ORIENTAÇÕES FONOAUDIOLÓGICAS NAS DEMÊNCIAS

Documentos relacionados
CONDUTAS E REABILITAÇÃO NA DISFAGIA OROFARÍNGEA. Priscila Watson Ribeiro Serviço de Fonoaudiologia do HCFMB

Formadora: M.ª João Marques. Trabalho Realizado por: Andreia Sampaio Cristina Seixas Paula Fernandes Rosa Macedo Susana Santos

A deglutição é definida como processo que resulta no transporte do alimento da boca ao estômago. Preparatória

MANEJO FONOAUDIOLÓGICO NA DEMÊNCIA DE ALZHEIMER

REVISÃO MARÇO Programa de Tratamento Fonoterápico Pacientes Internados em Unidade Hospitalar e em Regime de Internação Domiciliar

DISFAGIA OROFARÍNGEA: AVALIAÇÃO CLÍNICA, FUNCIONAL E COMPLEMENTAR

Protocolos de Eficácia Terapêutica e Avaliação. M.Sc. Profª Viviane Marques

FONOAUDIOLOGIA NA NUTRIÇAO ENTERAL. Fga Ms Lúcia Inês de Araújo

DYSPHAGIA SINTOMA Deglutição & Presbifagia 2013

17/08/2018. Disfagia Neurogênica: Acidente Vascular Encefálico

Estágio - Santa Cassa de Maceió de julho de Domingo Prova de Fonoaudiologia. 1-Quais as fazes da deglutição:

ESTUDO DIRIGIDO. Anatomia

Diagnóstico Diferencial

VII CONGRESSO BRASILEIRO DE NEUROPSIOUIATRIA GERIÁTRICA CONGRESSO BRASILEIRO DE AL2HEIMER CENTRO DE CONVENÇÕES FREI CANECA I SÃO PAULO I SP

INCOGNUS: Inclusão, Cognição, Saúde

CONSELHO FEDERAL DE FONOAUDIOLOGIA

Disfagia: Diagnóstico, Grau de severidade e escolha da melhor via de alimentação

Atividade Formação 3 Apoio no processo de deglutição e alimentação através de PEG

Gaudencio Barbosa R4 CCP Serviço de Cirurgia de Cabeça e Pescoço- HUWC UFC

INCOGNUS: Inclusão, Cognição, Saúde. Um olhar sobre as várias formas de demência

GUIA PRÁTICO PARA A PESSOA COM DIFICULDADES NA DEGLUTIÇÃO

DEMÊNCIA? O QUE é 45 MILHOES 70% O QUE É DEMÊNCIA? A DEMÊNCIA NAO É UMA DOENÇA EM 2013, DEMÊNCIA. Memória; Raciocínio; Planejamento; Aprendizagem;

Disfagia no idoso. Enfoque nos fatores determinantes e recursos terapêuticos.

AVALIAÇÃO DO RISCO DE DISFAGIA EM PACIENTES COM ESCLEROSE MÚLTIPLA Amaral, IJL; Guimarães, VC Diniz, DS; Oliveira, TP Universidade Federal de Goiás

Guia Norteador sobre a CIF em Fonoaudiologia

DISFAGIA NA CLASSE IDOSA DYSPHAGIA ELDERLY IN CLASS

Guia de Identificação e Orientação sobre os Sinais e Sintomas da Deglutição em Idosos: Presbifagia

14 semanas, podendo ser prorrogado de acordo com o ganho e necessidade do paciente.

Material de orientação para o cuidador do paciente com doença de Alzheimer Vol. III.

MEMÓRIA. Drª Andressa Chodur - Terapeuta Ocupacional Mestre em comportamento Motor UFPR / Capacitada em Oficina da Memória

Atuação do pediatra no paciente disfágico com anomalia craniofacial

Título do Trabalho: Autores: Instituição: Introdução

TRANSIÇÃO ALIMENTAR EM RECÉM-NASCIDOS COM DISPLASIA BRONCOPULMONAR E ALEITAMENTO MATERNO

PADRÃO DE RESPOSTA Residência Saúde 2013

Residência Saúde Fonoaudiologia DISCURSIVA C COORDENADORIA DE DESENVOLVIMENTO ACADÊMICO D A. wwww.cepuerj.uerj.br ATIVIDADE DATA LOCAL

GEP - GRUPO DE ESTIMULAÇÃO PRECOCE Criança de risco para atraso do desenvolvimento motor 30 vagas - 3 grupos de 10 crianças cada

RESIDÊNCIA SAÚDE UERJ 2017 FONOAUDIOLOGIA (201) PROVA DISCURSIVA ORGANIZADOR 1

LEI LESÃO ENCEFÁLICA INFANTIL

DOENÇAS NEUROLÓGICAS COMO CAUSAS DE DISFAGIA EM ADULTOS

PADRÃO DE RESPOSTA. Residência Saúde 2014 NÍVEL SUPERIOR. Fonoaudiologia

Como lidar com os problemas de deglutição após um Acidente Vascular Cerebral (AVC)

ANOMALIAS DENTOFACIAIS

Fonoaudiologia. Caderno de Questões PROVA DISCURSIVA. SRH Superintendência DESEN. de Recursos Humanos

Reabilitação Fonoaudiológica na Doença de Parkinson

Luciana Cássia de Jesus

Intervenção Multidisciplinar: evidências sobre Sequência de Pierre Robin, Síndrome de Crouzon e Velocardiofacial

INTRODUÇÃO DOENÇAS NEUROMUSCULARES

Fisiologia gastrointestinal

ASSISTÊNCIA E FUNCIONAMENTO NA SÍNDROME ESOFÁGICA

GERENCIAMENTO DE RISCO DE BRONCOASPIRAÇÃO

ENFERMAGEM SAÚDE DO IDOSO. Aula 10. Profª. Tatiane da Silva Campos

FISIOTERAPIA AÇÕES DE EDUCAÇÃO NO PRÉ, TRANS E PÓS TCTH. Karla Ribeiro Costa Pereira

AULA: DISFAGIA PROFESSOR: Hilton Ricz

ADMINISTRAÇÃO DE DIETA ORAL Enf as : Graciete Saraiva Marques e Cilene Bisagni

NUTRIÇÃO ENTÉRICA POR GASTROSTOMIA

12/08/2009. Senescência. Demência. Reunião Clínica-H9J Dra. Flávia Campora CIMI H9J Serviço Geriatria HC-FMUSP. Senescência.

ESTRATÉGIAS NUTRICIONAIS NA ALTA HOSPITALAR E EM CASA: DIFICULDADES E SOLUÇOES NO HOSPITAL PRIVADO ANNA CAROLINA SARA FONSECA NUTRICIONISTA EMTN HSC

Fluência: Gagueira e Outros Distúrbios. CURSOS NA CLÍNICA IGNÊS MAIA RIBEIRO. Para pequenos grupos, a partir de 3 participantes.

ENFERMAGEM SAÚDE DO IDOSO. Aula 8. Profª. Tatiane da Silva Campos

ALTERAÇÃO COGNITIVA E COMPORTAMENTAL NA DOENÇA DE ALZHEIMER: ORIENTANDO O FAMILIAR E O CUIDADOR

Seminário Interdisciplinar. Traumas Faciais: Atuação Fonoaudiológica e Odontológica

CAPACITAÇÃO DE PROFISSIONAIS EM SAUDE MENTAL NO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO NUTRIÇÃO NO IDOSO

TERAPIA NUTRICIONAL NA DISFAGIA. Maria Carolina Gonçalves Dias

- Infiltrado eosinofílico no epitélio esofágico : mais 15 eosinófilos / campo grande aumento (400X)

TRANSTORNOS DO ESPECTRO DO AUTISMO (TEA)

FACULDADE REGIONAL DE MEDICINA DE SÃO JOSÉ DO RIO PRETO FAMERP

Saúde Bucal e Demência Prevenção e Tratamento

As bases de uma alimentação saudável

Orientações fonoaudiológicas

Livros Grátis. Milhares de livros grátis para download.

Voz. Saúde Coletiva. Linguagem Disfagia. Educação

Data: 23/05/2017 Horário: 13h Local: Anfiteatro da Biblioteca. Apresentação: Brenda Catalani (4º ano) Susanna Ferruci (2º ano)

Unidades de AVC. Carlos Batista. Neurologista Fellow em pesquisa em Neurologia Vascular Hospital de Clínicas de Porto Alegre

UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA MARIA CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE CURSO DE FONOAUDIOLOGIA EQUIVALÊNCIA DE DISCIPLINAS

D.N.: NOME: ESCOLA: ANO: ENC. EDUC.: Funções do Corpo

MANEJO DOS CASOS SUSPEITOS E CONFIRMADOS DE INFLUENZA NO HIAE E UNIDADES

PRESBIFAGIA: REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

Sistema Estomatognático

VOZ E PROCESSAMENTO AUDITIVO: TEM RELAÇÃO??

BENEFÍCIOS DA FISIOTERAPIA NOS SINTOMAS DA DOENÇA DE ALZHEIMER

UNIVERSIDADE DO VALE DO RIO DOS SINOS UNISINOS UNIDADE ACADÊMICA DE EDUCAÇÃO CONTINUADA ESPECIALIZAÇÃO EM NUTRIÇÃO CLÍNICA COM ÊNFASE EM ADULTO

DIETAS HOSPITALARES. Prof. Ana Laura Dias

Demência de Alzheimer. Dra. Célia Petrossi Gallo Garcia Médica Psiquiatra PAI-ZN

ENFERMAGEM ANATOMIA. SISTEMA DIGESTÓRIO Parte 2. Profª. Tatiane da Silva Campos

PNEUMONIA ASSOCIADA À VENTILAÇÃO MECÂNICA PAV IMPORTÂNCIA, PREVENÇÃO CRITÉRIOS DIAGNÓSTICOS E NOTIFICAÇÃO

Fase inicial - Doença de Alzheimer

Características Nutricionais das Dietas Hospitalares. Juliana Aquino

Elaine Nogueira Rodrigues

Relatório sobre as Especialidades em Fonoaudiologia. Conselho Federal de Fonoaudiologia

Rafaela Fernanda de Almeida Jorge

Atualização. Perfil de Funcionalidade

A Senilidade e suas consequências

Identificação e reprodução dos diversos tipos de tecidos e órgãos humanos, por meio de estruturas microscópicas.

UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA MARIA CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE CURSO DE FONOAUDIOLOGIA EQUIVALÊNCIA DE DISCIPLINAS

O ENVELHECER DA DEGLUTIÇÃO: UMA REVISÃO SISTEMÁTICA

QUESTÃO 32. A) movimentação ativa de extremidades. COMENTÁRO: LETRA A

Segurança e Manuseio de equipamentos de uso domiciliar

Questões comentadas - Disfagia

DIVERTÍCULOS DO ESÔFAGO

DIVERTÍCULO DE ZENKER. R1 Jean Versari - HAC

Transcrição:

ORIENTAÇÕES FONOAUDIOLÓGICAS NAS DEMÊNCIAS FGA. MS. CAROLINE MARRAFON Curso de Capacitação: O envelhecimento e as Demências

FONOAUDIOLOGIA NO ENVELHECIMENTO Promoção da saúde, prevenção, avaliação e diagnóstico, orientação, terapia (habilitação e reabilitação) e aperfeiçoamento Audição Voz Motricidade orofacial Fala Linguagem / cognição Deglutição Conselho Regional de Fonoaudiologia 2º Região

DEGLUTIÇÃO Ação responsável por levar o alimento pelo trato digestivo boca até estômago Furkin et al, 1999

Ação neuromuscular complexa córtex cerebral troco cerebral 30 músculos 06 pares de nervos encefálicos V, VII, IX, X, XI e XII Google Rocha, 1998; Arakawa-Sugueno et al, 2013

DEGLUTIÇÃO E SUAS FASES ANTECIPATÓRIA - Estímulo sensorial visual e olfativo * vontade de se alimentar * salivação FASE ORAL - Voluntária e consciente - Subfases: * captação * preparo * qualificação * organização Google Google Dodds 1989; Dodds et. al 1990

FARÍNGEA - Involuntária e subconsciente * fechamento velofaríngeo * ação esfinctérica da laringe * contração dos músculos faríngeos * elevação do osso hióide / elevação e anteriorização da laringe * abertura da transição faringoesofágica ESOFÁGICA - Involuntária e insconsciente * transição faringo-esofágica até o esfíncter esofágico inferior - movimentos peristálticos do esôfago Google Google Dodds 1989; Dodds et. al 1990

DEGLUTIÇÃO https://www.youtube.com/watch?v=hl-kw8cryqu

DISFAGIA Dificuldade para deglutir alimentos, secreções, líquidos, desde a boca até a sua transição do esôfago para o estômago Riscos - Desidratação e desnutrição - Pneumonias de repetição - Óbito Socialização e autoimagem do indivíduo Limitar a sensação de prazer Qualidade de Vida

DISFAGIA Não é doença e sim consequência / condição clínica - 2016 Europa: Síndrome geriátrica Prevalência nos idosos varia de 7 a 30% Até 68% dos idosos residentes em casas de repouso 30% dos idosos internados no hospital 13-38% dos idosos que vivem de forma independente Steele et al. 1997; Easterling et al. 2008; Serra-Prat et al. 2011;Sura et al. 2012

SINAIS E SINTOMAS DE DISFAGIA Captação inadequada do alimento Alteração de mastigação Tempo de trânsito oral lentificado Estase do alimento em cavidade oral Escape do alimento pelo nariz Escape do alimento Deglutições múltiplas Voz molhada Pigarro Cansaço Alteração da FR, FC e SpO2 Desconforto respiratório Odinofagia Tosse Engasgo Tempo prolongado de refeição Gasto energético x aporte calórico Ingesta dos Medicamentos

ASPIRAÇÃO SILENTE Presença de aspiração sem os sinais clínicos sugestivos de aspiração Piora do quadro pulmonar

DEMÊNCIAS Doença mental caracterizada por prejuízo cognitivo - alterações de memória - desorientação em relação ao tempo e ao espaço - raciocínio - concentração - aprendizado - realização de tarefas complexas, julgamento, linguagem e habilidades visuais-espaciais Acompanhadas por mudanças no comportamento ou na personalidade * sintomas neuropsiquiátricos 10 pontos sobre Demência 1. Demência não faz parte do envelhecimento normal 2. 47 milhões de pessoas vivem com demência 3. 1 novo caso é diagnosticado a cada 3 segundos 4. Impacto econômico US$ 818 bilhões por ano 5. Cuidadores experimentam sobrecarga física, emocional e econômica 6. Diagnóstico precoce melhora a QV das pessoas com demência e de seus familiares 7. Pessoas com demência e seus familiares frequentemente sofrem discriminação 8. Necessário aumentar a conscientização e o conhecimento 9. Mais investigação e inovação 10. Prioridade de saúde pública OMS, 2017 Abraz

DISFAGIA E DEMÊNCIAS Tipos: - Doença de Alzheimer 70% - Demências Vasculares 20% - Doença por Crepúsculo de Lewy 5% - Demências frontotemporais 5% Disfagia é um sintoma importante na demência - 45% têm algum grau de dificuldades de deglutição DV tiveram uma taxa mais alta de aspiração silenciosa quando comparado a DA DFT há uma tendência a comer rapidamente e compulsivamente Incoordenação orofaríngea Alagiakrishnan et al. 2013; Cunnungham et al. 2015; Seçil et al.2016

- Doença de Alzheimer: geralmente esperada em estágios moderados e tardios * subclínica estágio inicial não há relato de queixa * DA leve a moderada: alimentação inadequada, indiferença à comida e à alimentação, sintomas de asfixia e aspiração; apraxia de alimentação e deglutição Disfagia Subclínica Disfagia Subclínica Apraxia Horner et al. 1996; Suh et al. 2009; Sura et al. 2012; Seçil et al.2016

Várias áreas corticais controlam a deglutição orofaríngea podem ser afetadas pela patologia da DA Nutrição x disfagia - Disfagia sarcopênica: dificuldade de engolir devido à sarcopenia dos músculos esqueléticos generalizados e dos músculos da deglutição Wakabayashi et al. 2014; Seçil et al.2016

ORIENTAÇÕES GERAIS Posicionamento sentado; 90, se possível Alerta - não ofertar se estiver dormido redução dos reflexos Utilizar as manobras de deglutição se necessário Ritmo e volume Adaptação de consistências Manter decúbito elevado após a alimentação Higiene oral Uso de espessante, se indicado Objetivo Eliminar/reduz ir as possíveis penetrações e aspirações

ESPESSANTE Várias marcas no Mercado Adicionar a bebidas, suplementos, refeições trituradas, purês, sopas. Ideal para ser adicionado a preparações quentes ou frias, misturando-se bem - Medida: Colher-medida

Independência x segurança Estabelecimento de rotina Intervenções individualizadas - Adequação do ambiente * calmo x interações sociais em torno de comida e bebida - Consistências, utensílios, manobras - Postura do cuidador

VIA ALTERNATIVA DE ALIMENTAÇÃO Maior incidência de pneumonia aspirativa foi observada no grupo de alimentação alternativa, mas não houve diferença no número de internações hospitalares entre os grupos Idosos com demência e problemas alimentares, a alimentação prolongada com PEG aumenta o risco de mortalidade e deve ser desencorajado Consenso geral nos Estados Unidos de que a alimentação com PEG não beneficia pacientes com demência avançada A disfagia na demência grave foi a principal indicação para PEG em pacientes com mais de 75 anos. Esta intervenção não preveniu a pneumonia aspirativa, que foi a complicação mais comum. Mortalidade em pacientes quem tem um PEG foi alta.

Discussão de 3 casos efeito medicamentoso no nível de consciência, atenção e comportamento e melhora do desempenho de deglutição e apetite No Japão, é comum o uso de alimentação por sonda de longa duração introduzida pela gastrostomia endoscópica percutânea (PEG), principalmente com o objetivo de prolongar a vida no estágio final da demência, mas a PEG não é útil na prevenção de pneumonia porque esta pode ser causada de aspiração silente de saliva contaminada e retorno de secreção gástrica

Metodologias diferentes - tipo de estudo - modo de avaliação e controle * muitas variáveis * revisão sistemática e meta análise Qual objetivo da colocação da gastrostomia? - evitar aspiração? ** Uso de via alternativa de alimentação exclusiva não evita aspiração - saliva, secreções e refluxo gastroesofágico * nível de consciência Atendimento Fonoaudiológico - Demências - contínuo independente de ter critério para alimentação via oral * orientações de cuidados / discussão com equipe

TRABALHO EM EQUIPEEM EQUIPE Fono Fisio Cuidador Paciente disfágico Enf Médico Nutri Segurança do paciente

OBRIGADA! WWW.FONOAUDIOLOGOSP.COM.BR CAROLINE.SMF@GMAIL.COM