TRIBUTÁRIO OAB AULA 5 PROF. ME MOZARTH BIELECKI WIERZCHOWSKI

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Transcrição:

TRIBUTÁRIO OAB AULA 5 PROF. ME MOZARTH BIELECKI WIERZCHOWSKI

IMPOSTOS DA UNIÃO Imposto de Importação (II): Incide sobre a importação de produtos estrangeiros. Além da introdução de produto estrangeiro em território nacional, esse produto deve ser incorporado à economia interna para que possa incidir o II. Arts. 19 a 22 do CTN; Decreto nº 6.759/2009 Imposto de Exportação (IE): Incide sobre a exportação, para o exterior, de produto nacional ou nacionalizado. Não se tributa o mero deslocamento, faz-se necessário que o produto exportado venha a incorporar a economia interna estrangeira. Arts. 23 a 28 do CTN; Decreto nº 6.759/2009

II CRITÉRIO MATERIAL CRITÉRIO ESPACIAL CRITÉRIO TEMPORAL CRITÉRIO PESSOAL CRITÉRIO QUANTITATIVO Importar produtos estrangeiros Território nacional No momento do registro da declaração de importação no Sistema Integrado de Comércio Exterior (Siscomex). Sujeito Ativo: União Sujeito Passivo: Importador Base de cálculo: preço da mercadoria Alíquotas: Específicas ou ad valorem

CRITÉRIO MATERIAL CRITÉRIO ESPACIAL CRITÉRIO TEMPORAL CRITÉRIO PESSOAL CRITÉRIO QUANTITATIVO IE Exportação, para o exterior, de produtos nacionais ou nacionalizados Território nacional No momento do registro da declaração de exportação no Sistema Integrado de Comércio Exterior (Siscomex). Sujeito Ativo: União Sujeito Passivo: Importador Base de cálculo: preço da mercadoria Alíquotas: Específicas ou ad valorem

IMPOSTOS DA UNIÃO Imposto de Renda (IR): Incide sobre renda (trabalho e capital) e proventos de qualquer natureza (demais casos). É cobrado quando o contribuinte demonstra um acréscimo patrimonial. Generalidade: Diz respeito à sujeição passiva. Todos que manifestarem acréscimo patrimonial deverão ser tributados. Universalidade: Diz respeito ao objeto. Todas os acréscimos patrimoniais deverão ser tributados de forma igualitária. Progressividade: Alíquotas diferenciadas de acordo com a base de cálculo. Quanto maior a base de cálculo, maior será a alíquota aplicável. Arts. 43 a 45 do CTN; Decreto nº 9.580/201.

CRITÉRIO MATERIAL CRITÉRIO ESPACIAL CRITÉRIO TEMPORAL CRITÉRIO PESSOAL CRITÉRIO QUANTITATIVO IR Auferir renda e proventos de qualquer natureza Território nacional 31 de dezembro de todo ano. Sujeito Ativo: União Sujeito Passivo: Pessoa Física e Pessoa Jurídica Base de cálculo: acréscimo patrimonial auferido no exercício financeiro, em decorrência de rendas ou proventos de qualquer natureza. Alíquotas: Pessoa Física: 7,5%, 15%, 22,5% e 27,5% Pessoa Jurídica: 15%

IMPOSTOS DA UNIÃO Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI): Incide sobre a industrialização de produtos. O produto deve ser submetido a qualquer operação que lhe modifique a natureza ou a finalidade, ou o aperfeiçoe para o consumo, devendo ocorrer em um processo industrial. Seletividade: deverá ser seletivo em função da essencialidade do produto. Não-Cumulativo: deve ser compensado o valor devido em cada operação com a quantia cobrada anteriormente. Não incidirá sobre produtos industrializados destinado ao exterior. Terá reduzido seu impacto sobre a aquisição de bens de capital pelo contribuinte do imposto, na forma da lei. Arts. 46 a 51 do CTN; Lei 4.502/1964 e Decretos nº 8.950/2016 e 7.212/2010

IPI CRITÉRIO MATERIAL CRITÉRIO ESPACIAL CRITÉRIO TEMPORAL realizar operação de industrialização de produto; importação de produtos industrializados; arrematação de produto, quando apreendido ou abandonado e levado a leilão. Território nacional a) o desembaraço aduaneiro, quando se trata de importação de produtos industrializado; b) a saída do estabelecimento produtor, quando se trata da realização de operação de industrialização de produtos; c) a arrematação, quando o produto industrializado for apreendido ou abandonado e levado à leilão.

IPI CRITÉRIO PESSOAL CRITÉRIO QUANTITATIVO Sujeito Ativo: União Sujeito Passivo: a) o importador, quando do desembaraço aduaneiro; b) o industrial, quando o fato jurídico tributário se der pela saída do produto que industrializar em seu estabelecimento; c) o estabelecimento equiparado a industrial, quando os produtos deles saírem. Base de cálculo: preço do produto. Alíquotas: podem ser alteradas por ato do Poder Executivo.

IMPOSTOS DA UNIÃO Imposto sobre operações de crédito, câmbio e seguro, ou relativas a títulos ou valores mobiliários (IOF): incide sobre operações de crédito, de câmbio, de seguro e relativas a títulos ou valores mobiliários. Arts. 63 a 66 do CTN; Decreto nº 6.306/2007 Imposto sobre Grandes Fortunas (IGF): deveria incidir sobre grandes fortunas. Não foi regulamentado por lei, então não é cobrado.

IMPOSTOS DA UNIÃO Imposto sobre a Propriedade Territorial Rural (ITR): incide sobre a propriedade territorial rural. Rural é a propriedade que não é urbana, é toda propriedade que não está prevista na lei municipal como sendo urbana. Será progressivo e terá suas alíquotas fixadas de forma a desestimular a manutenção de propriedades improdutivas. Não incidirá sobre pequenas glebas rurais, definidas em lei, quando as explore o proprietário que não possua outro imóvel. Será fiscalizado e cobrado pelos Municípios que assim optarem, na forma da lei, desde que não implique redução do imposto ou qualquer outra forma de renúncia fiscal (delegação da capacidade tributária ativa, não da competência tributária). Arts. 29 a 31 do CTN; Lei nº 9.393/1996, Decreto nº 4.382/2002 e DL 57/1966

ITR CRITÉRIO MATERIAL CRITÉRIO ESPACIAL CRITÉRIO TEMPORAL CRITÉRIO PESSOAL CRITÉRIO QUANTITATIVO Ser proprietário de imóvel rural Território nacional 1º de janeiro de cada ano. Sujeito Ativo: União Sujeito Passivo: proprietário do imóvel Base de cálculo: valor da terra nua Alíquotas: progressivas em razão da função social

IMPOSTOS DA UNIÃO Tributação do ouro: enquanto ativo financeiro ou instrumento cambial está sujeito exclusivamente ao IOF, devido na operação de origem, sendo a alíquota mínima de 1%, dividindo a sua arrecadação da seguinte maneira: I. 30% para o Estado, o Distrito Federal ou o Território, conforme a origem; II. 70% para o Município de origem.

IMPOSTOS DA UNIÃO Impostos Residuais: competência residual da União para instituir novos impostos. Os requisitos são: a) Instituição por lei complementar; b) Não-cumulatividade; c) Diversidade de hipótese incidência e base de cálculo perante os impostos nominados (discriminados na Constituição). Impostos Extraordinários: na iminência ou no caso de guerra externa, compreendidos ou não em sua competência tributária, os quais serão suprimidos, gradativamente, cessadas as causas de sua criação.

CF Art. 153. Compete à União instituir impostos sobre: I - importação de produtos estrangeiros; II - exportação, para o exterior, de produtos nacionais ou nacionalizados; III - renda e proventos de qualquer natureza; IV - produtos industrializados; V - operações de crédito, câmbio e seguro, ou relativas a títulos ou valores mobiliários; VI - propriedade territorial rural; VII - grandes fortunas, nos termos de lei complementar. 1º É facultado ao Poder Executivo, atendidas as condições e os limites estabelecidos em lei, alterar as alíquotas dos impostos enumerados nos incisos I, II, IV e V.

CF 2º O imposto previsto no inciso III: I - será informado pelos critérios da generalidade, da universalidade e da progressividade, na forma da lei; 3º O imposto previsto no inciso IV: I - será seletivo, em função da essencialidade do produto; II - será não-cumulativo, compensando-se o que for devido em cada operação com o montante cobrado nas anteriores; III - não incidirá sobre produtos industrializados destinados ao exterior. IV - terá reduzido seu impacto sobre a aquisição de bens de capital pelo contribuinte do imposto, na forma da lei.

CF 4º O imposto previsto no inciso VI do caput: I - será progressivo e terá suas alíquotas fixadas de forma a desestimular a manutenção de propriedades improdutivas; II - não incidirá sobre pequenas glebas rurais, definidas em lei, quando as explore o proprietário que não possua outro imóvel; III - será fiscalizado e cobrado pelos Municípios que assim optarem, na forma da lei, desde que não implique redução do imposto ou qualquer outra forma de renúncia fiscal.

CF 5º O ouro, quando definido em lei como ativo financeiro ou instrumento cambial, sujeita-se exclusivamente à incidência do imposto de que trata o inciso V do "caput" deste artigo, devido na operação de origem; a alíquota mínima será de um por cento, assegurada a transferência do montante da arrecadação nos seguintes termos: I - trinta por cento para o Estado, o Distrito Federal ou o Território, conforme a origem; II - setenta por cento para o Município de origem.

CF Art. 154. A União poderá instituir: I - mediante lei complementar, impostos não previstos no artigo anterior, desde que sejam não-cumulativos e não tenham fato gerador ou base de cálculo próprios dos discriminados nesta Constituição; II - na iminência ou no caso de guerra externa, impostos extraordinários, compreendidos ou não em sua competência tributária, os quais serão suprimidos, gradativamente, cessadas as causas de sua criação.

IMPOSTOS ESTADUAIS / DF Compete aos Estados e ao Distrito Federal instituir os seguintes impostos: I. transmissão causa mortis e doação, de quaisquer bens ou direitos; II. operações relativas à circulação de mercadorias e sobre prestações de serviços de transporte interestadual e intermunicipal e de comunicação, ainda que as operações e as prestações se iniciem no exterior; III. propriedade de veículos automotores.

ITCMD Abrange quaisquer direitos ou bens, sejam móveis ou imóveis. A materialidade está na transmissão, por sucessão ou doação. Incide sobre o valor dos bens ou direitos. O imposto cabe ao Estado: Bem Imóvel: ao Estado em que estiver localizado o bem. Bens móveis, Títulos ou Créditos: compete ao Estado onde se processar o inventário ou arrolamento, ou tiver domicílio o doador.

ITCMD Terá competência para sua instituição regulada por lei complementar: a) se o doador tiver domicilio ou residência no exterior; b) se o de cujus possuía bens, era residente ou domiciliado ou teve o seu inventário processado no exterior. Terá suas alíquotas máximas fixadas pelo Senado Federal.

ITCMD Súmula 112 do STF: Súmula 112: O imposto de transmissão "causa mortis" é devido pela alíquota vigente ao tempo da abertura da sucessão. Súmula 113 do STF: O imposto de transmissão "causa mortis" é calculado sobre o valor dos bens na data da avaliação.

ITCMD CRITÉRIO MATERIAL CRITÉRIO ESPACIAL CRITÉRIO TEMPORAL CRITÉRIO PESSOAL CRITÉRIO QUANTITATIVO Transmissão causa mortis e doação de quaisquer bens e direitos. Bem Imóvel: Estado da situação do Bem. Bem Móvel: Doação: Estado de Domicílio doador. Causa Mortis: Estado onde se processar Inventário. Bem Imóvel: com o registro no Cartório. Bem Móvel: Doação: com a tradição. Causa Mortis: após a homologação do cálculo. Sujeito Ativo: coincide com o critério espacial; Sujeito Passivo: nos termos do art. 42 do CTN. Base de cálculo: valor venal dos bens ou direitos transmitidos. Alíquotas: máximas fixadas por Resolução do Senador Federal.

ICMS Regulamentado pela Lei Complementar nº 87/96 (Lei Kandir). ICMS Mercadorias Operações: são negócios jurídicos. Circulação de mercadoria: transferência de propriedade. Mercadoria: bem destinado à venda ou revenda. Bens alienados de forma ocasional não constituem mercadoria. Base de Cálculo: valor da operação. O ICMS é calculado por dentro, ou seja, ele mesmo faz parte da sua base de cálculo. Sujeito Passivo: quem realiza a operação de circulação de mercadoria.

ICMS ICMS Serviços Subdivide-se em ICMS Transporte e ICMS Comunicação. Serviços de transporte interestadual e intermunicipal. Serviços de comunicação. ICMS Transportes Transporte oneroso de passageiros ou de cargas, na modalidade de transporte interestadual ou intermunicipal. Não pode ser cobrado no transporte intramunicipal.

ICMS ICMS Comunicação Comunicação: emissão, transmissão e o recebimento de mensagens, sonoras ou visuais, mesmo que unilaterais. Incide sobre os serviços de comunicação, não sobre a comunicação propriamente. Deve ser um serviço oneroso, com conteúdo mensurável. Sujeito ativo: Estado onde o serviço for prestado.

Será não-cumulativo. ICMS ASPECTOS GERAIS Isenção e não-incidência não geram créditos para as operações posteriores e acarretam a anulação do crédito relativo às operações anteriores, salvo disposição em contrário da legislação. Poderá ser seletivo, em função da essencialidade das mercadorias e dos serviços. Resolução do Senado Federal, de iniciativa do Presidente da República ou de um terço dos Senadores, aprovada pela maioria absoluta de seus membros, estabelecerá as alíquotas aplicáveis às operações e prestações, interestaduais e de exportação. É facultado ao Senado Federal estabelecer alíquotas mínimas e máximas nas operações internas.

ICMS ASPECTOS GERAIS As alíquotas internas não poderão ser inferiores às previstas para as operações interestaduais, salvo disposição de lei em contrário. Operações interestaduais a consumidor final: alíquota interestadual é recolhida para o Estado de origem, a diferença entre a alíquota interna e a interestadual (diferencial de alíquota) é recolhida ao Estado de destino. Responsável pelo recolhimento: se o destinatário é contribuinte do ICMS, ele recolhe o diferencial de alíquota, caso contrário o vendedor pagará tanto a alíquota interestadual como o diferencial de alíquota.

ICMS ICMS Importação: Incide sobre a entrada de bem ou mercadoria importados do exterior por pessoa física ou jurídica, ainda que não seja contribuinte habitual do imposto, assim como sobre o serviço prestado no exterior. Súmula Vinculante nº 48 - Na entrada de mercadoria importada do exterior, é legítima a cobrança do ICMS por ocasião do desembaraço aduaneiro. O imposto é devido ao Estado onde estiver situado o domicílio ou o estabelecimento do destinatário da mercadoria, bem ou serviço (importador). Operações Mistas: prestação de serviço e circulação de mercadoria. Haverá a incidência sobre o valor total da operação, quando mercadorias forem fornecidas com serviços não compreendidos na competência tributária dos Municípios.

Não incide: ICMS na exportação, mantendo-se os créditos obtidos nas operações anteriores; sobre operações que destinem a outros Estados petróleo, inclusive lubrificantes, combustíveis líquidos e gasosos dele derivados, e energia elétrica; sobre o ouro definido como ativo financeiro ou instrumento cambial; sobre serviços de radiofusão de recepção livre e gratuita.

ICMS Impossibilidade do IPI na base de cálculo do ICMS: quando a operação, realizada entre contribuintes e relativa a produto destinado à industrialização ou à comercialização, configure fato gerador dos dois impostos. Compete à Lei Complementar: a) definir os contribuintes. b) dispor sobre substituição tributária. c) dispor sobre o regime de compensação. d) determinar o local das operações para cobrança do imposto.

ICMS e) desonerar a exportação, além da previsão já contida na CF. f) dispor sobre a manutenção de crédito nas operações interestaduais e de exportação. g) regular a concessão e revogação de isenções, incentivos e benefícios fiscais. h) dispor sobre a incidência monofásica em relação a combustíveis e lubrificantes, podendo criar exceção a não-incidência prevista na CF. i) prever a inclusão do ICMS na sua própria base de cálculo, inclusive nas operações de importação.

ICMS Só pode incidir o ICMS, II e IE nas operações relativas à: energia elétrica; serviços de telecomunicações; derivados de petróleo; combustíveis; e minerais do País. Nas operações com os lubrificantes e combustíveis derivados de petróleo, o imposto caberá ao Estado onde ocorrer o consumo.

ICMS Nas operações interestaduais com gás natural e seus derivados, combustíveis e lubrificantes que não sejam derivados do petróleo: a) nas operações entre contribuintes: o imposto será repartido entre os Estados de origem e de destino. b) nas operações destinadas a não contribuintes: o imposto caberá integralmente ao Estado de origem. Nas operações com combustíveis e lubrificantes, as alíquotas serão definidas mediante deliberação dos Estados e Distrito Federal, observando-se o seguinte: a) serão uniformes em todo o território nacional, podendo ser diferenciadas por produto. b) poderão ser específica ou ad valorem. c) poderão ser reduzidas e restabelecidas, sem observância à anterioridade de exercício.

IPVA Incide sobre a propriedade de veículos automotores. Veículos automotores: somente de circulação terrestre. Não incide o IPVA sobre veículos de circulação aérea ou hídrica. Sujeito ativo: Estado no qual o veículo está licenciado. O Senado Federal irá fixar alíquotas mínimas para cobrança do imposto. Os Estados podem adotar alíquotas diferenciadas em função do tipo e da utilização do veículo. Não pode existir diferença de alíquota em função da origem do veículo, se nacional ou importado.

IPVA CRITÉRIO MATERIAL CRITÉRIO ESPACIAL CRITÉRIO TEMPORAL CRITÉRIO PESSOAL CRITÉRIO QUANTITATIVO Ser proprietário de veículo automotor (terrestre). Estado em que estiver licenciado o veículo. Carros usados: 1º de janeiro de cada ano. Carros 0 Km: na data da aquisição. Sujeito Ativo: Estado em que estiver licenciado o veículo. Sujeito Passivo: proprietário do veículo. Base de cálculo: valor do automóvel. Alíquotas: mínimas fixadas por Resolução do Senado Federal.

CF Art. 155. Compete aos Estados e ao Distrito Federal instituir impostos sobre: I - transmissão causa mortis e doação, de quaisquer bens ou direitos; II - operações relativas à circulação de mercadorias e sobre prestações de serviços de transporte interestadual e intermunicipal e de comunicação, ainda que as operações e as prestações se iniciem no exterior; III - propriedade de veículos automotores. 1º O imposto previsto no inciso I: I - relativamente a bens imóveis e respectivos direitos, compete ao Estado da situação do bem, ou ao Distrito Federal II - relativamente a bens móveis, títulos e créditos, compete ao Estado onde se processar o inventário ou arrolamento, ou tiver domicílio o doador, ou ao Distrito Federal;

CF III - terá competência para sua instituição regulada por lei complementar: a) se o doador tiver domicilio ou residência no exterior; b) se o de cujus possuía bens, era residente ou domiciliado ou teve o seu inventário processado no exterior; IV - terá suas alíquotas máximas fixadas pelo Senado Federal; 2º O imposto previsto no inciso II atenderá ao seguinte: I - será não-cumulativo, compensando-se o que for devido em cada operação relativa à circulação de mercadorias ou prestação de serviços com o montante cobrado nas anteriores pelo mesmo ou outro Estado ou pelo Distrito Federal;

CF II - a isenção ou não-incidência, salvo determinação em contrário da legislação: a) não implicará crédito para compensação com o montante devido nas operações ou prestações seguintes; b) acarretará a anulação do crédito relativo às operações anteriores; III - poderá ser seletivo, em função da essencialidade das mercadorias e dos serviços; IV - resolução do Senado Federal, de iniciativa do Presidente da República ou de um terço dos Senadores, aprovada pela maioria absoluta de seus membros, estabelecerá as alíquotas aplicáveis às operações e prestações, interestaduais e de exportação; V - é facultado ao Senado Federal: a) estabelecer alíquotas mínimas nas operações internas, mediante resolução de iniciativa de um terço e aprovada pela maioria absoluta de seus membros;

CF b) fixar alíquotas máximas nas mesmas operações para resolver conflito específico que envolva interesse de Estados, mediante resolução de iniciativa da maioria absoluta e aprovada por dois terços de seus membros; VI - salvo deliberação em contrário dos Estados e do Distrito Federal, nos termos do disposto no inciso XII, "g", as alíquotas internas, nas operações relativas à circulação de mercadorias e nas prestações de serviços, não poderão ser inferiores às previstas para as operações interestaduais; VII - nas operações e prestações que destinem bens e serviços a consumidor final, contribuinte ou não do imposto, localizado em outro Estado, adotar-se-á a alíquota interestadual e caberá ao Estado de localização do destinatário o imposto correspondente à diferença entre a alíquota interna do Estado destinatário e a alíquota interestadual; a) (revogada); b) (revogada);

CF VIII - a responsabilidade pelo recolhimento do imposto correspondente à diferença entre a alíquota interna e a interestadual de que trata o inciso VII será atribuída: a) ao destinatário, quando este for contribuinte do imposto; b) ao remetente, quando o destinatário não for contribuinte do imposto; IX - incidirá também: a)sobre a entrada de bem ou mercadoria importados do exterior por pessoa física ou jurídica, ainda que não seja contribuinte habitual do imposto, qualquer que seja a sua finalidade, assim como sobre o serviço prestado no exterior, cabendo o imposto ao Estado onde estiver situado o domicílio ou o estabelecimento do destinatário da mercadoria, bem ou serviço; b) sobre o valor total da operação, quando mercadorias forem fornecidas com serviços não compreendidos na competência tributária dos Municípios;

X - não incidirá: CF a) sobre operações que destinem mercadorias para o exterior, nem sobre serviços prestados a destinatários no exterior, assegurada a manutenção e o aproveitamento do montante do imposto cobrado nas operações e prestações anteriores; b) sobre operações que destinem a outros Estados petróleo, inclusive lubrificantes, combustíveis líquidos e gasosos dele derivados, e energia elétrica; c) sobre o ouro, nas hipóteses definidas no art. 153, 5º; d) nas prestações de serviço de comunicação nas modalidades de radiodifusão sonora e de sons e imagens de recepção livre e gratuita;

CF XI - não compreenderá, em sua base de cálculo, o montante do imposto sobre produtos industrializados, quando a operação, realizada entre contribuintes e relativa a produto destinado à industrialização ou à comercialização, configure fato gerador dos dois impostos; XII - cabe à lei complementar: a) definir seus contribuintes; b) dispor sobre substituição tributária; c) disciplinar o regime de compensação do imposto; d) fixar, para efeito de sua cobrança e definição do estabelecimento responsável, o local das operações relativas à circulação de mercadorias e das prestações de serviços; e) excluir da incidência do imposto, nas exportações para o exterior, serviços e outros produtos além dos mencionados no inciso X, "a";

CF f) prever casos de manutenção de crédito, relativamente à remessa para outro Estado e exportação para o exterior, de serviços e de mercadorias; g) regular a forma como, mediante deliberação dos Estados e do Distrito Federal, isenções, incentivos e benefícios fiscais serão concedidos e revogados. h) definir os combustíveis e lubrificantes sobre os quais o imposto incidirá uma única vez, qualquer que seja a sua finalidade, hipótese em que não se aplicará o disposto no inciso X, b; i) fixar a base de cálculo, de modo que o montante do imposto a integre, também na importação do exterior de bem, mercadoria ou serviço. 3º À exceção dos impostos de que tratam o inciso II do caput deste artigo e o art. 153, I e II, nenhum outro imposto poderá incidir sobre operações relativas a energia elétrica, serviços de telecomunicações, derivados de petróleo, combustíveis e minerais do País.

CF 4º Na hipótese do inciso XII, h, observar-se-á o seguinte: I - nas operações com os lubrificantes e combustíveis derivados de petróleo, o imposto caberá ao Estado onde ocorrer o consumo; II - nas operações interestaduais, entre contribuintes, com gás natural e seus derivados, e lubrificantes e combustíveis não incluídos no inciso I deste parágrafo, o imposto será repartido entre os Estados de origem e de destino, mantendo-se a mesma proporcionalidade que ocorre nas operações com as demais mercadorias; III - nas operações interestaduais com gás natural e seus derivados, e lubrificantes e combustíveis não incluídos no inciso I deste parágrafo, destinadas a não contribuinte, o imposto caberá ao Estado de origem; IV - as alíquotas do imposto serão definidas mediante deliberação dos Estados e Distrito Federal, nos termos do 2º, XII, g, observando-se o seguinte:

CF a) serão uniformes em todo o território nacional, podendo ser diferenciadas por produto; b) poderão ser específicas, por unidade de medida adotada, ou ad valorem, incidindo sobre o valor da operação ou sobre o preço que o produto ou seu similar alcançaria em uma venda em condições de livre concorrência; c) poderão ser reduzidas e restabelecidas, não se lhes aplicando o disposto no art. 150, III, b. 5º As regras necessárias à aplicação do disposto no 4º, inclusive as relativas à apuração e à destinação do imposto, serão estabelecidas mediante deliberação dos Estados e do Distrito Federal, nos termos do 2º, XII, g. 6º O imposto previsto no inciso III: I - terá alíquotas mínimas fixadas pelo Senado Federal; II - poderá ter alíquotas diferenciadas em função do tipo e utilização.

IMPOSTOS MUNICIPAIS Compete aos Municípios instituir impostos sobre: I. propriedade predial e territorial urbana; II. transmissão "inter vivos", a qualquer título, por ato oneroso, de bens imóveis, por natureza ou acessão física, e de direitos reais sobre imóveis, exceto os de garantia, bem como cessão de direitos a sua aquisição; III. serviços de qualquer natureza, não compreendidos no art. 155, II, definidos em lei complementar.

IPTU Propriedade predial e territorial urbana. Possibilidade de usar, gozar, e dispor do seu direito. Base de cálculo: valor venal do imóvel. Sujeito passivo: proprietário, titular do domínio útil ou possuidor a qualquer título. Progressividade: no tempo, para cumprimento da função social da propriedade; ou em razão do valor venal do imóvel. Poderá ter alíquotas diferentes de acordo com a localização e o uso do imóvel.

ITBI Incide sobre a transmissão de bens imóveis. Transmissão de propriedade: ocorre com o registro do título translativo no registro de imóveis. Deve ser onerosa. Não incide sobre os imóveis desapropriados para fins de reforma agrária. É um imposto proporcional, não progressivo. É devido ao Município em que localizado o bem. Não incide sobre a transmissão de bens ou direitos incorporados ao patrimônio de pessoa jurídica em realização de capital, nem sobre a transmissão de bens ou direitos decorrente de fusão, incorporação, cisão ou extinção de pessoa jurídica, salvo se, nesses casos, a atividade preponderante do adquirente for a compra e venda desses bens ou direitos, locação de bens imóveis ou arrendamento mercantil.

CRITÉRIO MATERIAL CRITÉRIO ESPACIAL ITBI a) transmissão inter vivos, a qualquer título, por ato oneroso, de bens imóveis, por natureza ou acessão física; b) transmissão de direitos reais sobre imóveis exceto os de garantia; c) cessão de direitos à sua aquisição. Município da situação do Bem Imóvel. CRITÉRIO TEMPORAL No momento do registro em Cartório. CRITÉRIO PESSOAL Sujeito Ativo: Município da situação do Imóvel. Sujeito Passivo: Nos termos do art. 42 do CTN. CRITÉRIO QUANTITATIVO Base de cálculo: valor venal do imóvel. Alíquotas: não podem ser progressivas.

ISSQN Incide sobre os serviços, não compreendidos naqueles tributados pelo ICMS, desde que estejam previstos na lista anexa (LC 116/03). Regulado pela Lei Complementar 116/03. A lista anexa é taxativa, mas admite uma interpretação extensiva. Serviço de qualquer natureza: é o esforço de pessoas desenvolvido em favor de outrem, com conteúdo econômico, sob regime de direito privado, em caráter negocial, tendente a produzir uma utilidade material ou imaterial, tendo sempre caráter oneroso. Base de cálculo: preço do serviço. Contribuinte: prestador do serviço. Os Municípios devem respeitar os limites mínimos e máximos, previstos em lei, para as alíquotas. Pode ser alíquota ad valorem ou específica.

ISSQN Cabe à Lei Complementar: a) fixar as suas alíquotas máximas e mínimas; b) excluir da sua incidência exportações de serviços para o exterior. c) regular a forma e as condições como isenções, incentivos e benefícios fiscais serão concedidos e revogados. Exemplos de serviços previstos na lista anexa à LC 116/03: serviços de informática, medicina, engenharia, arquitetura e construção civil, manutenção e limpeza, turismo e viagens, estacionamento, vigilância, bancários e financeiros, apoio administrativo, jurídico e contábil. Regra: o imposto é devido no local do estabelecimento do prestador, podendo a lei dispor de forma diversa.

ISSQN CRITÉRIO MATERIAL CRITÉRIO ESPACIAL Prestação de serviços, não compreendidos na competência do art. 155, II, e definidos em lei complementar. Regra: Município da sede do prestador de serviço, exceções do art. 3º da LC nº 116/2003. CRITÉRIO TEMPORAL No momento em que o serviço prestado é finalizado. CRITÉRIO PESSOAL CRITÉRIO QUANTITATIVO Sujeito Ativo: coincide com o critério espacial. Sujeito Passivo: contribuinte prestador do serviço. Base de cálculo: valor do serviço Alíquotas: mínima de 2% e máxima de 5%.

CF Art. 156. Compete aos Municípios instituir impostos sobre: I - propriedade predial e territorial urbana; II - transmissão "inter vivos", a qualquer título, por ato oneroso, de bens imóveis, por natureza ou acessão física, e de direitos reais sobre imóveis, exceto os de garantia, bem como cessão de direitos a sua aquisição; III - serviços de qualquer natureza, não compreendidos no art. 155, II, definidos em lei complementar. IV - (Revogado pela Emenda Constitucional nº 3, de 1993) 1º Sem prejuízo da progressividade no tempo a que se refere o art. 182, 4º, inciso II, o imposto previsto no inciso I poderá: I ser progressivo em razão do valor do imóvel; e II ter alíquotas diferentes de acordo com a localização e o uso do imóvel.

CF 2º O imposto previsto no inciso II: I - não incide sobre a transmissão de bens ou direitos incorporados ao patrimônio de pessoa jurídica em realização de capital, nem sobre a transmissão de bens ou direitos decorrente de fusão, incorporação, cisão ou extinção de pessoa jurídica, salvo se, nesses casos, a atividade preponderante do adquirente for a compra e venda desses bens ou direitos, locação de bens imóveis ou arrendamento mercantil; II - compete ao Município da situação do bem. 3º Em relação ao imposto previsto no inciso III do caput deste artigo, cabe à lei complementar: I - fixar as suas alíquotas máximas e mínimas; II - excluir da sua incidência exportações de serviços para o exterior. III regular a forma e as condições como isenções, incentivos e benefícios fiscais serão concedidos e revogados.

QUESTÕES TRIBUTÁRIO 2ª FASE OAB PROF. ME MOZARTH BIELECKI WIERZCHOWSKI

1) A seguradora ABC S.A. realizou a venda de um lote dos chamados "automóveis salvados de sinistro", isto é, automóveis que, por algum acidente (colisão, enchente etc.), perderam mais de 75% de seu valor, sendo sua propriedade transferida para a seguradora, a qual paga a correspondente indenização ao segurado. O Fisco do Estado X, alegando que a venda dos "automóveis salvados de sinistro" é uma operação de compra e venda de mercadorias, exige o pagamento do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) sobre esta operação. Diante do caso exposto, responda aos itens a seguir. A) O Fisco Estadual está correto em sua exigência? (Valor: 0,70) B) Uma sociedade empresária que se dedicasse exclusivamente a recuperar automóveis salvados de sinistro", parcial ou totalmente, vendendo-os, ou suas peças avulsas, aos consumidores em geral, seria contribuinte de ICMS? (Valor: 0,55)

A. Não. As seguradoras não são contribuintes de ICMS nas operações de venda de veículos salvados de sinistro, OU A alienação de salvados de sinistro, pelas Seguradoras, não é fato gerador de ICMS, OU A alienação de salvados configura atividade integrante das operações de seguros e não tem natureza de circulação de mercadoria para fins de incidência do ICMS (0,60), nos termos da Súmula Vinculante 32 OU Art. 3º, inciso IX, da LC 87/96 (0,10). Súmula Vinculante nº 32: "O ICMS não incide sobre alienação de salvados de sinistro pelas seguradoras". B. Sim, pois trata-se de operação mercantil, ou de circulação de mercadorias, para fins de incidência do ICMS (0,45), nos termos do Art. 155, inciso II, da CRFB/88, OU do Art. 2º da LC 87/96 (0,10).

2) Em abril de 2015, 30 dias após o falecimento de Maria, Joana, uma de suas três filhas, ajuizou ação de inventário e partilha e foi nomeada inventariante do espólio de sua mãe, composto por dois imóveis. Em julho do mesmo ano, a alíquota do Imposto sobre a Transmissão Causa Mortis e Doação (ITCMD) do estado Y, onde Maria residia e onde estavam localizados seus dois imóveis, foi alterada de 4% para 6%. O Fisco Estadual, dois anos após o ajuizamento da ação de inventário e partilha, discordando do valor dos bens declarado pela inventariante que atribuiu aos imóveis o valor venal vigente na data da abertura da sucessão, lançou o ITCMD, utilizando, como base de cálculo, os valores dos bens arbitrados na data da avaliação e a alíquota de 6%, então em vigor. A inventariante, após regularmente notificada do lançamento do tributo e sentindo-se prejudicada pela decisão desfavorável do Fisco Estadual, decidiu impugnar administrativamente o lançamento do tributo. A partir dos fatos apresentados, responda aos itens a seguir. A) A atitude do Fisco em cobrar o ITCMD com base na nova alíquota de 6% está correta? Fundamente. (Valor: 0,65) B) Sobre a base de cálculo, assiste razão à inventariante? (Valor: 0,60)

A. Não. O ITCMD é devido pela alíquota vigente ao tempo da abertura da sucessão, OU Não cabe a aplicação da nova alíquota com base no princípio da irretroatividade da lei (0,55), de acordo com a Súmula 112 STF, OU Art. 150, III, a, da CRFB/88, OU Art. 144, caput, do CTN, OU Art. 105 do CTN (0,10). Súmula 112 do STF: "O imposto de transmissão "causa mortis" é devido pela alíquota vigente ao tempo da abertura da sucessão.". B. Não. O ITCMD é calculado sobre o valor dos bens na data da avaliação, OU No que concerne à base de cálculo, a avaliação do fisco está correta (0,50), de acordo com a Súmula 113 do STF (0,10). Súmula 113 do STF: "O imposto de transmissão "causa mortis" é calculado sobre o valor dos bens na data da avaliação.".

3) Em 2017, Carlos, após viagem ao exterior, decidiu importar do Japão, para uso próprio, um veículo automotor de última geração, lançamento do mercado japonês. Considerando que Carlos é o consumidor final do veículo, responda aos itens a seguir. A) Na importação do referido veículo por Carlos, é devido o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI)? (Valor: 0,60) B) Considerando que, em 2003, o estado onde Carlos é domiciliado editou uma lei instituindo o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) sobre a importação realizada por consumidor final, é devido o ICMS na importação do veículo? (Valor: 0,65)

A. Sim. O importador (Carlos) é contribuinte do IPI (0,50), nos termos do Art. 51, inciso I do CTN OU Art. 46, inciso I do CTN OU Repercussão Geral (RE 723.651) (0,10). B. Sim. Incide ICMS sobre a entrada de bem ou mercadoria importada do exterior por pessoa física OU consumidor final (0,55), conforme o Art. 155, 2º, inciso IX, alínea a, da CRFB/88 OU Art. 2º, 1º, I, da LC 87/96 OU Repercussão Geral (RE 439.796) OU Súmula Vinculante 48 do STF OU Súmula 661 do STF (0,10). Súmula Vinculante nº 48: Na entrada de mercadoria importada do exterior, é legítima a cobrança do ICMS por ocasião do desembaraço aduaneiro.

Prof. Me Mozarth Bielecki Wierzchowski Descomplicando o Direito Tributário fb.com/profmozarthbw @profmozarthbw (51) 9 9382-8139 mozarth@castellassessoria.com