O MAL ESTAR NA CIVILIZAÇÃO. Sigmund Freud

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1 O MAL ESTAR NA CIVILIZAÇÃO Sigmund Freud 1

2 FREUD Em 1930 publicou Des Unbehagen in der Kultur ("Mal estar na Civilização") - Culturas neuróticas - Conceitos de Projeção, Sublimação, Regressão e Transferência. Nesta obra Freud investiga o sofrimento humano e as formas de lidar com ele, Freud identifica o motivo básico da insatisfação humana. 2

3 Para Freud não há a possibilidade de uma sociedade livre, onde os indivíduos sejam plenamente felizes, já que a formação da sociedade pressupõe repressão, introjetando nesses indivíduos uma espécie de policiamento, o superego, que os pune com o sentimento de culpa quando estes buscam satisfazer as suas pulsões, quando buscam a felicidade. Além da própria dinâmica libidinal não permitir uma sociedade sem repressão, já que os indivíduos são dotados de instintos agressivos, e quando libertos destroem a sociedade. 3

4 Nascemos com um programa inviável que é atender aos nossos instintos, mas o mundo não o permite; Freud identifica a dor conforme a sua origem. A originada do corpo, combatida pela química, a originada do desejo insatisfeito e a dor proveniente das nossas relações com os outros, a que mais fere. 4

5 Existem três saídas para a dor: desistir do desejo, usar um prazer substituto ou fugir da frustração. Desistir do desejo é o objetivo da filosofia e de algumas religiões; um prazer substituto podem ser a ciência e as realizações artísticas, o prazer do espírito. Finalmente a fuga da realidade através da loucura, que cria um mundo interior, ou do delírio coletivo representado pela religião, que também cria um outro mundo, ou a fuga através das drogas que embotam nossa capacidade de sentir o sofrimento, tanto físico como espiritual. Segundo Freud, todos nós usamos ao longo de nossa vida, algumas 5 dessas soluções.

6 HOMEM Eros Princípio do prazer Instinto de vida Thânatus Princípio da realidade Instinto de morte interagir na civilização, aproximar os indivíduos, contra a civilização amor agressividade Por encontrar-se alienado ao meio em que pertence, diante das imposições de uma sociedade repressiva, e sem a possibilidade de um ambiente que permita a total liberdade, o ser humano não encontra possibilidades de concretização da felicidade, entendida como a liberação das energias instintivas. 6

7 Freud refere-se à dor basicamente como sentimento moral em vez de física. Freud a explica a dor ou sofrimento enquanto sensação ligada à moralidade e a busca da felicidade, a partir das relações entre os indivíduos, sejam de caráter apenas afetivo ou tomadas por impulsos sexuais. É justamente esse tipo de dor que tem a maior capacidade de ferir e atingir o ego do indivíduo. 7

8 Todas as formas de superar o sofrimento têm graves desvantagens. O amor torna-se dor com a perda do parceiro. A realização artística ou científica depende de talentos individuais. A religião infantiliza o crente. As drogas legais e ilegais cobram seu preço nos efeitos colaterais que geram degradação física. Felicidade, diz ele, é a realização imediata de um impulso instintivo, nada a supera, mas nunca dura. 8

9 AMOR GENITAL RELAÇÕES DE DEPENDÊNCIA / SOFRIMENTO ALTERAÇÕES MENTAIS NA FUNÇÃO DO AMOR DESLOCAMENTO DO OBJETO PARA O AMAR Protegem-se contra a perda do objeto, voltando seu amor, não para objetos isolados, mas para todos os homens, evitam as incertezas e as decepções do amor genital. O desvio de seus objetivos sexuais transforma o instinto num impulso com uma finalidade inibida. AMOR FRATERNO 9

10 O autor cita o amor como uma das formas mais eficientes de realização dos nossos desejos. Encontrar um parceiro pode ser muito eficiente para superar frustrações e atender aos nossos impulsos instintivos básicos. Certas formas de superar o sofrimento seriam procuradas pelas pessoas narcísicas, voltadas para a auto realização, e outras formas seria preferidas pelas pessoas que buscam realização através das suas relações com os outros. Todas as formas de superar o sofrimento têm graves desvantagens. O amor torna-se dor com a perda do parceiro. A realização artística ou científica depende de talentos individuais. 10

11 A religião infantiliza permanentemente o crente. As drogas legais e ilegais cobram seu preço nos efeitos colaterais que geram degradação física. Felicidade, diz ele, é a realização imediata de um impulso instintivo, nada a supera, mas nunca dura. O sentimento de culpa seria o mal-estar da cultura, o preço de vivermos em sociedade, reprimindo a sexualidade e a agressividade. Sob esta ótica, o mal-estar é estrutural, próprio dos processos de organização do psiquismo do homem, do fato de ele existir, de ser, pois ele só pode ser e existir como homem dentro da civilização. 11

12 A existência humana é problematizada por não mais ser natural. Em relação a ela, as leis da natureza são substituídas pelas leis da cultura. Por um lado, a civilização em si, provoca um mal-estar, por outro lado, sem civilização não haveria humanidade, seríamos apenas outros primatas regidos pela natureza. 12

13 Freud diz que na pulsão destrutiva, agressiva, advinda da pulsão de morte, está o maior perigo à civilização. Além da identificação e das relações amorosas, a única forma de contornar, controlar e reprimir a agressividade humana é através do processo de sua internalização. Desta forma, a agressão ao invés de ser dirigida para fora, se volta para dentro de cada um de nós. Isto se dá através da ambivalência do complexo de Édipo reforçada pela pulsão de morte, pelos processos de identificação, responsáveis pela formação do superego, que - entrando em tensão com o ego - estabelece o 13 sentimento de culpa.

14 Se a civilização impõe sacrifícios tão grandes, não apenas à sexualidade do homem, mas também à sua agressividade, podemos compreender melhor porque lhe é difícil ser feliz nessa civilização. (...) O homem civilizado trocou uma parcela de suas possibilidades de felicidade por uma parcela de segurança. 14

15 Atribuía o mal-estar da civilização à hiper repressão de uma sociedade policiada. As pulsões agressivas reprimidas estão escondidas em profundidade, fechando-se antes de subir novamente à superfície no momento de crise. Na visão freudiana, a civilização é somente uma crosta superficial sobre o fundo da barbárie. Quanto mais ela aparece harmoniosa e ordenada, tanto mais ela abriga aquilo que se situa num nível mais profundo, as tensões exasperadas, as ameaças de implosão nervosa. 15

16 A civilização, portanto tem de ser defendida contra o indivíduo. Seus regulamentos, instituições e ordens dirigem-se a essa tarefa. Visam não apenas efetuar uma certa distribuição da riqueza, mas também a manter essa distribuição; na verdade têm de proteger, contra os impulsos hostis dos homens, tudo o que contribui para a conquista da natureza e a produção de riqueza. As criações humanas são facilmente destruídas, e a ciência e a tecnologia, que as construíram, também podem ser utilizadas para a sua aniquilação. 16

17 Quando uma sociedade reprime os desejos inconscientes de tal modo que não possam encontrar meios imaginários e simbólicos de expressão, quando os censura e condena de tal forma que nunca possam manifestar-se, prepara o caminho para duas alternativas igualmente distantes da ética: ou a transgressão violenta de seus valores pelos sujeitos reprimidos ou a resignação passiva de uma coletividade neurótica, que confunde neurose e moralidade. 17

18 Em outras palavras, em lugar de ética há violência: violência da sociedade, que exige dos sujeitos padrões de conduta impossíveis de serem realizados e, violência dos sujeitos contra a sociedade, pois somente transgredindo e desprezando os valores estabelecidos poderão sobreviver. Em suma, sem a repressão do desejo não há sociedade nem ética, mas a excessiva repressão do desejo destruirá, primeiro a ética e, depois, a sociedade. 18

19 A descoberta do valor do trabalho. O outro, como companheiro de trabalho com quem era útil conviver. O hábito de formar famílias. A necessidade de satisfação genital permanente. A fêmea como objeto sexual. A vontade arbitrária do chefe, o pai. A vida comunal, sob a forma de grupos de irmãos. Os preceitos do tabu constituíram o primeiro 'direito' ou 'lei'. 19

20 Concluindo Existe um novo mal-estar, que se situa além daquele da repressão dos instintos, e que se deve aos sucessos da nossa civilização. O desenvolvimento técnico e material produziu um subdesenvolvimento psíquico e moral, o bemestar produziu o mal-estar, sem suprimir as zonas de anomia e de miséria. Qualquer indivíduo traz consigo uma propensão egocêntrica e uma propensão comunitária. Nossa civilização desintegra as comunidades concretas, favorece não somente o individualismo, o que é uma virtude, mas também seus excessos no egocentrismo e no 20 hedonismo.

21 O homem tende a se tornar mais agressivo à medida que seus impulsos são controlados. Para se chegar a essa conclusão, Freud defendia a ideia de contenção da agressividade por meio da diminuição da repressão e fortalecimento dos impulsos sexuais do ser humano. Portanto, mesmo grupos libidinalmente constituídos, fabricam, criam e precisam de inimigos para combater, a fim de exteriorizar suas pulsões agressivas e reforçar "civilizadamente" os laços identificatórios com seus membros. Caso contrário, a violência da tensão interna do grupo, volta-se contra seus próprios elementos. Portanto, mesmo que os inimigos desaparecessem e a humanidade pudesse se reconciliar consigo mesma, a violência agressiva/sexual - Eros e Thânatos - sempre presentes, buscariam um novo lugar de expressão. 21

22 Esta estreita ligação entre Eros e Thânatos, nos leva para longe de qualquer tipo de "otimismo", no sentido de poder se estabelecer uma síntese ou previsibilidade do que "acontece" nas fronteiras entre Eros e Thânatus. Contudo, fica um campo de indeterminação e complexidade, também de negociação. Ainda que os produtos tragam a chancela de um bem-estar-ao-ser-humano aferido por Eros, estes sempre portam o selo da irracionalidade de Thânatos, e o remédio que cura pode ser o remédio que mata. Sempre. 22

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