Resumo: Palavras-chave: Documentos Técnico-Científicos



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Transcrição:

Documenos Técnico-Cieníficos A Influência das Insiders Informaions no Mercado de Opções: Uma Análise da Desvalorização Cambial no Brasil Lúcia Maria Goés Mouinho Douorado em Economia de Empresas (FGV - São Paulo - 1995), Mesrado e Graduação em Economia (UFPE), Especialização em Teoria Econômica (UFPE/ 1988). Coordenadora do Curso de Mesrado em Economia (UFPB) e Professora do Deparameno de Economia (UFPB) Cassius Rocha de Oliveira Graduação em Economia (FURG - Rio Grande do Sul - 1997) Mesrando em Economia (UFPB - João Pessoa) Jeanfranco Pedroso Sousa Mesrando em Economia (UFPB João Pessoa). Graduação em Engenharia Civil (UFSC 1995) Resumo: Analisa a influência das informações inernas nas expecaivas dos agenes financeiros que auam no mercado de fuuro. Verifica que os modelos de invesimeno que incorporam a variável informação em suas análises definem mercado eficiene como aquele onde a informação é simérica. Conclui que a obenção de informações inernas permie a quebra da simeria das informações permiindo lucros anormais para quem as deêm. Faz um esudo sobre a desvalorização do Real e o volume financeiro do dólar fuuro na BM&F. Ressala que no período que anecedeu a desvalorização cambial, houve uma grande quanidade de negócios no mercado fuuro, o que indica a obenção de insiders informaion inernas. Verifica fore relação enre os agenes públicos e privados no Brasil, fao que orna difícil a delimiação de suas froneiras de auação. Palavras-chave: Informação; Desvalorização Cambial; Mercado de Opções; Brasil. 916 Revisa Econômica do Nordese, Foraleza, v. 30, n. Especial 916-925, dezembro 1999

1 - INTRODUÇÃO O mercado financeiro mundial é influenciado por um grande número de faores subjeivos e objeivos. A inenção dese arigo é analisar a influência das informações inernas 1 em mercados de fuuro, mais especificamene em opções de compra e venda de dólar. Esse ipo de mercado em como caracerísicas básicas o risco muio elevado e a necessidade de muias informações aualizadas sobre o comporameno dos aivos. Dado o alo nível de complexidade desse ipo de invesimeno, é necessário que os invesidores enham uma grande capacidade de análise e conhecimeno de faores que deerminarão o sucesso ou o fracasso dos invesimenos, com isso, orna-se indispensável a obenção de odos os ipo de informações que afeam o desempenho do mercado de fuuro. Será considerada a imperfeição das informações, mas obidas de forma simérica pelos agenes de mercado, o que caraceriza um modelo de mercado eficiene, I ake he marke efficiency hypoheses o be he simple saemen ha securiy prices fully reflec all available informaion (FAMA, 1991). Segundo a eoria das expecaivas racionais o preço de um aivo depende somene de seu preço passado e de erros aleaórios. Um desses faores assisemáicos são as insiders informaions. Essa eoria é dependene da simeria das informações, dado que mesmo havendo imperfeição os agenes farão o melhor uso de odas elas. Será analisada as influências das informações inernas como faores que podem quebrar a simeria das informações permiindo que poucos invesidores obenham lucros anormais, dado que o risco dos invesimenos diminui consideravelmene. Será feio um esudo de caso para o Brasil sobre a influência da obenção de informações inernas dos agenes reguladores, nos invesimenos feios BM&F, paricularmene no dólar americano, no período enre dezembro de 1998 e jane i- ro de 1999. Será analisado como as insiders informaions sobre a variação fuura da axa de câmbio influenciou o volume financeiro negociado no período anerior a mudança na políica cambial. 1 Informações obidas anes da divulgação pública. 2 - TEORIAS DAS EXPECTATIVAS DOS AGENTES Os invesimenos em mercados fuuros são aposas feias no possível comporameno de um aivo, sendo adquiridas opções de compra ou venda para um prazo poserior. O preço é esabelecido no presene, logo, se for adquirida uma opção de compra na daa 0, a um preço X, para comprar em 1 e nesse inervalo ( 1-0 ) o preço subir para X+ X, o lucro do agene que comprou a opção de compra é X. Já o vendedor da opção de compra erá que vender em 1 pelo preço X, quando ese já esá valendo X+ X. O que diferencia ese ipo de negócios de ouros ipos de fair game, como os cassinos por e- xemplo, é que neses você não consegue ober informações sobre o resulado fuuro das aposas. No mercado de fuuros um dos principais faores que irão deerminar o ganho do invesidor são as informações passadas, presenes e principalmene fuuras sobre o comporameno de deerminado aivo. Aualmene, com o avanço das comunic a- ções e a rapidez com que as informações são ransmiidas, emos informações simulâneas em qualquer siuação do espaço-empo, logo, odos os agenes êm possibilidades de obê-las. Enão o que vai diferenciar os invesidores são as insiders informaions, ou informações inernas, obidas do governo ou de empresas privadas. Esse ipo de informação é o plus do imenso leque de informações disponíveis. Em economia as informações são raadas sob duas maneiras: perfeias ou imperfeias e siméricas 2 ou assiméricas. A grande pare das correnes econômicas concorda com a imperfeição das informações o que parece lógico, dado que é quase impossível se er odas as informações (dados, previsões, modelagens maemáicas e economéricas ec.) sobre algum aivo, e ainda de forma perfeiamene correa. Por mais avançado que sejam os sisemas de comunicação, as imperfeições das informações são evidenes para os principais eóricos. 2 Informações siméricas são um conjuno de informações disponíveis chegando em igualdade para odos os agenes, mas dado que a gama oal de informações pode apresenar imperfeições, pressupõe-se que alguns faores podem quebrar esa hipóese. Revisa Econômica do Nordese, Foraleza, v. 30, n. Especial 916-925, dezembro 1999 917

A divergência enre as correnes ocorre quano à simeria ou assimeria das informações recebidas pelos agenes, ou seja, quando um informação é divulgada ou vaza, odos os agenes a recebem no mesmo empo e da mesma forma, ornando-a simérica ou dado sua complexidade ela é recebida de diferenes formas pelos agenes sendo assim assimérica. Essa discussão leva a oura divergência quando as expecaivas dos agenes econômicos, iso é, se a informação é imperfeia e assimérica, os agenes êm expecaivas adapaivas, ou seja, se adapam com o empo aé conseguirem incorporá-las, assim em-se: [ P P ] 1 P = P 1 + λ 2 1 1 onde: 1>λ>0, se o λ=0 a expecaiva sobre o fuuro é apenas o que você vê no presene. λ é o coeficiene de ajusameno. [ P P ] 2 P 1 = P 2 + λ 3 2 2 Se desenvolver os demais ermos das equações aneriores e subsiuir o próximo ermo no anerior, em-se: 2 1P = P 1( 1 λ) + λp 2 (1 λ) + λ P 3(1 3 + P (1 λ) +... λ 4 λ) que é uma média ponderada de odos os preços. A soma dos pesos é igual a 1. Pode-se simplificar a equação anerior usando a noação de somaório: i 1 P = λ (1 λ) i= 0 P i 1 Isso se resume a uma média ponderada com pesos crescenes, à medida que vai se avançando no empo, os preços passados vão ficando menos imporanes. Se as informações forem imperfeias mas siméricas os agenes em expecaivas racionais, iso é, de posse de odas as informações disponíveis fazem o melhor uso delas, já que incorporam simulaneamene ou aé mesmo anecipadamene as informações; assim em-se por exemplo para o preço de um aivo: P = P 1 + β( y 1 y ) + ε k d 1 1 P = P 1 + ( M M 1) + ( g g 1) P + ε α α α α onde: P = preço do aivo no empo ; P -1 = preço do aivo no empo -1; y = produção indusrial no empo ; y -1 = produção indusrial no empo -1; -1y = expecaiva da produção indusrial no fim do empo ; M = quanidade de moeda no empo ; M -1 = quanidade de moeda no empo -1; g = gasos do governo em invesimeno no empo ; g -1 = gasos do governo em invesimeno no empo -1; Considerando que a quanidade de moeda é conrolada pelo governo e segue a seguine políica: o M = M γ r r ) + η 0 ( 1 onde: M o = quanidade óima de moeda; r -1 = axa de juros no empo -1; r 0 = axa de juros óima. Tomando as expecaivas da equação anerior, em-se: 1 M = M 0 γ ( 1r 1 r Diminuindo as duas equações aneriores, em-se: 1 M M = η Supõe-se que os gasos do governo em invesimenos, segue a condição abaixo: g = g ) 0 o θ ( y 1 y + onde: g 0 = nível óimo de gasos do governo em invesimenos; y 0 = nível óimo de produção indusrial. O procedimeno adoado para a políica moneária pode ser realizado para o invesimeno, obendo-se: g g = ρ 1 o ρ ) 918 Revisa Econômica do Nordese, Foraleza, v. 30, n. Especial 916-925, dezembro 1999

Desenvolvendo as fórmulas aneriores e aplicando a eoria de expecaivas racionais, em-se: P βk βd = P + η + ρ + µ + 1 1 + αβ 1+ αβ 1+ αβ 1 β 1 ε + αβ Da qual podemos concluir que o preço depende somene do preço passado, mais ermos aleaórios (η, ρ, µ, e ε ). Um exemplo clássico dessa divergência é a discussão enre os economisas nore-americanos Rober Lucas e Milon Friedman. Os dois aceiam a imperfeição das informações, mas divergem quano a sua simeria. Para Lucas, as informações são imperfeias mas siméricas, iso é, elas podem não serem correas mas esão disponíveis para odos os agenes do mercado em oal igualdade. Essa hipóese susena a eoria das expecaivas racionais, para os agenes do mercado, porque é necessária a hipóese de simeria das informações para dizer que odos os agenes são racionais ao fazer o melhor uso de odas as informações possíveis. Friedman, discorda quano a esa simeria no senido de que os agenes êm diferenes compreensões e enendimenos para as informações, sendo assim assiméricas, iso é, os invesidores não as incorporam simulaneamene, dado a incapacidade eórica e financeira de ober e fazer o melhor uso de odas as informações possíveis. 3-TEORIA DE MERCADOS EFICIENTES Na eoria financeira podemos visualizar o problema das informações aravés de mercados eficienes. Esses podem ser definidos como: A marke is efficien wih respec o a paricular se of informaion if i is impossible o make abnormal profis (oher han by chance) by using his se of informaion o formulae buying and selling decisions. (SHARPE, ALEXANDER & BAILEY, 1999). An efficien marke is one in which securiy prices adjus rapidly o he arrival of new informaion and, herefore, he curren prices of securiies reflec all informaion abou he securiy. (REILLY & BROWN, 1997). Para que o mercado possa ser considerado e- ficiene, precisamos primeiramene de algumas premissas imporanes para caracerizar esse mercado. Primeiramene o mercado requer um grande número de paricipanes maximizando lucro e compeindo bem como um grande número de aivos sendo negociados. Oura caracerísica que o mercado requer é que as novas informações cheguem ao mercado de forma aleaória; por úlimo que os invesidores fiquem aenos ao ajuse rápido dos preços dos aivos, em virude das novas informações.podemos verificar nas figuras seguines como os preços dos aivos mudam em virude da classificação dos mercados em efic iene e ineficiene. Revisa Econômica do Nordese, Foraleza, v. 30, n. Especial 916-925, dezembro 1999 919

FIGURA 1 MERCADO EFICIENTE COM CHEGADA DE NOVAS INFORMAÇÕES FIGURA 2 MERCADO EFICIENTE COM CHEGADA DE NOVAS INFORMAÇÕES FONTE: Adapado de Sharpe, Alexander & Bailey (1999)) Na FIGURA 1, emos a chegada de novas informações boas ao mercado, fazendo com o preço do aivo se eleve. Na FIGURA 2, emos a chegada de novas informações ao mercado sendo essas ruins e fazendo com que o preço dos aivos diminua. Na FIGURA 3 emos a chegada de novas informações ao mercado no empo =0, vemos que o mercado não reage imediaamene a mudança nos preços, logo, ele demora a reagir. Na FIGURA 4 emos a chegada de novas informações ambém no empo =0, mas nesa figura o mercado reage de forma a supervalorizar o preço dos aivos, e num momeno seguine o mercado reage lenamene e ainge o nível real do valor dos mesmos. FIGURA 3 MERCADO INEFICIENTE COM CHEGADA DE INFORMAÇÕES NOVAS Segundo SHARPE, ALEXANDER & BAILEY podemos dividir os mercados eficienes em rês ipos básicos, conforme o ipo de informações que os agenes financeiros recebem. Essa divisão foi realizada por FAMA (1970) e esá sineizada na TABELA 1 abaixo. Aualmene, é considerado em cada forma de eficiência ouras informações. Para o mercado fraco considera-se além dos preços passados, axas de reorno, volume de aivos negociados e ouras informações do mercado. Para o mercado semifore considera-se odas ao informações aneriores mais informações públicas ais como: ganhos e dividendos anunciados, razão de dividen- FIGURA 4 MERCADO INEFICIENTE COM CHEGADA DE INFORMAÇÕES NOVAS FONTE: Adapado de SHARPE, ALEXANDER & BAILEY (1999) 920 Revisa Econômica do Nordese, Foraleza, v. 30, n. Especial 916-925, dezembro 1999

TABELA 1 Forma de eficiência Conjuno de informações que refleem no preço dos aivos Fraco Preços aneriores dos aivos Semi-fore Todas as informações públicas disponíveis Fore Todas as informações públicas e privadas FONTE: SHARPE, ALEXANDER & BAILEY (1999) dos por ações, razão valor de mercado e valor nominal, aumeno de capial, vendas de empresas subsidiárias, fusões de empresas, novas medidas econômicas adoadas pelo governo, noícias econômicas inernacionais. No caso de mercados foremene eficienes consideram-se odas as informações públicas e privadas, sendo que as úlimas não podem ser monopolizadas por um pequeno número de invesidores, pois se assim ocorresse esses eriam lucros anormais, que não é uma caracerísica de mercado eficiene. No mercado eficiene as informações privadas devem chegar ao mercado e provocar uma mudança rápida nos preços dos aivos. Essas informações devem ser livres de cuso e esar disponível a odos os invesidores. Ceros auores argumenam que o mercado eficiene esá baseado na hipóese de passeio aleaório, ocasionando mudança no preço dos aivos aleaoriamene. REILLY & BROWN (1997) apresenam a eoria de mercado eficiene de FAMA (1970) em ermos de um modelo denominado fair game. Assim o reorno esperado de um aivo pode ser definido como: E ( Pj, + 1 φ ) = [1 + E( rj, + 1 φ ] Pj, onde: E = operador do valor esperado P j, = preço do aivo j no empo P j,+1 = preço do aivo j no empo +1 r j,+1 = axa de reorno em porcenagem para um período de capialização do aivo j durane o período +1 Φ = conjuno de informações que reflee oalmene no preço do aivo no empo. Assim essa equação diz que E(P j,+1 Φ ) denoa o preço esperado no fim do período do aivo j, dadas as informações disponíveis no começo do período. O ermo 1+ E(P j,+1 Φ ) represena a axa de reorno esperado sobre o período anerior, dada a informação no começo do período. P j, represena o preço do aivo j no começo do período. A equação descreve que o preço esperado de qualquer aivo no fim do período esá baseado na axa de reorno normal esperado durane o período. Essa axa de reorno é deerminada pelo conjuno de informações disponíveis no começo do período. Porém se o mercado for considerado efic iene o invesidor não poderá ober lucros anormais, a não ser pela sore. Se for definido x j,+1 como a diferença enre o preço aual no empo +1 e o valor esperado no empo +1, em-se: x j, + 1 = Pj, + 1 E( Pj, 1 φ ) Esá equação descreve a definição de excesso de valor de mercado para o aivo j, pois fornece a diferença enre o preço aual e o preço esperado no empo baseado no conjuno de informações disponíveis. Num mercado eficiene emos: E( x j, + 1 φ ) = 0 Esa equação reflee um mercado conforme o modelo de FAMA de Jogo Juso, ou seja, as informações disponíveis não permiem lucros a- normais. No âmbio dese arigo será adoada a hipóese de simeria de informações com expecaivas racionais, já que a população de agenes que auam no mercado de opções se enquadra mais na definição de Lucas, dado a capacidade deses operadores de assimilarem rapidamene as informações disponíveis e com isso ober maior grau de cereza nos invesimenos em opções, ou pela eoria de FAMA (1970) emos que os mercados são foremene eficienes. O melhor uso de odas as informações disponíveis é um faor de fore deerminação no sucesso dos invesidores em mercado fuuro, mas o alvo principal dese arigo Revisa Econômica do Nordese, Foraleza, v. 30, n. Especial 916-925, dezembro 1999 921

são as informações que vazam, ou seja, as informações inernas dos police makers. Esses podem ser deparamenos do governo ou grandes agenes privados. Os modelos maemáicos de invesimenos em aivos ou íulos, incorporam em suas variáveis explicaivas, informações que provavelmene a maioria dos agenes financeiros possua, logo o que vai diferenciar os invesidores é a posse de insiders informaions de cada ipo de aplicação. De posse dessas informações os agenes financeiros irão conseguir quebrar um dos princípios básicos da eoria financeira que é quano maior o grau de risco, ano maior serão o reorno esperado. Pois possuindo informações inernas, os aivos com grande volailidade e aparene alo risco, fornecerão alos ganhos com baixo risco, pois o invesidor deém informações que lhe garane um invesimeno com alo reorno e segurança. Poderíamos, sabendo de deerminada informação inerna de uma empresa quano a uma pesquisa, comprar anecipadamene grandes loes de ações desa, o que possibiliaria um lucro anormal caso essa pesquisa obivesse êxio. Por exemplo, uma pesquisa de um medicameno para a cura de um ipo de câncer. Se soubéssemos anes do mercado que essa empresa irá fabricar o medicameno com sucesso, podemos esperar uma ala no preço dessas ações no fuuro o que permiiria, poseriormene, vendê-las por um preço muio maior e ober um lucro anormal. 4 - UM ESTUDO DE CASO PARA O BRASIL O mercado financeiro brasileiro na década de 1980, eve uma grande desenvolvimeno princ i- palmene no seu volume negociado. Com o início da globalização, o mercado nacional passou a sofrer fores influências do enorme fluxo de capiais mundiais, que circula sem nenhuma barreira e quase sem regras quano a sua auação. Com a aberura econômica o mercado nacional foi se adequando a normas e comporamenos do mercado financeiro inernacional, passando a incorporar suas caracerísicas. Pode-se dizer que esá ocorrendo um gradual aumeno na qualidade das operações no mercado financeiro brasileiro, porém o que ainda o diferencia de ouros imporanes cenros financeiros mundiais, são os problemas com relação às informações inernas obidas pelo seus operadores vindas dos agenes públicos e privados que conrolam o sisema. Esse fao complica a forma de auação dos agenes que auam no fair game do mercado financeiro. Um ipo de operação onde as informações influenciam foremene o resulado dos invesimenos é o mercado de fuuros, pois com a posse de uma informação sobre algum fao regulador do sisema que ainda não ocorreu privilegia os agenes que auam nesse ipo de mercado. Em ouras palavras, é como fazer uma previsão perfeia do que irá ocorrer. Com isso se reduz o risco das operações. No sisema financeiro brasileiro em-se uma fore relação enre as auoridades públicas, que regulam e conrolam o sisema, e os agenes pr i- vados que nele auam, ornando difícil delimiar uma froneira em suas auações. Enquano em alguns países, como os Esados Unidos por exemplo o presidene do FED (Banco Cenral Nore Americano), é obrigado a passar um grande período afasado do mercado após a sua saída do cargo, no Brasil isso não ocorre, logo, iso faz com que os agenes que auam no mercado financeiro brasileiro fiquem dependenes e desejosos das informações vindas dessas auoridades, prejudicando a eficiência do mercado financeiro brasile i- ro. Desde o início do Plano Real, ficou explícia a inenção do Governo em er uma axa de câmbio que permiisse uma cera paridade com o dólar nore-americano, dado as vanagens que esa siuação apresena em mercados globalizados. O valor óimo do dólar nore-americano frene ao Real já era discuido no Brasil a algum empo pelos economisas, exporadores, imporadores e operadores de mercado, os quais analisavam as possíveis vanagens e desvanagens de er ou não paridade com o padrão moneário inernacional. A incapacidade de precisar esas análises ornava-se difícil e complicada, dados os inconáveis prós e conras de uma desvalorização da moeda nacional, denro do complexo sisema de mercado globalizado. A chamada âncora cambial mosrou-se persisene por quase 5 anos aé a desvalorização do Real em janeiro de 1999. Por mais eficiene que fosse o mercado financeiro seria quase im- 922 Revisa Econômica do Nordese, Foraleza, v. 30, n. Especial 916-925, dezembro 1999

possível, dado a inexisência de poderes mediúnicos do mercado anever ese aconecimeno com as informações disponíveis a odos. A inenção dese arigo é mosrar a imporância de qualquer ipo de informação passada, presene e principalmene fuura para o mercado de opções. No caso da acenuada desvalorização da GRÁFICO 1 VOLUME NEGOCIADO NA BM&F EM OPERAÇÕES DE DÓLAR FUTURO COM VENCIMENTO EM FEVEREIRO DE 1999 (R$) 8.030.000.000 7.830.000.000 7.630.000.000 7.430.000.000 7.230.000.000 7.030.000.000 6.830.000.000 6.630.000.000 6.430.000.000 6.230.000.000 6.030.000.000 5.830.000.000 5.630.000.000 5.430.000.000 5.230.000.000 5.030.000.000 4.830.000.000 4.630.000.000 Volume (R$) 4.430.000.000 4.230.000.000 4.030.000.000 3.830.000.000 3.630.000.000 3.430.000.000 3.230.000.000 3.030.000.000 2.830.000.000 2.630.000.000 2.430.000.000 2.230.000.000 2.030.000.000 1.830.000.000 1.630.000.000 1.430.000.000 1.230.000.000 1.030.000.000 830.000.000 630.000.000 430.000.000 230.000.000 30.000.000 01/12/98 03/12/98 05/12/98 07/12/98 09/12/98 11/12/98 13/12/98 15/12/98 17/12/98 19/12/98 21/12/98 23/12/98 25/12/98 27/12/98 Dias 29/12/98 31/12/98 02/01/99 04/01/99 06/01/99 08/01/99 10/01/99 12/01/99 14/01/99 16/01/99 18/01/99 20/01/99 22/01/99 24/01/99 26/01/99 28/01/99 FONTE: ECONOMÁTICA GRÁFICO 2 TAXA DO REAL X DÓLAR NORTE-AMERICANO 1,95 1,9 1,85 1,8 1,75 1,7 1,65 US$/R$ 1,6 1,55 1,5 1,45 1,4 1,35 1,3 1,25 1,2 1,15 FONTE: BANCO CENTRAL DO BRASIL 01/12/98 03/12/98 05/12/98 07/12/98 09/12/98 11/12/98 13/12/98 15/12/98 17/12/98 19/12/98 21/12/98 23/12/98 25/12/98 27/12/98 29/12/98 31/12/98 02/01/99 04/01/99 06/01/99 08/01/99 10/01/99 12/01/99 14/01/99 16/01/99 18/01/99 20/01/99 22/01/99 24/01/99 26/01/99 28/01/99 Dias Revisa Econômica do Nordese, Foraleza, v. 30, n. Especial 916-925, dezembro 1999 923

moeda brasileira pelo Banco Cenral do Brasil (BACEN), esa não poderia er sido previsa pelo mercado somene com as informações disponíveis. Assim somene de posse de informações inernas é que alguns agenes de mercado conseguiram quebrar a eficiência do mercado e aposaram no aumeno do valor do dólar fuuro na BM&F com ana cereza, como mosram os gráficos a seguir: Analisando-se os GRÁFICOS aneriores, noou-se que no dia 24 de dezembro de 1998, começou uma inensa procura por opções de dólar, apesar de a axa de câmbio ainda permanecer esável, o que aparenemene não jusificaria esse enorme aumeno do volume negociado na BM&F. Houve uma desconinuidade no volume negociado no período anerior à desvalorização do Real. Quando o volume de aposas no valor fuuro do dólar caíram foremene, volando quase ao nível médio da primeira quinzena de dezembro, o dólar começou sua rápida escalada aé aingir alos níveis de valorização perane o Real nos dias que se sucederam, iso fica bem visível analisando os GRÁFICOS 1 e 2. Esse fao indica que grande pare desa expecaiva quano à desvalorização do Real veio da obenção de insider informaion da mudança cambial, o que permiiu o sucesso nese ipo de invesimeno dando chance a obenção de lucros anormais pelos invesidores que nele aposaram de posse de informações privilegiadas. We know ha corporae insiders have privae informaion ha leads o abnormal reurns... (FAMA, 1991). Os auores acrediavam que pare desa expecaiva pode er vindo de feeling do mercado já que a época era de crise nas economias dos países e- mergenes, além de uma possível roca no alo escalão do BACEN. 5 - CONCLUSÃO Nese arigo procurou-se demonsrar a influência das informações nas expecaivas dos invesidores do mercado de fuuro. Foi feia uma análise da eoria das expecaivas onde foi adoada a hipóese de racionalidade enre os agenes econômicos. Analisou-se os modelos de invesimenos que incorporam a variável informação em suas verificações, onde um mercado é considerado eficiene quando a informação chega a odos os agenes de forma simeria. A hipóese de expecaiva racionais é susenada por uma informação simérica enre os agenes em quesão. Foi dada maior ênfase às insiders informaions, como um dos faores capazes de quebrar a simeria das informações e a eficiência do mercado financeiro, permiindo lucros anormais para quem as deêm. As informações não disponíveis para odos permie a alguns invesidores quebrarem a efic i- ência do mercado ao ornar o leque de informações assiméricas, o que proporciona enorme vanagem para eles. Foi feio um esudo de caso para o Brasil de um curo período de empo (01.12.1998 à 31.01.1999) comparando o volume negociado na BM&F, especificamene em compra de opções de compra de dólar nore-americano com a axa de câmbio no mesmo período. Conclui-se que o volume financeiro negociado nesses invesimenos cresceu de forma anormal nos dias que anecederam a desvalorização, indicando presença de informações privilegiadas, quano ao fuuro da axa de câmbio dada a cereza quano a sua desvalorização. Pare das expecaivas formadas na segunda quinzena de dezembro de 1998 pode er sido provocada pelo feeling do mercado já que na época havia muia urbulência provocada pela crise financeira dos países emergenes. Conudo, sem a obenção de informações inernas da axa de câmbio fuuro, não é possível jusificar o enorme volume negociado nos dias que anecederam a desvalorização. Verificou-se a fore relação enre os agenes financeiros públicos e privados no Brasil ornando difícil delimiar os limies de suas auações. Isso orna possível e necessário para quem deseja auar no mercado de opções a busca de uma grande quanidade de informações, incluindo as insiders informaions, que permiirão bons reornos com riscos moderados. 924 Revisa Econômica do Nordese, Foraleza, v. 30, n. Especial 916-925, dezembro 1999

Absrac: This paper analyzes he influence of insiders informaion, in financial agens expecaions who work in fuure marke. Check he invesmen models ha aach he variable informaion in heir analyzes, define efficien marke like ha where informaions allow o break informaion symmery allowing abnormal profis for who have his informaions. A sudy abou Real devaluaion and amoun of fuure dollar in BM&F was done.we deec ha prior o he Real devaluaion, a big quaniy of rades in fuure marke happened, making we hink ha he financial agens had insiders informaions. We verify a srong relaionship beween privae and public agens in Brazil, which urns he demarcaion in your work aciviy difficul. Key Words; Informaion; Real devaluaion; Opion marke; Brazil. 6 - BIBLIOGRAFIA CONSULTADA BAGEHOT, Waler. The only game in own. Financial Analyss Journal, p. 12-14, v. 22, mar/apr. 1971. BRANSON, W. H. Macroeconomic heory and pracice. 3. ed. New York: Harper & Row, 1989. CHIANG, A. Maemáica para economisas. 2. ed. São Paulo: McGraw-Hill, 1982. ELTON, Edwin J, GRUBER, Marin J. Modern Porfolio Theory and Invesmen Analysis. 5. ed. New York: John Wiley & Sons, 1995. 715 p. FAMA, Eugene F., Efficien capial markes. Journal of Finance, v. 25, n. 5, p. 383-417, may 1970. Efficien capial markes II. Journal of Finance, v. 46, n. 5, p. 1575-1617, dec. 1991. FORTUNA, Eduardo. Mercado financeiro: produos e serviços. 11. ed.. São Paulo: Qualiymark, 1998. 391 p. REYLLY, Frank K., BROWN, Keih C. Invesmen analysis and porfolio managemen. 5. ed. Forh Worh: The Dryden, 1997. 1090 p. SHARPE, William F., ALEXANDER, Gordon J., BAILEY, Jeffery V. Invesmens. 6. ed. New Jersey: Prenice Hall, 1999. 962 p. Recebido para publicação em 27.AGO.1999. Revisa Econômica do Nordese, Foraleza, v. 30, n. Especial 916-925, dezembro 1999 925