SENTENÇA ESTRANGEIRA CONTESTADA Nº 259 - EX (2009/0130933-1) RELATOR : MINISTRO JOÃO OTÁVIO DE NORONHA REQUERENTE : K H REQUERENTE : T J D H ADVOGADO : ELIZABETE TAKAHASHI REQUERIDO : M J T R ADVOGADO : DEFENSORIA PUBLICA DA UNIÃO - CURADOR ESPECIAL - CURADOR ESPECIAL EMENTA SENTENÇA ESTRANGEIRA CONTESTADA. ADOÇÃO. FALTA DE CONSENTIMENTO DO PAI BIOLÓGICO. ABANDONO. SITUAÇÃO DE FATO CONSOLIDADA EM BENEFÍCIO DA ADOTANDA. HOMOLOGAÇÃO. 1. Segundo a legislação pátria, a adoção de menor que tenha pais biológicos no exercício do pátrio poder pressupõe, para sua validade, o consentimento deles, exceto se, por decisão judicial, o poder familiar for perdido. Nada obstante, o STJ decidiu, excepcionalmente, por outra hipótese de dispensa do consentimento sem prévia destituição do pátrio poder: quando constatada uma situação de fato consolidada no tempo que seja favorável ao adotando (REsp n. 100.294-SP). 2. Sentença estrangeira de adoção assentada no abandono pelo pai de filho que se encontra por anos convivendo em harmonia com o padrasto que, visando legalizar uma situação familiar já consolidada no tempo, pretende adotá-lo, prescinde de citação, mormente se a Justiça estrangeira, embora tenha envidado esforços para localizar o interessado, não logrou êxito. 3. Presentes os demais requisitos e verificado que o teor da decisão não ofende a soberania nem a ordem pública (arts. 5º e 6º da Resolução STJ nº 9/2005). 4. Sentença estrangeira homologada. ACÓRDÃO Vistos, relatados e discutidos os autos em que são partes as acima indicadas, acordam os Ministros da Corte Especial do Superior Tribunal de Justiça, por unanimidade, deferir o pedido de homologação, nos termos do voto do Sr. Ministro Relator. Os Srs. Ministros Teori Albino Zavascki, Castro Meira, Arnaldo Esteves Lima, Ari Pargendler, Felix Fischer, Nancy Andrighi, Laurita Vaz e Luiz Fux votaram com o Sr. Ministro Relator. Ausentes, justificadamente, os Srs. Ministros Aldir Passarinho Junior, Gilson Dipp, Hamilton Carvalhido, Eliana Calmon e Francisco Falcão. Documento: 989037 - Inteiro Teor do Acórdão - Site certificado - DJe: 23/08/2010 Página 1 de 11
Brasília, 04 de agosto de 2010(data do julgamento). MINISTRO CESAR ASFOR ROCHA Presidente MINISTRO JOÃO OTÁVIO DE NORONHA Relator Documento: 989037 - Inteiro Teor do Acórdão - Site certificado - DJe: 23/08/2010 Página 2 de 11
SENTENÇA ESTRANGEIRA CONTESTADA Nº 259 - HK (2009/0130933-1) RELATOR : MINISTRO JOÃO OTÁVIO DE NORONHA REQUERENTE : K H REQUERENTE : T J D H ADVOGADO : ELIZABETE TAKAHASHI REQUERIDO : M J T R ADVOGADO : DEFENSORIA PUBLICA DA UNIÃO - CURADOR ESPECIAL - CURADOR ESPECIAL RELATÓRIO O EXMO. SR. MINISTRO JOÃO OTÁVIO DE NORONHA: Kristie Hanbury e Tobias James Darius Hanbury requerem a homologação da sentença de adoção de Kim Karbstein Renha, filha da primeira requerente. Relata-se que a menina nasceu em 17 de setembro de 1985. Logo em seguida, a primeira requerente divorciou-se do pai biológico, Mauro José Taboada Renha, que deixou a filha sob a guarda apenas da mãe e por elas nunca mais foi visto. Algum tempo depois, os dois requerentes casaram-se e tiveram outros filhos. Então, Tobias postulou, na Justiça de Hong Kong, onde residia a família, a adoção de Kim, o que foi concedido. Daí a sentença que pretendem homologar. Citado por edital, o interessado, Mauro José Taboada Renha, não respondeu, sendo-lhe nomeado curador especial. O curador, na primeira oportunidade em que se manifestou, entendeu que não caberia homologar a sentença, visto que havia necessidade de consentimento do pai biológico e que não havia sido comprovada a citação regular no processo em Hong Kong nem o trânsito em julgado da sentença. O Ministério Público, nas várias oportunidades em que se manifestou, requereu a juntada de documentos, entre os quais a sentença completa de adoção com autenticação consular, o que foi providenciado pelos requerentes. O parquet, nesse ínterim, por meio do Centro de Cooperação Internacional, localizou Documento: 989037 - Inteiro Teor do Acórdão - Site certificado - DJe: 23/08/2010 Página 3 de 11
o endereço do interessado, Mauro José Taboada Renha, pelo que foi determinada sua citação. Após várias diligências na cidade do Rio de Janeiro, o oficial de Justiça, que corria aos endereços que lhe indo sendo passados, um após o outro, conseguiu, finalmente citar o interessado. Como não houve manifestação nos autos, foi nomeado novo curador e apresentada uma segunda contestação, na qual foi refutada a possibilidade de homologação em virtude da não citação para responder à sentença estrangeira. Por fim, em última manifestação, o Ministério Público, atento à concordância expressa da adotanda, hoje maior de idade, opinou pela homologação da sentença estrangeira. É o relatório. Documento: 989037 - Inteiro Teor do Acórdão - Site certificado - DJe: 23/08/2010 Página 4 de 11
SENTENÇA ESTRANGEIRA CONTESTADA Nº 259 - HK (2009/0130933-1) EMENTA SENTENÇA ESTRANGEIRA CONTESTADA. ADOÇÃO. FALTA DE CONSENTIMENTO DO PAI BIOLÓGICO. ABANDONO. SITUAÇÃO DE FATO CONSOLIDADA EM BENEFÍCIO DA ADOTANDA. HOMOLOGAÇÃO. 1. Segundo a legislação pátria, a adoção de menor que tenha pais biológicos no exercício do pátrio poder pressupõe, para sua validade, o consentimento deles, exceto se, por decisão judicial, o poder familiar for perdido. Nada obstante, o STJ decidiu, excepcionalmente, por outra hipótese de dispensa do consentimento sem prévia destituição do pátrio poder: quando constatada uma situação de fato consolidada no tempo que seja favorável ao adotando (REsp n. 100.294-SP). 2. Sentença estrangeira de adoção assentada no abandono pelo pai de filho que se encontra por anos convivendo em harmonia com o padrasto que, visando legalizar uma situação familiar já consolidada no tempo, pretende adotá-lo, prescinde de citação, mormente se a Justiça estrangeira, embora tenha envidado esforços para localizar o interessado, não logrou êxito. 3. Presentes os demais requisitos e verificado que o teor da decisão não ofende a soberania nem a ordem pública (arts. 5º e 6º da Resolução STJ nº 9/2005). 4. Sentença estrangeira homologada. VOTO O EXMO. SR. MINISTRO JOÃO OTÁVIO DE NORONHA (Relator): A situação contemplada nos autos diz respeito ao seguinte: os requerentes são casados e têm filhos em comum. Quando se casaram, a requerente, Kristie Hanbury, tinha uma filha, de nome Kim Karbstein Renha, cujo pai biológico desapareceu depois de divorciar-se de Kristie. Então, o segundo requerente, Tobias James Darius Hanbury, atual padrasto de Kim, postulou em Hong Kong, onde residia com a família na época, a adoção de Kim, o que foi concedido. adoção. Atualmente, a família reside no Brasil e pretende a homologação da sentença de Em princípio, a sentença não poderia ser homologada por não ter sido comprovada a citação do interessado, Mauro José Taboada Renha, pai biológico de Kim. Documento: 989037 - Inteiro Teor do Acórdão - Site certificado - DJe: 23/08/2010 Página 5 de 11
despicienda. Contudo, os autos comportam situação peculiar que, entendo, torna a citação 1º) Está consignado, nas fls. 161/162 (traduzidas nas fls. 163/170), que foram realizadas diligências pela Justiça de Hong Kong para que o pai biológico da adotanda fosse encontrado; todavia, não foram exitosas. O documento acima referido é um relatório de estudo social realizado em Hong Kong que atesta ser o Sr. Tobias, ora requerente, cuidadoso e carinhoso com a adotanda; portanto, hábil à adoção. 2º) Após algum tempo em que o presente feito estava em curso (observa-se que teve início ainda no Supremo Tribunal Federal), quando já apresentada contestação pelo curador especial, o Ministério Público localizou o paradeiro do interessado. Expedida carta de ordem, algumas diligências foram realizadas para citar o interessado, mas em vão. O Oficial de Justiça chegou a encontrar um tio do interessado, que afirmou que não iria fornecer nenhuma informação. Em decorrência disso, o Juízo da 19ª Vara Federal determinou a realização de diligências para que fosse obtido de operadoras de telefone e serviços públicos o endereço do interessado, pai biológico da adotanda, quando, então, foi realizada finalmente a citação (fl. 260-v). Entretanto, o genitor não se manifestou nos autos. Em razão desses fatos, o Ministério Público, em seu parecer final, opinou pela homologação da sentença estrangeira de adoção, aduzindo que estava caracterizada a situação de abandono. Observe-se: Ademais, o pai biológico foi localizado (fl. 260-v) quando citado na presente ação, sem contudo, manifestar qualquer interesse no feito, porquanto não se posicionou em sentido contrário ou favorável ao pedido. Neste sentido, penso que restou caracterizado o abandono por parte do pai biológico da adotanda, visto que, observa-se dos autos que o mesmo jamais demonstrou qualquer desejo em manter relacionamento com a filha, seja sócio-afetivo Documento: 989037 - Inteiro Teor do Acórdão - Site certificado - DJe: 23/08/2010 Página 6 de 11
ou cuidados com a integridade física, psíquica e moral, razão porque foi dispensada no juízo processante o seu consentimento em relação à adoção (fl. 282). De fato, consta dos autos que, desde que a adotanda contava com menos de cinco anos de idade, após o divórcio de seus pais biológicos, nunca mais chegou a ver ou ter quaisquer contados com o pai. Isso está consignado no relato do estudo feito em Hong Kong e comprovado pelo genitor, pois foi citado para essa ação, tomou conhecimento dos fatos e não se apresentou. Quer dizer: todos esses fatos juntos pressupõem o desinteresse do pai biológico pela filha e por sua própria condição de pai. É certo que, para a adoção de menor que tenha pais biológicos no exercício do pátrio poder, há necessidade de eles consentirem, exceto se, por decisão judicial, o poder familiar for perdido; e o abandono está entre uma das causas dessa perda, conforme o artigo 1.638, II, do Código Civil. Ocorre que este Tribunal decidiu, excepcionalmente, por outra hipótese de dispensa do consentimento sem prévia destituição do pátrio poder: quando for observada situação de fato consolidada no tempo que seja favorável ao adotando. Trata-se do REsp n. 100.294-SP, assim ementado: "CIVIL. ADOÇÃO. CONSENTIMENTO DA GENITORA. AUSÊNCIA. DESTITUIÇÃO DO PÁTRIO PODER. PROCEDIMENTO PRÓPRIO. INOBSERVÂNCIA. LEI N. 8.069/90 (ECA), ARTS. 24, 45, 1.º, 155, 156, 166 E 169. SITUAÇÃO FORTEMENTE CONSOLIDADA NO TEMPO. PRESERVAÇÃO DO BEM ESTAR DO MENOR. MANUTENÇÃO, EXCEPCIONAL, DO STATUS QUO. I. A dispensa do consentimento paterno e materno para a adoção de menor somente tem lugar quando os genitores sejam desconhecidos ou quando destituídos do pátrio poder. II. Não se configurando expressa anuência da mãe, esta, para perfazer-se, depende, então, da destituição da genitora, o que se opera mediante ação própria, obedecido o devido processo legal previsto na Lei n. 8.069/90, inservível, para tanto, o aproveitamento de mero requerimento de jurisdição voluntária. III. Caso, todavia, em que a adoção perdura por longo tempo mais de dez anos achando-se o menor em excelentes condições, recebendo de seus pais adotivos criação e educação adequadas, como reconhecido expressamente pelo Tribunal estadual e parquet federal, a recomendar, excepcionalmente, a manutenção da Documento: 989037 - Inteiro Teor do Acórdão - Site certificado - DJe: 23/08/2010 Página 7 de 11
situação até aqui favorável à criança, cujo bem estar constitui o interesse maior de todos e da Justiça. IV. Recurso especial não conhecido." (REsp n. 100.294-SP, relator Ministro Aldir Passarinho Júnior, DJ de 19.11.2001.) No voto condutor do acórdão recorrido, está consignado o seguinte: Todavia, não se pode desconhecer a realidade dos autos. A adoção ocorreu, como dito, em 1991, portanto há dez anos, período em que o menor em questão vem sendo bem criado, ao que tudo indica sem qualquer falta por parte dos pais adotivos. No geral, quem adota não apenas pode proporcionar maiores recursos para a criação do menor, como, usualmente, são casais bem intencionados, prontos para dar amor e afeto ao adotando. As dificuldades de adaptação à família natural serão enormes. O que também impressiona é que não se viu, após a aludida contestação da genitora, esforço maior, por parte da família natural, para reaver o menor. Quase que parece que a tese está aqui colocada apenas pela iniciativa e vontade exclusiva do parquet estadual. E não logrou convencer o Ministério Público Federal, de vez que o ilustre Subprocurador-Geral da República, Dr. Washington Bolívar de Brito Junior, emitiu pronunciamento pela confirmação do decisum. afirmando (fl. 335): 'Com efeito, consta dos autos que o menor se encontra em ótimas condições na companhia de seus guardiães, que lhe tem proporcionado uma criação e educação adequada, reconhecida pelas sindicâncias realizadas -fls. 260/261. Verifica-se, que desde o ano de 1992, o menor vive em companhia dos Recorridos, não justificando ser modificada, uma situação que se encontra consolidada a mais de 7 (sete) anos, o que com certeza, causaria danos irreparáveis ao menor.' Tais circunstâncias devem ser consideradas caso a caso. A situação nos autos não é diferente, pois a adotanda, Kim Karbstein Renha, pelo que consta dos autos, conhece como pai Tobias, seu padrasto. No relatório social - tradução de fls. 166/167 - consta que Kim Hanbury nasceu em 1985 e está aos cuidados de padrasto e de sua mãe desde 1990. Apenas viu o pai quando era pequena e não mais. Por ocasião da ação de adoção em trâmite em Hong Kong, foram feitas diversas tentativas de contato com o pai biológico, tanto pelos requerentes pessoalmente, que contataram a mãe e irmã do Sr. Renha, mas elas não os ajudaram, afirmando que ele não tinha residência fixa, com por meio do serviço social internacional, que buscou contato, mas não Documento: 989037 - Inteiro Teor do Acórdão - Site certificado - DJe: 23/08/2010 Página 8 de 11
obteve êxito. Ora, o que tudo isso indica é que o pai biológico é desinteressado pela filha, pois difícil acreditar que não soubesse da ação de adoção, já que sua própria genitora fora informada a respeito. De outro lado, Kim, atualmente com 24 anos, conhece por pai o requerente, por quem foi criada, cuidada e educada. Portanto, o presente feito encontra-se entre aqueles em que se dispensa o consentimento, e, por conseguinte, a citação válida, já que o pai biológico não pode ser encontrado e revelou desinteresse pela questão. 3º) como afirmado acima, a adotanda, atualmente conta com 24 anos de idade, é maior e, nada obstante a sentença que se pretende homologar tenha sido proferida quando ainda era menor para os atos da vida civil, essa realidade não vige mais. Sendo maior, dispensa-se o consentimento. Note-se que o consentimento dos pais ou responsáveis legais apenas será exigível se o adotando for menor de 18 anos. Por conseguinte, há dois tipos de consentimento: a) o que se dá exclusivamente antes de o adotando completar 12 anos e b) o que é associado ao do adotando que tiver mais de 12 anos (assistência). A lei excepciona a regra geral da capacidade civil, que é fixada aos 18 anos (art. 5º do Código Civil). (Paulo Lobo, Direito Civil, pág. 258) In casu, a adotanda juntou à fl. 141 sua anuência com a presente homologação de sentença estrangeira de adoção, afirmando ser de seu interesse a regularização de seu status familiar. Assim, em face do abandono do pai biológico, conforme consta dos trâmites da sentença estrangeira, o que motivou a dispensa da citação e o conseqüente consentimento; da situação de fato, em que se verifica que o requerente Tobias tem sido o verdadeiro pai da adotanda nos últimos vinte anos; da presunção de que o pai biológico fora informado do trâmite da ação de adoção, pois contatada sua mãe na época; do desinteresse do genitor em manifestar-se no presente feito, para o qual foi regularmente citado; da superveniente maioridade da adotanda Documento: 989037 - Inteiro Teor do Acórdão - Site certificado - DJe: 23/08/2010 Página 9 de 11
e de seu expresso desejo de regularizar sua situação perante a família; entendo que não há restrição impeditiva para a homologação da sentença estrangeira de adoção. 5º) Dos demais requisitos legais. Os demais requisitos foram atendidos. Com efeito, consta dos autos a sentença estrangeira e a certidão de Mandado de Adoção", fl. 51, traduzidas na folha seguinte, que demonstra o trânsito em julgado daquela. Esses documentos estão autenticados e, no verso deles, há chancela do consulado brasileiro em Hong Kong. Observo ainda que a sentença estrangeira não ofende a soberania nacional, a ordem pública e os bons costumes. Isto posto, verifico que atendidos estão os requisitos do artigo 5º e respectivos incisos e do artigo 6º da Resolução n. 9/STJ. Por isso, defiro o pedido de homologação de sentença estrangeira. É como voto. Obs: a numeração de páginas citadas neste voto corresponde à numeração do processo físico. Documento: 989037 - Inteiro Teor do Acórdão - Site certificado - DJe: 23/08/2010 Página 10 de 11
CERTIDÃO DE JULGAMENTO CORTE ESPECIAL Número Registro: 2009/0130933-1 PROCESSO ELETRÔNICO SEC 259 / HK Números Origem: 200500057469 8648 PAUTA: 04/08/2010 JULGADO: 04/08/2010 SEGREDO DE JUSTIÇA Relator Exmo. Sr. Ministro JOÃO OTÁVIO DE NORONHA Presidente da Sessão Exmo. Sr. Ministro CESAR ASFOR ROCHA Subprocurador-Geral da República Exmo. Sr. Dr. JOSÉ BONIFÁCIO BORGES DE ANDRADA Secretária Bela. VANIA MARIA SOARES ROCHA REQUERENTE REQUERENTE ADVOGADO REQUERIDO ADVOGADO ASSUNTO: DIREITO CIVIL - Família AUTUAÇÃO : K H : T J D H : ELIZABETE TAKAHASHI : M J T R : DEFENSORIA PUBLICA DA UNIÃO - CURADOR ESPECIAL - CURADOR ESPECIAL CERTIDÃO Certifico que a egrégia CORTE ESPECIAL, ao apreciar o processo em epígrafe na sessão realizada nesta data, proferiu a seguinte decisão: A Corte Especial, por unanimidade, deferiu o pedido de homologação, nos termos do voto do Sr. Ministro Relator. Os Srs. Ministros Teori Albino Zavascki, Castro Meira, Arnaldo Esteves Lima, Ari Pargendler, Felix Fischer, Nancy Andrighi, Laurita Vaz e Luiz Fux votaram com o Sr. Ministro Relator. Ausentes, justificadamente, os Srs. Ministros Aldir Passarinho Junior, Gilson Dipp, Hamilton Carvalhido, Eliana Calmon e Francisco Falcão. Brasília, 04 de agosto de 2010 VANIA MARIA SOARES ROCHA Secretária Documento: 989037 - Inteiro Teor do Acórdão - Site certificado - DJe: 23/08/2010 Página 11 de 11