1 TOTAL QUALITY CONTROLE MAIS ISO 9001:2000: A APLICAÇÃO DE SEUS FUNDAMENTOS NO DMAE DE UBERLÂNDIA TEMA V Mário Augusto Bággio Rua Fioravante Dalla Stella, 66 conjunto 223/18. Tel. /Fax (0**41) 3264 1154 E-mail: mabaggio@hoperacoes.com.br Bairro Cristo Rei Curitiba PR CEP 80.050 150. Consultor de Empresas de Saneamento Básico e Ambiental, Ex-Coordenador Regional da FUNASA do Paraná, Ex-Diretor de Operações da SANEPAR, Consultor da Organização Pan-Americana da Saúde para a América Latina e Caribe, Pós- Graduado em Engenharia Hidráulica pela Universidade de São Paulo/SP e Engenheiro Civil formado pela Universidade Estadual de Londrina/PR. Carlos Henrique L. Borges Gerente de Manutenção de Sistemas de Água, Coordenador da 2ª Etapa do Programa de Melhoria dos Processos Críticos do DMAE e Engenheiro Civil formado pela Universidade Federal de Uberlândia - UFU/MG. José Orlando Gerente de Operação de Sistemas de Água e Esgotos e Engenheiro Químico formado pela Universidade Federal de Uberlândia - UFU/MG. Leocádio Alves Pereira Gerente de Manutenção Eletromecânica e Engenheiro Eletricista formado pela Universidade de Ituiutaba/MG.
2 TQC MAIS ISO 9001:2000: A APLICAÇÃO DE SEUS FUNDAMENTOS NO DMAE DE UBERLÂNDIA OBJETIVO DO TRABALHO Após a implantação do Modelo de Gerenciamento da Rotina do Trabalho do Dia-adia GRTD nos Processos Operação e Manutenção dos sistemas de abastecimento de água e de esgotos sanitários, à luz do Total Quality Control TQC, sentindo a necessidade de aperfeiçoamento da padronização, o DMAE de Uberlândia buscou no Sistema de Gestão ISO 9001:2000 a sistemática de controle de documentos e registros que permitisse complementação da estratégia de TQC. Retratar a experiência vivenciada pelo DMAE é o objetivo do presente trabalho. METODOLOGIA UTILIZADA Cinco (05) Unidades Gerenciais Básicas UGB foram eleitas como escopo da implantação parcial do Sistema de Gestão ISO 9001:2000; foram elas: UGB de Operação do sistema de abastecimento de água; UGB de Operação do sistema de esgotos sanitários; UGB de Manutenção do sistema de abastecimento de água; UGB de Manutenção do sistema de esgotos sanitários; UGB de Manutenção Eletromecânica. Cada UGB, desde de 2001, vinha sendo gerenciada pelo Modelo GRTD, porém com algumas deficiências diagnosticadas: Documentação incompleta; Documentação sem controle sistemático; Documentação existente, porém alguns procedimentos não vinham sendo seguidos pelos executores das tarefas; Resistência de alguns operacionais em cumprir aos procedimentos operacionais vigentes.
3 Diagnosticada as deficiências anteriormente apontadas, o DMAE contratou, por decisão de sua Diretoria Geral, consultoria externa que trouxesse experiências que pudessem agregar valor aos padrões existentes das UGB s alvo. Montado um Plano de Ação, cujo objetivo era o de melhorar a padronização de todas as UGB s, deu-se início à incorporação do Sistema ISO 9001:2000 à rotina administrativa das células fins do DMAE. A Estratégia de implantação obedeceu às seguintes etapas, à luz do Ciclo do PDCA: Conclusão Final, preparando a candidatura para as Auditorias Internas. Padronização Decisão política da Diretoria Geral Constituição de equipe matricial de coordenação e implantação dos trabalhos Elaboração do Plano de Ação Verificação dos resultados através de análise crítica Verificação de cumprimento do Plano de Ação Treinamento e educação dos membros da equipe matricial e colaboradores de todas as UGB s Criação de Sistemática de Análise Crítica de Resultados Operacionalização do Plano de Ação Figura 1 Estratégia de Implantação
4 RESULTADOS OBTIDOS Passados seis (06) meses desde a retomada dos trabalhos, introduzindo-se os fundamentos de ISO 9001:2000 em complemento aos fundamentos de TQC, os seguintes resultados puderam ser percebidos: Proposta de criação do Escritório de Padronização, denominado Escritório do Sistema de Gestão da Qualidade SGQ; Proposta de criação da função de coordenação do SGQ; Elaboração das Listas Mestras de Documentos e Registros; Complementação dos padrões atuais, catalogando-os e classificando-os, conforme sistemática que gerou as listas mestras; Melhoria da qualidade dos procedimentos operacionais padrão; Aumento da vontade dos operacionais no cumprimento dos padrões; Sistematização de Auditorias da qualidade que garantissem o cumprimento dos padrões; Elaboração da Norma Zero para criação e atualização de documentos e registros; Melhoria dos resultados das UGB s, pela via da melhoria dos padrões e pela sistematização da Análise Crítica de resultados; Uniformização das práticas de gestão das UGB s, independentemente de suas especificidades. CONCLUSÕES/RECOMENDAÇÕES TQC e ISO 9001 não são excludentes e sim complementares. Tal conclusão pode ser constatada pelas principais UGB s do DMAE de Uberlândia, ao se mesclarem os fundamentos de duas importantes doutrinas de gestão. O TQC permaneceu focado em resultados e na análise crítica dos mesmos, enquanto o Sistema ISO 9001:2000 trouxe às UGB s uma adequada e lógica burocracia que mantenha os padrões atualizados, disponibilizados e passíveis de cumprimento, garantindo qualidade dos produtos e serviços ofertados à comunidade atendida pelo DMAE de Uberlândia.
5 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS CAMPOS, V. F. Gerenciamento da rotina. Belo Horizonte: Fundação Christiano Ottoni, 1994. 274 p. BÁGGIO, M. A. Termo de referência para implantação de modelo de gerenciamento da rotina do trabalho do dia-a-dia do processo comercialização de serviços. Curitiba, 1.998. 15 p. BÁGGIO, M. A. Termo de referência para implantação de modelo de gerenciamento da rotina do trabalho do dia-a-dia do processo operação de sistemas. Curitiba, 1.997. 15 p. CAMPOS, V. F. Controle da Qualidade Total. Belo Horizonte: Fundação Christiano Ottoni, 1992. 229 p.