AS VIAGENS PELO ESPAÇO.



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Transcrição:

RELATÓRIO DE GRUPO 2º Semestre/2015 Turma: Maternal/Jardim Tarde Professora: Jéssica Oliveira Professora auxiliar: Elizabeth Fontes Coordenação pedagógica: Lucy Ramos Torres AS VIAGENS PELO ESPAÇO. As férias acabaram e voltar para escola e reencontrar os amigos sem dúvidas é uma delícia, para juntos podermos brincar, explorar e nos divertir muito aprendendo. A turma do jardim cresceu, não só de tamanho, mas em número de crianças também. Novidade é sempre bom, foi o que esses pequenos falantes e curiosos chegaram logo no primeiro dia de aula contando sobre as férias. Cheios de saudades não demoraram muito para começar a brincadeira. Uma característica forte deste grupo é a união entre todos, a maneira como se gostam e as relações de vínculos que estabelecem entre si. Desta forma não

demorou muito para que o grupo acolhesse os novos amigos e fazendo com que eles se sentissem acolhidos. Durante o semestre as crianças aprenderam muito umas com as outras, principalmente a respeitar as diferenças, o que fez com que os vínculos de amizade se fortalecessem tornando a turma muito amiga, unida, solidária e com características muito especiais. Segundo GUSSO e SCHUARTZ (2005) A experiência com o outro de alguma forma influencia diretamente vida da criança. Ao interagir com o meio, a criança torna-se um ser ativo, que constrói estruturas mentais, explora o ambiente, tem autonomia própria, e é capaz de superar desafios para conquistar seu espaço. (GUSSO e SCHUARTZ, 2005, p. 238) O tempo foi passando muito rápido e em meio às brincadeiras e curiosidade que os pequenos demostravam sobre o Saci (personagem que estudamos no semestre passado) o projeto foi ganhando continuidade. É muito bom perceber o envolvimento das crianças com um projeto que para eles foi significativo, onde através do brincar também aprendem. Logo na volta às aulas as crianças perguntavam sobre o Saci e contavam também às traquinagens que ele fez durante as férias.

22/AGOSTO Culinária de tapioca em comemoração ao dia do Folclore. Toda essa curiosidade e imaginação com um olhar aguçado os pequenos encontrou um livro na estante da biblioteca em uma visita habitual. O livro sem muitas figuras e pouco apropriado para a faixa etária tinha na capa uma ilustração do Saci, Narizinho e Pedrinho do Sítio do Pica pau amarelo viajando em um cometa. O livro foi levado para sala e a curiosidade agora era a espaço, e o projeto da turma tinha mudado seu caminho. Segundo Derdyk (2003), A criança é um ser em contínuo movimento. Este estado de eterna transformação física, perceptiva, psíquica, emocional e cognitiva promove na criança um espírito curioso, atento, experimental. Seu olhar aventureiro espreita o mundo a ser conquistado. Vive em estado de encantamento diante dos objetos, das pessoas e das situações que a rodeiam. (DERDYK, 2003, p. 10) O interesse das crianças aumentava a cada dia e então decidimos viajar com o Saci através do pó de pirlimpimpim bem fininho e que brilhava bastante. Nesta viajem descobrimos planetas, cometas, estrelas, foguetes e astronautas. Começamos a pesquisar sobre o espaço e seus encantos, as crianças trouxeram livros e imagens de casa para socializar com os amigos na roda e até uma luneta para observar o céu, e juntos descobrirmos mais sobre o assunto.

Desde então não paramos mais, era planeta feito de massinha e desenho de estrelas com canetinha nas atividades. Então construímos nosso primeiro planetário com o nosso jeitinho, nele colocamos tudo que queríamos, cola colorida, tinta, glitter e lantejoulas, que ficou ainda mais bonito embaixo de um guarda chuva estrelado. Foi muito divertido poder entrar no planetário e carrega-lo por ai, mas queríamos viajar como astronautas entre os planetas. Foi quando conhecemos o livro: O pequeno planeta perdido de Ziraldo, escritor que cativou as crianças com sua linguagem divertida.

A leitura deste livro nos fez querer muito virar astronautas, e motivados por essa vontade começamos a construir um espaço sideral na sala, com recortes de pesquisas, foguetes, o pequeno planeta perdido da história, astronautas e estrelas, muitas estrelas. Que foram pintadas da mesma forma que o artista Jackson Pollock pintava seus quadros, por que achamos que suas obras de artes pareciam com o espaço da nossa imaginação: colorido, de muitas estrelas bem coloridas e também com a capa do livro O pequeno planeta perdido. Pesquisamos um pouco sobre seu estilo de pintar e até assistimos vídeos para aprender as técnicas. De acordo com ARIOSI (2012) A criança dessa faixa etária é vibrante, alegre e espontânea, além de muito curiosa. (ARIOSI, 2012, p. 130)

Envolvidos com o projeto foram desenvolvidas diferentes atividades respeitando a faixa etária da turma, sempre em ambientes ou condições convidativas e prazerosas, oferecendo oportunidades onde as crianças possam de forma espontânea criar livremente, explorar diferentes materiais, texturas e possibilidades. Levando muito em consideração a idade e necessidade das crianças é muito importante que sejam oferecidas propostas de atividades que diversifiquem as possibilidades de brincar, explorar e sentir, pois contribuem com o desenvolvimento motor da criança.

Segundo ARIOSI (2012), As experiências sensoriais e motoras (concretas) são o alicerce para aprendizagens mais abstratas e subjetivas. O desenvolvimento da criança acontece, por equilibrações majorantes, ou seja, a cada nova aquisição cognitiva, a criança incorpora às estruturas já existentes novos esquemas, sempre no sentido da ampliação dos conhecimentos, porém, marcada por conflitos cognitivos que desencadeiam o processo de aquisição de novas aprendizagens. (ARIOSI, 2012, p. 131)

Depois do livro O pequeno planeta perdido, descobrimos outro livro do Ziraldo: O planeta lilás, que deixou nossas pinturas ainda mais coloridas e nos fez perceber que os nossos planetas podem ser como a gente quiser, da cor que a gente quiser. E então cada criança se sentiu livre para pintar e colorir seu planeta livremente, a final o pequeno planeta perdido é uma laranja e o planta lilás uma gota de tinta. Segundo Silva (2011), é importante o desenvolvimento de ações onde as atividades direcionadas e brincadeiras propostas sejam no espaço escolar um instrumento em que as crianças possam se expressar e se comunicar. De acordo com as ideias de Silva (2002), não se pode atentar somente para o produto final, ou seja, o desenho já pronto é importante para a criança todo o processo de criação, todas as ações e acontecimentos capazes de acontecer durante o desenho. As crianças durante a realização da atividade gráfica interagem com os materiais, imaginam e criam situações de jogos simbólicos.

Foram realizadas experimentações com diferentes materiais e técnicas como: pintura com diferentes tintas, massinhas, canetinhas, texturas, pinceis grossos e finos, papeis com diferentes tamanhos, pinturas em diferentes posições sempre com novas possibilidades, tornando os momentos significativos, onde cada crianças tivesse a oportunidade de vivenciar, se sujar, sentir e explorar do seu jeito, com a sua individualidade, para Derdyk (2003) existem varias formas de atividades onde o desenho pode se manifestar, com a possibilidade de vários caminhos o desenho não possui uma única definição, não é somente o manejo do lápis sobre uma superfície, mas carregado de significados é um meio de conhecimento, expressão e comunicação. A turma cada dia que passava demostrava mais interesse pelo mundo espacial e seus mistérios para desvendar, a vontade de viajar pelo espaço e encontrar vários planetas perdidos só aumentava e então começamos a construir um foguete de verdade, bem grande e cheio de botões para apertar, onde caberia toda a turma e mais duas professoras. Essa ideia deixou algumas crianças com um pouquinho de medo, achando que seria uma viajem longa e sem volta como no caso do astronauta do livro O pequeno planeta perdido, mas depois do foguete pronto ninguém resistiu e foram logo brincar. Segundo o RCNEI (1998) as possibilidades de brincar devem ser diversificadas com materiais, espaços e possibilidades, a fim de desenvolver movimentos e experiências corporais brincar. [...] as instituições de educação infantil devem favorecer um ambiente físico e social onde as crianças se sintam protegidas e acolhidas, e ao mesmo tempo seguras para se arriscar e vencer desafios. Quanto mais rico e desafiador for esse ambiente, mais ele lhes possibilitará a ampliação de conhecimentos acerca de si mesmas, dos outros e do meio em que vivem. (RCNEI, 1998, p. 15).

A turma trabalhou apoiando-se em recursos pedagógicos como: jogos, cartazes, brinquedos e livros de acordo com os conteúdos programáticos previstos, respeitando a faixa etária das crianças e o ritmo individual de cada um, como a oralidade, coordenação motora fina e grossa, jogo simbólico, noções espaciais e temporais, seriação e socialização. Neste semestre os mementos da roda cantada foram muito mais especiais para a turma. Uma música que já conhecíamos se tornou inspiração e fundo para nossas produções, pois tinha muita relação com o nosso projeto. Esse é o momento onde também cantamos músicas populares infantis com o apoio dos fantoches, com esse exercício de cantar as crianças desenvolvem a memória e trabalham com a associação das figuras, segundo Diniz e Bem (2006) a música faz parte do trabalho pedagógico na educação infantil, ajuda a acalmar e tranquilizar as crianças, além de integrar os sentimentos como parte do trabalho pedagógico, já Beyer (2006 apud DINIZ; BEN, 2006, p. 5), acredita que a música é também uma forma de organizar as crianças, é uma estratégia dentro da rotina, para fazer as transições entre as atividades. Foguete O foguete vai subindo vai Vai levando o astronauta vai Ai que beleza lá em cima deve ser Astronauta me leve com você Quero ver bem de pertinho O céu azul da imensidão Quero que uma estrelinha Caia aqui na minha mão 1... 2... 3... tchau foguetinho!!

Com a ajuda do nosso professor Saulo de música que ficou muito empolgado e quis viajar com a gente de foguete, conseguimos criar um ritmo muito legal para a música que o astronauta do pequeno planeta perdido canta para sua amada Rosa. O pequeno planeta perdido Tão só, tão só Sem ninguém... Quem parte Leva saudade De alguém. Rosa, morena Rosa Com essa rosa no cabelo E esse andar tão prosa. E também aprendemos outras músicas também. Balão azul Pegar carona nesta calda de cometa Ver a via láctea Estrada tão bonita Brincar de esconde-esconde Numa nebulosa Voltar pra casa Nosso lindo balão azul. Um dos momentos mais importante e significativo para o grupo como um todo é o momento da roda diária. Essa é uma atividade coordenada pela professora onde nos organizamos nosso dia e as crianças se situam sobre os acontecimentos diários fazendo a leitura da sequencia das plaquinhas com fotos do grupo em momentos da própria rotina, momento importante também para seguimento do projeto, todo dia uma leitura é realizada, um brinquedo ou jogo é apresentado envolvendo a turma, e crianças podem opinar e expor pensamentos e ideias que muitas vezes contribuem com o desenvolvimento do projeto, para Derdyk (2003), Os educadores são os porta-vozes de uma visão de mundo, transmissores de comportamentos, interferindo direta e ativamente na construção de seres individuais e sociais. (DERDYK, 2003, p. 15) E foi em um destes momentos de roda onde estávamos socializando livros sobre planetas que apareceu a figura de um extraterrestre, que chamou a atenção de todos nós e desde esse momento começamos a pesquisar sobre o tema e nós interessar cada vez mais.

Começamos a imaginar como são os Et s, de onde eles vêm e se poderíamos encontrar algum durante nossos passeios de foguete. Fizemos máscaras e nossa imaginação nós fez brincar muito de exploradores do espaço em busca de Et s. E foi nesta brincadeira que surgiu a ideia do nome Turma do espaço e como seria legal termos uma camiseta igual para fazermos nossas aventuras espaciais, e lá fomos nós mais uma vez pintar com a técnica do Pollock e criar nosso traje espacial. A brincadeira dentro do foguete em meio às estrelas e planetas continuava, até que um dia pousamos na varanda da escola e encontramos uma carta enviada por Et s. Essa carta era bem engraçada e continha pistas que nós levaram até a biblioteca onde encontramos um livro que explicava tudo sobre os Et s: Quem tem medo de extraterrestres de Fanny Joly e Jean-Noel Rochut. Depois de lermos o livro, quando já estávamos indo embora encontramos três extraterrestres muito fofos e resolvemos leva-los para sala.

A diversão foi garantida com os três Et s não só na sala, mas em casa também. Todas as crianças puderam levar os Et s para conhecer sua casa e contar as aventuras para todo mundo. Junto com os Et s as crianças também levavam o livro e materiais para fazer um registro da visita dos Et s que depois foi socializada em roda com os amigos. As crianças se sentiram muito orgulhosas em levar algo da turma para casa, mostrar seu trabalho e depois socializar a atividade em roda, criando assim um vinculo maior ainda entre escola e família. A turma do espaço neste ano viajou pra muito longe em busca de aventuras espaciais ao lado dos amigos extraterrestres. Os planetas, estrelas e foguetes coloriram o nosso imenso céu, que despertou nossa imaginação para brincadeiras, descobertas e momentos significativos que fizeram nossa alegria ao lado dos nossos amigos. O tempo passou muito rápido mais tenho certeza que as vivências te tivemos ao longo do ano vão para sempre estar dentro de cada um todos nós. Que a turma do espaço continue crescendo sempre imaginando e sonhando alto para além das nuvens.

REFERÊNCIAS ARIOSI, Cinthia Magda Fernandes. O ensino de artes para crianças de creches: experiências sensíveis, sensoriais e criativas. 2012 Disponível em: http://dx.doi.org/10.7867/1809-0354.2014v9n1p127-154 Acessado em: 20 de novembro de 2015 BRASIL. MEC SEF. Referencial Curricular Nacional para Educação Infantil: conhecimento de mundo. Volume 3, 1998. DERDYK. Edith. Formas de pensar o desenho: desenvolvimento do grafismo infantil. São Paulo: Scipione, 2003. DINIZ. Lélia Negrini & BEN. Luciana Del. Música na educação infantil: um mapeamento das práticas e necessidades de professoras da rede municipal de ensino de Porto Alegre. In: Revista da ABEM, Porto Alegre, V. 15, 27-37, set. 2006. Acessado em: 21 de novembro de 2015. GUSSO. Sandra de Fátima Kruger & SCHUARTZ. Maria Antonia. A criança e o lúdico: a importância do brincar. Disponível em: http://www.pucpr.br/eventos/educere/educere2005/anaisevento/documentos/com/tcc I057.pdf Acessado em: 20 de novembro de 2015. ROCHA. Ruth. Meu pequeno dinossauro. Ilustrações de: Alberto Llinhares. São Paulo: Melhoramentos. 3ª ed. SANTOS, Dilaina Paula dos. Psicopedagogia dos fantoches: jogo de imaginar, construir e narrar. São Paulo: Vetor, 2006. SILVA. Silvia Maria Cintra da. A constituição social do desenho da criança. São Paulo: Mercado de Letras, 2002. SILVA. Monalisa Hipoli. Desenho na educação infantil. Barretos, 2011. Disponível em: http://bdm.bce.unb.br/bitstream/10483/4467/1/2011_monalisahipolitisilva.pdf Acessado em: 22 de novembro de 2015.