DEFICIÊNCIA AUDITIVA: VAMOS FALAR SOBRE ISSO Leticia dos reis de Oliveira¹ Alaides de Lima Gomes² Jéssica Jaíne Marques de Oliveira³ 1 Curso de Graduação em Psicologia. Faculdade Integrada de Santa Maria (FISMA). RESUMO O atual trabalho trata do assunto deficiência auditiva, apresenta informações e explicações necessárias sobre esse assunto. Os objetivos principais foram apresentar informações necessárias para a população e trazer os tipos existentes, como pode ocorrer esse tipo de deficiência, seja ela genética ou por lesões. A metodologia utilizada foi artigos e revistas cientificas que tratavam sobre esse tema e que trouxesse informações importantes como forma de conhecimentos para as pessoas. Assim tendo informações sobre esse assunto, há um melhor entendimento e manejo da população com essas pessoas que tem a deficiência auditiva, e assim um melhor convívio. INTRODUÇÃO Deficiência auditiva é a perda total ou parcial da audição que pode ter diferentes causas podendo ser elas genéticas ou por uma lesão nas estruturas que compõe o aparelho auditivo. Podendo ela manifestar-se em qualquer idade, mas geralmente surge na infância, estando presente no nascer ou mais tarde. Não necessariamente que pais deficientes auditivos terão filhos com a mesma deficiência, dessa forma surdo e aquela pessoa que tem a perda parcial ou total da capacidade de compreender a fala pela audição. JUSTIFICATIVA
A apresentação deste trabalho se dá pela relevância de demonstrar o quanto é importante o assunto de deficiência auditiva nas diferentes situações vivenciadas. O presente trabalho busca esclarecer o que é deficiência auditiva e como proceder quando se deparar com as pessoas com essa deficiência. Além de proporcionar uma explicação ampla sobre esse tema. OBJETIVO O presente trabalho tem como objetivo dissertar sobre a deficiência auditiva e promover esclarecimento técnico científico sobre o assunto METODOLOGIA Trata-se de uma pesquisa bibliográfica, sistematizada, com base em artigos e material disponibilizado online. Foi utilizado banco de dados Scielo e revista cientifica. RESULTADOS E DISCUSSÃO Há vários tipos de surdez sendo elas de variadas maneiras. Há dois tipos mais comuns de surdez sendo elas; a congênita que seria quando a criança nasce com a deficiência sendo ela herdada da mãe. E a adquirida sendo esta quando ao decorrer da vida, a pessoa perde a audição por algum tipo de acidente ou alguma sequela deixada de alguma doença como a caxumba, meningite entre outras. Na surdez leve a criança é capaz de perceber os sons da fala e o problema geralmente é tardiamente descoberto. Na surdez moderada a criança apresenta alterações articulatórias (trocas na fala) por não perceber todos os sons com clareza; são crianças desatentas e com dificuldade no aprendizado da leitura e escrita. Na surdez severa a criança tem dificuldades em adquirir a fala e linguagem espontaneamente, existindo a necessidade do uso de aparelho de amplificação e acompanhamento especializado. Na surdez profunda a criança dificilmente desenvolverá a linguagem oral
espontaneamente, só responde a sons muito intensos como: trovão, motor de carro e avião; necessita fazer uso de aparelho de amplificação e/ou implante coclear, bem como de acompanhamento especializado (TOCHETTO; Soncini ; Weich, 2010). Há 3 tipos de educação para surdos: O oralismo: que visa ensinar o surdo a falar, o surdo que utiliza esse método é chamado de oralizado. Comunicação total: que quando a pessoa não conseguia ser oralizada, então, utilizava a língua de sinais, usava gestos, mímicas, leitura labial, entre outros. O Bilinguismo: este que entende a língua de sinais (BRASIL, 2006). A inclusão é um tópico muito importante e necessário a ser abordado quando falamos sobre deficiência, é necessário que haja isso nas escolas. A inclusão do aluno com surdez deve acontecer desde a educação infantil até a educação superior, garantindo, sempre a utilização de recursos para superar as barreiras no processo educacional e ter seus direitos escolares. A inclusão de pessoas com deficiencia auditiva, na escola comum requer que busquem meios para beneficiar sua participação e aprendizagem tanto na sala de aula como no Atendimento Educacional Especializado (AEE) (BRASIL, 2006). Conceitua-se que os professores precisam conhecer e usar a Língua de Sinais, mas não só a adoção dessa língua é suficiente para escolarizar o aluno com deficiencia auditiva. A escola comum precisa implementar ações que tenham sentido para os alunos e que possa ser compartilhado. Além de uma escola com a adoção da língua, os alunos, precisam de ambientes educacionais estimuladores, que desafiem o pensamento, explorem suas capacidades. O trabalho pedagógico com os alunos com surdez nas escolas comuns, deve ser desenvolvido em um ambiente bilíngüe, ou seja, em um espaço em que se utilize a Língua de Sinais e a Língua Portuguesa. Um período adicional de horas diárias de estudo é indicado para a execução do Atendimento Educacional Especializado. Nele destacam-se três momentos didático-pedagógicos: Momento do Atendimento Educacional Especializado em Libras na escola, em que todos os conhecimentos dos diferentes conteúdos, são explicados nessa língua por um professor, sendo ele surdo. Esse trabalho é realizado todos os dias, e destina-se aos alunos com surdez. Momento do Atendimento Educacional Especializado para o ensino
de Libras na escola comum, no qual os alunos com surdez terão aulas de Libras, aumentando seu conhecimento, principalmente de termos científicos. Este trabalho é realizado pelo professor e/ou instrutor de Libras (preferencialmente surdo), de acordo com o estágio de desenvolvimento da Língua de Sinais em que o aluno se encontra. Momento do Atendimento Educacional Especializado para o ensino da Língua Portuguesa, no qual são trabalhadas as especificidades dessa língua para pessoas com surdez. Este trabalho é realizado todos os dias para os alunos com surdez, à parte das aulas da turma comum, por uma professora de Língua Portuguesa. O atendimento deve ser planejado a partir do conhecimento que o aluno tem a respeito da Língua Portuguesa (BISOL; SIMIONI, 2008). Este atendimento constitui um dos momentos didático-pedagógicos para os alunos com surdez incluídos na escola comum. O atendimento ocorre todos os dias, em horário contrário ao das aulas. A organização didática desse espaço de ensino usa muitas imagens visuais de todo tipo de referências que possam colaborar para o aprendizado dos conteúdos curriculares em estudo. No decorrer do AEE em Libras, os alunos se interessam, fazem perguntas, analisam, criticam, fazem analogias, associações entre o que sabem e os novos conhecimentos em estudo. Outro ponto importante é o olhar da psicologia. A importância do olhar da psicologia sobre a família da criança surda aparece uma preocupação na qualidade das interações entre pais ouvintes e filhos surdos e na importância de se compreender a estrutura familiar, revelam, uma tendência dos psicólogos brasileiros de optarem pelo modelo socioantropológico de surdez. O modelo sócio antropológico de surdez: Os surdos formam uma comunidade minoritária caracterizada por compartilhar uma língua de sinais e valores culturais, hábitos e modos de socialização próprios, identifica a surdez como uma diferença humana que deve ser respeitada, com sua identidade humana e sua cultura linguística, tendo um olhar de maneira heterogênea, sendo cada surdo um indivíduo único (BISOL; SIMIONI, 2008). CONCLUSÃO
A partir do trabalho exposto é possível ver que a deficiência auditiva é um assunto muito importante e desconhecido pela população. Esse tema precisa ser abordado em diversos lugares como, salas de aulas, escola, instituições de ensino superior, encontros na comunidade onde vivemos, como forma de esclarecimento para as pessoas que não tem acesso a esse assunto e para que todos tenham um melhor manejo com as pessoas que possui a deficiência auditiva e que possam compreender seu contexto. REFERÊNCIAS BISOL, Cláudia A.; SIMIONI, Janaína and SPERB, Tânia. Contribuições da psicologia Brasileira para o estudo da surdez. Psicol. Reflex. 2008, vol.21, n.3, BRASIL. Saberes e práticas da inclusão : desenvolvendo competências para o atendimento às necessidades educacionais especiais de alunos surdos. [2. ed.] / coordenação geral SEESP/MEC. - Brasília : MEC, Secretaria de Educação Especial, 2006. TOCHETTO T.M ; Soncini F ; Weich T.M. Causas de deficiência auditiva infantil; roteiro de estudos Santa Maria. 2010