novo que justifique sua reforma ou anulação, sendo, portanto, nítido seu interesse de apenas obter a reanálise da matéria ou submetê-la à apreciação do órgão colegiado, o que não é admitido pela jurisprudência desta Corte, senão vejamos: AGRAVO REGIMENTAL. DECISÃO MONOCRÁTICA EM APELAÇÃO CÍVEL. AÇÃO REVISIONAL C/C CONSIGINATÓRIA. AUSÊNCIA DE ELEMENTOS NOVOS. 1 - Não apresentados fatos novos nas razões do agravo regimental que demonstrem o eventual desacerto do Relator em conferir parcial provimento ao recurso apelatório, a manutenção do decisum é medida que se impõe. AGRAVO REGIMENTAL CONHECIDO E DESPROVIDO. (TJGO, APELAÇÃO CÍVEL 26122-21.2012.8.09.0158, Rel. DES. ALAN S. DE SENA CONCEICAO, 5ª CÂMARA CÍVEL, julgado em 12/12/2013, DJe 1451 de 19/12/2013) (destaquei) 3

AGRAVO REGIMENTAL EM APELAÇÃO CÍVEL. AÇÃO DE CONSIGNAÇÃO EM PAGAMENTO C/C REVISIONAL DE CONTRATO. TABELA PRICE NÃO DISCUTIDA NA SENTENÇA RECORRIDA. RAZÕES DISSOCIADAS. NÃO CONHECIMENTO. CAPITALIZAÇÃO MENSAL DE JUROS NÃO PACTUADA DE FORMA EXPRESSA. AUSÊNCIA DE FATO NOVO. 1. Ausentes nos autos fatos novos que possibilitem a modificação do entendimento anteriormente firmado, a rejeição do agravo regimental é medida que se impõe. 2. RECURSO CONHECIDO E DESPROVIDO. (TJGO, APELAÇÃO CÍVEL 346127-08.2010.8.09.0175, Rel. DES. GERSON SANTANA CINTRA, 3ª CÂMARA CÍVEL, julgado em 10/12/2013, DJe 1449 de 17/12/2013) (destaquei) Nesses termos, conheço do agravo regimental interposto e nego-lhe provimento, mantendo inalterada a decisão recorrida, por seus próprios fundamentos. É o voto. Goiânia, 24 de julho de 2014. Desembargador CARLOS ESCHER 10/N 4

AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE INSTRUMENTO Nº 205982-97.2014.8.09.0000 (201492059820) DE GOIATUBA AGRAVANTE AGRAVADO CÂMARA FERNANDO CARLOS DE VASCONCELOS MINISTÉRIO PÚBLICO DESEMBARGADOR CARLOS ESCHER 4ª CÍVEL EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL EM AGRAVO DE INSTRUMENTO. AÇÃO DE IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA C/C RESSARCIMENTO DE DANOS AO ERÁRIO. RECEBIMENTO INICIAL. FUNDAMENTAÇÃO AUSÊNCIA DE FATO NOVO. 1. Não padece de nulidade a decisão que recebe a inicial quando sucinta a sua fundamentação, atestando a existência de indícios mínimos da ocorrência dos fatos lesivos ao erário e a quem podem ser imputados. 2. A fundamentação nessa fase processual não tem como ser robusta, já que não foi realizada, ainda, a instrução processual e seria indevido o prejulgamento do mérito da demanda, vigendo, portanto, o princípio in dubio pro societate. 5

3. O agravo regimental deve ser improvido quando a matéria nele versada tiver sido suficientemente analisada na decisão recorrida e o agravante não apresentar fato novo que justifique sua reforma. RECURSO IMPROVIDO. ACÓRDÃO Vistos, relatados e discutidos estes autos, em que são partes as retro indicadas. ACORDAM os componentes da 2ª Turma Julgadora da 4ª Câmara Cível do egrégio Tribunal de Justiça do Estado de Goiás, à unanimidade de votos, em conhecer do recurso e improvê-lo, nos termos do voto do Relator. Votaram com o Relator, a Desembargadora Elizabeth Maria da Silva e o Dr. Marcus da Costa Ferreira (subst. do Des. Kisleu Dias Maciel Filho). Presidiu a sessão a Desembargadora 6

Elizabeth Maria da Silva. Presente a ilustre Procuradora de Justiça Dra. Eliane Ferreira Fávaro. Goiânia, 24 de julho de 2014. Desembargador CARLOS ESCHER 7