, / títtil %finem! ' PODER JUDICIÁRIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DA PARAÍBA GABINETE DO DES. ANTONIO CARLOS COÊLII0 DA FRANCA ACÓRDÃO Agravo em Execução n. 025.2004.000352-4/002 5' Vara da Comarca de Patos. Relator : O Exmo. Des. Antonio Carlos Coêlho da Franca Agravante : Ivanildo Faustino da Silva Advogado : Taciano Faustino de Freitas Agravado : Justiça Pública AGRAVO CRIMINAL. Execução Penal. Progressão de regime. Não recolhimento ao presídio. Descumprimento das condições impostas /to novo regime. Justificação frágil. Falta grave. Regressão prisional e revogação do Trabalho externo. Súplica pela reconsideração. Não acolhimento. Desprovimento. 411 Restando demonstrado nos autos que o apenado não cumpriu com as condições estabelecidas na concessão do novo regime prisional, tendo em vista o não cumprimento por diversas vezes a Unidade Prisional com justificativa frágil, a regressão do regime para o mais rigoroso é imposição legal, nos termos do art. 118 da LEI'. "Revogar-se-á a autorização do trabalho externo ao preso que vier a praticar fato definido como crime, for punido por falta grave, ou tiver comportamento contrário aos requisitos estabelecidos neste artigo."(art. 37,,5Ç único da LEI'). VISTOS, RELATADOS E DISCUTIDOS os presentes autos em que é Agravante Ivanildo Faustino da Silva e Agravada Justiça Pública; ACORDAàEgrégia Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Estado da Paraíba em, negar provimento ao recurso, em harmonia com o Parecer da Procuradoria da Justiça. Unânime. RELATÓRIO Trata-se de Agravo em Execução interposto por Ivanildo Faustino da Silva, fls.152/156, para ver reformulado as decisões do MM. Juiz de Direito da l a Vara da Comarca de Patos, às fls.142 e 150, que sem qualquer fundamentação regrediu o regime prisional e revogou o trabalho externo. Alega o ora Agravante, que a decisão que regrediu o regime é nula diante da falta de designação de audiência inicial para cumprimento da pena em regime aberto, quando da concessão da progressão prisional, uma vez que não fora certificado das condições de cumprimento do novo regime, e ainda, rebate a ausência de casa de albergado na Comarca. Aduz também, irregularidade quando da revogação do trabalho externo, pugnando no final, que seja acolhido o pleito. 1 da frant2 Des.:Mit 4. e atjall
Em contra-razões, o Ministério Público, às fls. 182/187, requer que seja negado provimento ao recurso, mantendo a sentença na íntegra. O Juiz a quo manteve a Decisão agravada, às fls. 197. A douta Procuradoria de Justiça, em parecer, fls. 200/201, opinou pelo desprovimento do agravo interposto. É o relatório. V O T O: O Exmo. Des. Antonio Carlos Coelho da Franca Cuida-se de incidente na fase executória, visando as modificações das decisões, às fls. 142 e 150, proferidas em primeira instância, que regrediu o regime prisional e revogou a autorização para o trabalho externo. Aduz o Agravante que a decisão da regressão prisional é nula diante da falta de designação de audiência inicial para cumprimento da pena em regime aberto, quando da concessão da progressão do regime, e ainda, que não fora certificado das condições de cumprimento do novo regime, além da ausência de casa de albergado na Comarca. Aduz também, irregularidade quando da revogação do trabalho externo. vejamos. Na hipótese, as súplicas esposadas não merecem prosperar. Senão O Agravante foi condenado perante o Juízo da 5a Vara da Comarca de Patos, a uma pena privativa de liberdade de 05(cinco) anos e 04(quatro) meses de reclusão, e 44(quarenta e quatro) dias-multas em regime semi-aberto, como incurso nas sanções do art. 157, 2, I e II, do CPB. Preenchidos os requisitos legais, o ora Agravante fora beneficiado com a Progressão de Regime. Posteriormente, com o não cumprimento das condições estabelecidas, visto que o apenado por várias vezes não se recolheu no período noturno a Unidade Prisional, em dias reiterados, onde fora dada oportunidade para justificação, às fls. 140, e sendo frágeis as suas argumentações, não foi acolhida e consequentemente, decretada a regressão do regime aberto para o semi-aberto, como se vê ás fls. 142. Senão vejamos: "Infere-se dos autos que o apenado não vem cumprindo as condições estabelecidas para o cumprimento da pena no regime prisional aberto, posto que, por reiterados e seqüentes dias, deixa de se recolher no período noturno á Unidade Prisional local, cometendo assim, falta grave. Insta salientar que a justificativa apresentada não se reveste de plausibilidade, dado que a falta não consistiu em fato isolado, mas sim reiterado, como já destacado." Compulsando os autos, verifica-se que a fundamentação da decisão que regrediu o regime prisional, às fls.142, está bem fundamentada, visto que o apenado não cumprindo com as condições estabelecidas, haja vista ter faltado reiteradamente a Unidade Prisional, no período de recolhimento, e inclusive, tendo a oportunidade para justificar as suas faltas, e não sendo estas convincentes fora regredido o regime. Magistrado, posto que: Deste modo, entendo que agiu com verdadeiro acerto o digno 2 Des.. to'(:1111 VrEIC2
"Art. 118. A execução da pena privativa de liberdade ficará sujeita à forma regressiva, com a transferência para qualquer dos regimes mais rigorosos, quando o condenado: - praticar fato definido como crime doloso ou falta grave:" (grifei). Neste sentido, colhe -se: TJMG: Execução Penal - Regressão de Regime - Réu que não cumpriu as condições do regime semi-aberto - Faltas injustificadas - Possibilidade de regressão para o regime fechado - Inteligência do art. 118, da LEP - Decisão mantida" (Agravo n" 000.310.921-2/00, Relator: Desembargador: Mercêdo Moreira, 3" Câmara Criminal, julgado aos 15/04/2003).. Aduz ainda o Agravante, que houve irregularidade, na decisão que concedeu a progressão do regime diante da ausência de designação de audiência para cumprimento da pena em regime aberto. Não há como prosperar a argumentação. IMO Como visto o apenado, foi beneficiado com a progressão do regime aberto, e vinha cumprindo as condições impostas, demonstrando no início senso de responsabilidade e disciplina necessária, sendo no caso desnecessário a audiência para explicitação das condições para início do cumprimento, já que o mesmo fora devidamente intimado da progressão, atendendo o que dispõe o art. 113 da Lei da Execução Penal: "o ingresso do condenado em regime aberto supõe a aceitação de seu programa e das condições impostas pelo juiz." Desta forma somente agora, pelo fato de ter descumprido as condições do novo regime, é que vem alegar irregularidade na progressão prisional, com o objetivo de ser beneficiado, não assistindo razão ao ora Agravante. Aduz também, irregularidade quando da revogação do trabalho externo. Mais uma vez não há como acolher a súplica do Agravante. Analisando os autos, verifica-se que mediante a decisão da regressão do regime prisional a Magistrada, às fls. 150, revogou a autorização para o trabalho externo, tendo em vista a imposição legal disposta no art. 37, único, da LEP, uma vez que o apenado diante do descumprimento das condições estabelecidas não demonstrou ser detentor de disciplina e responsabilidade para continuar exercendo o trabalho externo. Vejamos: Art. 37 Parágrafo único. "Revogar-se-á a autorização do trabalho externo ao preso que vier a praticar fato definido como crime, for punido por falta grave, ou tiver comportamento contrário aos requisitos estabelecidos neste artigo." Finalmente, com relação à inexistência de casa de Albergado na referida Comarca de Patos, não merece prosperar a súplica do apenado, tendo em vista que a referida alegação não fora objeto da decisão atacada. Ademais, pelas razõjlacima expostas o apenado, 3 Des.ántui n Otfa Vnlic2
demonstrou não ter senso de disciplina e responsabilidade, no regime aberto, uma vez que deixou de cumprir as condições impostas. Diante o exposto, em consonância com o parecer da Procuradoria da Justiça, nego provimento ao presente agravo em execução. É como voto. Presidiu o julgamento, o Exm.. Des. Leôncio Teixeira Câmara. Participou do julgamento, além do relator, Exmo. Sr. Des. Antonio Carlos Coelho da Franca, o Exmo. Des. Leôncio Teixeira Câmara e o Exmo. Dr. Eslu Eloy Filho. Presente o (a) Exm (o)(a). Dr (a).maria Lurdélia Diniz de Albuquerque Melo, Procurador (a) de Justiça. Sala de sessões da Egrégia Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Estado da Paraíba, em João '..e. gillinhuo,* ano de 2007. 0'I fiv~ Des. Antonio Carlos Coêlho da tett RELATOR 11111 4
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