Monopólio. Microeconomia II LGE108. Características do Monopólio:



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Transcrição:

Monopólio Introdução Características do Monopólio: Existe uma única empresa do lado da oferta; Existem muitos compradores de pequena dimensão; Não existem substitutos próximos; Existe informação perfeita (os consumidores estão perfeitamente informados sobre o preço e as características do produto do monopolista); Existem barreiras à entrada de natureza estrutural (legal) e de natureza estratégica que impedem a entrada de rivais.

O equilíbrio Em monopólio, existe apenas um produtor que tem poder de mercado pois domina totalmente o lado da oferta, não tendo qualquer concorrente. Logo, o monopolista fixa o preço de mercado (price-maker) ou a quantidade. No entanto, esse poder de mercado é limitado, dado que o monopolista está sujeito à curva da procura. Significa então que a função procura que o monopolista enfrenta corresponde à função procura de mercado. Dado que a função procura é negativamente inclinada, então o monopolista enfrenta uma relação inversa entre o preço e a quantidade: quanto mais elevado for o preço, menor a quantidade que os consumidores estão dispostos a adquirir (e vice-versa) RT = (). Rmd = () drt d ( ( ). ) = = d d d = + d Significa então que a receita marginal tem duas componentes: o preço a que é vendida a última unidade, que é positiva; d/d, que é negativa: a diminuição do preço que se verifica em todas as unidades anteriores (em concorrência perfeita, d/d = 0). O equilíbrio O equilíbrio corresponde à situação em que o monopolista maximiza o lucro: Max LT = RT CT Condição de primeira ordem (CO): Condição de segunda ordem (CSO): dlt drt dct dlt = 0 - = 0 = < 0 d < d d d d d d d Significa então que o lucro do monopolista é maximizado quando o benefício obtido com a venda da última unidade produzida iguala o custo de produzir essa unidade adicional. ara volumes de produção superiores ao volume de produção de equilíbrio, >, donde a produção de uma unidade adicional faz reduzir o lucro, pelo que se deve reduzir a produção; para volumes de produção inferiores ao volume de produção de equilíbrio, < deve produzir-se mais pois o lucro aumenta. * Rmd *

O equilíbrio Condições de encerramento no período curto Situação idêntica à da estrutura perfeitamente concorrencial onde a condição de maximização de lucro pode tornar-se em condição de minimização de prejuízos. O monopolista pode laborar com prejuízos desde que não sejam superiores aos dos custos fixos. Em resumo: condições de produção idênticas à da estrutura perfeitamente concorrencial Condições de encerramento no período longo Se a empresa obter lucros inferiores aos lucros normais, encerrará. Em resumo: condições idênticas à da estrutura perfeitamente competitiva erda de bem-estar em monopólio Como vimos, em equilíbrio de concorrência perfeita, = Rmd = =, ou seja, o benefício da última unidade transaccionada no mercado para os consumidores é igual ao custo dessa unidade para os produtores (situação em que o bem-estar social é máximo). No equilíbrio do monopolista, ( = Rmd) > ( = ), ou seja, o preço de mercado é superior ao custo marginal (ineficiência social). Significa então o valor que os consumidores atribuem à última unidade transaccionada é superior ao custo dessa unidade para o produtor, pelo que se regista uma perda de bem-estar social. A perda líquida de monopólio face à situação de concorrência perfeita é dada pelas áreas C e E, conforme o gráfico seguinte em que se representam as áreas de excedente de produtor (E) e consumidor (EC) em cada estrutura de mercado. 3

erda de bem-estar em monopólio $ m c A B D E m Ec C E Rmd m c Concorrência perfeita Monopólio Δ EC A+B+C A -B-C E D+E B+D B-E W = EC + E A+B+C+D+E A+B+D -C-E Regulação de Monopólio A regulação económica é o processo pelo qual o governo intervém no mercado com o objectivo de aumentar o bem-estar social (soma do excedente do produtor e do consumidor), através da redução do preço e aumento da quantidade transaccionada. Na definição da política de regulação, é necessário assegurar que a empresa regulada não saia do mercado. Alguns dos instrumentos de regulação mais utilizados são: a definição de preços máximos; a fixação do preço no valor do custo médio de produção ou do custo marginal. Independentemente dos instrumentos usados, o governo ou alguma entidade reguladora de concorrência e preços, se quiser atingir o máximo bem-estar social possível, deve tentar obter como solução de equilíbrio o preço que iguale o custo marginal, desde que a empresa não saia do mercado com essa medida. No longo prazo, tal implica que o lucro seja pelo menos normal, após a regulação. 4

Regulação de Monopólio: maximização do bem-estar social u.m. M C Cmd C ara maximizar o bem-estar social, o regulador deve procurar obter a solução de concorrência perfeita, ou seja, uma quantidade indicada por C e um preço por C, resultantes de igualdade entre a Rmd e o. Com esta medida, o monopolista continuará a produzir, pois existem lucros supranormais ( C >Cmd C ). L Se o lucro resultante fosse inferior ao normal, o regulador deveria optar por uma Cmd L solução de second best, ou seja, garantir que o preço fosse aquele que resultasse da igualdade entre a Rmd e o Cmd, a melhor aproximação possível ao resultado de concorrência perfeita. Rmd M C Regulação do Monopólio: o caso do Monopólio Natural a D Monopólio natural sem regulação a a Cmd uando os custos unitários de produção são decrescentes até volumes de produção elevados face à dimensão da procura, a existência de uma única empresa pode ser a única solução para as empresas não terem prejuízos. Contudo, se não existir qualquer intervenção exterior, o monopolista pode definir um preço relativamente elevado, afectando o bem-estar social. a b c D Monopólio natural com regulação a a b b c c Cmd O preço mais eficiente é p=, uma vez que o bem-estar social é máximo. Mas neste caso, o monopolista tem prejuízos (área a sombreado) Com regulação do tipo =Cmd obtém-se uma maior quantidade transaccionada a um preço mais baixo do que sem regulação e o monopolista aufere o lucro normal. 5

Vantagens/Desvantagens do Monopólio Logo, o monopólio apresenta desvantagens: desincentivo ao progresso tecnológico pelo facto do monopolista se acomodar à posição dominante; a acomodação à posição dominante pode também gerar ineficiências no sentido em que não há a preocupação de se produzir ao menor custo possível; a concorrência incentiva as empresas a produzirem ao menor custo; comportamento rent-seeking: a procura de adquirir ou manter situações de monopólio para conseguir rendas elevadas implica gastos em recursos para manter a posição dominante e não para produzir bens e serviços. Contudo, o monopólio tem vantagens: a possibilidade de obter lucros de monopólio, pelo menos durante algum tempo, pode ser um incentivo para a inovação (patentes: protecção legal para uso exclusivo do produto que a empresa desenvolveu); se existirem economias de escala até volumes de produção elevados, pode ser a única solução para o fornecimento do produto (monopólio natural: custos unitários decrescentes até ao nível de produção que satisfaça a procura). Falácias -O monopolista pode estabelecer o preço que quiser: mentira, depende da curva da procura para o seu produto. -O monopolista obtém sempre lucros: mentira, pode, no curto prazo, obter prejuízos, desde que não sejam superiores aos custos fixos. - O monopolista maximiza a sua receita: mentira, ele produz sempre na fase elástica da curva da procura, o que significa que, se decidir aumentar o preço, a sua receita total diminui. I Epd > Epd = II Epd < Rmd Apesar de poder escolher qualquer ponto ao longo da procura, o monopolista maximizador do lucro apenas vai produzir na zona elástica da curva da procura, em que >0. De facto, se o monopolista produzir na zona inelástica da procura, então pode sempre aumentar o seu lucro reduzindo a quantidade e aumentando o preço. 6

Discriminação de reços A prática de cobrar a consumidores diferentes preços diferentes pelo mesmo produto designa-se de discriminação de preços. A empresa observa determinadas características dos consumidores que funcionam como um indicador da disponibilidade para pagar. Consegue identificar diferentes grupos de consumidores, com elasticidades preço da procura diferentes e cobrar-lhes preços diferentes. Exemplos: dumping; bilhetes de teatro mais baratos para jovens e idosos. As condições necessárias para que a discriminação de preços seja proveitosa para o monopolista são: a empresa tem que ser capaz de identificar os diferentes consumidores; os mercados devem ser separados, isto é, os consumidores não podem ter a possibilidade de arbitrar (os consumidores aos quais o produto é vendido a um preço mais baixo não podem ter a possibilidade de vender aos outros) e os consumidores devem ser incapazes de se deslocarem para o mercado em que o preço é mais baixo. elasticidade preço da procura diferente em cada mercado. Discriminação de reços Considere-se um monopolista que vende o seu produto em mercados diferentes: Mercado : (q ), = reços de mercado nos mercados e Mercado : (q ) q, q = uantidades vendidas nos mercados e = q +q = uantidade total produzida pelo monopolista C() = C(q +q ) = Custo total de produção roblema do monopolista: π = 0 q ' q q π = 0 ' q q q Max [ ( q ) q + ( q ) q C( q q )] + q q, q Condição de primeira ordem: ( ) + ( q ) C' ( q + q ) ( ) + ( q ) C' ( q + q ) = 0 = = 0 = = Logo, o lucro do monopolista é máximo quando q e q são tais que =, caso contrário seria possível aumentar o lucro com a transferência de alguma quantidade de um mercado para outro 7

Discriminação de reços $ 500 $ 400 $ 400 00 00 00 875 000 800 000 800 600 p a 600 45 pb 600 agregada 50 50 50 a b 0 5 00 qa 0 75 300 Resolução gráfica: a função receita marginal agregada soma quantidades para a mesma receita marginal dos mercados. A intersecção com o custo marginal indica a quantidade global a produzir pela empresa. ara se encontrar o preço a praticar em cada mercado (e a quantidade a vender em cada um deles), basta considerar que as receitas marginais têm de ser iguais. Desde que o acréscimo de custo decorrente da discriminação (incluindo publicidade, inspecção, etc) seja inferior à receita marginal, a discriminação é vantajosa para a empresa. À primeira vista poderia parecer que o consumidor é o perdedor (pode significar a apropriação de parte do excedente do consumidor pela empresa), mas os consumidores do mercado que pagam um preço inferior ao que vigoraria sem discriminação (aquele em que a sensibilidade ao preço, ou seja, a elasticidade preço da procura é mais elevada) são beneficiados. 400 500 qb 0 00 00 300 400 500 q Dumping Caso particular: monopolista vende também no mercado externo onde enfrenta concorrência perfeita (ou em outro mercado qualquer, onde há concorrência perfeita): Mercado Externo Mercado Interno I E E = Rmd E E+I RmdI E = * - I I I Equilíbrio com discriminação: E = I = * Mercado interno (monopólio): I = I, I Mercado Externo (concorência perfeita): E = * - I ; = E = E = Rmd E = Note-se que, em equilíbrio, o preço é mais baixo no mercado com maior elasticidade preço da procura ( ). * 8