(x,y) x Exemplo: (x, y) ou f x. x = f x = 2xy. y = f y

Documentos relacionados
Derivadas Parciais Capítulo 14

DERIVADAS PARCIAIS. y = lim

Aula 18. Método Multiplicadores Lagrange (continuação)

Aula 15. Derivadas Direcionais e Vetor Gradiente. Quando u = (1, 0) ou u = (0, 1), obtemos as derivadas parciais em relação a x ou y, respectivamente.

Respostas sem justificativas não serão aceitas Não é permitido o uso de aparelhos eletrônicos

MATEMÁTICA II. Profa. Dra. Amanda Liz Pacífico Manfrim Perticarrari

ATENÇÃO: O 2 ō Teste corresponde às perguntas 5 a 10. Resolução abreviada. 1. Seja f(x,y) = a) Determine o domínio de f e a respectiva fronteira.

MAT Cálculo Diferencial e Integral para Engenharia II 2 o semestre de Prova Substitutiva - 03/12/2012. Gabarito - TURMA A

MAT Cálculo 2 para Economia 3 a Prova - 28 de novembro de 2016

Cálculo II. Resumo Teórico Completo

MAT Cálculo Diferencial e Integral para Engenharia II 2 o semestre de Prova Substitutiva - 03/12/2012. Gabarito - TURMA A

Instituto de Matemática Departamento de Métodos Matemáticos

Justifique todas as passagens. f v (0,0) = f(0,0) v.

MAT 2454 Cálculo II Resolução da Lista 3

Cálculo II. Resumo e Exercícios P3

Multiplicadores de Lagrange

1. as equações paramétricas da reta que contém o ponto A e é perpendicular ao plano de equação x 2y + 3z = 17;

Cálculo a Várias Variáveis I - MAT Cronograma para P2: aulas teóricas (segundas e quartas)

SEGUNDA CHAMADA CALCULO 2 2/2017

Resumo com exercícios resolvidos do assunto:

Derivadas Parciais Capítulo 14

Resumo com exercícios resolvidos dos assuntos:

UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ CÁLCULO II - PROJETO NEWTON AULA 16. F (t 0 ) = f (g(t 0 )).g (t 0 ) F (t) = f (g(t)).g (t)

11.5 Derivada Direcional, Vetor Gradiente e Planos Tangentes

Derivadas Parciais - parte 2. x + 2 z. y = 1

1o sem profa. daniela m. vieira. (a) f(x, y) = 3x y no conjunto A de todos (x, y) tais que x 0, y 0, y x 3, x + y 4 e

CÁLCUL O INTEGRAIS TRIPLAS ENGENHARIA

Total Escolha 5 (cinco) questões. Justifique todas as passagens. Boa Sorte!

xy 2 (b) A função é contínua na origem? Justique sua resposta! (a) Calculando o limite pela reta y = mx:

Variedades e Extremos Condicionados (Resolução Sumária)

1 Derivadas Parciais de Ordem Superior Em duas variáveis Em três variáveis. 1.3 Derivadas de Ordem

14 AULA. Vetor Gradiente e as Derivadas Direcionais LIVRO

MAT Cálculo Diferencial e Integral para Engenharia II 3 a lista de exercícios

Resumo com exercícios resolvidos do assunto:

Derivadas Parciais - parte 1. 1) Determine as derivadas parciais de primeira ordem da função.

Universidade Federal do Paraná

Capítulo 4. Exemplo 4.1 Seja a função f(x, y) = 3x2 + 5y

MAT Cálculo II - POLI a Lista de Exercícios

Derivadas Parciais. Copyright Cengage Learning. Todos os direitos reservados.

Resumo: Regra da cadeia, caso geral

Cálculo II. Derivadas Parciais

P4 de Cálculo a Várias Variáveis I MAT Data: 02 de julho

(7) Suponha que sobre uma certa região do espaço o potencial elétrico V é dado por V(x, y, z) = 5x 2 3xy + xyz.

Cálculo Vetorial. Funções de duas variáveis Prof. Vasco Ricardo Aquino da Silva

(2008/2009) Espaços vectoriais. Matemática 1º Ano - 1º Semestre 2008/2009. Mafalda Johannsen

= P = 9 6 = 3 2 = 1 1 2,

Total. UFRGS - INSTITUTO DE MATEMÁTICA Departamento de Matemática Pura e Aplicada MAT Turma A /1 Prova da área I

MAT-2454 Cálculo Diferencial e Integral II EP-USP

Máximos e mínimos (continuação)

Diferenciabilidade de funções reais de várias variáveis reais

Derivadas Parciais Capítulo 14

14.5 A Regra da Cadeia. Copyright Cengage Learning. Todos os direitos reservados.

Funções de Várias Variáveis por Milton Procópio de Borba

Universidade Federal do Paraná

Aula 6. Doravante iremos dizer que r(t) é uma parametrização da curva, e t é o parâmetro usado para descrever a curva.

ANÁLISE MATEMÁTICA III A TESTE 1 10 DE OUTUBRO DE :10-16H. Duração: 50 minutos

Otimização. por Mílton Procópio de Borba

MAT Cálculo II - IQ Prof. Oswaldo Rio Branco de Oliveira 2 ō semestre de 2008 Prova Substitutiva

Cálculo Diferencial e Integral II Resolução do Exame/Teste de Recuperação 02 de Julho de 2018, 15:00h - versão 2 Duração: Exame (3h), Teste (1h30)

Universidade Estadual de Montes Claros Departamento de Ciências Exatas Curso de Licenciatura em Matemática. Notas de Aulas de

Cálculo Infinitesimal II / Cálculo II - Apontamentos de Apoio Capítulo 3 - Funções de n Variáveis

Gabarito da Primeira Prova MAT Tipo A

MAT Lista de exercícios

Cálculo II Lista 5. com respostas

CÁLCULO II Prof. Jerônimo Monteiro

(x n + tv n) dxn df. (x n ) dxn. = Df(x) v derivada de f em x na direção. v n. (x ): Apenas a derivada parcial em

1. as equações paramétricas da reta que contém os pontos A e B;

CAPÍTULO 8 REGRA DA CADEIA (UM CASO PARTICULAR)

Índice. AULA 5 Derivação implícita 3. AULA 6 Aplicações de derivadas 4. AULA 7 Aplicações de derivadas 6. AULA 8 Esboço de gráficos 9

Derivadas Parciais Capítulo 14

Aula 17. Máximo e Mínimo Absolutos

Aula 15 Derivadas parciais de ordens superiores

MAT Cálculo Diferencial e Integral para Engenharia II 3 a lista de exercícios

Cálculo Diferencial e Integral 2: Derivadas direcionais e o vetor gradiente

2 - f: R R: y = x 2 Classicação: Nem injetora, nem sobrejetora.

MAT Cálculo Diferencial e Integral para Engenharia II 3 a lista de exercícios

Lista 1. (1,0). (Neste caso, usar a definição de derivada parcial é menos trabalhoso do que aplicar as regras de derivação.

MARTA CRISTINA DE MORAES PARIZI

15 AULA. Máximos e Mínimos LIVRO. META Encontrar os pontos de máximo e mínimo de uma função de duas variáveis a valores reais.

RESOLUÇÕES LISTA 02. b) FALSA, pois para termos a equação de uma reta em um certo ponto a função deve ser derivável naquele ponto.

Actividade Formativa 2

Lista de Exercícios de Funções de Várias Variáveis

Os únicos candidatos a extremantes locais são os pontos críticos de f pois o D f 2 é aberto. f

Método de Newton. Podemos escrever este problema na forma vetorial denindo o vetor x = [x 1, x 2,..., x n ] T e a função vetorial

(*) livro Cálculo Diferencial e Integral de Funções de Várias Variáveis, de Diomara e Cândida

3 ā Prova de MAT Cálculo II - Química 2 ō Semestre - 11/12/2009 Prof. Oswaldo Rio Branco de Oliveira. Boa Sorte!

Cálculo 2. Guia de Estudos P1

CÁLCULO I Aula 08: Regra da Cadeia. Derivação Implícita. Derivada da Função Inversa.

1 Diferenciabilidade e derivadas direcionais

CÁLCULO II - MAT 2127 Bacharelado em Química - 2 o Semestre de 2009 Professor Oswaldo Rio Branco

Lista 2. (d) f (x, y) = x y x

Exame de Matemática II - Curso de Arquitectura

GABARITO PROVA P2 CALCULO 2 2/2017. (Em cada questão não é necessário reproduzir cálculos feitos em questão anterior) Questão 1 (1,5 ponto).

1 Transformada de Legendre

Representação de entropia

INSTITUTO DE MATEMÁTICA E ESTATÍSTICA UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO

Cálculo Diferencial e Integral II

Noções de matemática. Maurício Yoshida Izumi

BANCO DE EXERCÍCIOS - 24 HORAS

UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO

Transcrição:

1 DEFINIÇÃO DE Chamamos de derivada parcial quando temos uma função que envolve mais de uma variável e queremos derivar em relação a uma delas. De forma geral, basta derivarmos em relação à variável de interesse, ignorando as outras variáveis, como se fossem constantes. NOTAÇÃO DE DERIVADA PARCIAL Se temos uma função f(x,y), a derivada parcial com relação a x é notada da seguinte forma: (x, y) ou f x (x,y) x Exemplo: x y Determine e da função: f(x,y)= x²y + 5y³ Queremos obter a derivada parcial em relação a x, ou seja, f x. Então derivamos como se y fosse uma constante: x = f x = 2xy Para derivar em relação a y, consideramos x como constante: y = f y (x) = x² + 15y² 2 REGRA DA CADEIA Usamos a regra da cadeia quando queremos fazer a derivada parcial de uma função composta, por exemplo z= f(x,y) onde x= g(t) e y=h(t). Para fazer a regra da cadeia, é legal seguirmos os seguintes passos: 1. Montar uma arvorezinha, ou seja, desenhar a dependência entre as variáveis. 2. Nomear todas as derivadas. 3. Pintar o caminho desejado. 4. Somar caminhos. Exemplo: Sejam z= x².y, x=t² e y=t³, calcule dz dt. Vamos começar montando a árvore e nomeando as derivadas Temos: z t z dx z dy =. +. x dt y dt

Derivando as equações: z x = 2xy z x = x².1 dx dt = 2t dy dt = 3t² Agora, basta substituirmos na nossa equação: dy = 2xy.2t + x².3t² dt Para obtermos uma equação apenas em função de t, basta substituirmos x=t² e y=t³ na equação acima dy = 2t².t³.2.t+ (t²)².3.t² dt dy = 4.t⁶+3.t⁶ = 7.t⁶ dt 3 DE SEGUNDA ORDEM NOTAÇÃO DE DERIVADA PARCIAL DE SEGUNDA ORDEM As derivadas parciais de segunda ordem são representadas da seguinte forma: f xx = ²f x² = x ( x ) f yy = ²f y² = y ( y ) Se derivamos primeiro em relação a x e depois em relação a y (ou vice-versa), chamamos de derivadas parciais mistas, e a notação é: f xy = f yx = ²f x y = ( ) x y ²f y x = ( ) y x O legal aqui é que tanto faz a ordem em que derivamos: o resultado será sempre o mesmo! Matematicamente, dizemos que: f xy = f yx. 4 DERIVADAS DIRECIONAIS Nos permitem determinar a taxa de variação de uma função de duas ou mais variáveis em qualquer direção.

Precisamos: 1. Das derivadas parciais em relação a todas as variáveis. 2. Do ponto onde queremos saber a taxa de variação. 3. Do vetor diretor que indica o sentido da variação (deve estar normalizado). EQUAÇÃO Basta calcularmos as derivadas parciais de cada uma das variáveis e então multiplicar pela componente do vetor normalizada de cada direção. Seja o vetor û= <u1,u2>. A derivada D da função f na direção do vetor u é representada por D u f: D u f(x,y) = f x (x,y). u1 + fy(x,y). u2 Com 2 variáveis, û= <u1,u2,u3>: D u f(x,y,z) = f x (x,y,z). u1 + f y (x,y,z). u2 + f z (x,y,z). u3 5 EQUAÇÃO DO PLANO TANGENTE Queremos encontrar o plano tangente ou a reta normal à superfície f(x,y) no ponto P0. Para isso, precisamos saber onde está localizado o plano, um ponto no plano e as componentes do vetor normal n= <a,b,c>. Para 2 variáveis, ou seja, f(x,y): f x (P0).(x-x0) + f y (P0).(y-y0) - (z-z0) = 0 Para 3 variáveis, ou seja, f(x,y,z): f x (P0).(x-x0) + f y (P0).(y-y0) - f z (P0).(z-z0) = 0 6 VETOR GRADIENTE É um vetor cujas coordenadas são as derivadas parciais dessa função. Ele é representado por f e indica a maior taxa de variação da função.

f(x,y) = (f x (x,y), f y (x,y)) = f x. î + f y. ĵ f(x,y,z) = (f x (x,y,z), f y (x,y,z), f z (x,y,z)) = f x. î + f y. ĵ + f z. k LEMBRETE! O crescimento/ decrescimento máximo é para onde o vetor gradiente aponta e a taxa de variação é a norma do vetor. 7 EQUAÇÕES PARAMÉTRICAS DA RETA São duas equações que representam a mesma reta, utilizando uma incógnita t, chamada de parâmetro. Precisamos de um ponto P0 por onde a reta r passa e de um vetor diretor v que indica para onde aponta a reta. 2 DIMENSÕES Sendo: As equações paramétricas da reta são: 3 DIMENSÕES v= <a,b> P0= (x0, y0) x= x0 + a.t y= y0 + b.t

Sendo: v= <a,b,c> P0= (x0, y0, z0) As equações paramétricas da reta são: x= x0 + a.t y= y0 + b.t z= z0 + c.t Nota: também podemos montar a equação paramétrica da reta utilizando 2 pontos, pois a partir deles podemos gerar um vetor e então usá-lo para equacionar. 8 MÁXIMOS E MÍNIMOS EM FUNÇÕES DE 2 VARIÁVEIS A ideia é usar derivadas parciais para localizar os pontos de máximo e mínimo de uma função de duas variáveis. Passos para calcularmos os pontos máximos e mínimos: 1. Achar os pontos críticos igualar as derivadas parciais a zero: x y = 0 = 0 2. Fazer o teste da derivada segunda em cada ponto crítico: ²f x² = 0 ²f y² = 0 3. Calcular D= f xx (x0,y0).f yy (x0,y0) - f² xy (x0,y0). 4. Determinar se é um ponto de máximo ou de mínimo:

D > 0 f xx (x0,y0) > 0 É UM PONTO DE MÍNIMO! D > 0 f xx (x0,y0) < 0 É UM PONTO DE MÁXIMO! D < 0 f xx (x0,y0) > 0 É UM PONTO DE SELA! D = 0 NÃO PODEMOS AFIRMAR SE É MÁXIMO OU MÍNIMO! Mas o que é um ponto de sela mesmo? Chamamos de ponto de sela quando numa direção a função atinge um máximo num ponto e em outra direção, um mínimo no mesmo ponto. 9 MULTIPLICADORES DE LAGRANGE Utilizamos este método para encontrarmos os extremos de funções diferenciáveis f(x,y) com variáveis submetidas a restrições g(x,y). Basicamente, introduzimos uma nova variável λ (multiplicador de Lagrange): f(x,y) = g(x,y) Passos: Escrever as funções f e g. Calcular as derivadas parciais: f e g. Substituir na equação f(x,y) = g(x,y). Montar um sistema e resolvê-lo para encontrar o valor das variáveis. Exemplo: Uma caixa retangular sem tampa é feita de 12 m² de papelão. Determine o volume máximo dessa caixa. Sendo x o comprimento, y a largura e z a altura da caixa, queremos maximizar a seguinte função V= x.y.z, sujeita à restrição: g(x,y,z) = 2xz + 2yz + xy = 12 Utilizando o método dos multiplicadores de Lagrange, geramos as equações: V x = λ.g x V y = λ.g y V z = λ.g z Calculando as derivadas parciais, temos o sistema: yz = λ(2z + y) xz = λ(2z + x) xy= λ(2x + 2y) 2xz + 2yz + xy = 12 Agora, podemos resolver de diversas maneiras. Podemos isolar λ em cada uma das equações e depois igualar as expressões resultantes ou multiplicarmos as equações para que fiquem com os lados esquerdos idênticos. Fazendo isso, obtemos x=2, y=2 e z=1.