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RESOLUÇÃO Nº 16/2015

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P A R E C E R Controladoria-Geral da União Ouvidoria-Geral da União. Secretaria de Direitos Humanos SDH

Transcrição:

Controladoria-Geral da União Ouvidoria-Geral da União PARECER Referência: 99928.000338/2014-81 Assunto: Restrição de acesso: Ementa: Órgão ou entidade recorrido (a): Recurso contra decisão denegatória de acesso à informação. Não há restrição de acesso. Tecnologia da informação Interesse pessoal - Inovação Pedido duplicado Acata-se a decisão do recorrido Não Conhecimento Recomendação. Garantir que a autoridade responsável por julgar o recurso de segunda instância seja a autoridade máxima da instituição pública. Ministério da Fazenda - MF Recorrente: C.M.L.S. Senhor Ouvidor-Geral da União, 1. O presente parecer trata de solicitação de acesso à informação pública, com base na Lei nº 12.527/2011, conforme resumo descritivo abaixo apresentado: RELATÓRIO Data Teor Pedido 07/11/2014 Cidadão realiza pedido de informações nos seguintes termos: Prezado Senhor (...), Refiro-me ao pedido de informação NUP nº 52750.000522/2014-36 em que foram solicitadas informações acerca da política de privacidade do Portal do Empreendedor. Ao tempo da análise do pedido lhe fora informado apenas que a política de tratamento dos dados e 21

Resposta Inicial 10/11/2014 Recurso à Autoridade Superior 12/11/2014 informações particulares que são custodiadas pela Administração Pública obedece aos regramentos legais. Neste sentido, reputa-se por imprescindível a complementação da informação anteriormente prestada, a fim de que se possa efetivamente atender ao pleito do cidadão. Assim, destacamos que, agora que foram finalizadas as diversas consultas formuladas junto às áreas técnicas competentes, foi possível aferir que: O Portal segue a política de privacidade regida pelo contrato do SEBRAE com o SERPRO na cláusula 10ª - Observância da Política de Segurança da Informação e Comunicação. Para amparo a isso e por próprias recomendações do TCU, os órgãos de governo com esta competência (SERPRO, GSI/PR, ITI, etc) formulam e fazem uso de Normas que aplicam essas políticas. É o caso da NC nº 16/IN01/DSIC/GSIPR. 2- A segurança do Portal é uma segurança semelhante aos dos demais Portais hospedados no SERPRO. (...) O Portal do Empreendedor é um Portal CMS para disponibilização de informações institucionais e principalmente notícias. Não é o Portal que cadastra MEIs, que gera boleto de MEIs, etc. Quem faz isso são os sistemas linkados a este Portal. Todo o cadastro do MEI é gerenciado por estes sistemas. O Portal apenas dá o caminho para se chegar a estes sistemas. A responsabilidade por especificação e regras destes sistemas é da Receita Federal do Brasil. Qualquer questionamento referente a estes dados deve ser feito à mesma. Solicito ao SERPRO informações destes fatos (grifo meu). O recorrido informa que foi identificada mais de uma mensagem do recorrente, as quais tratam do mesmo assunto e que, para agilizar o atendimento e evitar futuros transtornos, analisará o caso por intermédio do protocolo n 16853.002002/2014-46. Cidadão impetra recurso nos seguintes termos: Solicito recurso pois houve reencaminhamento de outras solicitações realizadas a outros órgãos da administração pública federal, sem incompetência, ao Ministério da Fazenda. Assim, como é de meu direito solicitar informações a qualquer órgão federal, espero que haja uma resposta correspondente a solicitação realizada diretamente ao Ministério da Fazenda, independente das solicitações realizadas a outros órgãos, que são relacionados com as respostas recebidas nos E- SIC solicitados anteriormente. Resposta do 17/11/2014 Recurso não conhecido. O Serviço de Informações ao Cidadão do 22

Recurso à Autoridade Superior Recurso à Autoridade Máxima Resposta do Recurso à Autoridade Máxima 20/11/2014 21/11/2014 Ministério da Fazenda esclarece ao cidadão que o pedido de informação que ele solicitou ao SERPRO foi reencaminhado ao SIC- MF, por entender que a Receita Federal do Brasil seria o órgão competente para respondê-lo. Como já existe um pedido de informação protocolizado no SIC-MF que aborda o mesmo assunto do pedido reencaminhado pelo SERPRO, o pedido do cidadão foi respondido como pergunta duplicada/repetida. Cidadão reitera pedido feito na solicitação original e solicita certidão de inteiro teor, pela Lei n 9.051, de 18 de Maio de 1995. O SIC MF esclarece que o pedido de informação 99928.000338/2014-88 que o cidadão solicitou ao SERPRO foi reencaminhado ao Ministério da Fazenda. O requerimento é idêntico ao NUP 16853.002002/2014-46 que está em tramitação na Secretaria da receita Federal e, portanto, foi respondido pelo Ministério da Fazenda como duplicado/repetido. Sugere, ainda, ao cidadão que este faça novo pedido de informação diretamente ao SERPRO, pois, pelo Sistema E-Sic não é possível reencaminhar a demanda para outro órgão, quando esta encontra-se em fase recursal. Recurso à CGU 24/11/2014 Cidadão interpõe recurso nos seguintes termos: Solicito recurso a CGU pois, o portal do empreendedor divulgou informações pessoais exatamente como inseridas nas planilhas deste site, sem autorização. Conforme solicitação e por informações recebidas, o Portal segue a política de privacidade regida pelo contrato do SEBRAE com o SERPRO na cláusula 10ª - Observância da Política de Segurança da Informação e Comunicação. A responsabilidade por especificação e regras destes sistemas é da Receita Federal do Brasil. Qualquer questionamento referente a estes dados deve ser feito à mesma. Solicito a CGU, ao MF, a RECEITA FEDERAL, SEBRAE, ao SERPRO e outros órgãos do governo federal que me esclareçam e forneçam informações destes fatos: 23

- Como as informações inseridas exclusivamente no Portal do Empreendedor e encontradas literalmente no google, em sites da Empresas do Brasil e Infoplex. Como estas empresas possuem informações de mais 28 milhões de empresas do Brasil, conforme consta no site: https://www.infoplex.com.br/ Busque qualquer empresa do Brasil São mais de 28 milhões de empresas! http://empresasdobrasil.com/ Cadastro de empresas do Brasil Informações sobre empresas de todo o Brasil, com dados relevantes para empresários e clientes. É o relatório. Análise 2. Registre-se que o Recurso foi apresentado à CGU de forma tempestiva e recebido na esteira do disposto no caput e 1º do art. 16 da Lei nº 12.527/2011, bem como em respeito ao prazo de 10 (dez) dias previsto no art. 23 do Decreto nº 7724/2012, in verbi: Lei nº 12.527/2011 Art. 16. Negado o acesso a informação pelos órgãos ou entidades do Poder Executivo Federal, o requerente poderá recorrer à Controladoria-Geral da União, que deliberará no prazo de 5 (cinco) dias se: (...) 1o O recurso previsto neste artigo somente poderá ser dirigido à Controladoria Geral da União depois de submetido à apreciação de pelo menos uma autoridade hierarquicamente superior àquela que exarou a decisão impugnada, que deliberará no prazo de 5 (cinco) dias. Decreto nº 7724/2012 Art. 23. Desprovido o recurso de que trata o parágrafo único do art. 21 ou infrutífera a reclamação de que trata o art. 22, poderá o requerente apresentar recurso no prazo de dez dias, contado da ciência da decisão, à 24

Controladoria-Geral da União, que deverá se manifestar no prazo de cinco contado do recebimento do recurso. dias, 3. Quanto ao cumprimento do art. 21 do Decreto n.º 7.724/2012, observa-se que a autoridade que proferiu a resposta ao recurso em segunda instância não é a autoridade máxima do Ministério da Fazenda, mas a Chefe da Equipe Técnica do Serviço de Informação ao Cidadão, o que se encontra em desacordo com a legislação atual. Recomenda-se, portanto, que a Autoridade de Monitoramento do Órgão recorrido reveja o fluxo interno de trabalho da entidade pública para que sejam respeitadas as disposições do marco regulatório de acesso a informação. 4. Verificou-se, por meio de análise ao sistema E-Sic, que o recorrente protocolou dois pedidos de acesso a informação com objetos idênticos. O primeiro, de NUP 99928.000338/2014-81, que é o processo em análise, foi protocolado junto ao SERPRO, no dia 07 de Novembro de 2014, às 14h59; enquanto o segundo, NUP 16853.002002/2014-46, foi protocolado no Ministério da Fazenda no dia 07 de Novembro, às 15h04. Abaixo encontra-se o objeto de ambos os pedidos: Conforme comunicado recebido: de: SMPE- SIC sic.smpe@planalto.gov.br> para: magnomv@gmail.com data: 7 de novembro de 2014 11:00 assunto: Complementação de Informações - NUP n 52750.000522/2014-36 enviado por: planalto.gov.br Prezado Senhor (...), Refiro-me ao pedido de informação NUP nº 52750.000522/2014-36 em que foram solicitadas informações acerca da política de privacidade do Portal do Empreendedor. Ao tempo da análise do pedido lhe fora informado apenas que a política de tratamento dos dados e informações particulares que são custodiadas pela Administração Pública obedece aos regramentos legais. Neste sentido, reputa-se por imprescindível a complementação da informação anteriormente prestada, a fim de que se possa efetivamente atender ao pleito do cidadão. Assim, destacamos que, agora que foram finalizadas as diversas consultas formuladas junto às áreas técnicas competentes, foi possível aferir que: O Portal segue a política de privacidade regida pelo contrato do SEBRAE com o SERPRO na cláusula 10ª - Observância da Política de Segurança da Informação e 25

Comunicação. Para amparo a isso e por próprias recomendações do TCU, os órgãos de governo com esta competência (SERPRO, GSI/PR, ITI, etc) formulam e fazem uso de Normas que aplicam essas políticas. É o caso da NC nº 16/IN01/DSIC/GSIPR.2- A segurança do Portal é uma segurança semelhante aos dos demais Portais hospedados no SERPRO. (...) O Portal do Empreendedor é um Portal CMS para disponibilização de informações institucionais e principalmente notícias. Não é o Portal que cadastra MEIs, que gera boleto de MEIs, etc. Quem faz isso são os sistemas linkados a este Portal. Todo o cadastro do MEI é gerenciado por estes sistemas. O Portal apenas dá o caminho para se chegar a estes sistemas. A responsabilidade por especificação e regras destes sistemas é da Receita Federal do Brasil. Qualquer questionamento referente a estes dados deve ser feito à mesma. Solicito informações da RFB/MF destes fatos (grifo meu que destaca o pedido do cidadão). 5. No entanto, ao perceber que a solicitação do requerente era de competência da Receita Federal do Brasil, o SERPRO reencaminhou o mesmo ao SIC do Ministério da Fazenda, no dia 10 de Novembro de 2014, às 15h52. Este pedido, então, não foi conhecido pelo órgão fazendário, uma vez que o processo n 16853.002002/2014-46 já se encontrava em análise desde o dia 07/11/2014, dentro do prazo estipulado pela Lei n 12.527/11, para a produção de sua resposta. Observe-se: Art. 11. O órgão ou entidade pública deverá autorizar ou conceder o acesso imediato à informação disponível. 1 o Não sendo possível conceder o acesso imediato, na forma disposta no caput, o órgão ou entidade que receber o pedido deverá, em prazo não superior a 20 (vinte) dias: I - comunicar a data, local e modo para se realizar a consulta, efetuar a reprodução ou obter a certidão; II - indicar as razões de fato ou de direito da recusa, total ou parcial, do acesso pretendido; ou III - comunicar que não possui a informação, indicar, se for do seu conhecimento, o órgão ou a entidade que a detém, ou, ainda, remeter o requerimento a esse órgão ou entidade, cientificando o interessado da remessa de seu pedido de informação. 2 o O prazo referido no 1 o poderá ser prorrogado por mais 10 (dez) dias, mediante justificativa expressa, da qual será cientificado o requerente. 3 o Sem prejuízo da segurança e da proteção das informações e do cumprimento da legislação aplicável, o órgão ou entidade poderá oferecer meios para que o próprio requerente possa pesquisar a informação de que necessitar. 26

6. Por meio da leitura do dispositivo legal acima, percebe-se que o órgão público detém o prazo de até vinte dias para produzir a resposta adequada à solicitação de informações, caso esta não esteja disponível imediatamente. Da mesma maneira, este prazo pode ser prorrogado por mais dez dias, mediante justificativa expressa da entidade pública. Portanto, não se vislumbra qualquer irregularidade na avaliação do SIC do Ministério da Fazenda quanto ao não conhecimento do pedido de informação n 99928.000338/2014-81, uma vez que este chegou ao seu sistema posteriormente à chegada da solicitação de acesso n 16853.002002/2014-46. Ademais, é importante frisar que a coincidência de objetos dos pedidos, de seus autores e de órgão recorridos ensejam a ocorrência do fenômeno jurídico da litispendência. 7. O encerramento de um pedido de informação duplicado, sem o exame do seu mérito, justifica-se em função dos princípios jurídicos da economicidade e da celeridade, uma vez que seria ilógico e ineficiente permitir que um mesmo cidadão impetrasse duas ações com o mesmo objeto ao mesmo órgão público. Neste caso, o mérito da questão, caso os pressupostos de admissibilidade estejam corretos, será avaliado no primeiro pedido feito pelo cidadão. 8. Da mesma maneira, não há que se questionar o procedimento do SERPRO ao encaminhar a solicitação do requerente ao Serviço de Informação ao Cidadão do Ministério da Fazenda, órgão responsável por organizar as demandas amparadas pela Lei n 12.527/11 sob responsabilidade material da Receita Federal do Brasil. A Controladoria-Geral da União entende que determinado órgão público não está obrigado a responder pedidos de acesso a informação cuja produção ou tratamento não sejam de sua competência. Sem embargo, deve este órgão, caso tenha conhecimento, encaminhar a solicitação à entidade legalmente competente para a produção da resposta. Este é o entendimento exarado pela parte final do inciso III do artigo 13 do Decreto n 7.724/12 combinado com o inciso III do parágrafo 1 do artigo 11 da Lei 12.527/11, transcritos abaixo: Decreto n 7.724/12: Art. 13. Não serão atendidos pedidos de acesso à informação: III - que exijam trabalhos adicionais de análise, interpretação ou consolidação de dados e informações, ou serviço de produção ou tratamento de dados que não seja de competência do órgão ou entidade. Lei n 12.527/11 27

Art. 11. O órgão ou entidade pública deverá autorizar ou conceder o acesso imediato à informação disponível. 1 o Não sendo possível conceder o acesso imediato, na forma disposta no caput, o órgão ou entidade que receber o pedido deverá, em prazo não superior a 20 (vinte) dias: III - comunicar que não possui a informação, indicar, se for do seu conhecimento, o órgão ou a entidade que a detém, ou, ainda, remeter o requerimento a esse órgão ou entidade, cientificando o interessado da remessa de seu pedido de informação. 9. Por último, percebeu-se que o cidadão inova o seu pedido de acesso inicial no recurso endereçado a esta Controladoria-Geral da União. Esta CGU entende que inovações em instâncias recursais não devem ter o seu mérito conhecido. Tal posicionamento visa proteger o interesse do próprio cidadão, na medida em que ao inovar em sede recursal, o novo questionamento deixa de ser apurado pelas instâncias recursais internas ao órgão, seguindo diretamente para a apreciação desta CGU. O ordenamento jurídico pátrio veda a inovação de pedidos em fase de recurso por entender que a prática cerceia os direitos constitucionais do contraditório e da ampla defesa, ante a supressão de instância. Segue jurisprudência pertinente ao tema: APELAÇÃO CÍVEL - EMBARGOS À EXECUÇÃO - IPTU - FATOS NOVOS NA APELAÇÃO - IMPOSSIBILIDADE - INOVAÇÃO RECURSAL - CONFIGURADA. (AC 5545513 PR 0554551-3, Relator(a): Dimas Ortencio de Mello, 09/06/2009, 3ª Câmara Cível, DJ: 177. Tratando-se de fatos novos, não apreciados em sentença de primeiro grau, não pode ser conhecida a apelação sob pena de configurar em supressão de instância. RECURSO NÃO CONHECIDO. Conclusão 10. De todo o exposto, opina-se pelo não conhecimento do referido recurso, sem julgamento do seu mérito, uma vez que se trata de pedido duplicado. O assunto em questão deverá ser discutido no âmbito do NUP 16853.002002/2014-46. 28

11. Recomenda-se orientar a autoridade de monitoramento competente que reavalie os fluxos internos para assegurar o cumprimento das normas relativas ao acesso à informação, de forma eficiente e adequada aos objetivos legais, em especial recomenda-se que a autoridade que responda o recurso em segunda instância seja a autoridade máxima do órgão ou entidade, conforme estabelece a Lei de Acesso à Informação. JORGE ANDRÉ FERREIRA FONTELLES DE LIMA Analista de Finanças e Controle D E C I S Ã O No exercício das atribuições a mim conferidas pela Portaria n. 1.567 da Controladoria-Geral da União, de 22 de agosto de 2013, adoto, como fundamento deste ato, o parecer acima, para decidir pelo não conhecimento do recurso interposto, nos termos do art. 23 do 29

referido Decreto, no âmbito do pedido de informação nº 99928.000338/2014-81, direcionado ao Ministério da Fazenda - MF. JOSÉ EDUARDO ROMÃO Ouvidor-Geral da União 210

PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA Controladoria-Geral da União Folha de Assinaturas Documento: PARECER nº 4601 de 01/12/2014 Referência: PROCESSO nº 99928.000338/2014-81 Assunto: Recurso contra decisão denegatória de acesso à informação. Signatário(s): JOSE EDUARDO ELIAS ROMAO Ouvidor Assinado Digitalmente em 01/12/2014 Este despacho foi expedido eletronicamente pelo SGI. O código para verificação da autenticidade deste documento é: fa6fe017_8d1dba751626bc9