AGÊNCIA NACIONAL D NGIA LÉTRICA ANL RSOLUÇÃO N o, D D D 2004. stabelece os procedmentos para a obtenção da nerga de Referênca das Centras Geradoras de nerga létrca, para fns de partcpação no Programa de Incentvo às Fontes Alternatvas de nerga létrca. O DIRTOR-GAL DA AGÊNCIA NACIONAL D NGIA LÉTRICA - ANL, no uso de suas atrbuções regmentas, de acordo com delberação da Dretora, tendo em vsta o dsposto nos ncsos I, IV e V, art. 4 o, Anexo I, do Decreto n o 2.335, de 6 de outubro de 1997, no ncso VI do art. 2 o do Decreto n o 4.541, de 23 de dezembro de 2002, e o que consta no Processo n o 48500.000052/04-32, e consderando que: a energa de referênca é a base dos contratos de compra e venda de energa no âmbto do Programa de Incentvo às Fontes Alternatvas de nerga létrca - PROINFA; cabe à ANL regulamentar a metodologa do cálculo da energa de referênca; e as contrbuções recebdas dos dversos agentes e setores da socedade, por meo da Audênca Públca n o XXX, realzada no período de XXXX a XXXX, permtram o aperfeçoamento deste ato regulamentar, resolve: Art. 1 o stabelecer, na forma desta Resolução, os crtéros para o estabelecmento da energa de referênca das Centras Geradoras de nerga létrca CGs, para fns de partcpação no Programa de Incentvo às Fontes Alternatvas de nerga létrca - PROINFA. Art. 2 o Para os fns e aplcação do dsposto nesta Resolução, consderam-se as seguntes defnções: I - agente responsável: todo aquele detentor de autorzação do poder concedente para produzr energa elétrca no âmbto do PROINFA; central; II carga própra: a parcela da energa elétrca gerada pela CG consumda na própra III energa dsponblzada: toda ou parte da energa efetvamente gerada ou da energa alocada, no caso de PCH partcpante do MR, conforme o dsposto no art. 18 do Decreto n o 4.541, de 2002; e IV energa efetvamente gerada: a energa gerada pela CG descontada da carga própra e das perdas entre o barramento da usna e o centro de gravdade do submercado ao qual o empreendmento venha a se conectar. Art. 3 o A solctação da energa de referênca para uma CG deve ser formalzada pelo agente responsável, que deverá fornecer as seguntes nformações: I - no caso de Pequena Central Hdrelétrca PCH:
a) hstórco das médas mensas de vazão correspondente aos últmos 30 (trnta) anos, devendo este ser concdente, no período correspondente, com o hstórco apresentado no projeto básco, contados retroatvamente a partr do penúltmo ano referente ao ano da data de solctação; b) os valores correspondentes à Taxa quvalente de Indsponbldade Forçada TIF e à Taxa quvalente de Indsponbldade Programada TIP; e c) o valor do rendmento do conjunto turbna-gerador, da queda bruta méda e das perdas hdráulcas. II no caso de Usna oloelétrca U e de Usna Termelétrca - UT a bomassa: a) fator de capacdade bruto FC B, calculado consderando-se 100% de dsponbldade; b) os valores correspondentes à Taxa quvalente de Indsponbldade Forçada TIF e à Taxa quvalente de Indsponbldade Programada TIP; e c) carga própra, apenas no caso de UT a bomassa. Art. 4 o A energa de referênca de cada CG, a ser fxada em resolução específca da ANL, será calculada por ntermédo das seguntes equações: I no caso de PCH: ( 1 TIF ) ( 1 TIP) = ( MW ) 1.000 II no caso de U e UT a bomassa: ( 1 TIF ) ( 1 TIP) FC B P 1.000 Sendo: = ( MW ) n n = = ( ) 1 kw = Q ρ P ( kw ) kw s ρ = 9, 81 ( Hb h) ηtg 3 m energa de referênca da CG; - valor esperado da produção com dsponbldade total; - capacdade de produção da PCH consderando-se a vazão Q ntegrante do hstórco Q das médas mensas de vazão, conforme o estabelecdo na alínea a do ncso I do art. 3 o ;
Q m 3 - vazão méda do mês ; s ρ - produtbldade méda da PCH; Hb (m) - altura de queda bruta; h (m) - altura correspondente às perdas hdráulcas; η TG - rendmento do conjunto turbna-gerador; TIF Taxa quvalente de Indsponbldade Forçada; TIP Taxa quvalente de Indsponbldade Programada; FC B fator de capacdade bruto, calculado consderando-se 100% de dsponbldade; e P - potênca nstalada da CG. 1 o No caso de UT o valor calculado na forma do ncso II deste artgo será subtraído do valor correspondente à carga própra da nstalação. 2 o No caso de CG que dsponblze para o PROINFA apenas uma parcela da respectva capacdade nstalada, a energa de referênca será calculada multplcando-se o valor obtdo das equações constantes nos ncsos I e II consderando-se a potênca nstalada total, pelo fator de partcpação k, que deve ser assm obtdo: I no caso de PCH: k = tot tot nd II no caso de U e UT: k = P dsp P Sendo: da CG; tot a energa de referênca calculada levando-se em consderação a potênca nstalada total nd - a energa de referênca calculada levando-se em consderação a potênca nstalada da CG correspondente à parcela não dsponblzada ao PROINFA; P dsp potênca nstalada da parcela dsponblzada ao PROINFA; e P potênca nstalada total da CG.
3 o No caso de CGs cuja energa gerada é produto da utlzação de duas ou mas fontes contempladas pelo PROINFA, o cálculo da energa de referênca será a soma das energas de referênca obtdas para cada conjunto de undades geradoras dscrmnado por fonte. Art. 5 o A revsão da energa de referênca ocorrerá no 5 o (qunto), 10 o (décmo) e 15 o (décmo qunto) anos, referentes à data de níco da operação da CG segundo a segunte metodologa: I no caso de PCH, a energa de referênca revsada será calculada conforme o dsposto no ncso I do art. 4 o, levando-se em consderação os valores de TIF e TIP verfcados nos últmos 5 (cnco) anos; e II no caso de U e UT, a energa de referênca revsada será calculada pela méda artmétca dos valores mensas de energa dsponblzada ao PROINFA nos últmos 5 (cnco), 10 (dez) e 15 (qunze) anos, conforme o caso. 1 o A energa de referênca revsada será publcada no Dáro Ofcal da Unão D.O.U. até 30 (trnta) das antes da data correspondente ao níco da operação, passando a vgorar a partr desta data. 2 o Os agentes responsáves devem nformar ao Operador Naconal do Sstema ONS, até o 5 o (qunto) da útl do mês subseqüente ao mês de referênca, os valores mensas correspondentes aos parâmetros necessáros para o cálculo da TIF e da TIP, que estarão sujetos à fscalzação da ANL. 3 o O hstórco das quantdades mensas de energa dsponblzada pela CG para o PROINFA e o hstórco dos valores mensas dos parâmetros necessáros para o cálculo da TIF e da TIP devem conter os valores obtdos até o últmo da do 6 o (sexto) mês anteror ao mês referente à data do níco de operação. 4 o O ONS, o Mercado Atacadsta de nerga létrca - MA e o agente responsável deverão nformar à ANL até o últmo da do 5 o (qunto) mês anteror ao mês referente à data do níco de operação, respectvamente, os valores referentes à TIF e TIP, o valor referente à méda da energa dsponblzada para o PROINFA e o hstórco de vazões, dados estes necessáros para a revsão da energa de referênca, conforme o dsposto nos ncsos I e II deste artgo. Art. 6 o Para a contablzação da energa efetvamente gerada, a medção da CG partcpante do PROINFA, nclusve daquela que dsponblzar somente parte de sua produção, deve ser responsabldade da Câmara de Comercalzação de nerga létrca - CC, sendo que o respectvo sstema de medção deve observar o dsposto no Módulo 12 dos Procedmentos de Rede. 1 o No caso de CG cuja energa gerada é produto da utlzação de duas ou mas fontes contempladas pelo PROINFA, com valores econômcos dstntos, a medção da energa gerada deve ser ndvdualzada por conjunto de undades geradoras dscrmnado por fonte. 2 o A energa dsponblzada ao PROINFA deverá ser obtda multplcando-se o valor dsponblzado pelo total da capacdade nstalada pelo fator de partcpação k, obtdo segundo as equações constantes nos ncsos I e II do art. 4 o, sendo k=1 no caso de CG que dsponblze toda a capacdade nstalada. Art. 7 o Para cada U e PCH ntegrante do PROINFA devem ser armazenados os dados referentes à dsponbldade do recurso energétco.
1 o No caso de U, o agente responsável deve manter armazenados os dados horáros, já devdamente consstdos, de velocdade e dreção de vento, não sendo admtdas, para cada cclo de 12 (doze) meses, ausênca de dados superor a 72 (setenta e duas) horas consecutvas, e 2.160 (dos ml cento e sessenta) horas totas, consderando todo o período de contrato. 2 o No caso de PCH, o agente deve manter armazenados os dados de vazão obtdos conforme o dsposto na Resolução ANL n o 396, de 4 de dezembro de 1998. 3 o Os dados exgdos conforme o dsposto neste artgo deverão estar à dsposção da ANL e da LTROBRÁS, sempre que solctados pelas mesmas. Art. 8 o sta Resolução entra em vgor na data de sua publcação. JOSÉ MÁRIO MIRANDA ABDO