HSM EXPOMANAGEMENT 2014 Mercado de Capitais e Direito Internacional PAINEL 5



Documentos relacionados
4º PAINEL: INVESTIMENTO PRIVADO, INVESTIMENTO PÚBLICO E MERCADO DE CAPITAIS NO BRASIL

PROPOSTA DO IBMEC PROJETO ACESSO DAS EMPRESAS AO MERCADO DE CAPITAIS SÃO PAULO 29/06/2012

Proposta do Ibmec estratégia nacional de acesso ao mercado de capitais

MERCADO DE CAPITAIS CENTRO DE ESTUDOS DE CEMEC

CENTRO DE ESTUDOS DE MERCADO DE CAPITAIS CEMEC RELATÓRIO CEMEC MENSAL DE DESEMPENHO DA POUPANÇA FINANCEIRA. Junho

Financiamento do Investimento no Brasil

CENTRO DE ESTUDOS DE MERCADO DE CAPITAIS CEMEC INFORMATIVO CEMEC MENSAL - POUPANÇA FINANCEIRA. Outubro

ELEMENTOS PARA UMA ESTRATÉGIA NACIONAL DE ACESSO AO MERCADO DE CAPITAIS MARÇO 2013

2.7 Financiamento. Por que Financiamento? Comparação Internacional. Visão 2022

A popularização e expansão do mercado de capitais. Diretoria de Desenvolvimento e Fomento de Negócios Maio/2010

Índice. RS no Brasil Nossa Empresa Governança Corporativa Nossos Números Análise Comparativa Sustentabilidade Projeções e Estimativas

CENTRO DE ESTUDOS DE MERCADO DE CAPITAIS CEMEC

Os Segmentos de Listagem da BM&FBOVESPA para Pequenas e Médias Empresas 15/10/13

NOTA CEMEC 09/2015 COMPOSIÇÃO DA DÍVIDA DAS EMPRESAS NÃO FINANCEIRAS

Programa de Estímulo ao Mercado de Capitais

STRATEGIG TREASURY SUMMIT NOVA GESTÃO FINANCEIRA DAS EMPRESAS, MERCADO DE CAPITAIS E IPOs 16 DE MAIO DE 2013

Fonte: AZ Investimentos / Andima. Fonte: AZ Investimentos / Andima

Sistema Financeiro e os Fundamentos para o Crescimento

RELATÓRIO TRIMESTRAL DE FINANCIAMENTO DOS INVESTIMENTOS NO BRASIL. Abril 2015

Fundos de Investimento Imobiliário - FII

RELATÓRIO CEMEC 06 COMPARAÇÕES INTERNACIONAIS

A Retomada dos Investimentos e o Mercado de Capitais Instituto IBMEC

ENCONTRO ANUAL DO PAEX

ABDIB Associação Brasileira da Infra-estrutura e Indústrias de base

Financiamento de Investimentos no Brasil e nas Empresas -FIESP

SEMINÁRIO DE NEGÓCIOS NOS TRILHOS ENCONTREM Investimentos em Participações de Longo Prazo para Investidores Institucionais

Definição. A sua criação baseia-se em dois princípios distintos

Panorama do Mercado de Crédito

Encontro de Bancos Centrais de países de língua portuguesa

Dyogo Henrique de Oliveira. Secretário-Executivo Adjunto do Ministério da Fazenda

Mercado de Capitais 18/08/2015

Mercado Financeiro e de Capitais. Taxas de juros reais e expectativas de mercado. Gráfico 3.1 Taxa over/selic

Workshop Financiamento da Economia Brasileira. INVESTIMENTOS Cenário e Simulações

Custo de Capital das Empresas Industriais e as Novas Oportunidades do Mercado de Capitais -FIESP

FINANÇAS E MERCADOS FINANCEIROS A Consolidação do Mercado de Capitais Brasileiro João Basilio Pereima Neto *

NOTA CEMEC 03/2015 FATORES DA QUEDA DO INVESTIMENTO

Programa de Incentivo ao Mercado de Renda Fixa BNDES

Diretoria Executiva de Desenvolvimento e Fomento de Negócios. Novembro de 2010

O MERCADO DE CAPITAIS BRASILEIRO

EXAME FORUM INFRAESTRUTURA

NOTA CEMEC 10/2015 ALGUNS FATORES ECONÔMICOS DA ABERTURA E FECHAMENTO DO CAPITAL DAS EMPRESAS NO BRASIL. Novembro de 2015

Perspectiva de um Emitente Soberano República de Portugal

PAINEL III - O MERCADO DE CAPITAIS CHAVE DO DESENVOLVIMENTO BRASILEIRO: COMO UNIVERSALIZAR O USO DO MERCADO DE CAPITAIS PELAS EMPRESAS DO PAÍS

Mercado de Títulos Ligados ao Setor Imobiliário para Fundos de Pensão

Rumo à abertura de capital

REDUÇÃO DA TAXA DE POUPANÇA E O FINANCIAMENTO DOS INVESTIMENTOS NO BRASIL- 2012/2013

Mercado Secundário: o que está sendo feito no Brasil O papel do mercado secundário e as iniciativas para fortalecê-lo

Circuito Universitário Faculdade Sumaré 10 de março de Marcos Galileu Lorena Dutra Gerência de Análise de Negócios (GMN)

Perspectivas da economia em 2012 e medidas do Governo Guido Mantega Ministro da Fazenda

A NECESSIDADE DE UM NOVO MODELO

GRUPO DE ECONOMIA / FUNDAP

APRESENTAÇÃO NO INSTITUTO DO VAREJO

Programa de Incentivo ao Mercado de Renda Fixa BNDES/ANBIMA

Nosso presente é cuidar do seu futuro

Os investimentos no Brasil estão perdendo valor?

Evolução do Mercado de Renda Fixa Local

Portal de Informações FEBRABAN. Módulo I Crédito

1. Objetivo e Descrição do fundo

Financiamento da Infraestrutura Nacional Banco de do Transportes

Ministério da Fazenda. Conferência Internacional de Crédito Imobiliário Salvador - Bahia

(com base na Nota do Banco Central do Brasil de ) Edição de 27 de Maio de 2009

Incentivos Fiscais na Emissão de Debêntures - Lei nº /2011. Fernando Tonanni. 16 de Agosto de 2011

SeminárioADI Inclusão financeira inovação para as MPE s

Renda Fixa Privada Certificado de Recebíveis Imobiliários CRI. Certificado de Recebíveis Imobiliários - CRI

Curso Preparatório ANBIMA - CPA-10 Curso Preparatório ANBIMA - CPA-20

2ª Conferência de Investimentos Alternativos: FIDC, FII E FIP

Por que abrir o capital?

Filipe F. Pontual Diretor Executivo - ABECIP

Oferta Pública. Mercado de Capitais

EM PAUTA O QUE É PRECISO FAZER PARA VIABILIZAR O ACESSO DE PEQUENAS & MÉDIAS EMPRESAS AO MERCADO DE CAPITAIS NO BRASIL?

MERCADO DE CAPITAIS NO FINANCIAMENTO PRIVADO DE INFRAESTRUTURA

15º SEMINARIO CEMEC DE MERCADO DE CAPITAIS

Alterações na Poupança

Curso Introdução ao Mercado de Ações

Tendência e Desafios: Mercado de ETFs no Brasil. Itaú Asset Management - Maio de 2011

CRÉDITO IMOBILIÁRIO NO BRASIL Crescimento Sustentável. ESTRATÉGIA DO BRADESCO Posicionamento/Estratégia

Curso de CPA 10 CERTIFICAÇÃO PROFISSIONAL ANBIMA SÉRIE

Como funciona o Sistema Financeiro Nacional. José Reynaldo de Almeida Furlani Junho de 2013

Debêntures: Iniciativas para Aumento de Liquidez e Fomento ao Mercado Secundário

Perspectivas para o Setor da Construção Civil em Celso Petrucci Economista-chefe do Secovi-SP

Workshop - Mercado Imobiliário

Letras Financeiras - LF

PETROBRAS E O MERCADO DE CAPITAIS BRASILEIRO

RELATÓRIO TRIMESTRAL DE FINANCIAMENTO DOS INVESTIMENTOS NO BRASIL

Unidade III. Mercado Financeiro. Prof. Maurício Felippe Manzalli

BM&FBOVESPA divulga balanço de operações de novembro de Empréstimos de ações têm recorde de volume financeiro

Divulgação dos Resultados 1T15

Instrumentos de Financiamento Imobiliário no Brasil Jorge Sant Anna

Luciano Coutinho Presidente

Governança Corporativa Profa. Patricia Maria Bortolon

Política Fiscal do Brasil: pós-crise x pré-crise?

CAIXA e o NORDESTE. NELSON ANTÔNIO DE SOUZA SUPERINTENDENTE NACIONAL DA ÁREA B - NORDESTE Novembro de 2009

Questões de informações de Crédito na América Latina BRASIL

Transcrição:

HSM EXPOMANAGEMENT 2014 Mercado de Capitais e Direito Internacional PAINEL 5 ACESSO DAS EMPRESAS AO MERCADO DE CAPITAIS 04 DE NOVEMBRO DE 2014 INSTITUTO IBMEC MERCADO DE CAPITAIS CEMEC Centro de Estudos do IBMEC CFO Consulting Carlos A. Rocca

INDICE 1. Mercado de capitais brasileiro lidera captação de poupança mas tem participação secundaria no financiamento da economia 2. Mercado de capitais brasileiro : participação de um pequeno numero de grandes empresas 3. Acesso ao mercado de capitais brasileiro: alguns elementos de diagnóstico 4. Sinais de mudança 5. Observações Finais

1. Mercado de capitais brasileiro lidera captação de poupança mas tem participação secundária no financiamento da economia

Instrumentos e veículos do mercado de capitais representam quase 70% da captação de poupança financeira Fonte: CEMEC/IBMEC

Títulos de divida do mercado de capitais respondem por 20% do exigível financeiro das empresas (10% do PIB) Fonte: CEMEC/IBMEC

Recursos captados no mercado de capitais financiam cerca de 13% dos investimentos de empresas e famílias Fonte: CEMEC/IBMEC

Setor publico absorve cerca de 43% da poupança financeira (2007/2013) 100,0% 90,0% 80,0% 70,0% 60,0% 50,0% 40,0% 30,0% 20,0% 10,0% 0,0% Fluxo Anual de Financiamentos Domésticos e Externos de Entidades Não Financeiras - % do Total 2,6% 7,9% 5,7% 17,1% 23,2% 43,5% Média 2007 2013 Governo com oper. BACEN Consumo PF Pessoa Jurídica mercado de capitais Fonte: CEMEC/IBMEC Pessoa Jurídica crédito bancário Financiamento Imobiliário PF PJ recursos externos

TOTAL 38,4% 14,1% 47,5% 100,0% * Não há informações CVM para segregar Títulos de Dívida Privada de Captação Bancária em estrangeiros. ** Investidores Institucionais líquido de Fundos de Investimento dos estrangeiros contabilizado em títulos da dívida pública dos investidores estrangeiros *** Operações compromissadas de fundos de investimentos com bancos Fonte: CEMEC/IBMEC ago/14 Investidores Investidores Outros Inv.não institucionais Estrangeiros Financeiros TOTAL 1.1. Instrumentos do Mercado de Capitais: 20,9% 18,6% 60,6% 100,0% a) Ações 15,5% 19,4% 65,1% 100,0% b) Títulos de Dívida Privada 61,9% 12,0% 26,1% 100,0% b1) Debêntures Corporativas 77,7% 4,6% 17,7% 100,0% b2) Outros ex Debêntures Corporativas 50,3% 17,4% 32,3% 100,0% 1.2. Títulos de Dívida Privada de Captação Bancária * 51,2% 0,0% 48,8% 100,0% 1.3. Depósitos Bancários 8,5% 0,1% 91,4% 100,0% 1.4. Títulos da Dívida Pública ** 67,2% 31,3% 1,5% 100,0% 1.5. Operações Compromissadas *** 100,0% 0,0% 0,0% 100,0% 1.6. Outros Ativos Financeiros 100,0% 0,0% 0,0% 100,0%

Fundos de investimento: predominam títulos públicos; ativos de mercado de capitais tem participação menor (14% de ações e 8% de títulos de divida) Fonte: CEMEC/IBMEC

jan-05 mai-05 set-05 jan-06 mai-06 set-06 jan-07 mai-07 set-07 jan-08 mai-08 set-08 jan-09 mai-09 set-09 jan-10 mai-10 set-10 jan-11 mai-11 set-11 jan-12 mai-12 set-12 jan-13 mai-13 set-13 jan-14 14,0% 13,0% 12,0% 11,0% 10,0% 9,0% 8,0% 7,0% 6,0% 5,0% 4,0% 3,0% 2,0% 1,0% EVOLUÇÃO DA TAXA REAL DE JUROS (SWAP PRE-DI 720 DIAS DEFLACIONADO PELA EXPECTATIVA DE IPCA 12 MESES) Juro Real ex ante Juro Real Debêntures Fonte: CEMEC/IBMEC

2. Mercado de capitais brasileiro: participação de um pequeno numero de grandes empresas

No Brasil, o mercado de capitais é bastante restrito. Olhando só o mercado de ações, que é uma das modalidades do mercado de capitais, temos um número de empresas listadas em bolsa de apenas 363 na Bovespa... Fonte: WFE (World Federation of Exchanges)

2/3 DAS EMPRESAS QUE PARTICIPAM DO MERCADO DE CAPITAIS SÃO GRANDES (294/444) MAS APENAS 6% DAS GRANDES USAM MERCADO DE CAPITAIS TAMANHO (faturam.) Grande(acima de R$ 400 milhões) Média (entre 20 e 400 milhões) Pequena (menor de 20 milhões) Número Empresas Brasil Cias Abertas Não Financeiras % Empresas Fechadas que emitiram debêntures (2009 a 2012) % Número Empresas Não Financeiras que participam do mercado de capitais (*) 5.000 195 3,90% 99 1,98% 294 5,88% 30.000 78 0,26% 72 0,24% 150 0,50% 4.500.000 0 0,00% 0 0,00% 0 0,00% Total 4.535.000 273 0,01% 171 0,00% 444 0,01% (*) Estimativa só considera empresas SA fechadas que emitiram debêntures, não considera a utilização de outros títulos corporativos como FDICs, CRIs, Venture Capital, etc. Fonte: IBGE, BM&FBOVESPA, ANBIMA e Centro de Estudos do IBMEC % Fonte: CEMEC/IBMEC

2009/2014: CIAS ABERTAS TEM MENOR CUSTO DE DIVIDA

3. Acesso ao mercado de capitais brasileiro: alguns elementos de diagnóstico

3.1 Análise do ciclo de IPOs e emissões primárias de 2006/2007

2006/2007: CICLO RECORDE DE IPOs Número de Emissões fonte:anbima 70 62 34 22 23 22 9 5 13 7 12 4 16 2 11 11 7 3 14 8 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 Número Total de Emissões Número de Emissões IPO Elaboração: CEMEC/IBMEC

CICLO RECORDE DE IPOs DE 2006/2007: Empresas emissoras são grandes e maiores que as existentes; colocação das ações: 70% em investidores estrangeiros 3.000.000 Ativo Médio (R$ Mil) 2.500.000 2.000.000 1.500.000 1.000.000 500.000-2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 Padrão Pré 2007 Padrão IPO's 2007 Fonte: CEMEC/IBMEC

Numero de emissões primárias de ações por tamanho Tamanho 2005 2006 2007 % 2005 2007 2008 2009 2010 2011 Total % 2005 2007 Grande 10 28 49 88% 9 15 18 17 146 88% Média 0 4 6 12% 1 0 1 3 15 9% Pequena 1 0 0 0% 1 0 1 0 3 2% Total 12 32 55 100% 11 15 20 20 165 100% Fonte: CEMEC/IBMEC

1T05 2T05 3T05 4T05 1T06 2T06 3T06 4T06 1T07 2T07 3T07 4T07 1T08 2T08 3T08 4T08 1T09 2T09 3T09 4T09 1T10 2T10 3T10 4T10 1T11 2T11 3T11 4T11 1T12 2T12 19,0% 17,0% Baixo custo de capital próprio no período é um fator explicativo desse ciclo. Custo de Capital Próprio e Número de IPOs CORRELAÇÃO - 0,63 25 20 15,0% 13,0% 11,0% 15 10 9,0% 5 7,0% 0 Custo de Capital Próprio Real - método 3 Soma Trimestral de IPOs - eixo da direita Fonte: CEMEC/IBMEC

24 1 4 5 6 2006/2007: 43% DOS IPOS SÃO DE EMPRESAS INVESTIDAS POR FUNDOS DE VC/PE (FIPs); 40% DO DESINVESTIMENTO FEITO POR IPO; 2008/2009: APENAS 5% DO DESINVESTIMENTO FEITOS POR IPO Fonte: Segundo Censo Brasileiro de Private Equity e Venture Capital ABDI 42 3 4 6 48 12 12 10 4 3 17 19 16 10 8 1 4 2005 2006 2007 2008 2009 IPO Secondary Sale Trade Sale Buyback Write-off Elaboração: CEMEC/IBMEC 61 2 15 27 37 4 8 11

Ciclo de 2006/2007: Algumas conclusões 1. Empresas grandes respondem pela maioria das emissões em todo o período; 2. As empresas que abriram o capital no ciclo 2006/2007 eram ainda maiores que as cias abertas existentes; 3. Custo de capital próprio é variável fundamental: estratégia de desinvestimento de FIPs; 4. Resposta é contemporânea : estoque de empresas em condições de abrir o capital; janela de oportunidade; 5. Mais de 70% das ações foram compradas por investidores estrangeiros: mercado doméstico limitado; somente grandes emissões suportam custos.

3.3 Mercado de ações de PME

a. Investidores em ações de PME: importância da base de investidores pessoa física

Países com mercado de acesso significativo em geral tem importante participação de pessoas físicas no mercado acionário PAIS MERCADO ALTERNATIVO EMPRESAS MERCADO PRINCIPAL EMPRESAS TOTAL EMPRESAS LISTADAS Canadá 2.277 1.577 3.854 Inglaterra 1.114 1.372 2.486 Austrália Não tem 2.211 2.211 Coreia 785 1.031 1.816 China 332 683 1015 Polônia 397 434 831 Brasil 3 368 371 Espanha 21 130 151

% da população que investe em ações é pequena 31,00% 29,00% 15,00% 13,00% 11,00% 5,00% 4,00% 0,70% 0,30% Fonte: Renato Issatugo BM&FBOVESPA -Strategic Treasury Summit Maio 2013

mar/07 jun/07 set/07 dez/07 mar/08 jun/08 set/08 dez/08 mar/09 jun/09 set/09 dez/09 mar/10 jun/10 set/10 dez/10 mar/11 jun/11 set/11 dez/11 mar/12 jun/12 set/12 dez/12 mar/13 jun/13 set/13 dez/13 mar/14 57,0% 54,5% 52,0% 49,5% 47,0% 44,5% 42,0% 39,5% 37,0% 34,5% 32,0% 29,5% 27,0% 24,5% 22,0% 19,5% 17,0% 14,5% 12,0% Participação dos Estrangeiro, Institucionais e PF na BOVESPA Estrangeiros institucionais Pessoas Físicas Fonte: BM&FBOVESPA Elaboração: CEMEC/IBMEC

Participação de pessoa física no mercado de ações: algumas observações 1. Base de pessoas físicas é pequena: forte preferência por renda fixa; ausência de tradição e educação financeira; 2. Forte redução de sua participação no mercado secundário nos últimos anos: a. Crise 2008; b. Petrobras, Elétricas; c. Vale; d. Grupo X 3. Importância para o mercado acionário: países com mercado de acesso significativo tem importante participação de pessoas físicas no mercado acionário(*). (*)Fonte: Relatório do Grupo de Trabalho de Pequenas Ofertas

Renda variável na carteira de fundos de investimento: 14% no Brasil, 40% no mundo Ativos sob gestão de fundos de investimentos no MUNDO Renda Fixa 25% Renda Variável 40% Cambiais 20% Outros 4% Balanceados Mistos 11% Fonte: Relatório do Grupo PAC-PME

b. Dificuldades das empresas

FATORES INFLUENCIADORES PARA A DECISÃO DE NÃO ABERTURA DE CAPITAL Empresas industriais de Capital Fechado ota de 0 (Nenhuma influência) a 10 (Extrema influência) Fonte: CEMEC: Estudos IBMEC 7 Fatores A abertura de capital seria indesejável, devido às dificuldades relativas a partilhar controle. A abertura de capital seria indesejável devido aos custos excessivos do processo de abertura de capital. A abertura de capital seria indesejável devido aos requisitos excessivos exigidos para abertura de capital. A abertura de capital seria indesejável porque o tamanho da operação seria de pequeno porte e não encontraria interesse por parte de bancos, corretoras e outros agentes de mercado. A abertura de capital seria desejável porque possibilitaria o crescimento da empresa. A abertura de capital seria desejável porque possibilitaria liquidez à participação acionária dos sócios. A abertura de capital seria indesejável devido às dificuldades relativas a transparecer informações para concorrentes. Nota média (n= 9) 7,10 6,56 5,22 5,00 3,90 3,90 3,89

4. Sinais de mudança

Sinais de mudança 1. ICVM 476 - jan/2009: distribuição com esforços restritos de títulos de divida empresas de capital fechado (até 50 investidores qualificados) 2. ICVM 551- set/2014: idem para ações 3. MP 651 jul/2014: 1. Isenção do IR s/ ganhos de capital pessoas físicas: ações e quotas de fundos FIA Mercado de Acesso empresas valor de mercado<r&700mm, ROB<R$ 500MM 2. Redução de custos: divulgação pela internet 4. BNDESPAR: participação em fundos mercado de acesso

ICVM476/09: Impacto positivo no mercado de debentures

5. Observações finais

5. Observações finais 1. Mercado de capitais brasileiro lidera captação de poupança mas ainda tem participação secundaria no financiamento da economia 2. Carga da dívida pública e altos juros reais tem sido o principal fator de inibição de desenvolvimento do mercado de capitais; 3. Somente pequeno numero de grandes empresas tem acesso ao mercado de capitais e se beneficiam de menor custo de capital; 4. Ciclo de 2006/2007: oportunidade foi baixo custo de capital próprio; limitação da capacidade de absorção do mercado doméstico transferiu colocação de ações para investidores estrangeiros, somente viável para grandes operações.

5. Observações finais 5. Ações para desenvolver mercado de capitais: a. Redução sustentável da taxa real de juros: ajuste fiscal b. Abertura de capital de empresas de menor porte: efeitos médio prazo i. Aumento da base de pessoas físicas: isenção de impostos de renda (MP651);educação financeira; previdência complementar; ii. Empresas: simplificação (ICVM551) e redução de custos; informação; cultura de transparência e governança iii. Papel de FIPs e FIEMs. c. Mercado de divida corporativa: i. Crescente participação de empresas fechadas de menor porte; ii. Grande potencial: sinergia com BNDES: infraestrutura

Mercado e capitais: quatro segmentos EMPRESAS AÇÕES DIVIDA GRANDES MEDIAS PME POTENCIAL ATUAL MEDIO PRAZO POTENCIAL ATUAL PASSO INICIAL PARA AÇÕES POTENCIAL ATUAL PASSO INICIAL PARA AÇÕES

OBRIGADO crocca@uol.com.br (11) 98255 2423