MAGNÍFICO. SR. REITOR DO INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DO AMAZONAS - IFAM



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Transcrição:

MAGNÍFICO. SR. REITOR DO INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DO AMAZONAS - IFAM Ref. PAD. N 23042.000722/2011-34 Pregão Eletrônico n 16/2011-SRP Em resposta ao Ofício n 58-CGL/IFAM/2011 e ao Parecer Jurídico n 181- PF/IFAM/2011 PRISMA SISTEMAS LTDA EPP, já devidamente qualificado no certame acima identificado, vem respeitosamente, perante Vossa Senhoria, apresentar a sua DEFESA ao PAD de número acima discriminado, em face às denúncias formuladas por Z.MAX INDÚSTRIA E COMÉRCIO LTDA, o que faz consoante as razões de fato e de direito que se seguem: 1) DA TEMPESTIVIDADE DO DEFESA

A presente defesa apresentada é tempestiva, uma vez que foi entregue dentro do prazo de cinco dias da intimação para exercício de seu direito constitucional do contraditório e da ampla defesa. 2) DO RESUMO DO OCORRIDO A presente recorrente foi participante do certame licitatório de número acima disposto, sendo que apresentou a melhor proposta para a administração pública frente aos demais concorrentes no que se refere ao item 05 do Edital, tendo apresentado declaração de que possuía TP e PPB, juntando os documentos que entendia devido para a comprovação desta condição. Ocorre que em recurso, a licitante Z.MAX INDÚSTRIA E COMÉRCIO LTDA manifestou-se no sentido de que a documentação apresentada, Portaria 819/MCT, não restava suficiente para a comprovação da condição de TP, bem como de que era suspeita declaração juntada em Papel Timbrado da Itautec e assinada por aparente funcionário da PAUTA DISTRIBUIÇÃO E LOGÍSTICA, que dificilmente teria poderes para assinar referido documento, pelo que requereu que fosse determinada a inabilitação da presente recorrente. Em contrarrazão, esta recorrente apresentou sustentação das razões que levaram a entender ser os documentos apresentados suficientes para a comprovação da condição de TP dos produtos apresentados, requerendo que fosse julgado improcedente o recurso da concorrente.

Em face à apresentação da contrarrazão, a pregoeira entendeu que a empresa PRISMA tentou induzi-la a erro em face aos documentos apresentados, julgando serem os mesmos falsos. Apesar disto, não existem quaisquer elementos para a condenação da empresa PRISMA em Procedimento Administrativo Disciplinar, uma vez que não agiu ela em desrespeito a lei, sendo que a todo o momento atuou pautada no que achava certo ante ao caso concreto apresentado, defendendo unicamente seu ponto de vista e as razões de ter apresentado referida documentação. 3) DA INEXISTÊNCIA DE DOCUMENTO FALSO Uma das alegações que mais ofenderam a empresa PRISMA se referem às pressuposições da empresa Z.MAX INDÚSTRIA E COMÉRCIO LTDA e mais tarde reforçadas pela Pregoeira, de que a declaração da ITAUTEC apresentada seria falsa. Tal acusação trata-se de um equivoco, não existindo nos autos qualquer elemento que comprove a falsidade dos alegados documentos. Em princípio cumpre esclarecer que em nenhum documento foi apresentada documentação falsa como pretende afirmar a licitante Z.MAX INDÚSTRIA E COMÉRCIO LTDA e a Pregoeira. De fato, toda a documentação apresentada foi expedida por seus devidos órgãos ou empresas, não existindo nos autos do procedimento de licitação qualquer prova da falsidade dos mesmos, que não a alegação da Pregoeira (alegação esta infundada à todo o momento, baseada em meras presunções sem sentido) e da

licitante Z.MAX INDÚSTRIA E COMÉRCIO LTDA (que possui total interesse na inabilitação da empresa PRISMA, haja vista que é a colocada seguinte no certame. Importante salientar que não é da ingerência da empresa PRISMA escolher o funcionário que a empresa ITAUTEC deverá selecionar para assinar a documentação que lhe é entregue. Ademais, ainda que existisse o intuito de fraudar qualquer documento. É absurdo pensar que uma empresa intencionada em fraudar documento, como pretende provar a Pregoeira e a empresa Z.MAX INDÚSTRIA E COMÉRCIO LTDA, o que volta-se a repetir que NUNCA ACONTECEU com relação à empresa PRISMA, incluísse no próprio documento de forma expressa que o funcionário que o assinou pertence à PAUTA DISTRIBUIÇÃO E LOGÍSTICA e não à ITAUTEC. Ademais, para comprovação de TP a empresa PRISMA se baseou em portarias enviadas a comissão de licitação e não em declarações do Pauta. De fato, se quisesse ser mais diligente poderia ter sido efetuada solicitação da ITAUTEC afim de saber se o documento apresentado era mesmo verdadeiro ou não, quando seria constatado que o mesmo é de fato verdadeiro. Importante ainda ressaltar que o Procedimento Administrativo Disciplinar deverá seguir os moldes do Processo Penal, e como tal deverá restar considerado o Princípio do In dúbio pro réu, pelo que, existindo dúvida sobre as alegações firmadas, deverá ser o caso interpretado de forma mais favorável ao réu.

Em verdade, ainda que não se considere o aludido princípio, partindo-se da regra geral do direito, a parte que alegar determinado fato deverá comprová-lo, o que não aconteceu neste caso. O que não pode acontecer é que se condene determinada empresa por meras presunções infundadas, principalmente se estas alegações advém de simples afirmações de outras licitantes, que claramente possuem interesse na desclassificação da empresa acusada. Interpretar desta forma seria aplicar a injustiça ao caso concreto, o que não é aceito pelo direito, devendo ser repelido por instituições públicas que deverão estar pautadas na ética e na moral, em conformidade com o estabelecido na Constituição Federal. Ocorre que não existem nos autos quaisquer elementos concretos que induzam qualquer das partes à concluir serem os aludidos documentos falsos, e isto se dá porque de fato não o são! 4) DA INEXISTÊNCIA DE MÁ-FÉ DA EMPRESA PRISMA Com relação à alegação de que a empresa PRISMA, com má-fé, teria tentado fraudar a interpretação da pregoeira, e mesmo a licitação, não existe qualquer fundamento. A princípio, cabe estabelecer que a documentação juntada pela empresa PRISMA foi apenas aquela que ela julgava suficientes para comprovar a existência do TP, sendo contestada esta condição pela licitante Z.MAX.

Em contrarrazões a simplesmente limitou-se a apresentar o motivo de ter interpretado a documentação apresentada como suficiente para a comprovação da TP, e apenas isto!!! Como pode uma empresa ser acusada de conduta fraudulenta simplesmente por justificar o motivo da apresentação do documento comprobatório? Vale ressaltar que foi reconhecido inclusive quando da decisão do recurso da empresa Z.MAX que a legislação pertinente ao referido tema é bastante nova, e ainda dá margem a diversas interpretações sobre o mesmo assunto. De fato, não poderá haver penalidade pelo simples fundamento de tentar a recorrente sustentar os argumentos que lhe levaram a interpretar a documentação apresentada como válida. De outra forma estaria se presumindo indevidamente uma culpa inexistente, quando de fato deve ser presumida a inocência. 5- DO PREJUIZO AOS LICITANTES: São infundadas as alegações da empresa Z Max que a empresa PRISMA trouxe prejuízo a outros licitantes com declaração TP, pois, só para não se extensivo, informamos, segundo o MCT que NÃO TEMOS NO BRASIL EMPRESA COM CERTIFICAÇÃO TP para notebook, qualquer beneficio dessa declaração, por tanto, seria ilegal, o que não ocorreu neste pregão.

Certamente todas as declarações TP para notebook no pregão se tratam de mais equívocos, pelo desentendimento das legislações. O recorrente em nenhum momento agiu com má-fé ou com intuito de fraudar a licitação. O que a recorrente fez foi simplesmente utilizar-se de seu direito de defesa, que lhe é garantido constitucionalmente, para apresentar os argumentos que julga válidos a fundamentar sua pretensão, conforme leciona o Art. 5º, LV da Constituição Federal, abaixo transcrito. Art. 5º... (...) LV - aos litigantes, em processo judicial ou administrativo, e aos acusados em geral são assegurados o contraditório e ampla defesa, com os meios e recursos a ela inerentes; Desrespeitar este preceito seria a maior de todas as afrontas ao Princípio da Legalidade, haja vista que estaria sendo menosprezada a própria Constituição Federal. Estaria ainda deixando de lado o princípio administrativo da Impessoalidade, pois resultaria ainda em prejuízo injusto para o recorrente ser tolhido de seu direito ao livre contraditório. Não se trata, como pretendia a empresa Z.MAX, em contra-razões do primeiro recurso, de ter o IFAM de ensinar a interpretação da legislação ao licitante.

De fato a Legislação está presente para ser INTERPRETADA, e isto se dá por não ser o Direito uma ciência exata, estando passível à diversas interpretações entre os vários hermeneutas que as compõem! O fato de uma interpretação da norma não coincidir com o adotado pela comissão de licitação não induz má-fé e não pode impedir de o licitante expor os motivos que o levaram a tomar aquela decisão, sob pena de se vetar a interpretação de uma norma, poder este que não é deferido à Administração Pública. Não existe comprovação de qualquer conduta que implique em intuito fraudulento por parte da licitante PRISMA. O que se deu foi simplesmente o a seguir exposto: A empresa Prisma apresentou declaração de possuir TP, por acreditar que de fato a possuía (já que como afirmado em primeira decisão, trata-se de legislação ainda recente e por este motivo passível de interpretação). A licitante Z.MAX, por entender que a documentação apresentada não era suficiente para comprovar o TP, apresentou recurso manifestando-se neste sentido. Em resposta, a empresa PRISMA apresentou suas contrarrazões justificando os motivos que a levaram a crer que a documentação era suficiente para a comprovação do TP. narrados? E foi somente isto! Que conduta ilegal ou fraudulenta resta dos fatos

O direito ao recurso é uma garantia prevista constitucionalmente, no Art. 5º, LV da Constituição Federal, conforme abaixo transcreve-se: Art. 5º (...) (...) LV - aos litigantes, em processo judicial ou administrativo, e aos acusados em geral são assegurados o contraditório e ampla defesa, com os meios e recursos a ela inerentes; O direito ao recurso é um meio inerente à defesa frente à atitudes parciais, como a que vem sendo adotada pela pregoeira deste certame. É uma forma legítima de exercício do direito de defesa, inerente ao estado democrático de direito e uma das vertentes basilares e principais de nossa Constituição Federal, que ao que parece vem sendo constantemente desrespeitada neste procedimento. Quando uma pessoa interpõe o recurso, não está ela querendo vingar-se de ninguém, está simplesmente querendo rever uma posição que lhe foi desfavorável por erro, omissão, ato ilegal ou mesmo falta de conhecimento ou habilidade da autoridade que proferiu o julgamento. 5.2) DA OMISSÃO DA PREGOEIRA EM JULGAR TODOS OS PONTOS TRATADOS EM RECURSO Outro fato que questionamos se faz é que muitos dos questionamentos firmados no recurso não foram sequer apreciados pela Pregoeira quando do julgamento do primeiro recurso, conforme documento em anexo.

O fato é que a mesma sequer chegou a analisar os argumentos trazidos à discussão no primeiro recurso interposto, tratando apenas acerca dos argumentos da empresa Z.MAX. Inicialmente em nada se manifestou no sentido de que a qualificação do produto como possuindo TP ou PPB não integram a fase de habilitação. Da mesma forma não houve qualquer manifestação no sentido da alegação em recurso de que a empresa Z. MAX ofertou configuração que não condiz com a certificação para o modelo 8100B, conforme é exigido pelo Item 13.1 do Edital. Deixou ainda de abordar acerca da alegação em recurso de que estaria sendo violado o item 05 do edital que dispõe que todos os drives para os sistemas operacionais suportados devem estar disponíveis para download no web-site do fornecedor do equipamento, pois a proposta da empresa recorrida demonstra ser apenas um projeto de fabricação, não existindo de fato uma linha de fabricação atual conforme o modelo do edital, não existindo até o presente momento, download do drives das configurações do modelo oferecido. Além destes pontos, deixou a pregoeira de se manifestar sobre a situação temerária no sentido de que um projeto ainda não executado não terá necessariamente as certificações exigidas pelo Edital. Vale destacar que o procedimento à ser tomado em caso se recurso encontra-se estipulado no ítem 16.5 do Edital, abaixo transcrito:

16.5 Os recursos e contra-razões de recurso deverão ser dirigidos exclusivamente por meio eletrônico, em campo próprio do sistema, a(o) Pregoeiro(a), o qual deverá recebê-los, examiná-los e submetêlos ao Reitor do IFAM que decidirá sobre a sua pertinência; Ora, clara a interpretação do aludido texto, de que o Pregoeiro não possui por si só legitimidade para apreciar o recurso, mantendo-se apenas a função de verificar à regularidade do mesmo, cabendo seu julgamento ao Reitor. Apesar disto, quando do primeiro julgamento do recurso interposto, a Pregoeira adotou postura diversa, passando a agir como se fosse reitor e decidindo o recurso, ignorando o próprio instrumento convocatório. A regra geral do procedimento Administrativo deverá ser subsidiária ao que está determinado no Edital, que é considerado a Lei da Licitação, não podendo por certo este violar a lei, mas é possível que determine especificidades em seu procedimento. Cabe destacar que em nenhum momento afirma o Edital que o recurso apenas será encaminhado ao Reitor se o pregoeiro mantiver a decisão. 5.4) DA IRREGULARIDADE NA INABILITAÇÃO A fase de habilitação é o momento em que a empresa licitante deverá apresentar a documentação necessária à comprovação de que possui idoneidade

para contratar com a Administração, bem como de que preenche os requisitos necessários para o cumprimento do contrato que irá ser desenvolvido. Sobre o tema, Hely Lopes Meirelles expressamente confirma o afirmado acima quando dispõe o que se segue: Habilitado ou qualificado é o proponente que demonstrou possuir os requisitos mínimos de capacidade jurídica, capacidade técnica, idoneidade econômico-financeira, regularidade fiscal e regularidade trabalhista pedidos no edital; inabilitado ou desqualificado é o que, ao contrário, não logrou fazê-lo. O mesmo pensamento vem sendo trazido por CELSO ANTÔNIO BANDEIRA DE MELLO, conforme abaixo transcrito: A habilitação, por vezes denominada qualificação é a fase do procedimento em que se analisa a aptidão dos licitantes. Entende-se por aptidão a qualificação indispensável para que sua proposta possa ser objeto de consideração. Examinam-se habilitação jurídica, a qualificação técnica, a qualificação econômico-financeira, a regularidade fiscal e o cumprimento no Art. 7º da Constituição Federal

Ora, a recorrente apresentou TODOS os documentos necessários para que seja considerada habilitada, conforme consta no item 13 do edital, que trata exclusivamente da habilitação. Desta forma, está patente a sua legitimidade para contratar com a Administração Pública, não havendo qualquer proibição no edital ou mesmo legal neste sentido. O que ocorreu foi que a recorrente apresentou toda a documentação pertinente, estando desta forma devidamente habilitado para a participação da licitação. Qualquer interpretação de forma contrária implicará em violação direta à lei, bem como ao edital, que prevê apenas esses requisitos como necessários e suficientes para que seja determinada a habilitação da empresa. Como poderia ser inabilitada uma empresa que apresentou todos os documentos exigidos para a habilitação? Impossível! Em suma, NÃO É REQUISITO PARA HABILITAÇÃO, segundo o Edital a comprovação de TP ou de PPB por parte do licitante. Este é um benefício deferido para a classificação das propostas. Ou o licitante às possui ou não as possui! Todos os documentos necessários e requeridos para a habilitação foram devidamente apresentados, sendo indevida a sua inabilitação por um documento que

não está sendo exigido no Edital! No máximo seria possível a não concessão de tal benefício! 5) DO PEDIDO Ante o exposto, requer a licitante PRISMA que seja o Procedimento Administrativo Disciplinar julgado improcedente para que não lhe seja aplicada qualquer penalidade, já que em nenhum momento agiu com intuito de fraudar a licitação, ou mesmo com apresentação de documentos falsos, como vem sido acusada sem a devida comprovação nos autos do processo, limitando-se a apresentar sua interpretação para a recente legislação sobre TP. Aproveitamos ainda para reiterar nossos pedidos de desculpas pelos transtornos ocorridos e faremos o possível para mantermos em harmonia o bom relacionamento perante esta respeitosa instituição. testemunhais. Protesta-se provar o alegado por meio de provas documentais, periciais e Nestes Termos, Pede Deferimento Belém, 11 de julho de 2011. PRISMA SISTEMAS LTDA-EPP