ACÓRDÃO. VISTOS, relatados e discutidos estes autos, em que figuram como partes as acima nominadas.



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t,,r,11,te ESTADO DA PARAÍBA PODER JUDICIÁRIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA c9g1: 2ra$. ("eldá Agi,% Pig-4 ACÓRDÃO APELAÇÃO CÍVEL N. 200.2004.000243-4 / 001 RELATOR : Des. Júlio Paulo Neto APELANTE : Gúbio Aristóteles de Sá Bonner (Adv. José Carlos Scortecci Hilst e outro) APELADO : Coordenador da Comissão Examinadora do Processo Seletivo Público-PSP-RH-1/2002 da Petróleo Brasileiro S. A. PETROBRÁS, representado por seu titular MANDADO DE SEGURANÇA. CONCURSO PÚBLICO DA PETROBRÁS. CARGO DE ANA- LISTA DE SISTEMAS JÚNIOR. REQUISITO DE ESCOLARIDADE EM INFORMÁTICA. CURSO DE TECNOLOGIA EM TELEMÁTICA. PREEN- CHIMENTO PELO CANDIDATO. PORTARIA N. 2.68412002 DO MEC. DIREITO LÍQUIDO E CERTO. ELIMINAÇÃO DO CANDIDATO DO CERTAME. ILEGALIDADE. SENTENÇA DENE- GATÓRIA DA SEGURANÇA. APELO. PROVI- MENTO. Tem direito liquido e certo a prosseguir no processo seletivo da PETROBRÁS, o candidato ao cargo de Analista de Sistemas Júnior graduado em Tecnologia em Telemática, porque atende ao requisito de escolaridade em informática previsto no edital do aludido certame de acordo com a Portaria do MEC de n. 2.684/2002. VISTOS, relatados e discutidos estes autos, em que figuram como partes as acima nominadas. ACORDA, em Terceira Câmara Cível do Tribunal de Justiça da Paraíba, por unanimidade, dar provimento ao recurso, integrando a presente decisão a súmula de julgamento de 213. 11W 44n,

.:Á, Apelação Chiei n. 200.2004.000243-4 / 001 - - Pág. 2 de 4, ; RELATÓRIO Cuida-se de recurso apelatório interposto por Gúbio Aristóteles de Sá Bonner contra sentença do Juizo da t a Vara da Fazenda Pública da Capital, que denegou a segurança pleiteada pelo apelante em face do Coordenador da Comissão Examinadora do Processo Seletivo Público- PSP-RH-1/2002 da Petróleo Brasileiro S. A. PETROBRÁS. Sustenta o recorrente que prestou concurso público para o cargo de analista de sistemas júnior realizado pela Petróleo Brasileiro S. A. PETROBRÁS, e que embora tenha logrado aprovação nas provas objetivas, bem como preenchido o requisito de graduação em informática exigido pelo edital, posto que é tecnologo em telemática, ele foi eliminado do aludido certame sob o argumento de que não preenchia os requisitos de escolaridade previstos no edital. Não foram apresentadas contra-razões pelo recorrido. " Nesta instância, o Ministério Público opinou pelo desprovimento do recurso (fls. 204/207). VOTO É o relatório. A discussão devolvida através do presente recurso se resume a saber se o curso do autor (graduação) o habilita a preencher o cargo de analista de sistemas júnior do Processo Seletivo Público-PSP-RH- 11/2002 da Petróleo Brasileiro S. A. PETROBRÁS, para o qual logrou a- provação. O apelante sustenta que sim, já que o edital exige a formação em informática, dentre outras graduações (item 2.1.2 do edital), e o seu 111,:;? curso assim foi considerado conforme a portaria do MEC de n. 2.684 de 25 de setembro de 2002 do MEC, constante dos autos às fls. 116/117, haja vista que o curso superior de tecnologia de telemática ministrado pelo CE- FET/PB, foi denominado pelo MEC de curso superior de tecnologia em redes de computadores (área profissional: informática). Entendo que a razão está com o recorrente. É que, embora seu curso fosse denominado de "tecnologia em telemática", com advento da portaria do MEC de n. 2.684 de 25 de setembro de 2002, o referido curso superior ministrado pelo CEFET/PB, passou a ser denominado de curso superior de tecnologia em redes de computadores (área profissional: informática). Dai restar preenchida a exigência do edital do certame. A questão não dá espaço a discussões. Com efeito, é de se ressaltar que esta controvérsia surgiu em vários outros Estados da Federação gerando diversas demandas. O fato é que,* submetida a matéria ao crivo do Supremo Tribunal Federal, através do agravo de instrumento de n. 543173 RJ, in er- 44 k 14^à 1

Apelação Cível n. 200.2004.000243-4 / 001 Pág. 3 de 4 posto pela Petróleo Brasileiro S/A - PETROBRAS de decisão que inadmitiu Recurso Extraordinário, em hipótese idêntica, o Relator Ministro Sepúlveda Pertence, decidiu o seguinte: "CONCURSO PÚBLICO PARA ANALISTA DE SISTE- MA. PETROBRAS. CURSO DE TECNÕLOGO DE INFOR- MÁTICA. ATENDIMENTO AO EDITAL. O edital do concurso para Analista de Sistema Júnior da Petrobrás, dentre outros requisitos, exige graduação em Ciência da Computação ou em Informática. No caso especifico, o Apelado concluiu o curso de Tecnólogo em Informática, ministrado por Universidade e devidamente reconhecido. Tem registro no órgão próprio. Embora com esta denominação, os cursos de tecnologia são, por lei, considerados superiores, diferentemente dos cursos técnicos. É o que se extrai da interpretação sistêmica da legislação educacional, mais precisamente na lei de Diretrizes e Bases e demais decretos reguladores. Portanto, o Apelado atende ao requisito do edital que exige graduação em Informática e se preenche os demais requisitos, logrando aprovação, então, não pode a Apelante rechaçá-lo, sob pena de afrontar à lei e ao editai. Inexistência de afronta aos dispositivos legais indicados nas razões de apelo. Recurso desprovido, nos termos do voto do Desembargador Relator. Alega-se, em suma, violação dos 'artigos 5 0, e 37, da Constituição Federal. É inviável o RE. O acórdão recorrido limitou-se a aplicar a legislação infraconstitucional pertinente ao caso; a alegada violação dos dispositivos constitucionais invocados no recurso extraordinário seria, se ocorresse, indireta ou reflexa, que não enseja reexame na via extraordinária, conforme copiosa jurisprudência deste Tribunal: incide, mutatis mutandis, o princípio da Súmula 636. Ademais, para que se pudesse reverter a solução do acórdão recorrido, seria imprescindível reapreciar tanto os termos do edital que regeu o concurso, quanto os fatos e as provas que permeiam a lide, no sentido de averiguar qual a natureza do curso feito pelo agravado e se este supriria a exigência para investidura no cargo pretendido, v.g., AI 328.118-AgR, 03.09.2002, ia T, Ellen Grade, DJ 27.09.2002: Agravo regimental a que se nega provimento, porquanto análise do recurso extraordinário depende do reexame da interpretação do teor do edital de concurso público e dos fatos e provas da causa. Nego provimento ao agravo." Brasília, 09 de maio de 2005. Ministro Sepúlveda Pertence Relator. Hipóteses idênticas, soluções idênticas. Havendo, portanto, ato administrativo emanado da autoridade competente que equipara as graduações, não se pode distingui-las para efeitos de aprovação em concurso. OT\ \7-

Apelação Chiei n. 200.2004.000243-4 / 001 Pág. 4 de 4 Assim, dou provimento ao recurso, para reformar a sentença e conceder a segurança pleiteada, tomando sem efeito o ato que eliminou o recorrente do processo seletivo público da PETROBRÁS (edital de n. 1/2002 PSP RH 1, de 19 de fevereiro de 2002 que foi alterado pelo edital de n. 2/2002 PSP RH-1, de 28 de fevereiro de 2002), reintegrando-o ao aludido certame para prosseguir nas fases seguintes dos procedimentos pré-admissionais, assegurando-lhe a sua habilitação no requisito do item 2.1.2 do referido edital. DECISÃO A Câmara decidiu, por unanimidade, dar provimento ao recurso. Presidiu os trabalhos o ínclito Desembargador Genésio Gomes Pereira Filho, Presidente. Participaram do julgamento, além do Relator, Excelentíssimo Des. Júlio Paulo Neto, os Excelentíssimos Desembargadores Genésio Gomes Pereira Filho e João Antônio de Moura. Presente o representante do Ministério Público, na pessoa do Dr. Ronaldo José Guerra, Promotor de Justiça convocado. Sala das Sessões da Terceira Câmara Cível do Tribunal de Justiça da Paraíba, em 28 de julho de 2005. (data do julgamento). João Pessoa, 01 de agosto de 2005.. \ Júlio Paulo Neto Relator

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