AS MICRO E PEQUENAS EMPRESAS E A GESTAO DE TI



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Transcrição:

AS MICRO E PEQUENAS EMPRESAS E A GESTAO DE TI Maria Amélia Pereira de Vasconcellos1 Marta Alves de Souza2 Helder Rodrigues da Costa3 RESUMO Há uma grande expectativa acerca das aplicações da Tecnologia da Informação (TI), que possibilitam novas alternativas de estratégias de negócios para as micro e pequenas empresas (MPE). Este trabalho analisa o universo das MPE no país, mostrando sua relevância e principais características. Nesse contexto apresenta os impactos que a disseminação do uso da TI pode promover na gestão das MPE e os principais inibidores do uso eficiente da TI. A base para elaboração deste trabalho foi a pesquisa Empresa Digital, realizada pela empresa Vox Populi para o Banco do Brasil S.A., que buscou conhecer a gestão, capacitação e infraestrutura disponível na utilização de recursos de TI pelas MPE e sua aplicação aos negócios. Conclui-se que ainda que o processo de inclusão digital das MPE não esteja concluído, o problema central não é o acesso aos recursos de TI, mas o que fazer com eles, sendo necessário introduzir nas MPE uma visão empresarial, baseada numa mudança na forma de gerenciar o próprio negócio e compreender a riqueza de informações que se pode obter com o uso da TI. Palavras-chave: Tecnologia da Informação. Micro e pequenas empresas. Gestão da informação. Impacto organizacional. Abstract There are great expectations about the applications of Information Technology (IT) that enable new alternative business strategies for micro and small enterprises (MSE). This paper analyzes the universe of MSE in the country, showing their relevance and their main characteristics. In this context presents the impact that widespread use of IT can promote the management of MSE and the main inhibitors of efficient use of IT. The basis for the preparation of this work was the Digital Enterprise Research, undertaken by Vox Populi for Banco do Brasil SA, which sought to know the management, training and infrastructure available in the utilization of IT resources by MSE and its application to business. We conclude that although the process of digital inclusion of MSE is not completed, the central problem is not access to IT resources, but what to do with them being necessary to introduce in the MSE a business vision, based on a change in to manage their own business and understand the wealth of information that can be achieved with the use of IT. Keywords: Information Technology. Micro and small enterprises. Information management. Organization Impact. 1 Pós-graduanda em Gestão em TI SENAC Governador Valadares/MG. 2 Mestre em Administração e Planejamento de Sistemas de Informação PUCCAMP /Especialista em Informática em Educação (UFLA). 3 Mestre em Ciências e Técnicas Nucleares pela Universidade Federal de Minas Gerais UFMG. Coordenador do Curso de Gestão em Tecnologia da Informação SENAC MG.

1 INTRODUÇÃO um portal No mundo globalizado, a TI (Tecnologia da Informação) se apresenta como de acesso a diversos mercados e importante aliada das empresas para que possam competir de forma sustentável, com controle de custos, ganhos de produtividade, conhecimento e acesso a mercados, facilidade de relacionamento com clientes e fornecedores. Neste cenário, as MPE (micro e pequenas empresas) passam a ter importante papel, em virtude de sua capacidade de gerar empregos e de mobilizar o crescimento regional. Isso se torna particularmente relevante quando se verifica que as MPE: - cobrem cerca de 80% da atividade total do segmento de comércio e serviços considerando-se a receita ou o efetivo empregado (BINTES, 2005); - o número total de MPE variou de 95,5% em 1985 para 97,6% em 2004 enquanto que as médias e grandes reduziram sua participação no mesmo período (BINTES, 2005). A definição de micro e pequenas empresas (MPE) varia conforme o critério adotado pelos países ou pelas instituições. No Brasil, o porte é definido principalmente pelo número de empregados permanentes, porém, algumas instituições ainda as avaliam pelo nível de faturamento. Tabela 1 Classificação Brasileira das Micro e Pequenas Empresas Classificações Micro Empresas Pequenas Empresas N.º de funcionários SEBRAE (Comércio e Serviços) SEBRAE (Indústria) Receita Bruta Anual Simples Estatuto das MPE Fonte: (AGRASSO NETO; ABREU, 2009, p. 32). 0-9 0-19 Até R$ 240.000,00 Até R$ 240.000,00 10-49 20-99 Até R$ 2.400.000,00 Até R$ 2.400.000,00 Contudo, levando-se em conta a heterogeneidade do universo das MPE, das regiões em que estão inseridas, dos modelos de gestão muitas vezes referenciados em culturas locais, o acesso a novas tecnologias pode vir a configurar importante barreira a ser transposta sob pena de ver sua competitividade comprometida. Diante do contexto de uma economia globalizada e tecnologicamente orientada, surge uma questão para reflexão e discussão: estariam as MPE aptas a absover as novas tecnologias de informação, considerando-se suas particularidades?

Manter essas empresas em atividade é um desafio. Mais de 50% delas não sobrevivem a mais de 5 anos de atividades e somente uma pequena fração das sobreviventes desenvolvem atividades de inovação e possuem metodologias de alta performance (SEBRAE, 2005). Este trabalho analisa, com base em pesquisa encomendada pelo Banco do Brasil S.A. a Vox Populi, o universo das MPE no país, mostrando sua relevância econômica, social e estrutural e suas principais características, bem como o impacto que a disseminação da TI pode promover na gestão dessas empresas, bem como os principais inibidores do uso eficiente dati pelas mesmas. Trabalha-se aqui com o conceito de TI como o conjunto de processos, rotinas e ferramentas que permitem a produção de dados, informações e eventos cujo registro e consolidação proporcionam a obtenção de informações destinadas a orientar decisões comerciais, estratégicas, sociais, operacionais, isoladamente ou em conjunto, visando obter melhoria do desempenho empresarial. Assim, este trabalho se justifica pela necessidade de compreender melhor a gestão, capacitação e infraestrutura disponível na utilização de recursos de TI pelas MPE e sua aplicação aos negócios com vistas a contribuir para o melhor desempenho desse importante segmento econômico. 2 REFERENCIAL TEÓRICO 2.1 ALGUMAS DEFINIÇÕES SOBRE TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO Vive-se em uma era em que as técnicas computacionais e as telecomunicações convergem para um ponto comum, tornando-se difícil separá-las. Pode-se afirmar, portanto, que o conjunto de tecnologias resultantes da utilização simultânea e integrada de informática e telecomunicações tem sido chamado de TI. CAMPOS FILHO (1994) define TI como um conjunto de software e hardware com funções de processamento de informações que incluem coleta, transmissão, armazenamento, manipulação e recuperação de dados. Todas essas tarefas podem estar incluídas em microcomputadores, conectados em redes ou não, mainframes, scanners (leitoras de códigos de barras), estações de trabalho, softwares tais como planilhas eletrônicas de dados ou banco de dados, além de outros. Para o citado autor, a TI é um conjunto de dispositivos baseados em computadores capazes de trabalhar com as informações, auxiliando os processos de gestão.

Contudo, a simples introdução dos recursos provenientes da TI não é garantia de resolução de todos dos problemas. Apesar de que, sem o seu emprego, certos benefícios não serão obtidos, bem como alguns problemas específicos podem ficar sem solução. Assim, devese analisar as situações em que o uso da TI é recomendado. Aconselha-se seu uso em circunstâncias em que haja um grande volume de serviços e de transações repetitivas; se existem muitos cálculos; se há estabilidade nas operações; se há necessidade de alta precisão e tempo de resposta reduzido (BIO, 1985), podendo representar vantagens em relação aos sistemas de informações manuais. A Tecnologia da Informação TI tem assumido um caráter dualista fundamental. Primeiro, pode ser utilizada para automatizar operações. Entende-se automatizar quando aplicações visam substituir o esforço e a qualificação humana, por uma tecnologia que permita que os mesmos processos sejam executados a um custo menor, obtendo-se um controle maior e uma melhor continuidade (WALTOM, 1993). O segundo aspecto é o fato de utilizar a TI para criar informações, pois ainda que uma tecnologia vise apenas automatizar, ela gera informações sobre os processos envolvidos no trabalho. Isso vem a ser informatizar, pois não apenas inclui, como vai além da automação. No ambiente de um escritório, a TI inclui o processamento de textos, planilhas eletrônicas, correio eletrônico, videoconferências, sistemas de apoio à decisão e sistemas especialistas (WALTOM, 1993). Apesar de muitos administradores reconhecerem o poder informacional da nova tecnologia, às vezes, acabam não alcançando o resultado desejado. WALTOM (1993) conclui que se uma empresa deseja tirar o máximo de proveito da informatização, é preciso inovar a organização. 2.2 PARTICULARIDADES ORGANIZACIONAIS DAS MPE Diversos autores (SOLOMON, 1986; LEONE; 1991; WALTOM, 1993) delinearam algumas características classificando-as como sendo mais comumente encontradas nas MPE, capazes de caracterizar esse ambiente específico:. utilizam frequentemente o trabalho próprio ou de familiares;. não possuem administração especializada fora da empresa, embora tenha um nível de maturidade baixo;. não apresentam produção em escala;

. possuem estreita relação pessoal do proprietário com empregados, clientes e fornecedores;. têm forte dependência dos mercados e de fontes de suprimentos próximas;. a direção é pouco especializada e a administração é essencialmente pessoal, pois quanto menor o negócio, mais informal será; recursos comerciais e pessoais se confundem;. as pequenas empresas fazem investimentos a curto prazo dependendo de rápidos retornos sobre seus investimentos;. há grande heterogeneidade entre as pequenas empresas, dificultando os estudos e as pesquisas;. as pequenas empresas possuem dirigentes com grande tenacidade, caracterizando-se por muitas horas de trabalho, disposição para enfrentar tempos difíceis, grande energia e com forte capacidade de iniciativa. A MPE pode ser definida como aquela administrada ou dirigida por uma única pessoa cujas competências decisórias ficam a cargo do proprietário e não são delegadas. Tudo fica sob o peso de sua gestão centralizada e de sua própria avaliação. Normalmente o empresário de uma MPE sente-se incapaz de exercer qualquer pressão ou controle nos acontecimentos futuros no setor e, ainda, se a empresa for jovem, falta-lhe uma longa experiência operacional aumentando assim, a sensação de incerteza com respeito ao futuro (GOLD, 1986). 2.3 ESPECIFIDADES DA MPE Analisar as características das pequenas empresas é essencial para obter maior compreensão da gestão das empresas desse porte e propor medidas práticas a fim de minimizar suas dificuldades, auxiliando na sua sobrevivência. Essas características específicas das pequenas empresas foram denominadas especificidades por LEONE (1999) e podem ser classificadas em três tipos: a) Especificidades Organizacionais: as empresas possuem sua estrutura organizacional pequena e centralizada. O poder decisório é centralizado, onde seu proprietário ou dirigente é quem discute diretamente com seus clientes, procurando conhecer suas necessidades e fazer a apresentação de seu produto.

b) Especificidades Decisionais: baseiam-se as tomadas de decisão nas experiências obtidas, no julgamento ou mesmo no conhecimento imediato, claro e espontâneo do proprietário, centralizando em si todas as decisões. c) Especificidades Individuais: é caracterizada pelo papel predominante do proprietário na organização, confundindo-se pessoa física com pessoa jurídica. Sendo assim, os objetivos e perspectivas das MPE se vêem afetados por percursos individuais do seu proprietário. 2.4 BARREIRAS AO USO DA TI PELAS MPE Há algum tempo, o ambiente competitivo se processava de forma mais lenta e as mudanças tecnológicas eram gerenciáveis e amenas. Porém, atualmente, o ambiente competitivo que os negócios enfrentam é severo e cruel. As mudanças ocorrem de forma cada vez mais veloz. Consequentemente, os dirigentes de pequenas empresas necessitam de uma arma poderosa tal como o processo de gestão estratégica para lidar com tal ambiente hostil (ZUBOFF, 1994). O gerenciamento efetivo das pequenas empresas contribui diretamente para o potencial econômico e para o crescente desenvolvimento da economia nacional por prover um vínculo com uma base de mercado mais desenvolvida. Por esta razão, o aprofundamento das análises sobre as técnicas de gestão das empresas, auxiliadas pelo uso das tecnologias da informação adequadas ao seu ambiente, pode significar uma melhora consistente na utilização de informações estratégicas e, consequentemente melhorar a competitividade desse setor (O BRIEN, 2003). Apesar do uso da TI nas pequenas empresas estar em constante progresso, ainda é considerado fraco em comparação com sua aplicação em médias e grandes empresas. Além disso, apesar das tendências indicarem aumento da aplicação da TI em pequenas empresas, há que se considerar o fato de que são empregadas essencialmente para realizar tarefas operacionais e administrativas, em vez de cumprir propósitos estratégicos ou auxiliar na tomada de decisões (O BRIEN, 2003). O aumento a capacidade tecnológica foi acompanhado por declínio dos preços, disponibilizando uma grande quantidade de processamento até para os menores escritórios. Mesmo assim, há uma grande dificuldade de aderência dos produtos disponíveis

no mercado às formas de gestão características de uma MPE. Isso ocorre em razão de a maioria das pesquisas de TI bem como o desenvolvimento de software serem realizados em grandes empresas, o que torna os resultados dessas pesquisas uma realidade para grandes empresas, com seus problemas, soluções e benefícios, não necessariamente aplicáveis a organizações menores (O BRIEN, 2003). Em virtude das dificuldades de adaptação em relação às tecnologias disponíveis, as micro e pequenas empresas as evitam, afirmando que se trata de algo complicado. Entretanto, com o incremento da evolução tecnológica, houve um grande avanço em termos técnicos e também em termos de interface com o usuário. De acordo com a exposição de alguns autores (ALBERTINI, 2001; BERALDI, 2002; LEONE, 1999), alguns obstáculos podem ser expostos, representando os principais entraves à implantação de tecnologias da informação nas pequenas empresas:. custos, geralmente elevados, exigindo grandes investimentos face aos limitados recursos financeiros;. a maior parte das pesquisas é realizada em grandes empresas, explorando suas realidades, não propriamente aplicáveis nos ambientes das pequenas empresas;. as pequenas empresas possuem dificuldades em aderir a produtos disponíveis no mercado, uma vez que são complexos demais para o seu ambiente específico;. ao absorver a tecnologia, o faz de modo lento;. dificuldades em alimentar o sistema com informações corretas;. forte resistência por parte dos funcionários que temem ser substituídos pela tecnologia;. falta do proprietário/dirigente para se inteirar do processo de implantação de novas tecnologias, bem como para obter um bom treinamento. 2.5 VANTAGENS NO USO DE TI Apesar das diversas dificuldades iniciais, PRATES (2002) constatou que após o processo de implantação da TI em pequenas empresas, houve a percepção da sua importância, fruto do aumento da capacidade de trabalho e, consequentemente, da competitividade. Além disso, os dirigentes dos pequenos negócios também acabaram apoiando a implantação da TI por perceberem que não haveria outra maneira de permanecer no negócio, melhorando seus controles gerenciais e aumentando a produtividade. Assim, as pequenas empresas que superarem seus obstáculos e empregarem

eficientemente seus recursos em TI poderão obter muitas vantagens, conforme destacam diversos autores (BERALDI, 2002; LEONE, 1999; PRATES, 2002):. maior compreensão das funções produtivas e do controle interno das operações;. redução da redundância de operações e aumento da continuidade, em virtude do aumento de velocidade de resposta;. integração da empresa, que permite o aumento na velocidade dos negócios, por melhorar o desempenho dos processos e o aumento da flexibilidade de produção;. redução de custos por automatizar tarefas que manualmente consumiriam muito tempo e que, posteriormente, passaram a economizar tempo e dinheiro, aumentando a produtividade e eliminando a monotonia das tarefas repetitivas;. melhora no atendimento ao cliente, satisfazendo-o pelo uso de tecnologias simples e acessíveis como uma linha telefônica e um identificador de chamadas que o identifique a fim de lhe oferecer um atendimento personalizado, servindo-o melhor por identificar suas necessidades e preferências;. maior integração por proporcionar vendas maiores para clientes potenciais, através de portais B2B, ferramenta essencial para a comunicação com parceiros de negócios e clientes. Vender pela Internet é um recurso disponível inclusive às micro e pequenas empresas;. melhora nas informações, uma vez que sistemas de informática específicos as filtram, tornando-as mais condensadas e relevantes;. maior disponibilidade de informações mais precisas para o processo decisório e em tempo oportuno;. aprimora a capacidade de reconhecer antecipadamente os problemas e oportunidades;. melhora no processo produtivo, por se focar nas tarefas mais importante, obtendo mais produtividade e competitividade;. redução dos problemas relacionados ao gerenciamento da informação e do custo de execução desse processo. 3 METODOLOGIA Este trabalho baseia-se em pesquisa realizada pela empresa Vox Populi, sob encomenda do Banco do Brasil S.A., através de dados coletados por survey telefônico realizado a partir de questionários estruturados programados através de sistema de CATI Computer Aided Telephone Interview. O público alvo dessa pesquisa é formado pelas micro e pequenas empresas, clientes

do Banco do Brasil S.A., com limite de crédito vigente, sem restrições cadastrais e com mais de 03 anos de constituição. A amostra compõe-se de 977 entrevistas, desenhadas para gerar resultados para as regiões geográficas brasileiras, faixa de faturamento e setor de atuação da empresa. Tal pesquisa ocorreu no periodo de abril a junho de 2006. Essa pesquisa é de natureza descritiva, com análise qualitativa, tendo em vista que o desenvolvimento de competências tecnológicas, no nível organizacional, é um processo caracterizado pela combinação de elementos técnicos e recursos diversos. O método qualitativo justifica-se, sobretudo, por ser uma forma adequada de entender a natureza de um fenômeno social em sua complexidade. Segundo Richardson et al. (1985), a abordagem qualitativa procura descrever a complexidade de determinado problema, analisar a interação de certas variáveis, compreender e classificar processos dinâmicos, vividos pela organização, e entender particularidades do seu comportamento. A partir dos dados levantados na pesquisa realiza-se uma revisão crítica, com base em referencial teórico, que abarca as especificidades do processo de informatização das empresas de menor porte, visando formular propostas concretas de inclusão digital do segmento. 4 DADOS E ANÁLISE DA PESQUISA 4.1 DISTRIBUIÇÃO AMOSTRAL Apresentam-se abaixo as principais características da amostra utilizada na pesquisa Vox Populi. 4.1.1 Por tipo de município A amostra está distribuída por tipo de município nas seguintes proporções:. capital, 24,1% dos entrevistados;. interior, 66,3% dos entrevistados;. região metropolitana, 9,6% dos entrevistados.

4.1.2 Por porte da empresa Por faixa de faturamento as empresas componentes da amostra dividem-se em :. Microempresas, 77, 1%;. Empresas de pequeno porte, 19%;. Médias empresas, 2,0%;. Empresas de grande porte, 1,9%. 4.1.3 Por distribuição geográfica A distribuição das empresas pesquisadas, por região geográfica, pode ser observada na tabela 2, a seguir: Tabela 2 : Distribuição amostral por porte e região. Porte Região Micro Pequeno Médio Grande Norte 74,9 22,3 1,6 1,2 Nordeste 81,4 15,1 1,8 1,7 Sudeste 78,5 17,8 2,3 1,4 Sul 72,8 22,2 2,7 2,3 Centro-Oeste 74,4 22,3 0,4 2,9 Fonte: Vox Populi (2006) 4.2 ESTRUTURA DE TI DAS EMPRESAS PESQUISADAS A pesquisa evidenciou (tabela 3) que significativa parcela das microempresas, 45,2%, não possui computadores de mesa, proporção que cai para 35,2% nas pequenas empresas. Das

empresas que ainda não possuem computador, 68,7% das micro e 57,9% das pequenas argumentaram não ter necessidade, devido ao porte da empresa, outros 12,3% das micro e 21,6% das pequenas apontaram problemas financeiros para não ter computador. Das empresas que possuem ao menos um computador, 82,0% das micro e 73,5% das pequenas afirmaram possuir acesso à Internet, ou por banda larga ou via discada, ou ambas, demonstrando alto grau de interligação à rede mundial. Tabela 3: Posse de recursos de TI pelas empresas entrevistadas. Faixa de Faturamento Equipamentos Geral Até 60 mil Mais de 60 até 500 mil Fax 70,2 48,1 60,9 Computador de mesa 74,3 54,8 64,8 Impressora 69,8 50,2 58,8 Fonte: Vox Populi (2006) A partir da posse de equipamentos de TI, a empresa Vox Populi criou uma variável que expressa o grau de informatização das empresas pesquisadas. Para cada equipamento ou sistema que a empresa possui foi somado um ponto (telefone celular, fax, handheld, impressora, computador de mesa, notebook, computadores ligados em rede e acesso à Internet), sendo o resultado final agregado em categorias:. nenhum ( a empresa não possui nenhum equipamento investigado);. baixo (de 01 a 03 equipamentos);. médio (de 04 a 05 equipamentos);. alto ( de 06 a 08 equipamentos). O resultado indicou que 38,6% das micro e 47% das pequenas empresas possui grau de informatização de médio para alto, sendo que as microempresas que não têm qualquer grau

de informatização foi de 31,4%, proporção que cai para 23,2% quando se trata de pequenas empresas. 4.3 UTILIZAÇÃO DE RECURSOS DE TI PELAS EMPRESAS. Para avaliar o nível de integração mantido entre a empresa e instituições com as quais se relaciona, o instituto de pesquisa perguntou às empresas que possuem acesso à Internet:. os tipos de atividades de integração com outras empresas, bancos e associações, habitualmente realizadas pela empresa;. a utilização de softwares livres ou exclusivos para realizar as atividades;. as atividades realizadas pelo entrevistado;. a necessidade de a empresa trabalhar com softwares ou meios que permitam os tipos de integração investigados. Das respostas obtidas constata-se que 25,4% das micro e 45,8% das pequenas empresas utilizam a Internet para troca de dados com instituições financeiras. Observe-se que este número é de 55% na média das empresas pesquisadas. Para resumir, a informação detalhada anteriormente, além de inúmeros outros dados que omitimos nesta resumida apresentação, foi criada pela Vox Populi, uma variável informação. que expressa a intensidade com que as organizações utilizam os sistemas de Para isto, para cada atividade realizada pelas empresas que possuem computadores, seja por meio da Internet ou softwares, foi somado um ponto, e a pontuação final agregada em categorias:. nenhuma utilização (não realize nenhuma das atividades investigadas);. baixo grau de utilização (de 01 a 05 atividades);. médio grau de utilização (de 06 a 10 atividades);. alto grau de utilização (de 11 a 15 atividades). Através desse indicador constatou-se que 79,3% das micro, e 76,4% das pequenas empresas possuem baixo ou nenhum grau de utilização, demonstrando um

elevado grau de exclusão digital dessas empresas quando comparamos tais proporções com a das grandes empresas, que atingem 66,6% de médio ou alto grau de utilização. Apesar desse dado desfavorável, quase 80% das micro e 85% das pequenas empresas afirmam ter política de investir em TI. Agregue-se a isso que mais de 46% das micro e mais de 48% das pequenas empresas alegaram ter necessidade de maior informatização em seus processos. Das empresas que alegaram baixa necessidade de informatização em seus processos, mais de 15% das micro e mais de 30% das pequenas empresas alegaram que já possuem os recursos de que necessitam e 69,7% das micro e 54,4% das pequenas empresas afirmaram que não há demanda pois a empresa é pequena ou realiza manualmente seus processos. 4.4 ANÁLISE CRÍTICA DOS DADOS. Merece destaque o fato de que quase dois terços das micro e pequenas empresas afirmaram não buscar informação. Tais dados confirmam a opinião de diversos autores sobre os fatores que limitam o uso da TI pelas pequenas empresas, principalmente:. custos, geralmente elevados, exigindo grandes investimentos face aos seus limitados recursos financeiros;. as pequenas empresas possuem dificuldades em aderir a produtos disponíveis no mercado, uma vez que são complexos demais para o seu ambiente específico;. ao absorver a tecnologia, o fazem de modo lento;. dificuldades em lidar com a TI, uma vez que sempre exige certo nível de conhecimento cujo ambiente carece de pessoal qualificado;. falta de tempo do proprietário dirigente para se inteirar do processo de implantação de novas tecnologias, bem como para obter um bom treinamento. Em resumo, as micro e pequena empresas, ainda que vivenciando um processo de significativa inserção no mundo digital, conservam limitações específicas e necessitam de assessoramento para sua completa inclusão digital. O micro e pequeno empreendedor ainda não tem as qualificações técnicas necessárias para fazer tal migração do mundo analógico para o digital. Tais mudanças passam, portanto, pela qualificação do empreendedor e ampliação de seus horizontes de gestão, permitindo-lhe visualizar as vantagens da TI para seu empreendimento.

5 CONSIDERAÇÕES FINAIS E SUGESTÕES A partir da pesquisa encomendada pelo Banco do Brasil S.A. à Vox Populi traçou-se uma radiografia do setor de micro e pequenas empresas, avaliando seu grau de informatização, suas deficiências, seus pontos fortes e suas fragilidades. Chegou-se à conclusão que, ainda que exista um significativo grau de informatização dessas empresas, há muito ainda a ser feito a fim de obter sua plena inclusão digital, principalmente do ponto de vista de qualificação de gestão, visto que o micro e o pequeno empresário têm dificuldades de visualizar as vantagens da inclusão digital e, conforme demonstrado, tende a considerar que seu negócio é pequeno demais para necessitar desses recursos. É necessário facilitar que o micro e o pequeno empresário obtenham uma nova visão sobre a gestão de seu negócio e a necessidade de se incorporar à sociedade digital. A partir desta nova visão, seguindo suas características e alcançando a eficácia, é possível gerar inúmeras vantagens competitivas que podem proporcionar benefícios com seu uso, como o aumento da qualidade das informações, pois as mesmas são filtradas para uma tomada de decisão correta; eliminação de trabalho rotineiro e controles administrativos evitando a repetição dos mesmos, possibilitando maior produtividade; melhorando o relacionamento com os fornecedores e o poder de barganha com os mesmos; maior capacidade de perceber antecipadamente as ameaças e oportunidades; menores custos com a agilidade dos processos. Quando a MPE souber aproveitar destes benefícios, poderão criar novas estratégias para o sucesso de seus negócios, tornando assim uma ferramenta auxiliar essencial nas atividades da empresa, integrando-a com o meio interno e externo a fim de derrubar as barreiras existentes e obter a excelência nos produtos e serviços que desenvolve. Pode-se responder à pergunta elaborada na introdução deste artigo da seguinte forma: as MPE podem absorver a TI, desde que haja um esforço concentrado para se introduzir uma nova visão empresarial, baseada numa mudança na forma de enxergar e controlar o próprio negócio assim como compreender a riqueza de informações que se pode obter com o uso da TI. Portanto, a Tecnologia da Informação possui grande importância no ambiente das micro e pequenas empresas, visto que a mesma otimiza seus processos melhorando sua estrutura e cultura organizacional, além de acrescentar valor comercial aos negócios, ou

seja, é um nstrumento voltado a criar e sustentar a competitividade em meio à concorrência, gerando maiores lucros para o micro e pequeno empresário. REFERÊNCIAS AGRASSO NETO, M.; ABREU, A. F. Tecnologia da Informação: manual de sobrevivência da nova empresa. São Paulo: Arte e Ciência Villipress, 2009. ALBERTINI, A.L. Valor estratégico dos projetos de tecnologia da informação. Revista de Administração de Empresas. São Paulo, v. 41, n 3, p. 42-50, jul/set, 2001. BERALDI, L.C. Pequena empresa e tecnologia da informação: recomendações e roteiro de aplicação para a melhoria da competitividade dos fabricantes de móveis do pólo moveleiro de Mirassol SP. 283f. Tese (Doutorado) Escola de Engenharia de São Carlos; Universidade de São Paulo, São Carlos: USP, 2002. BINDES, Fábio et al. Fatores Condicionantes e Taxas de Sobrevivência e Mortalidadedas Micro e Pequenas Empresas no Brasil 2003 2005. Disponível em: <http://www.biblioteca.sebrae.com.br>. Acesso em: 06 de jun. 2011. BIO, S.R.. Sistemas de Informação: um enfoque gerencial. São Paulo: Atlas, 1985. CAMPOS FILHO, M.P. Os sistemas de informação e as modernas tendências da tecnologia e dos negócios. Revista de Administração de Empresas, v.34, nº 6, p.33-45, nov/dez, 1994. GOLD, R.A. Planejamento prático para pequenas empresas. In: Coleção Harvard de Administração. São Paulo, Nova Cultural, v. 9, p. 7-34, 1986. LEONE, N.M.C.P.G. As especificidades ds pequenas e médias empresas. Revista de Administração, São Paulo, v.29, n 3, p. 66-75, jul/set,1999. O BRIEN, J. Sistemas de informação e as decisões gerenciais na era da Internet. São Paulo: Saraiva, 2003.

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