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Transcrição:

BOLETIM DO SUÍNO nº 98 OUTUBRO 2018

O mercado em outubro Os preços do suíno vivo (posto no frigorífico) e das carcaças subiram em outubro pelo terceiro mês consecutivo. As altas estiveram atreladas, principalmente, à menor oferta de animais, especialmente no mercado independente. Com os elevados custos de produção na maior parte do ano, devido aos altos patamares dos preços do milho e do farelo de soja, muitos suinocultores deixaram a atividade, e aqueles que permaneceram têm procurado diminuir o plantel, reduzindo assim a disponibilidade de suínos no mercado. Na região SP-5 (Bragança Paulista, Campinas, Piracicaba, São Paulo e Sorocaba), o preço do animal subiu 3,9% de setembro para outubro, para a média de R$ 3,82/kg no mês passado, a maior do ano (em termos nominais), atrás somente da de janeiro, quando foi de R$ 3,84/ kg. Em Ponte Nova (MG), a alta foi ainda mais expressiva: de 4,6%, com o preço médio do animal posto na indústria a R$ 3,98/kg em outubro. Apesar das valorizações, os preços praticados em outubro/18 não superaram os do mesmo período de 2017. As maiores quedas foram registradas no Oeste Catarinense (SC) e em Rondonópolis (MT). Na praça mato-grossense, o suíno vivo foi comercializado na média de R$ 3,01/kg no mês passado, 10% abaixo do valor praticado em outubro de 2017. Já no Oeste Catarinense, a queda foi de 8,4% na mesma comparação, com o animal negociado na média de R$ 3,51/kg em outubro/18. Com o suíno vivo mais caro, as cotações das carcaças também aumentaram entre setembro e outubro. No atacado da Grande São Paulo, o preço da carcaça comum registrou alta de 4,2%, e o da especial, de 3%, com as médias de outubro indo para R$ 5,64/kg e para R$ 5,88/kg, respectivamente. A fraca demanda por carne, contudo, não foi capaz de impulsionar significativamente os preços da maioria dos cortes. As cotações do pernil com osso e do carré negociados no atacado da Grande São Paulo registraram leve alta de 0,7% e de 0,5%, respectivamente, para as médias de R$ 5,77/kg e de R$ 5,94/kg em outubro. 2

Gráfico 1 - Preço médio mensal da carcaça suína especial no atacado da Grande São Paulo (R$/kg) R$/kg 8,00 7,50 7,00 6,50 6,00 5,50 5,00 4,50 3,50 3,00 2,50 2,00 jan fev mar abr mai jun jul ago set out nov dez 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 R$/kg Gráfico 2 - Indicadores do Suíno Vivo CEPEA/ESALQ - Preços pagos ao produtor (set/17 a - R$/kg) 4,60 4,30 3,70 3,40 3,10 2,80 2,50 01/09/2017 18/09/2017 02/10/2017 17/10/2017 31/10/2017 16/11/2017 30/11/2017 14/12/2017 02/01/2018 16/01/2018 30/01/2018 15/02/2018 01/03/2018 15/03/2018 29/03/2018 13/04/2018 27/04/2018 14/05/2018 28/05/2018 12/06/2018 26/06/2018 10/07/2018 24/07/2018 07/08/2018 21/08/2018 04/09/2018 19/09/2018 03/10/2018 18/10/2018 MG SP PR SC RS 3

Preços e exportações Os embarques de carne suína in natura alcançaram em outubro o segundo maior volume do ano, mas a redução no preço da proteína exportada verificada nos últimos meses diminuiu os ganhos das indústrias brasileiras frente à receita do ano anterior. O movimento de queda nas cotações da proteína brasileira exportada segue uma tendência observada no cenário internacional, que, por sua vez, é reflexo da maior produção mundial, que tem elevado a concorrência pelos mercados consumidores. Além disso, segundo a Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO), a Peste Suína Africana (PSA) tem resultado em restrições na importação de carne suína. Em outubro, o produto exportado pelo Brasil teve média de US$ 1,79/kg, leve alta de 2,6% em relação à de setembro/18, mas quase 27% inferior à de outubro/17. De janeiro a outubro de 2018, o preço da carne in natura registra média de US$ 1,97/kg, sendo 21% menor que a do mesmo período de 2017. Quanto ao volume, as vendas brasileiras em outubro totalizaram 54,3 mil toneladas (t) de carne suína in natura, garantindo a segunda maior quantidade embarcada em 2018, atrás somente da de julho, quando foram vendidas 57,07 mil t. Os embarques de outubro são 13,1% maiores que os de setembro e 10,9% superiores aos de outubro/17. Mesmo com o maior volume exportado, o menor preço da carne reduziu a arrecadação em 18,8% entre outubro/17 e outubro/18, para US$ 97,33 milhões no último mês, ainda segundo a Secretaria de Comércio Exterior (Secex). No que diz respeito ao destino dos embarques, o aumento nas exportações in natura se deu majoritariamente pelos países vizinhos do Mercosul. Argentina, Chile e Uruguai, juntos, representaram 20,2% dos embarques de outubro, somando 10,97 mil t, aumento de 48,7% frente ao mês anterior. O incremento nas vendas aos vizinhos compensou a retração dos grandes compradores asiáticos: China, Cingapura e Hong Kong. A China, o principal destino das exportações de carne suína, diminuiu suas compras em 2,6% de setembro para outubro, tendo recebido 14,51 mil t no último mês. Após 11 meses de embargo, a Rússia anunciou, no último dia 31, o retorno das compras da carne suína brasileira. Como o país era o principal destino do produto nacional, durante todo o embargo, o setor esteve bastante suscetível às movimentações do mercado mundial. Entidades brasileiras buscaram promover a proteína em outros países, no intuito de escoar parte da oferta doméstica. 4

Tabela 1 - Indicadores do Suíno Vivo CEPEA/ESALQ - Preços pagos ao produtor - outubro/18 Estado Média mensal Variação no mês Mínimo mensal Máximo mensal Minas Gerais 3,95-0,8% 3,93 3,98 São Paulo 3,81 2,1% 3,75 3,83 Paraná 3,46 1,2% 3,43 3,49 Santa Catarina 3,18 0,0% 3,15 3,21 Rio Grande do Sul 3,04 1,3% 3,00 3,07 Tabela 2 - Médias regionais do preço do suíno vivo - outubro/18 (R$/Kg) Região Média mensal Variação no mês Mínimo mensal Máximo mensal Patos de Minas 3,93-0,3% 3,90 3,99 Belo Horizonte 3,96-2,0% 3,94 4,03 Sul de Minas 3,93-2,5% 3,92 3,97 Ponte Nova 3,98-0,1% 3,95 4,05 São José do Rio Preto 3,82 7,0% 3,60 3,90 Avaré 3,78 0,0% 3,75 3,81 SP-5 3,82 1,0% 3,79 3,85 Arapoti 3,71 4,9% 3,58 3,82 SO Paranaense 3,62 2,8% 3,53 3,72 Oeste Catarinense 3,51 2,9% 3,46 3,58 Braço do Norte 3,34-1,6% 3,33 3,40 Erechim 3,51 4,8% 3,46 3,55 Santa Rosa 3,49 6,4% 3,33 3,61 Serra Gaúcha 3,54 2,8% 3,50 3,58 Tabela 3 - Médias dos preços das carnes - atacado da Grande São Paulo - outubro/18 (R$/kg) Estado Média mensal Variação no mês Mínimo mensal Máximo mensal Carcaça Comum 5,64-1,0% 5,58 5,76 Carcaça Especial 5,88 0,0% 5,81 5,94 Lombo 9,01-6,7% 8,58 9,49 Pernil com osso 5,88 1,0% 5,70 6,17 Costela 9,86-6,2% 9,32 10,12 Carré 6,28-6,3% 5,93 6,45 Paleta sem osso 6,37-1,1% 6,13 6,66 Tabela 4 - Relação de troca de suíno por milho e de suíno por farelo de soja (kg vivo/kg de insumo) média outubro/18 vivo/milho Variação mensal vivo/farelo Variação mensal SP 6,43 15,3% 2,91 8,8% MG 6,83 4,6% 3,04 13,0% 5

Gráfico 3 - Preços internos (carcaça - Grande SP) e externo (carne in natura), deflacionados pelo IPCA - R$/kg 10,00 9,00 8,00 R$/kg 7,00 6,00 5,00 3,00 out/16 nov/16 dez/16 jan/17 fev/17 mar/17 abr/17 mai/17 jun/17 jul/17 ago/17 set/17 nov/17 dez/17 jan/18 fev/18 mar/18 mai/18 jun/18 jul/18 ago/18 set/18 Preço Interno Preço Externo Gráfico 4 - Exportações de carne suína in natura entre e, volume e receita 140,00 120,00 100,00 80,00 60,00 40,00 20,00 - nov/17 dez/17 jan/18 fev/18 mar/18 mai/18 jun/18 jul/18 ago/18 set/18 1.000 t US$ milhões 6

Relação de troca e insumos O cenário foi mais favorável ao produtor de suíno em outubro. Enquanto os preços do animal vivo registraram alta, os valores dos principais insumos utilizados na atividade (milho e farelo de soja) acumularam quedas. Diante disso, o poder de compra de suinocultores de São Paulo e do Oeste Catarinense registrou o terceiro aumento mensal consecutivo. Mesmo assim, o poder de compra do suinocultor permanece abaixo do verificado em outubro de 2017. Além disso, os custos da atividade seguem em patamares elevados. Segundo colaboradores do Cepea, no Rio Grande do Sul, produtores estão utilizando trigo e cevada na formulação de ração, visando diminuir os custos com a alimentação dos animais. Na média de outubro, o suinocultor paulista conseguiu comprar 6,41 quilos de milho ou 2,91 quilos de farelo de soja com a venda de um quilo do animal, respectivos aumentos de 15% e 8,8% frente ao adquirido em setembro. Para o produtor do Oeste Catarinense, foi possível comprar 5,41 quilos do cereal ou 2,65 quilos do derivado da soja no mês passado, altas de 13,8% e de 8,8%, respectivamente, no poder de compra do suinocultor frente ao registrado em setembro. Quanto aos insumos, segundo a Equipe Grãos/Cepea, a maior disponibilidade de milho no mercado doméstico, devido ao menor ritmo das exportações, e a retração de compradores têm refletido em desvalorizações do preço do cereal. Em outubro, a saca de 60 quilos do insumo registrou média de R$ 35,84 na região de Campinas (SP) e de R$ 38,91 em Chapecó (SC), respectivas quedas de 9,5% e de 7,2% em relação aos valores praticados em setembro. Para o farelo de soja, ainda de acordo com a Equipe Grãos/Cepea, a demanda enfraquecida vem reduzindo as negociações. Um dos fatores que contribuíram para essa movimentação foi o período de chuvas, que favoreceu as pastagens, reduzindo assim a demanda da pecuária de corte por ração. Em Campinas, a média de outubro, de R$ 1.312,93/tonelada, foi 4,5% inferior à de setembro. Em Chapecó, o preço médio em outubro, de R$ 1.321,95/ tonelada, foi 2,9% inferior ao do mês anterior. Além das desvalorizações dos insumos, a reação do preço do suíno contribuiu para elevar o poder de compra do produtor. A oferta reduzida de animais para abate e o bom desempenho das exportações no correr deste segundo semestre têm elevado o preço do vivo. Na região de SP-5 (Bragança Paulista, Campinas, Piracicaba, São Paulo e Sorocaba), o suíno vivo foi negociado ao preço médio de R$ 3,82/kg em outubro, alta de 3,9% em relação ao de setembro. No Oeste Catarinense, o animal registrou média de R$ 3,50/ kg, valor 5,6% superior ao do mês anterior. 7

Gráfico 5 - Relação de troca (kg de suíno/kg de ração) - MG - outubro/17 a outubro/18 7,50 7,00 6,50 6,00 5,50 5,00 4,50 3,50 3,00 2,50 2,00 out/08 abr/09 out/09 abr/10 out/10 abr/11 out/11 abr/12 out/12 abr/13 out/13 abr/14 out/14 abr/15 out/15 abr/16 out/16 abr/17 10,5 9,0 7,5 6,0 4,5 3,0 1,5 Gráfico 6 - Relação de troca (kg de suíno/kg de milho e kg suíno/kg do farelo de soja - out/08 a 0,0 nov/17 dez/17 jan/18 fev/18 mar/18 mai/18 jun/18 jul/18 ago/18 set/18 SP Suíno/Milho MG Suíno/Milho SP Suíno/Farelo MG Suíno/Farelo 8

Os preços das três proteínas mais consumidas no Brasil, suína, de frango e bovina, subiram no mercado atacadista da Grande São Paulo em outubro. As valorizações verificadas para as carnes suína e de frango, no entanto, foram bem mais intensas que as registradas para a bovina. Diante disso, a carne suína perdeu competitividade frente à bovina e manteve, com pouca variação, a diferença para a de frango. Considerando-se a média de outubro, a carcaça casada bovina esteve 4,23 Reais por quilo mais cara que a especial suína. Essa diferença é 2,6% menor que a registrada em setembro, indicando a perda de competitividade da carne suína frente à bovina. Em relação ao frango inteiro resfriado, a carcaça especial suína esteve 1,63 Real por quilo mais cara, diferença 1% inferior à registrada em setembro, o que mostra ligeiro ganho de competitividade da proteína suína frente à concorrente. Em outubro, o preço médio da carcaça especial suína negociada na Grande São Paulo foi de R$ 5,88/kg, aumento de 3% em relação ao de Carnes concorrentes setembro, mas recuo de 6,7% na comparação com outubro/17, em termos nominais. A menor disponibilidade de animais para abate tem limitado a oferta de carcaças no atacado. Vale destacar que as valorizações mais intensas para esta proteína foram verificadas na primeira semana de outubro, com os preços se sustentando ao longo do mês. Quanto à carne bovina, as cotações subiram no mercado atacadista no início de outubro, mas se enfraqueceram no correr do mês. Dessa forma, a carcaça casada bovina registrou média de R$ 10,12/kg, leve alta de 0,6% na comparação com a de setembro e de 5,8% em relação à de outubro/17, em termos nominais. Para o frango, o movimento de alta esteve atrelado à menor oferta de animais para abate. Neste caso, o elevado custo de produção na maior parte deste ano e a demanda arrefecida levaram agentes a reduzir ou deixar a atividade avícola. Com isso, o frango inteiro teve média de R$ 4,25/kg na Grande São Paulo em outubro, aumento de 4,6% frente à de setembro/18 e de 16,8% em relação à de outubro/17. Gráfico 7 - Preços da carcaça casada bovina, carcaça especial suína e frango inteiro resfriado, no atacado da Grande São Paulo (R$/kg) - outubro/17 a outubro/18 11,00 10,00 9,00 8,00 7,00 6,00 5,00 3,00 2,00 nov/17 dez/17 jan/18 fev/18 mar/18 mai/18 R$/kg jun/18 jul/18 ago/18 set/18 SEJA UM COLABORADOR DO CEPEA! CONTATO: (19) 3429-8859 suicepea@usp.br EXPEDIENTE Carcaça Casada Bovina Carcaça Especial Suína Frango Resfriado Coordenador: Geraldo Sant Ana de Camargo Barros, Ph.D Pesquisador responsável: Prof. Dr. Sergio De Zen Gestora executiva: Gabriela Garcia Ribeiro O Boletim do Suíno é elaborado mensalmente pelo Cepea - Centro de Revisão: Estudos Avançados em Economia Aplicada Bruna Sampaio - Mtb: 79.466 - ESALQ/USP. Interessados em reproduzir Equipe: Juliana Ferraz, Maristela de Mello Nádia Zanirato - Mtb: 81.086 o conteúdo devem solicitar CEPEA autorização. - CENTRO DE ESTUDOS Martins, AVANÇADOS Claudia Scarpelin, EM ECONOMIA Luiz Gustavo APLICADA Susumu, - ESALQ/USP Flávia Gutierrez - Mtb: 53.681 Ana Flávia Borin Vitório, Milena La Rubia Acciari e Matheus do Valle Liasch Jornalista responsável: Alessandra da Paz - Mtb: 49.148 9