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PAINEL 16,0% 12,0% 8,0% 2,5% 1,9% 4,0% 1,4% 0,8% 0,8% 0,0% 5,0% 3,8% 2,8% 3,0% 2,1% 1,0% 1,0% -1,0%

O crédito ao setor privado atingiu R$1.948 bilhões no final de 2011, após acréscimos de 2,2% no mês e de 18,9% em relação a dezembro de 2010.

Introdução. PIB varia 0,4% em relação ao 1º trimestre e chega a R$ 1,10 trilhão

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Transcrição:

Indicadores da Semana O Copom decidiu, por unanimidade, elevar a taxa de juros Selic em 0,5 p.p., a 14,25% ao ano, conforme esperado pelo mercado. A decisão ocorreu após elevação de 0,5 p.p no último encontro. Trata-se do sétimo aumento consecutivo e maior patamar desde agosto de 2006. Leia mais/página 4 O saldo total das operações de crédito do Sistema Financeiro Nacional seguiu mostrando arrefecimento ao atingir 54,5% do PIB, com aproximadamente 53% do total do saldo destinado a atividades econômicas. Leia mais/página 5 03 de agosto de 2015 Índice ICI 2 ICS 3 Copom 4 Crédito 5 Política Fiscal 7 Principais variáveis - Brasil 2013 2014 2015 último dado previsão** Atividade PIB real (%)* 2,50 0,10-0,90 1º trimestre -1,80 Produção Industrial (%)* 2,10-3,20-5,03 maio -5,00 Comércio Varejista (%)* 4,30 2,20-0,50 maio - Taxa de Desemprego (% do PEA) 5,40 4,30 6,90 junho - Inflação IPCA (%)* 5,90 6,41 8,89 junho 9,25 IGP-M (%)* 5,50 3,69 5,59 junho 7,64 Taxa de juros e câmbio Taxa Selic (%) 10,0 11,8 13,75 junho 14,25 TJLP (%) 5,00 5,00 6,50 3º trimestre - R$ / US$ 2,34 2,66 3,40 31/07/15 3,35 Setor Externo Balança Comercial (US$ blihões)* 2,50-3,90 4,53 junho 6,40 Transações Correntes (% do PIB)* -3,70-4,47-4,47 junho - Investimento Estrangeiro Direto (% do PIB)* 2,86 4,13 4,13 junho - Reservas Internacionais (US$ bilhões) 358.808 363.551 370.109 30/07/15 - Necessidade de Financiamento do Setor Público Primário (% do PIB)* -1,90-0,60 0,80 junho - Nominal (% do PIB)* 3,05 6,23 8,12 junho - Dívida Líquida do Setor Público (% do PIB) 33,6 36,7 34,5 junho 37,00 Crédito do SFN Taxa de juros (% a.a.) 22,4 23,7 27,6 junho - Spreads (p.p.) 13,8 14,9 17,8 junho - Prazo das concessões (meses) 99,4 106,7 115,2 junho - Inadimplência (%) 2,84 2,73 2,90 junho - *Acumulado em 12 meses **Focus

Índice de Confiança da Indústria tem avanço em julho Divulgado pela Fundação Getúlio Vargas, o Índice de Confiança da Indústria (ICI) avançou, após cinco quedas seguidas, 1,5% em julho, quando comparado ao mês anterior (passando de 68,1 para 69,1 pontos). Apesar do avanço, esse é segundo menor patamar da série mensal iniciada em 2005. O ICI é composto pelo Índice da Situação Atual (ISA) e pelo Índice de Expectativas (IE). No mês, o IE teve resultado positivo de 3,2%, após cinco quedas consecutivas. Já o ISA ficou praticamente estável, registrando recuo de 0,1% na comparação com junho. Os resultados do mês para o IE e para o ISA são os segundos menores da série. Segundo Aloisio Campelo Jr., Superintendente Adjunto de Ciclos Econômicos da FGV/IBRE, a evolução do ICI em julho é mais facilmente analisada de forma desagregada de acordo com o horizonte de tempo. Em relação ao momento presente, a indústria continua avaliando de forma extremamente desfavorável o ambiente de negócios. No âmbito das expectativas, o avanço do IE é bem vindo, mas de magnitude ainda insuficiente para ser identificado como uma reversão de tendência, após cinco quedas consecutivas. O Nível de capacidade instalada (NUCI) ficou estável, atingindo 78,2% (o mesmo resultado do mês passado), menor patamar desde abril de 2009. Fonte: FGV/IBRE 2

Confiança do Setor de Serviços registra queda Divulgado pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), o Índice de Confiança de Serviços (ICS) recuou 2,9%, em julho, atingindo 78,4 pontos na série com ajuste sazonal. Com esse resultado, sexto negativo no ano, o índice atinge o menor patamar da série histórica, iniciada em junho de 2008. O resultado do mês foi influenciado pela piora nas expectativas em relação ao futuro, medidas pelo Índice de Expectativas (IE-S), que registrou variação negativa de 7,1%. Por outro lado, o Índice da Situação Atual (ISA-S) teve crescimento de 4,8%, na comparação com junho. Segundo Silvio Sales, consultor da FGV/IBRE, ao início do segundo semestre, as expectativas voltam a piorar, sugerindo a continuidade da fase de queda no ritmo de atividade do setor. Entre os fatores que vêm afetando negativamente os Serviços estão o enfraquecimento do mercado de trabalho - e a consequente queda da massa de salário -, a redução da demanda empresarial, a alta da inflação e a diminuição da confiança do consumidor. Fonte: FGV/IBRE 3

Copom eleva Selic a 14,25% ao ano O Comitê de Política Monetária (Copom) decidiu, por unanimidade, elevar a taxa de juros Selic em 0,5 p.p., a 14,25% ao ano, conforme esperado pelo mercado. A decisão ocorreu após elevação de 0,5 p.p no último encontro. Trata-se do sétimo aumento consecutivo e maior patamar desde agosto de 2006. O comunicado divulgado pelo Banco Central após a reunião trouxe alterações importantes, em relação ao do último encontro, ao incluir que a decisão foi tomada levando em conta, também, o atual balanço de riscos. Além disso, foi inserido um novo parágrafo que sugere que o ciclo de altas tenha se encerrado: o Comitê entende que a manutenção desse patamar da taxa básica de juros, por período suficientemente prolongado, é necessária para a convergência da inflação para a meta no final de 2016. A ata que será divulgada na próxima semana nos trará maiores indicações das ações do Banco Central. Segue o comunicado na íntegra: Avaliando o cenário macroeconômico, as perspectivas para a inflação e o atual balanço de riscos, o Copom decidiu, por unanimidade, elevar a taxa Selic em 0,50 p.p., para 14,25% a.a., sem viés. O Comitê entende que a manutenção desse patamar da taxa básica de juros, por período suficientemente prolongado, é necessária para a convergência da inflação para a meta no final de 2016. Votaram por essa decisão os seguintes membros do Comitê: Alexandre Antonio Tombini (Presidente), Aldo Luiz Mendes, Altamir Lopes, Anthero de Moraes Meirelles, Luiz Awazu Pereira da Silva, Luiz Edson Feltrim, Otávio Ribeiro Damaso e Sidnei Corrêa Marques. Vale ressaltar que o Diretor de Assuntos Internacionais, Tony Volton, absteve-se de votar. Foi a primeira vez que um integrante do Copom não votou. Fonte: Banco Central 4

Operações de crédito do sistema financeiro desaceleram O saldo total das operações de crédito do Sistema Financeiro Nacional seguiu mostrando arrefecimento ao atingir 54,5% do PIB, com aproximadamente 53% do total do saldo destinado a atividades econômicas. A carteira com recursos direcionados totalizou 26,4% do PIB e 48,5% do total de operações do SFN. A taxa de inadimplência do Sistema Financeiro alcançou 2,9%. Em junho, o saldo total das operações de crédito do Sistema Financeiro Nacional (SFN) seguiu mostrando arrefecimento ao atingir R$ 3.102 bilhões (54,5% do PIB). O valor representa, em termos nominais, um avanço de 0,6% em relação a maio e de 9,6% quando comparado a igual mês do ano anterior. Do total, 52,8% corresponde ao saldo de crédito destinado a pessoas jurídicas e 47,2% a pessoas físicas. Ainda, R$ 1.637 bilhões (ou 53% do total) do saldo é destinado a atividades econômicas, divididos da seguinte forma: 1,5% à agricultura, 45,8% à indústria, 50,5% ao setor de serviços e 2,2% a outros setores. A taxa de inadimplência (atrasos superiores a 90 dias) do Sistema Financeiro permaneceu estável em relação tanto ao mês anterior quanto ao mesmo mês de 2014, em 2,9%. Instituições financeiras públicas As operações de crédito de instituições financeiras públicas alcançaram R$ 1.705,4 bilhões (55% do total de operações do SFN), crescimento de 0,7% no mês. A inadimplência das instituições sob controle público segue oscilando abaixo da média do Sistema Financeiro Nacional, alcançando 2,3% no mês. Fonte: Banco Central 5

Recursos direcionados A carteira com recursos direcionados, que engloba as operações do BNDES, os financiamentos imobiliários, o crédito rural e recursos ao microcrédito, entre outros, manteve desempenho significativo, chegando a R$ 1.504,2 bilhões (26,4% do PIB e 48,5% do total de operações do SFN). O crescimento de 0,4% no mês quando comparado a maio (alta de 15,6% em relação a junho de 2014) foi impulsionado, principalmente, pelo crédito imobiliário que totalizou R$ 540 bilhões (9,5% do PIB, com avanços de 1,1% e 22,02% respectivamente), e pelo saldo com recursos do BNDES, que atingiu R$ 654 bilhões (11,6% do PIB e recuo de 0,1%, na comparação com maio, e crescimento de 14,1%, em relação a junho de 2014). O crédito rural, por sua vez, alcançou R$ 221,4 bilhões (3,9% do PIB, com recuo de 0,1% na margem e alta interanual de 6,5%) e o microcrédito totalizou R$ 4,9 bilhões (0,1% do PIB, caindo 0,6% e 9,7% respectivamente). Saldo de Operações de crédito Regional Em termos regionais, o saldo de crédito com operações dos clientes com endividamento total superior a R$ 1 mil, pouco mudou em termos de concentração. A maior parcela destina-se ao Sudeste, seguido do Sul, Nordeste, Centro-Oeste e por fim, Norte. De uma forma geral, em 2015, a taxa de crescimento do estoque de crédito na economia registrou desaceleração, em linha com a queda no ritmo de atividade econômica, afetando, especialmente, o crédito com recursos livres. O crédito direcionado, por sua vez, continua crescendo, mas em ritmo cada vez menor. Fonte: Banco Central 6

Setor público tem déficit de R$ 9,3 bilhões em maio O setor público consolidado registrou déficit primário de R$ 9,3 bilhões em junho, acumulando saldo positivo no ano de R$ 16,2 bilhões (contra R$ 29,4 bilhões no mesmo período de 2014). No fluxo de doze meses, registrou-se déficit primário de R$ 45,7 bilhões (0,80% do PIB), ante saldo negativo de R$ 38,5 bilhões (0,7% do PIB) em maio. Por sua vez, os juros nominais totalizaram R$ 26,9 bilhões em junho, acumulando no ano gastos de R$ 225,9 bilhões e em doze meses R$ 417,0 bilhões (7,32% do PIB, elevando-se 0,10 p.p. do PIB em relação ao observado em maio). Ainda, o resultado nominal, que inclui o resultado primário e os juros nominais, foi deficitário em R$ 36,3 bilhões no mês. No primeiro semestre de 2015, o déficit nominal soma R$ 209,6 bilhões e no acumulado em doze meses o resultado nominal deficitário alcançou R$ 462,7 bilhões (8,12% do PIB). A dívida líquida do setor público alcançou 34,5% do PIB, elevando-se 0,9 p.p. do PIB em relação ao mês anterior. A valorização cambial de 2,4% registrada no mês respondeu por elevação de R$ 23,7 bilhões no estoque da dívida. A Dívida Bruta do Governo Geral (Governo Federal, INSS, governos estaduais e governos municipais) totalizou R$ 3.588,4 bilhões (63,0% do PIB), elevando-se 0,5 p.p. do PIB em relação ao mês anterior. O Resultado Primário do Governo Central (RPGC) registrou, em junho, déficit de R$ 8,2 bilhões, frente a saldo negativo de R$ 1,9 bilhão em junho de 2014. Trata-se do pior resultado para meses de junho desde 1997. Do total, o Tesouro Nacional registrou déficit de R$ 2,0 bilhões, a previdência social mostrou saldo negativo de R$ 6,3 bilhões e o Banco Central totalizou déficit de R$ 23,9 milhões. O resultado pode ser explicado, em parte, pelo aumento de R$ 2,8 bilhões nas despesas com subsídios e subvenções econômicas, sobretudo devido ao aumento de gastos do PSI em R$ 2,6 bilhões. No acumulado do ano, o déficit é de R$ 1,6 bilhão (ante superávit de R$ 17,4 bilhões no mesmo período de 2014), primeira vez que o Brasil apresenta resultado negativo no primeiro semestre do ano. Do total, o Tesouro Nacional registrou superávit de R$ 32,7 bilhões, a previdência social mostrou déficit de R$ 33,7 bilhões e o Banco Central totalizou resultado negativo de R$ 521,5 milhões. O menor déficit se deve, principalmente, à redução de 3,3% da receita líquida no acumulado do ano, já descontados os efeitos da inflação. A queda é fruto dos efeitos da desaceleração econômica das compensações tributárias e da queda da receita de dividendos e de cota parte de compensações financeiras. É importante destacar o decréscimo real de R$ 5,0 bilhões (1,5%) nas despesas do Tesouro Nacional, que foi mais que compensado pelo aumento real de R$ 7,5 bilhões (3,8%) nas despesas da Previdência Social. Em contrapartida, a despesa total registrou certa estabilidade em relação ao mesmo período do ano passado, já que registrou alta de apenas 0,5%, também em termos reais. No fluxo de 12 meses, o RPGC totalizou déficit de R$ 36,2 bilhões (-0,64% do PIB), contra superávit de R$ 59,8 bilhões (1,1% do PIB) em período homólogo do ano anterior. Fonte: Banco Central e Tesouro Nacional 7

Calendário Mensal - Brasil Agosto Data Indicador Último dado Fonte 03/08 seg Boletim Focus - BCB Balança Comercial Mensal (US$ milhões FOB) 4.527 MDIC 04/08 ter PIM: Produção Física Brasil 0,6 IBGE 06/08 qui PNAD Contínua 8,1 IBGE Ata Copom - BCB 07/08 sex IPCA 0,8 IBGE IGP-DI 0,7 FGV PIM: Produção Industrial Regional - IBGE 10/08 seg Boletim Focus - BCB 11/08 ter Produção Agrícola - IBGE 12/08 qua PMC: Pesquisa Mensal de Comércio -0,9 IBGE 12/08 qui Sondagem da América Latina FGV 17/08 seg Boletim Focus - BCB 19/08/ ter PMS: Pesquisa Mensal de Serviços 1,1 IBGE 20/08 qua PIMES:Pesquisa Industrial Mensal - Emprego e Salário -1,0 IBGE 21/08 qui PME:Pesquisa Mensal de Emprego 6,9 IBGE 24/08 seg Boletim Focus - BCB Mercado Aberto - BCB 25/08 ter Sondagem do Consumidor -2,3 FGV Setor Externo - BCB 26/08 qua Sondagem da Indústria 1,5 FGV Política Monetária - BCB 27/08 qui RPGC - Tesouro 28/08 sex Política Fiscal - BCB Contas Nacionais Trimestrais -0,2 IBGE IGP-M 0,67 FGV Gerência de Estudos Econômicos - Gesec Fernanda Feil Dayane Tavares Telefone: 21-2109-6037/ 2109-6007 E-mail: gesec@abde.org.br Esse boletim é produzido pela Gerência de Estudos Econômicos, da Associação Brasileira de Desenvolvimento (ABDE). As edições passadas estão disponíveis para consulta em www.abde.org.br.