Níveis de Amputação APOSTILA 14
Introdução Membro residual: COTO. Coto controle da prótese durante ortostatismo e deambulação.
COTO Características ideais do coto: Quanto mais longo melhor; Estabilidade (deformidades proximais ao coto dificultam protetização e deambulação); Bom coxim (mioplastia- utilizada para fixar as extremidades de músculos antagônicos e proteger coto distal; miodese- reinserção dos músculos e tendões seccionados à extremidade óssea amputada, geralmente no periósteo poder de contração);
COTO Ausência de neuromas terminais e espículas ósseas; Boa circulação arterial e venosa; Boa cicatrização; Ausência de edema importante.
Níveis de amputação Desarticulação interfalangiana; Desarticulação metatarsofalangiana; Amputação transmetatarsiana; Desarticulação de Lisfranc; Desarticulação de Chopart; Desarticulação de Syme; Amputação de Pirogoff; Amputação transtibial; Desarticulação de joelho; Amputação transfemoral; Desarticulação de quadril; Desarticulação sacroilíaca.
Desarticulação interfalangiana Geralmente não apresenta problemas funcionais e estéticos. Etiologia: geralmente traumática ou vascular. Não altera equilíbrio e deambulação.
Desarticulação metatarsofalangiana Etiologia: vascular, traumática e neuropática. Amputação isolada de 2º e 3º podálicos provoca hálux valgo. Amputação do 2º ao 5º podálicos não alteram marcha. Amputação do hálux compromete a marcha na fase de impulso.
Amputação transmetatarsiana Etiologia: vascular e traumática. Marcha prejudicada na fase de desprendimento do antepé.
Amputação de Lisfranc Desarticulação dos metatarsos com ossos cubóide e cuneiformes. Etiologia: vascular. Deformidade em flexão plantar (dificulta protetização).
Amputação de Chopart Desarticulação entre navicular e cubóide com tálus e calcâneo, respectivamente. Etiologia: vascular seguida por infecção, traumas e tumorais (em menor número). Braço de alavanca curto evolui para eqüino importante. Descarga de peso distal.
Amputação de Syme Desaticulação tibiotársica e posteriormente uma secção abaixo dos maléolos lateral e medial. Etiologia: vascular, trauma, anomalias congênitas. Marcha sem prótese possível, porém há claudicação pela dismetria. Protetização precoce. Descarga de peso distal.
Amputação de Pirigoff Similar à de Syme, porém é realizada uma artrodese entre tíbia e calcâneo (seccionado verticalmente). Pela preservação de parte do calcâneo a dismetria é menor. Descarga de peso distal.
Amputação transtibial Amputação entre a desarticulação tibiotársica e a de joelho. Dividida em 3 níveis (proximal, médio e distal). Etiologia: vascular, trauma, infecção, neoplasia ou anomalia congênita. Coto longo, com grande braço de alavanca e bom controle da prótese. Descarga de peso distal.
Desarticulação de joelho Preconiza-se a preservação da patela. Descarga de peso distal. Boa alavanca, bom controle da prótese. Etiologia: vascular, trauma, anomalias congênitas, tumores.
Amputação transfemoral Amputação entre a desarticulação de joelho e de quadril. Dividida em 3 níveis (proximal, média e distal). Etiologia: vascular, trauma, infecção, neoplasia, anomalias congênitas. Tende apresentar deformidade em flexão e abdução de quadril (quanto mais proximal o nível maior a tendência) ocorre por desequilíbrio de forças entre adutores e abdutores (glúteo médio permanece íntegro enquanto alguns adutores são seccionados e há encurtamento do iliopsoas por posturas inadequadas).
Amputação transfemoral Contra-indicada a descarga de peso distal, os encaixes devem fazer a descarga de peso em apoio isquiático ou paredes laterais do coto. Quanto mais longo o coto, maior controle sobra a prótese.
Desarticulação de quadril Consiste na retirada de todo MI, inclusive da cabeça do fêmur. Etiologia: traumatismos complexos e processos tumorais. Não apresenta coto ósseo. Descarga de peso na tuberosidade isquiática.
Desarticulação sacroilíaca Remoção de metade da pelve e todo MI. Etiologia: neoplasias com invasão para região pélvica. Descarga de peso em ísquio contralateral à amputação e região torácica.