AVALIAÇÃO DO RISCO DE DISFAGIA EM PACIENTES COM ESCLEROSE MÚLTIPLA Amaral, IJL; Guimarães, VC Diniz, DS; Oliveira, TP Universidade Federal de Goiás
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- Natália Zagalo Lencastre
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1 Introdução A deglutição é uma complexa ação neuromuscular e tem como função conduzir a passagem do alimento (saliva, líquido ou medicamentos da cavidade bucal) para o estômago. Esta ação depende da integridade de vários sistemas neuronais, além do comando voluntário e da intenção de paciente. O distúrbio da deglutição ou Disfagia, é caracterizado por ser um sintoma, decorrente de uma doença de base, e pode acometer qualquer parte do trato digestivo, dificultando a ingestão oral segura, eficiente e confortável. A disfagia pode apresentar sinais específicos com alterações em uma ou todas as etapas da dinâmica da deglutição. Como consequência, o individuo pode evoluir com desnutrição, desidratação, complicações respiratórias graves (pneumonias aspirativas), podendo levar ao óbito. A Esclerose Múltipla, como uma doença desmielinizante do Sistema Nervoso Central, de evolução crônica e progressiva, pode apresentar quadro clinico diverso. Estudos demonstram que as disfagias são sintomas que surgem em 30% a 40% destes casos. Assim, é considerada uma complicação potencialmente fatal e frequentemente subestimada, além de estar associada ao aumento dos custos de cuidados de saúde e mortalidades. O estudo tem por finalidade avaliar a deglutição em pacientes com diagnóstico de Esclerose Múltipla.
2 Métodos Estudo transversal, piloto, realizada no Centro de Referência em Esclerose Múltipla FM-UFG, na região Centro-Oeste do Brasil. A amostra constitui-se de 32 pacientes atendidos no Centro. Para avaliação da deglutição foi utilizado o protocolo de avaliação do risco de disfagia PARD, descrito na literatura como um protocolo de avaliação de pacientes em situação de leito hospitalar, que utiliza as consistências líquida e pastosa. Entretanto, no presente estudo utilizou-se este protocolo para avaliação de paciente em âmbito ambulatorial, adaptando-o com a introdução da consistência sólida.
3 Resultados
4 Conclusão Da amostra avaliada, 15,6% dos pacientes apresentaram algum grau de disfagia. Sendo que a maior queixa estava relacionada a alterações de sensibilidade na região de face (dormência ou formigamento), dificuldades para deglutição de sólidos com a necessidade de líquido para limpeza de cavidade oral e recessos piriformes. Nos casos com disfagia (leve e leve-moderada) foram realizadas orientações quanto aos hábitos e consistências alimentares, e as manobras facilitadoras da deglutição foram utilizadas para obtenção de uma deglutição satisfatória, bem como a proteção das vias respiratórias.
5 Referências BERGAMASCHI, R., REZANI, C., MINGUZZI, S., AMATO, M.P., PATTI, F., MARROSU, M.G., BONAVITA, S., GRASSO, M.G., GHEZZI, A., ROTTOLI, M., GASPERINI, C., RESTIVO, D., MAIMONE, D., ROSSI, P., STROMILLO, M.L., MONTOMOLI, C., SOLARO, C. Validation of the DYMUS questionnaire for the assessment of dysphagia in multiple sclerosis. Functional Neurology 2009; 24(3): CALCAGNO, P.,RUOPPOLO, G., GRASSO, G., DE VINCENTIIS, M., PAOLUCCI, S. Dysphagia in multiple sclerosis prevalence and prognostic factors. Acta Neurol Scand 2002: 105: FERNANDES, A.M.F., DUPRAT, A.C., ECKLEY, C.A., SILVA, L., FERREIRA, R.B., TILBERY, C.P. Oropharyngeal dysphagia in patients with multiple sclerosis: do the disease classification scales reflext dysphagia severity? Braz J Otorhinolaryngol 2013; 79(4): PADOVANI, A.R., MORAES, D.P., MANGILI, L.D., ANDRADE, C.R.F. Protocolo Fonoaudiológico de Avaliação do Risco para Disfagia (PARD). Rev Soc Bras Fonoaudiol. 2007;12(3): POORJAVAD, M., DERAKHSHANDEH, F., ETEMADIFAR, M., SOLEYMANI, B., MINAGAR, A., MAGHZI, A.H. Oropharyngeal dysphagia in multiple sclerosis. Multiple Sclerosis 2010; 16(3):
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