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Ementa e Acórdão DJe 06/02/2012 Inteiro Teor do Acórdão - Página 1 de 16 15/12/2011 PLENÁRIO EMB.DECL. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 478.410 SÃO PAULO RELATOR EMBTE.(S) PROC.(A/S)(ES) EMBDO.(A/S) ADV.(A/S) : MIN. LUIZ FUX :UNIÃO :PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONAL :UNIBANCO - UNIÃO DE BANCOS BRASILEIROS S/A :PAULO DE BARROS CARVALHO EMENTA: RECURSO EXTRAORDINÁRIO. EMBARGOS DE DECLARAÇÃO. CONSTITUCIONAL. TRIBUTÁRIO. PROCESSUAL. CONTRIBUIÇÃO PREVIDENCIÁRIA. INCIDÊNCIA. VALE- TRANSPORTE. ART. 4º DA LEI Nº 7.418/85 E ART. 5º DO DECRETO Nº 95.247/87. NATUREZA INDENIZATÓRIA. PAGAMENTO EM PECÚNIA. INOCORRÊNCIA DE DESCARACTERIZAÇÃO. DELIMITAÇÃO DA EXTENSÃO DOS EFEITOS DA DECLARAÇÃO DE INCONSTITUCIONALIDADE DOS DISPOSITIVOS NORMATIVOS. SUPOSTA ABRANGÊNCIA PARA ALÉM DO DOMÍNIO TRIBUTÁRIO. TERCEIROS CUJAS ESFERAS JURÍDICAS RESTARIAM ATINGIDAS CASO PROCLAMADA A INVALIDADE DA SISTEMÁTICA DO VALE-TRANSPORTE. ADMISSÃO DE INTERVENÇÃO NAS MODALIDADES DE ASSISTÊNCIA SIMPLES E RECURSO DE TERCEIRO PREJUDICADO. PRETENSÃO DE IMPUGNAÇÃO DAS PREMISSAS QUE EMBASARAM O ACÓRDÃO EMBARGADO. CARÁTER INFRINGENTE. EXPRESSA REJEIÇÃO DA POSSIBILIDADE DE INSTITUIÇÃO DA INCIDÊNCIA TRIBUTÁRIA PARA COMBATER A BURLA À VERDADE SALARIAL. INADMISSIBILIDADE DOS EMBARGOS DE DECLARAÇÃO. OMISSÃO QUANTO À ANÁLISE DO ART. 4º DA LEI Nº 7.418/85. EXAME ESPECÍFICO PELO VOTO DO RELATOR. ANÁLISE DA CAUSA SOB O ÂNGULO DO DEVER INFRACONSTITUCIONAL DE PAGAMENTO DO BENEFÍCIO EM VALES. INOCORRÊNCIA DE VÍCIO NO PRONUNCIAMENTO. ALEGAÇÃO DE OMISSÃO QUANTO AO DISPOSITIVO documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1654284.

Ementa e Acórdão Inteiro Teor do Acórdão - Página 2 de 16 CONSTITUCIONAL REPUTADO VIOLADO. INOCORRÊNCIA. FUNDAMENTAÇÃO CALCADA NO PRINCÍPIO CONSTITUCIONAL DA LEGALIDADE TRIBUTÁRIA (CF, ART. 150, I) E DA AUSÊNCIA DE LEI COMPLEMENTAR A AMPARAR A INCIDÊNCIA DA CONTRIBUIÇÃO PREVIDENCIÁRIA (CF, ART. 195, I, A E 4º). DELIMITAÇÃO DOS EFEITOS DA DECLARAÇÃO DE INCONSTITUCIONALIDADE DO ART. 5º DO DECRETO Nº 95.247/87. RESTRIÇÃO AO ÂMBITO TRIBUTÁRIO, À LUZ DA FUNDAMENTAÇÃO DO ACÓRDÃO EMBARGADO. MANUTENÇÃO DO SISTEMA DE PAGAMENTO DO BENEFÍCIO DO VALE-TRANSPORTE. ILICITUDE RESGUARDADA NO QUE CONCERNE AOS OUTROS DOMÍNIOS DO DIREITO POSITIVO. INCONSTITUCIOANLIDADE RESTRITA AO DOMÍNIO TRIBUTÁRIO, DE MODO A AFASTAR A INCIDÊNCIA DE CONTRIBUIÇÃO PREVIDENCIÁRIA. EMBARGOS DE DECLARAÇÃO ACOLHIDOS. 1. Tem-se por admissível a intervenção de terceiros, em recurso extraordinário decidido sob o regime da repercussão geral, de operadoras de transporte coletivo urbano que colocam em prática a vigente sistemática do vale-transporte, nos termos do art. 5º do Decreto nº 95.247/87, cujas esferas jurídicas restariam sensivelmente atingidas na hipótese de a declaração de inconstitucionalidade do referido dispositivo normativo, constante do acórdão embargado, for entendida em termos abrangentes, produzindo efeitos para além do domínio exclusivamente tributário. 2. Manifesta-se o caráter infringente de embargos de declaração quando interpostos de modo a questionar a firmeza das premissas que embasaram o acórdão embargado, mormente quando adotada expressamente tese jurídica contrária à pretendida descaracterização da natureza jurídica do vale-transporte pelo só fato de ser pago em pecúnia, sem que a incidência tributária possa ser instituída como modalidade de sanção política a fim de combater eventual burla ao princípio da verdade salarial. 2 documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1654284.

Ementa e Acórdão Inteiro Teor do Acórdão - Página 3 de 16 3. Inexiste omissão quanto ao exame do art. 4º da Lei nº 7.418/85 diante da expressa manifestação do voto do relator acerca do referido enunciado normativo, destacando-se, no acórdão recorrido, a análise da causa sob o ângulo material do dever infraconstitucional de pagamento do benefício em vales. 4. Descabe arguir omissão quanto aos dispositivos constitucionais reputados violados se o acórdão embargado considera, de forma expressa e categórica, ofensiva ao princípio da legalidade tributária (CF, art. 150, I) a interpretação que chancela a incidência de contribuição previdenciária sobre os valores pagos em pecúnia a título de vale-transporte sem lei complementar que o permita, notadamente à luz dos art. 195, I, a e 4º, da CF. 5. A compreensão da fundamentação dos votos da maioria vencedora revela a necessária restrição dos efeitos da declaração de inconstitucionalidade do art. 4º da Lei nº 7.418/85 e do art. 5º do Decreto nº 95.247/87 exclusivamente no que concerne ao domínio tributário, para afastar a incidência de contribuição previdenciária pelo só pagamento da verba em dinheiro, mantendo-se hígida, no mais, a sistemática do valetransporte para os demais fins, notadamente à luz dos domínios remanescentes do direito positivo. 6. Embargos de declaração acolhidos, nos termos do voto do Relator. A C Ó R D Ã O Vistos, relatados e discutidos este autos, acordam os Ministros do, em Sessão Plenária, sob a Presidência do Senhor Ministro Cezar Peluso, na conformidade da ata de julgamentos e das notas taquigráficas, por unanimidade e nos termos do voto do Relator, em acolher os embargos de declaração, sem modificação do teor do julgamento. Brasília, 15 de dezembro de 2011. LUIZ FUX Relator Documento assinado digitalmente 3 documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1654284.

Relatório Inteiro Teor do Acórdão - Página 4 de 16 15/12/2011 PLENÁRIO EMB.DECL. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 478.410 SÃO PAULO RELATOR EMBTE.(S) PROC.(A/S)(ES) EMBDO.(A/S) ADV.(A/S) : MIN. LUIZ FUX :UNIÃO :PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONAL :UNIBANCO - UNIÃO DE BANCOS BRASILEIROS S/A :PAULO DE BARROS CARVALHO R E L A T Ó R I O O SENHOR MINISTRO LUIZ FUX (RELATOR): Na assentada de 10 de março de 2010, o Plenário deste, em julgamento por maioria, vencidos os Ministros Joaquim Barbosa e Marco Aurélio, deu provimento ao recurso extraordinário interposto pelo recorrente, em acórdão cuja ementa restou assim lavrada: RECURSO EXTRORDINÁRIO. CONTRIBUIÇÃO PREVIDENCIÁRIA. INCIDÊNCIA. VALE-TRANSPORTE. MOEDA. CURSO LEGAL E CURSO FORÇADO. CARÁTER NÃO SALARIAL DO BENEFÍCIO. ARTIGO 150, I, DA CONSTITUIÇÃO DO BRASIL. CONSTITUIÇÃO COMO TOTALIDADE NORMATIVA. 1. Pago o benefício de que se cuida neste recurso extraordinário em vale-transporte ou em moeda, isso não afeta o caráter não salarial do benefício. 2. A admitirmos não possa esse benefício ser pago em dinheiro sem que seu caráter seja afetado, estaríamos a relativizar o curso legal da moeda nacional. 3. A funcionalidade do conceito de moeda revela-se em sua utilização no plano das relações jurídicas. O instrumento monetário válido é padrão de valor, enquanto instrumento de pagamento sendo dotado de poder liberatório: sua entrega ao documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1654285.

Relatório Inteiro Teor do Acórdão - Página 5 de 16 credor libera o devedor. Poder liberatório é qualidade, da moeda enquanto instrumento de pagamento, que se manifesta exclusivamente no plano jurídico: somente ela permite essa liberação indiscriminada, a todo sujeito de direito, no que tange a débitos de caráter patrimonial. 4. A aptidão da moeda para o cumprimento dessas funções decorre da circunstância de ser ela tocada pelos atributos do curso legal e do curso forçado. 5. A exclusividade de circulação da moeda está relacionada ao curso legal, que respeita ao instrumento monetário enquanto em circulação; não decorre do curso forçado, dado que este atinge o instrumento monetário enquanto valor e a sua instituição [do curso forçado] importa apenas em que não possa ser exigida do poder emissor sua conversão em outro valor. 6. A cobrança de contribuição previdenciária sobre o valor pago, em dinheiro, a título de vales-transporte, pelo recorrente aos seus empregados afronta a Constituição, sim, em sua totalidade normativa. Recurso Extraordinário a que se dá provimento. (RE 478410, Relator(a): Min. EROS GRAU, Tribunal Pleno, julgado em 10/03/2010, DJe-086 DIVULG 13-05-2010 PUBLIC 14-05-2010 EMENT VOL-02401-04 PP-00822 RDECTRAB v. 17, n. 192, 2010, p. 145-166) Diante disso, interpõe embargos de declaração, às fls. 752-760, a Associação Nacional das Empresas de Transporte Urbanos (NTU), reiterando petição na qual postula o ingresso no feito na qualidade de assistente simples da recorrida (fls. 663-669). Alega a configuração, em primeiro lugar, de contradição de fundamentação no voto proferido pelo então Relator, Min. Eros Grau, pois o cumprimento da obrigação do valetransporte em pecúnia seria incompatível com a premissa de que tal dever seria composto de duas prestações ( uma de fazer, e outra de dar coisa certa fls. 756). Reputa presente, por conta disso, também obscuridade no acórdão embargado quanto à existência, ou não, de desconfiguração, pelo 2 documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1654285.

Relatório Inteiro Teor do Acórdão - Página 6 de 16 julgado desse Pretório Excelso, do direito laboral legalmente configurado em torno do instituto do vale-transporte (fls. 757). Por fim, aduz ter ocorrido omissão quanto aos arts. 173 e 176 do RISTF, diante da ausência de explicitação pelo julgado sobre a constitucionalidade, a nulidade total ou apenas de nulidade parcial sem redução de texto (nos termos detalhados no tem 17 supra) do art. 5º do Decreto nº 95.247/87 (fls. 760). Por sua vez, às fls. 762-785 a Federação das Empresas de Transporte de Passageiros do Estado do Rio de Janeiro FETRANSPOR interpõe embargos de declaração como terceiro prejudicado, alegando que o reconhecimento em termos amplos da validade do pagamento do valetransporte em dinheiro, no acórdão embargado, poderá repercutir em muitas outras esferas, com prejuízos para o sistema atualmente em voga no Estado do Rio de Janeiro qual seja: através de cartão eletrônico emitido, comercializado e distribuído pela embargante. Sustenta haver incorrido o acórdão embargado em omissão e obscuridade em razão da afirmação, constante da parte final do voto do Min. Relator, no sentido de que o artigo 5º do Decreto n. 95.247/87 é absolutamente incompatível com o sistema tributário da Constituição de 1988 (fls. 714), a ensejar a interpretação de que a referida norma restaria inválida mesmo fora do domínio tributário, o que inviabilizaria o sistema do vale-transporte como um todo (fls. 783). De forma similar, a União, às fls. 1051-1056, interpôs embargos de declaração aduzindo a ocorrência de omissão, no acórdão recorrido, quanto à análise do art. 4º da Lei nº 7.418/85, que imporia a concessão do referido benefício in natura, de vez que o Decreto nº 95.247/87 seria ato normativo de natureza meramente secundária. Paralelamente, asseverou que o acórdão recorrido teria incorrido em obscuridade ao não definir com precisão a extensão da declaração de inconstitucionalidade do art. 5º do Decreto nº 95.247/87, que possui sentido e alcance que desbordam da estrita observância quanto à incidência, ou não, da contribuição previdenciária (fls. 1056), com implicações na generalidade do sistema do vale-transporte (fls. 3 documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1654285.

Relatório Inteiro Teor do Acórdão - Página 7 de 16 1055). Por fim, afirma a embargante o risco de cerceio de defesa (fl. 1056) em razão de o acórdão embargado não ter definido, com clareza, quais dispositivos constitucionais teriam sido contrariados pelo art. 5º do Decreto nº 95.247/87 (fl. 1056). É o relatório. 4 documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1654285.

Voto - MIN. LUIZ FUX Inteiro Teor do Acórdão - Página 8 de 16 15/12/2011 PLENÁRIO EMB.DECL. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 478.410 SÃO PAULO V O T O O SENHOR MINISTRO LUIZ FUX (RELATOR): Admito, em primeiro lugar, as intervenções promovidas pela Associação Nacional das Empresas de Transporte Urbanos (NTU), como assistente simples da União, e pela FETRANSPOR, como terceiro prejudicado. O especial significado da matéria decidida no presente recurso reclama a permissão a que tenham voz entidades afetadas indiretamente pela tese jurídica aqui firmada, mormente diante da amplitude com que vazado o voto condutor do ilustre Min. Rel. Eros Grau. É que, a rigor, basta que se admita, por hipótese, que o acórdão embargado tenha de fato afirmado a inconstitucionalidade do art. 5º do Decreto nº 95.247/87 em todo e qualquer contexto, e não restrito ao domínio tributário, para que se vislumbre o impacto de tal tese na esfera jurídica dos intervenientes, na medida em que representam operadoras de transporte coletivo urbano que colocam em prática a vigente sistemática do vale-transporte. Admito, portanto, as intervenções. Analiso, em primeiro lugar, os Embargos de Declaração interpostos pela Associação Nacional das Empresas de Transportes Urbanos (NTU). Embora se esforce a embargante na tentativa de afastar o caráter infringente dos embargos de declaração, a verdade é que as alegadas contradições, obscuridades e omissões se resumem a questionar a firmeza das premissas constante dos votos proferidos no colegiado. A solução ditada pela douta maioria assentou a compatibilidade do pagamento em pecúnia do vale-transporte com a natureza indenizatória do benefício, de modo que não há contradição ou obscuridade quanto ao caráter complexo ou à suposta desconfiguração da referida obrigação. Tais aspectos foram diretamente tocados pelo raciocínio exposto nos votos vencedores, que salientaram, como exposto pelo Min. Cezar Peluso, que a documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1654286.

Voto - MIN. LUIZ FUX Inteiro Teor do Acórdão - Página 9 de 16 eventual burla à verdade salarial, pelo abuso no pagamento em pecúnia, deveria ser combatida através dos mecanismos pertinentes a cada campo do direito, sem que a incidência tributária pudesse ser instituída como modalidade de sanção política, mormente diante da violação ao princípio da legalidade tributária (fls. 723-5). A única ressalva a ser feita diz respeito à argumentação final da embargante, relativa à extensão a ser conferida à declaração de inconstitucionalidade do art. 5º do Decreto nº 95.247/87. O referido ponto, que, a rigor, representa ainda a única questão suscitada nos embargos de declaração interpostos pela Federação das Empresas de Transporte de Passageiros do Estado do Rio de Janeiro FETRANSPOR, segunda embargante, também restou apontado nos Embargos de Declaração da União, terceira embargante. Assim, por ser comum aos embargos de declaração interpostos por todos os recorrentes, será abordado a seguir, na conclusão do voto. No que pertine aos Embargos de Declaração interpostos pela União, rejeito, inicialmente, a alegação de omissão quanto ao art. 4º da Lei nº 7.418/85. Em primeiro lugar, tal dispositivo restou expressamente abordado no voto condutor do Min. Rel. Eros Grau, como se verifica da leitura de fls. 705. Além disso, a série de razões elencadas pela maioria vencedora, quanto ao regime tributário do pagamento em pecúnia do vale-transporte, abarca claramente também o conteúdo normativo do referido dispositivo, já que, na essência, a hipótese restou analisada a partir do dever infraconstitucional de pagamento do benefício em vales, previsto no art. 4º da Lei nº 7.418/85 e esmiuçado pelo art. 5º do Decreto nº 95.247/87. Sob o ângulo material, como se vê, não há qualquer omissão neste ponto. Também não assiste razão à União no que concerne à omissão quanto aos dispositivos constitucionais violados, porquanto expressamente afirmado, no acórdão embargado, a configuração de 2 documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1654286.

Voto - MIN. LUIZ FUX Inteiro Teor do Acórdão - Página 10 de 16 violação, pelo Tribunal a quo, do princípio da legalidade tributária (CF, art. 150, I) ao promover interpretação pela possibilidade de incidência da contribuição previdenciária sobre os valores pagos em pecúnia a título de vale-transporte sem lei complementar que o permita, notadamente à luz dos art. 195, I, a e 4º, da CF. Não há, assim, qualquer omissão a ser sanada. Por fim, entendo que os três embargos de declaração devem ser acolhidos exclusivamente no ponto em que guardam harmonia, relativo à interpretação exata dos limites do vício de inconstitucionalidade do art. 5º do Decreto nº 95.247/87. Com efeito, o afastamento do vale-transporte, ainda que pago em dinheiro, do salário-de-contribuição, segundo a douta maioria, decorre do próprio fato gerador da contribuição previdenciária, previsto no art. 195, I, da CF, em cujo núcleo reside a expressão rendimentos do trabalho pagos pelo empregador à pessoa física. Como consta dos votos dos Mins. Eros Grau, Cezar Peluso, Ayres Britto, Ricardo Lewandowski, Carmen Lúcia e Ellen Gracie, ainda que haja o descumprimento do disposto no Decreto nº 95.247/87, com o pagamento em dinheiro dos valores, nem por isso caberá falar, no sentido próprio, em transmudação da natureza jurídica de tal verba, que continuará a se revestir de natureza indenizatória. Assim, não ocorre, por força exclusiva de tal fato isolado pagamento em dinheiro, uma suposta conversão do vale-transporte em verba remuneratória, já que, pago de uma ou outra forma, a mesma finalidade ainda restará latente. Não por outra razão, aliás, é que se mostra comum, no campo do funcionalismo público, o pagamento de verbas de natureza indenizatória em pecúnia, na linha do que expressou o Min. Cezar Peluso (fls. 733). Em outras palavras, o que consta do acórdão embargado é a afirmação de que o só pagamento em dinheiro do vale-transporte não modifica a natureza do benefício, de modo que não se mostra válida, apenas por conta disso, a pretensão de incidir a contribuição previdenciária prevista no art. 195, I, da CF, que, reitere-se, pressupõe 3 documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1654286.

Voto - MIN. LUIZ FUX Inteiro Teor do Acórdão - Página 11 de 16 rendimento do trabalho (CF, art. 195, I), o que é repetido, em termos relativamente distintos, pelo teor do 4º do art. 201 da CF, ao afirmar que os ganhos habituais do empregado, a qualquer título, serão incorporados ao salário para efeito de contribuição previdenciária e conseqüente repercussão em benefícios, nos casos e na forma da lei. Para que pudesse incidir a contribuição previdenciária, na realidade, seria imprescindível a previsão específica de tal fato gerador em lei complementar, como exige o art. 195, 4º, da CF, pois, como visto, já não se tratará mais de tributo com amparo no fato gerador pré-definido na alínea a do inc. I do art. 195 da Constituição. Daí se compreende a menção, nos votos dos Mins. Cezar Peluso e Eros Grau, à infringência ao princípio da legalidade tributária, previsto nos arts. 150, I, da CF, porquanto, à luz da materialidade prevista no art. 195, I, a, da CF, apenas com lei complementar é que seria válida a incidência de contribuição previdenciária sobre os valores pagos a título de valetransporte. Mas dessa afirmação não pode ser extraída uma espécie de invalidação, em termos absolutos, do disposto no art. 5º do Decreto nº 95.247/87, cujos efeitos podem ser validamente produzidos no que concerne à disciplina genérica não tributária, veja-se bem do sistema de pagamento do benefício do vale-transporte. Tanto assim que mesmo os votos da maioria vencedora assentaram que o pagamento em pecúnia do benefício, embora não seja capaz de ensejar a tributação, configura um ilícito trabalhista, a ser reprimido pelos meios próprios, nos seguintes termos: O SENHOR MINISTRO CEZAR PELUSO - Senhor Presidente, se Vossa Excelência me permite, quero não apenas antecipar meu voto, mas ver a questão sob outro ângulo. Estou de absoluto acordo não apenas com a fundamentação teórica do Ministro Relator, mas também com a conclusão de que o fato de a lei prever determinado 4 documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1654286.

Voto - MIN. LUIZ FUX Inteiro Teor do Acórdão - Página 12 de 16 instrumento para cumprimento da obrigação de pagar não altera essa obrigação e não descaracteriza a natureza do instituto. Ele continua sendo vale-transporte, seja pago mediante pedacinho de papel escrito "vale-transporte", ou seja pago em dinheiro. O problema a mim me parece deve ser visto doutro ângulo: existe uma proibição legal para que este vale seja pago em dinheiro. E por que existe? Porque existe o risco de, sendo pago em dinheiro, dissimular salário. O SENHOR MINISTRO JOAQUIM BARBOSA - Com certeza. O SENHOR MINISTRO CEZAR PELUSO - A pergunta é a seguinte: o descumprimento dessa norma descaracteriza a natureza do vale para efeito de incidência de tributo, ou, simplesmente, constituindo ilícito, vamos dizer, de caráter tributário, permite apenas à lei e à autoridade aplicar outra sanção? Noutras palavras, porque a lei quer evitar exatamente a fraude por dissimulação, isso não autoriza admitir-se que o instituto tenha mudado de natureza e, portanto, não justifica que se cobre tributo, porque o caso seria de cobrar tributo sem lei que o defina, sem lei que o autorize. O SENHOR MINISTRO AYRES BRITTO - Vossa Excelência está certo. O SENHOR MINISTRO MARCO AURÉLIO - Passando a ter-se um rendimento do trabalhador, dá-se a incidência do tributo. A parcela é tributável. O SENHOR MINISTRO CEZAR PELUSO - O problema é de mero ilícito administrativo que pode suscitar sanções de outra ordem, mas que não descaracteriza a natureza do valetransporte. 5 documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1654286.

Voto - MIN. LUIZ FUX Inteiro Teor do Acórdão - Página 13 de 16 O SENHOR MINISTRO AYRES BRITTO - A natureza é indenizatória e não remuneratória. O SENHOR MINISTRO CEZAR PELUSO - Ele continua sendo vale-transporte. O descumprimento da norma legal pode conduzir, em defesa, vamos dizer assim, da verdade salarial, da verdade do pagamento, a outro tipo de sanção, não, porém, a uma que equivaleria a cobrar tributos sem lei que o preveja. Com o devido respeito estou acompanhando o voto do eminente Relator. O SENHOR MINISTRO AYRES BRITTO - E cobrar tributos sobre uma verba que não é salarial. Tem caráter indenizatório, tanto que não integra os benefícios do trabalhador quando da aposentadoria nem a pensão dos seus dependentes. (...) O SENHOR MINISTRO JOAQUIM BARBOSA - Essa verba, todos sabemos, o vale-transporte tal como concebido em 86/87, se pago como tíquete, evidentemente não integra o salário de contribuição. O SENHOR MINISTRO MARCO AURÉLIO Então excluímos o instituto do salário utilidade! Não existirá mais o salário utilidade, tão comum no campo trabalhista. O SENHOR MINISTRO JOAQUIM BARBOSA - Mas se ele for pago em dinheiro, em caráter de habitualidade, como parece ser o caso aqui. O SENHOR MINISTRO MARCO AURÉLIO - À margem da lei do vale-transporte propriamente dito. O SENHOR MINISTRO JOAQUIM BARBOSA - Mesmo 6 documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1654286.

Voto - MIN. LUIZ FUX Inteiro Teor do Acórdão - Página 14 de 16 à margem da lei, incide, a meu ver, o artigo 201, 11, da Constituição que diz: " 11. Os ganhos habituais do empregado, a qualquer título, serão incorporados ao salário (...)" O SENHOR MINISTRO AYRES BRITTO - Ganho é remuneração. O SENHOR MINISTRO CEZAR PELUSO - Ganho tem sentido genérico. O que muda é só o instrumento. O SENHOR MINISTRO JOAQUIM BARBOSA - Passa a ser salário. O SENHOR MINISTRO MARCO AURÉLIO - Não muda o conteúdo, Excelência, é o princípio da realidade a sobrepor-se à forma, à simples nomenclatura. O SENHOR MINISTRO AYRES BRITTO - Não incide imposto de renda, por exemplo, sobre essa parcela, não repassa para aposentadoria. O SENHOR MINISTRO MARCO AURÉLIO Tem-se espécie, camuflada, de vale-transporte. O SENHOR MINISTRO AYRES BRITTO - Mas, aí, disse o Ministro Peluso, há outros meios de se apurar. O SENHOR MINISTRO RICARDO LEWANDOWSKI - Mas aí um ilícito trabalhista vai ser apenado com um tributo? O SENHOR MINISTRO CEZAR PELUSO - A administração tributária, a administração autárquica, que o caso aqui é previdencial, a autoridade previdencial que tome outras atitudes, mas não desconsidere a natureza do instituto. O 7 documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1654286.

Voto - MIN. LUIZ FUX Inteiro Teor do Acórdão - Página 15 de 16 instituto é vale, e, a menos que se demonstre o contrário, é vale. O SENHOR MINISTRO JOAQUIM BARBOSA - Gostaria de concluir meu voto. Peço vênia ao eminente Relator para negar provimento ao recurso. Por certo, esse caráter restrito da desarmonia entre o art. 5º do Decreto nº 95.247/87 e a Constituição Federal já poderia, em tese, ser extraído dos termos da parte final do voto do Il. Min. Rel. Eros Grau, ao afirmar que [p]or estas razões, o artigo 5º do decreto nº 95.247/87 é absolutamente incompatível com o sistema tributário da Constituição de 1988. Por um lado, como se vê, há menção específica ao sistema tributário, de modo que deveriam ser afastadas quaisquer ilações quanto à inconstitucionalidade do referido dispositivo quando circunscrito ao domínio trabalhista, a ensejar, presume-se, a aplicação de sanções administrativas pelos órgãos competentes em caso de descumprimento. De outro lado, porém, a verdade é que a manifestação do relator restou vazada em termos amplos, ao assentar a inconstitucionalidade tout court do referido dispositivo. Por estas razões, considero oportuno acolher os presentes embargos de declaração para que tão-somente passe a constar de forma explícita da conclusão do acórdão embargado, fazendo uso da técnica de declaração de inconstitucionalidade parcial sem redução de texto, a proclamação da inconstitucionalidade da aplicação do art. 5º do Decreto nº 95.247/87 e do art. 4º, caput, da Lei nº 7.418/85 como fundamentos para a incidência de contribuições previdenciária sobre os valores pagos em pecúnia a título de vale-transporte aos trabalhadores. É como voto. 8 documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1654286.

Decisão de Julgamento Inteiro Teor do Acórdão - Página 16 de 16 PLENÁRIO EXTRATO DE ATA EMB.DECL. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 478.410 PROCED. : SÃO PAULO RELATOR : MIN. LUIZ FUX EMBTE.(S) : UNIÃO PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONAL EMBDO.(A/S) : UNIBANCO - UNIÃO DE BANCOS BRASILEIROS S/A ADV.(A/S) : PAULO DE BARROS CARVALHO Decisão: O Tribunal, por unanimidade e nos termos do voto do Relator, acolheu os embargos de declaração, sem modificação do teor do julgamento. Votou o Presidente, Ministro Cezar Peluso. Ausentes, neste julgamento, os Senhores Ministros Marco Aurélio e Gilmar Mendes e, licenciado, o Senhor Ministro Joaquim Barbosa. Plenário, 15.12.2011. Presidência do Senhor Ministro Cezar Peluso. Presentes à sessão os Senhores Ministros Celso de Mello, Marco Aurélio, Gilmar Mendes, Ayres Britto, Ricardo Lewandowski, Cármen Lúcia, Dias Toffoli e Luiz Fux. Procurador-Geral da República, Dr. Roberto Monteiro Gurgel Santos. p/ Luiz Tomimatsu Secretário Documento assinado digitalmente conforme MP n 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticardocumento.asp sob o número 1695097