Área Audi*va Aula 2 Surdez no contexto da inclusão
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- Maria Clara de Sousa Paixão
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1 Área Audi*va Aula 2 Surdez no contexto da inclusão Profa. Ms. Simone Schemberg simoneschemberg@gmail.com Ú Obje*vos: Ø Compreender os aspectos relacionados à inclusão dos surdos na rede regular de ensino. Ø Observar questões específicas em relação ao Letramento da pessoa surda. Conteúdo Ú Surdez no contexto da inclusão; Ú Rede de apoio à surdez. Ú Avaliação e Currículo; O DEBATE DA INCLUSÃO Ø Quais as maiores dificuldades? Ø Quais as possibilidades? Ø Como funciona a rede de apoio? Educação Inclusiva O movimento mundial pela inclusão é uma ação política, cultural, social e pedagógica, desencadeada em defesa do direito de todos os alunos de estarem juntos, aprendendo e participando, sem nenhum tipo de discriminação. (POLÍTICA NACIONAL DE EDUCAÇÃO ESPECIAL NA PERSPECTIVA DA EDUCAÇÃO INCLUSIVA) 1
2 O aluno surdo no contexto da inclusão Como perceber em sala de aula? Algumas sugestões... É importante observar se a criança: Ú Apresenta dificuldade na pronúncia, Ú Fala muito alto ou muito baixo, Ú Pede repemção frequentemente. Ú Inclina a cabeça, procurando ouvir melhor, Ú Aparenta preguiça, desânimo, Ú É desatenta, (ou muito agitada), Ú Atende aos chamados, Ú Não se interessa por amvidades em grupo, Ú É vergonhosa, retraída e desconfiada, A criança é surda! O QUE FAZER??? Ú (Brasil, 2002) É importante, antes de tudo, conhecer as Correntes que permeiam a Educação de Surdos: É IMPORTANTE COMPREENDER QUE... ORALISMO COMUNICAÇÃO TOTAL BILINGUISMO 2
3 A concepção de Surdez depende da forma de pensá- la e narrá- la. Os modelos educacionais podem ser sistemamzados a parmr de duas concepções: Ú Clínico- terapêutica: concebe a surdez como deficiência a ser curada: Ú treinamento de fala e audição; Ø adaptação precoce ao AASI; Ø intervenções cirúrgicas como o Implante Coclear etc. Ø O trabalho terapêutico prevalece em detrimento do pedagógico Ú Sócio-antropológica: concebe a surdez como diferença a ser respeitada: Ø Direito à língua e cultura própria; Ø O trabalho educacional está voltado para o pedagógico; Ø Potencializa-se as possibilidades de aprendizagem. (Skliar, 1997) Bilinguismo X INCLUSÃO Como???? (Vídeo Comunicação ) Propondo situações de Inclusão: Visão Oralista Visão Comunicação Total Visão Bilinguismo Intérprete de Libras Rede de Apoio Centro de Atendimento Especializado Professor bilingue Instrutor Surdo 3
4 Intérprete Instrutor/ Professor Surdo Profissional bilíngüe Profissional surdo que (Libras/LP) que atua atua em serviços no contexto do especializados, ensino regular. desenvolvendo LEI Nº , DE 1º atividades relacionadas DE SETEMBRO DE ao ensino e à difusão da Regulamenta a Libras e de aspectos profissão de Tradutor e socioculturais da surdez Intérprete de LIBRAS. na comunidade escolar. AEE Atendimento Educacional Especializado Serviço de apoio especializado de natureza pedagógica, ofertado nos estabelecimentos do ensino regular. Compreende: Educação Infantil Ensino Fundamental Ensino Médio Educação de Jovens e Adultos As atividades são desenvolvidas com atendimento por cronograma, de acordo com as necessidades dos alunos. 3 momentos: Ú Momento do Atendimento Educacional Ú Especializado em Libras na escola comum, em que todos os conhecimentos dos diferentes conteúdos curriculares, são explicados nessa língua por um professor, sendo o mesmo preferencialmente surdo. Esse trabalho é realizado todos os dias, e desmna- se aos alunos com surdez. Ú Momento para o ensino de Libras na escola comum, no qual os alunos com surdez terão aulas de Libras, favorecendo o conhecimento e a aquisição, principalmente de termos ciencficos. Este trabalhado é realizado pelo professor e/ ou instrutor de Libras (preferencialmente surdo), de acordo com o estágio de desenvolvimento da Língua de Sinais em que o aluno se encontra. O atendimento deve ser planejado a parmr do diagnósmco do conhecimento que o aluno tem a respeito da Língua de Sinais. Ú Momento para o ensino da Língua Portuguesa, no qual são trabalhadas as especificidades dessa língua para pessoas com surdez. Este trabalho é realizado à parte das aulas da turma comum, por uma professora de LP, graduada na área, preferencialmente. O atendimento deve ser planejado a parmr do diagnósmco do conhecimento que o aluno tem a respeito da Língua Portuguesa. Proposta do Atendimento Especializado Bilingue Ensino da Língua Portuguesa como 2ª Língua Acesso aos conhecimento acerca da L1 4
5 O ACESSO À LÍNGUA DE SINAIS COMO PRIMEIRA LÍNGUA É O ALICERCE PARA A CONTRUÇÃO DO Bilinguismo: CONHECIMENTO SIGNIFICATIVO O porquê da Língua de Sinais para o surdo? Língua Portuguesa Ú A educação bilíngue é uma situação lingüísmca que compreende a umlização de duas línguas na escolarização dos surdos: a Língua Brasileira de Sinais Libras como primeira língua e a língua do país como segunda, no caso do Brasil a Língua Portuguesa escrita (e oral). DesmisMficando pressupostos (Paula Botelho) Ú A interação com o ouvinte: determinante do desenvolvimento da linguagem oral pelo surdo? Ú A leitura labial possibilita o aprendizado do surdo quando em uma sala de aula com alunos ouvintes? Ú A oferta de melhores condições pedagógicas possibilita a permanência do surdo numa escola de ouvintes: ignorando as noções de necessário, suficiente e de língua comparmlhada? Ú O aprendizado da leitura, da escrita e de outros conhecimentos e a interação entre surdos e ouvintes pode ser resolvida como uso do bimodalismo/ portuguêssinalizado? Ú O intérprete de língua de sinais soluciona o problema da inclusão escolar do surdo? No entanto, até que se alcance esta efemvação há algumas estratégias metodológicas e organização do ambiente da sala de aula que podem fazer a diferença: 5
6 Para reflemr: Ú Que outras medidas podem ser adotadas? Ú E a Língua em comum? Ú Combinar diferentes Mpos de agrupamento, facilitando a visualização da sala toda pelo aluno surdo e sua conseqüente interação com os colegas (círculos, duplas, grupos, etc.). Ú Introduzir métodos e estratégias visuais complementares à língua de sinais (alfabeto manual, gestos naturais, dramamzação, mímica, ilustrações, vídeo/tv, retroprojetor etc.) no desenvolvimento das amvidades curriculares, a fim de facilitar a comunicação e a aprendizagem dos alunos surdos. Ú Planejar amvidades com diferentes graus de dificuldade e que permitam diferentes possibilidades de execução (pesquisa, quesmonário, entrevista, etc.) e expressão (apresentação escrita, desenho, dramamzação, maquetes, etc). Ú Propor várias amvidades para trabalhar um mesmo conteúdo (vivências, observações, leitura, pesquisa, construção colemva, etc.). Ú Promover a interação entre os professores com todo o grupo escolar e dos professores do ensino regular com equipe da educação especial para o desenvolvimento de amvidades tais como: orientações sobre formas de Comunicação/interação com os alunos surdos, indicação de prámcas pedagógicas alternamvas, parmcipação em Conselhos de Classe, entre outros. É necessário pensar... Ú Flexibilização curricular; Ú Avaliação diferenciada; Ú Mudanças no projeto polímco pedagógico da escola; Ú... Ú... Ú... E acima de tudo: O RECONHECIMENTO CURRICULO, LETRAMENTO e AVALIAÇÃO DAS DIFERENÇAS 6
7 SER SURDO Organização de conteúdos X surdez ObjeMvos A visão sob o Letramento tem a ver com: Ú Concepção de texto Ú Concepção de língua Ú Concepção de linguagem escrita e leitura Letramento e Surdez Reescrita e Olhar diferenciado sob a escrita 7
8 Sugestões Ú Produzir histórias em LS Ú Ensino de Português como 2ª lg Ú Realizar inferências em LS Ú Fluência conversacional Ú Disponibilizar aos surdos e suas famílias materiais sobre a cultura e a história do surdo Ú Leitura e escrita como prámca discursiva e cultural: contextualização, atribuição de significados Ú Registro sistemámco de experiências, dos acontecimentos do contexto e das narramvas que são produzidas em Libras youtube Ú Seu nome é Jonas 1.2.avi Ú Seu nome é Jonas 4.1.avi Ú Seu nome é Jonas 4.2.avi Ú (SACKS, Oliver. Vendo Vozes, 1989) Referências Ú BOTELHO, P. Educação Inclusiva para surdos: desmismficando pressupostos. In: Anais do I Seminário Internacional Sociedade Inclusiva. PUC. Minas Gerais. Setembro, Disponível em: htp:// Acesso em: 08 jun Ú LEBEDEFF, T. B. S. análise das estratégias e recursos surdos umlizados por uma professora surda para o ensino da Língua escrita; Ú OLIVEIRA, S. Texto visual e leitura crímca: o dito, o omimdo, o sugerido. Linguagem & Ensino, Pelotas, v. 9. n. 1, p ; 8
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