RAFAEL FERREIRA DA SILVA. Ciclo VI (quinta-feira noite) Reflexões sobre os ritos e atos obsessivos

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1 RAFAEL FERREIRA DA SILVA Ciclo VI (quinta-feira noite) Reflexões sobre os ritos e atos obsessivos CENTRO DE ESTUDOS PSICANALÍTICOS São Paulo 2015

2 2 Os rituais para os seres humanos fazem parte de sua história particular e também em sociedade, assim como os rituais religiosos e as burocracias sem fim fazem parte de rituais socialmente estabelecidos. Os ritos elaborados de forma interminável nas visitas aos cemitérios e os ritos na liturgia das igrejas dão mostras da necessidade do ser humano de viver e reviver determinados atos. O que quero tratar aqui são algumas características dos rituais compulsivos patológicos e também alguns atos que não são propriamente prejudiciais. As características dos rituais considerados patológicos são quando tais rituais de natureza compulsiva trazem sofrimento e prejuízos significativos para a vida do paciente. Mas será só isso? O fato de um paciente buscar ajuda para se livrar de rituais que se tornam obsessivos a ponto de o prejudicarem, mostra uma perda de controle sobre os mesmos, visto que os rituais teriam como principal função manter o controle sobre alguns pensamentos ou desejos considerados inaceitáveis. Essa perda de controle se torna ainda mais grave e penosa para o obsessivo, pois seus sintomas que eram para manter tal controle se tornam a causa de seu descontrole. Os pensamentos obsessivos se caracterizam por dúvidas e pela ruminação de ideias. Quando o ritual não é realizado, emerge a culpa, e esta é o motor que move a realização das compulsões, já o combustível é algo mais complexo. A fantasia que se apresenta para manter esses atos são supostos cuidados que o paciente vive para com pessoas queridas, e nestas fantasias a pessoa que é alvo desses cuidados sempre sofrerá algum dano ou morte caso o paciente não realize tais atos. Forma-se um círculo vicioso, o sentimento de culpa aparece quando a compulsão não é realizada e por sua vez ao aparecer este

3 3 sentimento de culpa a compulsão se realiza. Vale lembrar que nem sempre esse sentimento de culpa é consciente. Os atos compulsivos vistos de fora são movimentos considerados insignificantes e desnecessários, como por exemplo, verificar se portas, janelas, panelas e tantas outras coisas mais estão fechadas, e isso ocorre por diversas vezes. As verificações são constantes. Se os travesseiros não estiverem de determinado ângulo, não se pode dormir em paz, pois o sentimento de catástrofe é iminente. Em alguns casos não há uma fantasia clara, apenas o sentimento de que algo ruim pode acontecer caso não se realize os rituais. O ritual obsessivo então é como um ponto de apoio que visa manter seu mundo psíquico minimamente estruturado, mesmo que a duras penas. Cabe aqui dizer que quando os rituais não trazem prejuízo significativo acabam por ser usados como reguladores ou estruturadores do obsessivo. Segundo Lacan,...quando se retira dos neuróticos obsessivos sua obsessão, falta-lhes um ponto de apoio. (seminário V, capítulo XXII, pag. 408). Mas a quem se reporta o obsessivo? Quem será o carrasco caso ele não efetue seus atos obrigatórios de proteção a outro e a si mesmo? Me faz pensar em uma relação de três pessoas: a primeira é o paciente com seus atos compulsivos obsessivos de proteção; a segunda pessoa é aquela a quem se dirige os cuidados e que algo pode acontecer a ela caso se falhe nas obrigações do obsessivo; a terceira pessoa é aquela que irá executar a desgraça na segunda pessoa, ou livrá-la, caso as regras sejam seguidas. Esse pensamento levanta outro problema: que regras são essas e quem as criou? Do ponto de vista da segunda tópica do aparelho psíquico, nestes casos o ego

4 4 seria massacrado pelo superego de forma cruel. Este superego cruel seria o grande carrasco, fruto de inúmeras introjeções sádicas, sendo esse sadismo voltado contra a satisfação dos desejos proibidos do sujeito, desejos esses provindos do complexo de édipo. Os afetos são deslocados para outros conjuntos de ideias, e a ideia original é isolada podendo permanecer consciente, mas sem a carga de energia que lhe dava importância. Ao emergir na consciência a ideia ou desejo inaceitável, as compulsões aparecem então para anular tais pensamentos. Sendo assim, o superego dita as regras com uma lei terrível e tendo por consequência um sentimento de culpa que exerce forte influência no sujeito. Culpa pelo desejo que não deveria ter aparecido. Tal desejo é um desejo de morte, justamente a morte daquela pessoa amada a quem o sujeito com tanto dispêndio de energia executa suas compulsões a fim de protege-la. Do ponto de vista pulsional, existe uma forte ambivalência. Para ilustrar, trago uma vinheta de um caso clínico: Ralf, adolescente de 15 anos, judeu, apresenta pensamentos obsessivos de agressão aos pais, principalmente à mãe, além também de pensamentos sobre a morte destes. Relata algumas vezes ao ver a mãe deitada na cama ser invadido por pensamentos e fantasias onde a esfaqueia. Como defesa contra estes pensamentos, Ralf fere o lóbulo da própria orelha esquerda com objetos pontiagudos ou com a própria unha, até que comece a sangrar, e nestas circunstâncias passa momentos de confusão mental e agitação psicomotora. Se acalma apenas quando coloca um curativo na orelha. Em suas paqueras, sempre está interessado em duas meninas, não conseguindo se decidir com qual delas quer ficar ou simplesmente se declarar apaixonado. Vive em volta a inúmeras dúvidas referentes a questão da morte, crenças religiosas e dúvidas

5 5 científicas em várias matérias na escola, principalmente em física, química e biologia. Ralf ao se deparar com seus pensamentos obsessivos tem a necessidade (compulsão) de se ferir até sangrar, pois precisa pagar sangue com sangue, pois em sua fantasia fere de fato a mãe e por isso seu próprio sangue precisa ser derramado como expiação de seu pecado, assim como se faz os sacrifícios de sangue, baseados em sua crença religiosa. Vive atormentado por questões referentes ao amor e ódio, e não escolhe qual menina quer namorar, pois se escolhe uma é por amor, e a rejeitada só o foi por ter sido odiada. Em sua vida psíquica existe uma grande cisão em seus objetos, um mundo onde só podem existir ou o objeto bom ou o mau. Atualmente está trabalhando para integrar melhor e diminuir essa distância tão acentuada de seus objetos internos. No obsessivo, de forma geral, tais compulsões estão intrinsecamente ligadas à sua história pessoal, são simbolizáveis e fazem sentido ao sujeito, quase sempre de forma totalmente inconsciente. Essas características são bastante comuns também dentro da religião, onde os rituais são o veículo de estruturação da fé. É o que mantém o grupo de fiéis coeso, e com promessas de salvação para os que cumprem tais serviços e promessas. Os que não cumprem, recebem a promessa da condenação eterna. O que difere aqui é o caso da salvação pessoal e por ser um ato social e estabelecido culturalmente. Isso a muito já foi dito por Freud, mas ainda hoje faz muito sentido. Até agora falei sobre as compulsões e ritos patológicos, mas não se pode esquecer dos pequenos atos que tem por função estruturar o sujeito em

6 6 meio a situações que despertam ansiedade. Esses atos são conhecidos popularmente por manias, onde pequenas compulsões aparecem nas mais variadas formas e situações. Pode ser o lado preferido da cama, a sequência de atividades do dia, contar passos e degraus das escadas, etc. Estes atos até certo ponto não são prejudiciais. Em sua maioria passam despercebidos de todos, até mesmo por toda a vida, e não trazem sofrimento à pessoa, apenas um incômodo quando é deixado de ser realizado e muitas vezes com algum esforço da vontade deixam de existir. Sendo assim, por questão de grau, podem ser considerados como algo não patológico. Estariam no grupo das psicopatologias da vida cotidiana.

7 7 BIBLIOGRAFIA CONSULTADA FREUD, S. As Neuropsicoses de defesa (1894), ESB v.iii, Rio de Janeiro: Imago, 2006; FREUD, S. Obsessões e Fobias(1895), ESB, v.iii, Rio de Janeiro: Imago, 2006; FREUD, S. Atos Obsessivos e Práticas Religiosas (1907), ESB, v.ix, Rio de Janeiro: Imago, 2006; FREUD, S. Notas sobre um Caso de Neurose Obsessiva (1909), ESB, v.x, Rio de Janeiro: Imago, REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA LACAN, J. Livro 5. O Seminário. Cap. XXII. Rio de Janeiro: Zahar, 1999.

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