Título da Conferência LARINGOESPASMO Nome:Dra. BELMIRA LUIS Medica Anestesiologista HPDB 08\11\2017
SUMÁRIO Introdução Definição Epidemiologia Diagnóstico Fatores de riscos Tratamento
INTRODUÇÃO Os eventos respiratórios são uma das maiores causas de morbimortalidade durante procedimentos anestésicos cirúrgicos especialmente em pediatria. A manutenção da via aérea é de importância fundamental para os anestesiologistas, particularmente durante a indução da anestesia e após a extubação sendo mais comum nesta etapa. A ocorrência de laringospasmos deve ter sido verificada quase simultaneamente com a descoberta da anestesiologia em 1937 por Guedel, quando este incluiu na descrição dos planos anestésicos a ocorrência deste evento.
INTRODUÇÃO LAlRlaringospasmosINGOESPASMO LARINGOESPASMO Definição: Laringospasmos é a contração muscular descontrolada do fechamento glótico intenso e prolongado, potencialmente fatal se não diagnosticada ou tratada a tempo. A função dos músculos intrínsecos e extrínsecos da faringe permitem a deglutição, a respiração, a tosse e a fala.
INTRODUÇÃO
INTRODUÇÃO
EPIDEMIOLOGIA A incidência global do laringoespasmo é de 0,87%. Em crianças dos 0-9 anos é de 1,74% com uma incidência maior de 2,82% dos 0-3 meses de vida. Pacientes com infeções do trato respiratório superior ate 6 semanas após a fase aguda representam o 9,6%. A incidência da morbimortalidade resultante do laringoespamo pode variar desde: Paragem cardíaca 0,5%, edema pulmonar postobstrutivo por pressão negativa 4%, aspiração pulmonar 3%, bradicardia 6%, dexsaturação 61%. De realçar que o 81 % ocorre fora do bloco operatório.
Factores de riscos Existem 2 grupos: Relacionados com o paciente Relacionados com anestesia
Factores de riscos Relacionadas com o paciente: O grupo etário mais acometido é dos 0 9 anos com uma incidência de 17 para cada 1000 casos, entretanto a incidência é ainda maior nas crianças dos 0 3 meses e mais grave devido ao estreitamento da via aérea e o aumento do tónus vagal. Infeções das vias aéreas superiores Síndrome de Dawn Hipocalcémia. Hipomagnisémia. Sondagem nasogástrica Crianças de pais fumadores Crianças obesas com apneia do sono
Factores de riscos Relacionadas com anestesia: Manipulação da via aérea (intubação com paciente acordado, intubação difícil, extubação, uso de máscaras laríngeas e cânulas orofaríngeas). Regurgitação. Alguns procedimentos cirúrgicos (amigdalectomias, adenoidectomias e cirurgias da laringe) Indução com isoflurano e desflurano em 50% dos casos Cetamina
DIAGNÓSTICO DIFERÊNCIAL Edema da glote Sangue e secreções nas vias aéreas Regurgitação com aspiração Corpo estranho Tumores
PREVENÇÃO Por ser um evento crítico e grave devemos criar determinadas condições: Lidocaína a 2% ( 1mg/kg e.v) Corticoides 5mg/kg Sulfato de Magnésio 15mg/kg
TRATAMENTO Retirar o estímulo Parar o procedimento cirúrgico se necessário Administrar CPAP com oxigénio a 100% Aprofundar anestesia com propofol ou sevoflurano Administrar opioides de curta duração se a causa for estímulo doloroso Considerar o uso de succinilcolina Pressão firme no ponto do laringospasmos
TRATAMENTO
BIBLIOGRAFIA Martins A A, Alves C, Perreia L. Laringoespasmo In: Manual de anestesiologia 2ª ed.2013 Pág. 649-667. Aarti Sharm, Laringoespasmo In: Anestesiologia abordagem orientada para o Problema, sexta edição 2012 pág. 640-646. Oliveira N F, Laringoespasmo In: Manual da via aérea difícil em pediatria, 1ª ed 2013 pág. 1-11. Holzman R S Laringoespasmo In: Anestesia Pediátrica uma abordagem pratica 1ª ed 2012 pag60-67. Olsson GL, Hallen B. Laryngospasm during anestesia, acta anesthesial scond 1984 28: 567-75. Miller H. Negative pressure pulmonar edema, can oper room nurs j 1995 13: 28-30.
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