Sentimento oceânico de união com o Todo

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1 Renato Borges

2 Sentimento oceânico de união com o Todo Freud inicia seu ensaio, O Mal-Estar na Cultura, a partir de uma reflexão sobre o sentimento oceânico de união com o Todo que existe em todo ser humano, segundo crê seu amigo Romain Rolland, com quem Freud manteve uma regular correspondência e onde este tema foi enfocado

3 Sentimento Oceânico Para Rolland a fonte da religião pode remontarse a um sentimento muito particular, ao qual denominou de sentimento oceânico, não vinculado diretamente à fé religiosa. Rolland define este sentimento de estar unido ao Todo, como prova que há uma energia que os sistemas religiosos captam e aproveitam. Porém, para Freud a fonte da religião é outra, trata-se do desamparo infantil e da nostalgia pelo pai.

4 Estado de desamparo infantil É nesse estado de desamparo profundo diz Freud que se remonta a origem da religião e não no sentimento de união com o Todo, como defendia seu amigo Roland. No entanto, Freud chama atenção para este sentimento oceânico como chave para a demarcação do nosso Eu.

5 Desamparo e a angústia da solidão O ser humano tenta fazer de tudo para fugir do desamparo e da angústia da solidão, daí sua necessidade constante de construir e elaborar sistemas religiosos e ideologias salvadoras, como uma Weltanschauung

6 Fuga do desamparo e da angústia da solidão Por isso leva a cabo diversos procedimentos, tais como: distrair-se em alguma atividade, procurar satisfações substitutivas, sublimar a pulsão ou canalizá-la para satisfações artísticas e científicas. ou se narcotizar com drogas, etc., Tudo isso a fim de fugir do desamparo, conquistar a felicidade e afastar o sofrimento.

7 Felicidade versus civilização A resposta de Freud relacionada ao Mal-estar na cultura e a felicidade versus civilização se fez esperar bastante, pois este texto O Mal-Estar na Cultura foi sendo publicado paulatinamente. Somente aparece no penúltimo capítulo e proporciona uma idéia de quais são as armas com que a psicanálise conta para lutar contra esta espécie de inimigo interno, esse cavalo de Tróia que vem com a cultura. Não somente as armas que conta, senão também as que a psicanálise recomenda e as que contraindica

8 A procura da felicidade Os métodos mais comuns que as pessoas, geralmente, usam para fugir do desprazer e conquistar a felicidade são: Meio químico para anular o desprazer: a droga. Evitar o desprazer dominando as necessidades: o yoga, o budismo. Transladar as metas da pulsão, evitando o "não" da realidade exterior: a arte.

9 A procura da felicidade Romper, simplesmente, com a realidade: o eremita. Romper com a realidade e substituí-la por uma outra nova: a psicose. Afiançar a decisão do cumprimento da felicidade, sem afastar-se da realidade e sem evitar o desprazer, mas deslocando a meta da libido: o amor

10 A procura da felicidade Freud em suas reflexões sobre os destinos e caminhos particulares que cada indivíduo procura para encontrar a felicidade faz sua a frase de Frederico, o Grande: "Em meu domínio cada homem pode atingir a bem-aventurança a sua maneira. Freud também recorda o que diz Kant: os piores tiranos são aqueles que querem obrigar ao povo a ser feliz, segundo a maneira que eles, os tiranos, indiquem-lhes

11 Programa do Princípio do Prazer Ser Feliz Segundo Freud é irrealizável, e, por sua vez, é impossível também abandoná-lo. Cada um ensaia seu próprio caminho, segundo três tipos de eleição: vínculos sentimentais. satisfações narcisistas. realizar-se mediante a ação.

12 O caminho da neurose O caminho da neurose, não é isento de criação, pois os sintomas são satisfações substitutivas, sendo que também indicam o caminho a sua maneira, pois cada qual inventa um pouco os seus próprios sintomas A neurose é uma resposta às exigências culturais, pois a cultura exige respeito a seus ideais. O neurótico é aquele que diz "basta!", e o diz com seus sintomas. O neurótico não pode suportar a frustração que a cultura exige em lugar de seus ideais.

13 Sublimação A sublimação é um dos destinos da pulsão e por sua vez, exerce um grande papel na economia psíquica individual e na própria civilização, pois sem a sublimação pulsional não teríamos civilização e nem cultura, conforme afirmou Freud, ao longo de sua obra Sobre esta questão lembrar a importância que tem o supereu (ideal do eu) nessa operação de sublimação dos impulsos que geralmente são de natureza sexual e agressiva

14 O supereu (superego) O supereu (superego), além de exercer, as funções de auto-observação e de consciência moral (voz da consciência), contém nossos níveis de aspiração mais elevados, na condição de ideal do eu. Classicamente, o supereu é o herdeiro do complexo de Édipo e se forma a partir das identificações com os pais e da interiorização das exigências e das interdições parentais.

15 O conflito O conflito que um indivíduo enfrenta na procura da satisfação para suas necessidades pulsionais pode não estar diretamente ligado às forças que compõem à repressão como a moralidade, a vergonha e a repugnância. Mas ao choque entre os ideais elevados de seu supereu e a gratificação de suas pulsões, pois um supereu com altos níveis de exigências culturais, sociais e morais, torna-se crítico e severo com qualquer desejo que venha desviar a pessoa de seus ideais e de sua sublimidade.

16 O amor de meta inibida O amor de meta inibida funda laços sociais, enquanto o amor sexual plenamente realizado não cria laços sociais fora do casal. Por isso diz Freud que a cultura ameaça o amor sexual. A vida sexual do homem culto tem recebido grave dano, impressiona-nos às vezes pensar que esta se encontra em processo involutivo. Muitas vezes a gente crê discernir que não é só a pressão da cultura, senão algo que está na essência da função sexual mesma, e que nos nega a satisfação plena e nos leva por outros caminhos.

17 A Solução da psicose Além da solução neurótica, Freud se refere à solução radical da psicose A psicose, essa forma de fuga da realidade com sua própria solução, visitou as casas de nossos criadores mais fecundos. E não é por acaso O último procedimento para afastar o sofrimento da vida que é examinado por Freud é o do amor

18 A solução pelo amor O amor nos coloca numa situação paradoxal, pois, precisamente ao amarmos é quando nos colocamos mais a mercê do outro e consequentemente, ao alcance dos infortúnios e das dificuldades da vida Há seres humanos que resolveram este problema, transformando o amor sexual num amor sexual de meta inibida, e assim se consegue um amor que não é oscilante, que não sofre as vicissitudes da contingência, nem desenganos, nem decepções, nem tormentas e nem desilusões

19 Destinos e caminhos Claro está que todos estes destinos e caminhos particulares dependem de uma série de fatores que há de se levar em conta Os caminhos para organizar a libido e a vida sexual do ser de linguagem que somos, e que dá como resultado nossos modos de gozo e nossos entraves particulares, esses caminhos nem sempre são acessíveis e nem sempre são fáceis, nunca é de mais dizê-lo

20 O amor sexual pleno O amor sexual pleno é mais bem algo anti-social, e até poderia dizer-se que vive um pouco dessa anti-socialidade. É disto que este amor respira. Por isso Freud diz: a cultura ameaça este amor pleno Além do amor de meta inibida há o chamado amor cortês que foi um invento do século XII, por isso que José Ortega e Gasset diz (quiçá em seus "Estudos sobre o Amor") que "o amor é um estilo literário"

21 Por que fracassa o programa do princípio do prazer? Se os seres humanos querem a ausência da dor e do desprazer e almejam vivenciar intensos sentimentos de prazer é porque o princípio de prazer rege o psiquismo Dominar as paixões, ou psicanaliticamente falando, as pulsões é menos doloroso do que uma paixão (pulsão) não dominada Freud na segunda tópica postula um algo além do princípio do prazer que chamou de pulsão de morte e que, por sua vez, se opõe ao princípio do prazer. É esse além, o principal responsável pelo fracasso do programa do princípio do prazer

22 POR QUE SE JOGA A CULPA NA CULTURA? Jogar a culpa na cultura pelos males da civilização, não é justo, pois a cultura, como mesmo afirmava Freud, protege o homem da natureza e regula suas relações sociais O homem primitivo compreendeu muito cedo que para sobreviver devia viver em comunidade

23 A pulsão e sua relação com o malestar na civilização Definitivamente há uma relação conflituosa entre pulsão e civilização que jamais será ultrapassada, uma vez que ela é da ordem estrutural e por isso produtora de desarmonia nos laços sociais Em relação ao instinto pode dizer-se que não há no ser humano este "saber" inscrito no corpo ou nos genes, que seja utilizável de modo imediato, como se fosse uma caixa de ferramentas

24 A pulsão e sua relação com o malestar na civilização Para compreender o mal-estar na cultura, é preciso compreender o limite que esta impõe à sexualidade humana, pois além de circunscrever a satisfação sexual, a cultura exige outros sacrifícios, como pôr entraves à agressividade dos homens Pode se dizer que a pulsão de morte é o maior obstáculo à cultura, é uma das causas do Mal-estar na Cultura

25 Eros e Thánatos e sua relação com a civilização Através da mitologia das pulsões (Eros e Thánatos) podemos acompanhar o texto freudiano - O Mal-estar na Cultura Neste texto Freud denuncia em toda extensão o desamparo humano, retirando qualquer garantia de superá-lo, seja por meio da arte, da religião ou da ciência

26 O Mal-estar e a religião Freud no capítulo II faz uma breve observação a respeito da religião: as vezes, esta consegue poupar a muitos seres humanos a neurose, mas a um preço elevado Qual é este preço? Paralisar a inteligência e infantilizar-los psiquicamente Ademais a religião deforma o mundo com uma interpretação delirante, ou seja, uma interpretação louca dos fatos Finalmente, leva-os a aceitar o destino, e a fazê-los depender da vontade divina. "Deus o quis assim", tal é a frase de resignação do religioso ante a vida que lhe toca viver

27 A questão de uma Weltanschauung Era, pois inevitável que, no final de sua vida, Freud voltasse, de maneira mais sistematizada, seu interesse para os fenômenos culturais e sociológicos É quando escreve O Mal-estar na cultura, O Futuro de uma ilusão, Por que a Guerra e A Questão de uma Weltanschauung

28 A questão de uma Weltanschauung Freud diz que a relação mais problemática entre as Weltanschauungen É a que se estabelece entre a religiosa e a científica Por reconhecer que aquilo que a ciência oferece para a humanidade é muito pouco e muito severo Comparado com as onipotentes ofertas proporcionadas pelas ilusões religiosas.

29 A questão de uma Weltanschauung Frente às dificuldades da condição humana, com seu desamparo, sua fragilidade, seu desconhecimento, sua perplexidade frente à morte, a religião oferece todas as respostas e reasseguramentos desejados A ciência, pelo contrário, faz-nos ter que lidar com o desconhecido e trabalhar para chegar a um conhecimento eficaz, não nos poupando a visão de nossa própria finitude e limitações

30 O sentimento de culpa e o malestar na cultura A cultura está unida indissoluvelmente com uma exaltação do sentimento de culpa, que quiçá chegue a atingir um grau dificilmente suportável para o indivíduo Existem duas origens para o sentimento de culpa: o medo à autoridade e o temor ao supereu. A união de ambos resulta muito efetiva para o desenvolvimento da cultura

31 O sentimento de culpa e o malestar na cultura o preço pago pelo progresso da cultura reside na perda de felicidade por aumento do sentimento de culpa A evolução da sociedade requer o controle dos instintos sexuais e agressivos do indivíduo, de maneira que existe uma estreita relação entre civilização, repressão e neurose Quanto mais avança a primeira, mais necessária se faz a segunda e maior é a frustração gerada

32 O sentimento de culpa e o malestar na cultura Sob a coação do processo civilizatório, a agressividade se converte em sentimento de culpa Este sentimento de culpa não se percebe como tal, senão que permanece inconsciente ou se expressa como um mal-estar

33 O sentimento de culpa e o malestar na cultura O sentimento de culpa seria o mal-estar da cultura o preço que pagamos por vivermos em sociedade, reprimindo a sexualidade e a agressividade Sob esta óptica, o mal-estar é estrutural, próprio do processo civilizatório e da organização do psiquismo humano

34 Pulsão destrutiva, agressiva Freud o segue texto do Mal-Estar na Cultura, no qual afirma: Que é na pulsão destrutiva, agressiva, advinda da pulsão de morte, que se encontra o maior entrave para cultura Em função do ser humano não poder existir plenamente fora da civilização

35 Civilização e o mal-estar A civilização torna a existência humana problemática, por não ser mais natural, ou seja, as leis da natureza são substituídas pelas leis da cultura Em razão de que, se por um lado, a civilização em si, provoca um mal-estar, por outro lado, sem civilização não teria humanidade, seríamos só outros primatas regidos pela natureza

36 Desigualdade provocada pela natureza Se buscarmos a igualdade para todos os homens, existirá uma objeção muito óbvia a ser feita: a de que a natureza, por dotar os indivíduos com atributos físicos e capacidades mentais diferentes introduziu injustiças contra as quais não há remédio

37 A Sociedade do Espetáculo O que diria Freud hoje da nossa sociedade atual, denominada por Debord de "sociedade do espetáculo? Sociedade onde o poder - seja qualquer que seja sua inclinação - para perpetuar-se em sua situação de privilégio instala o "espetáculo" Onde a realidade é totalmente escamoteada pela manipulação das massas através da midia e da propaganda, feitas onipresentes e oniscientes, muitas vezes apenas para vender ilusões e mistificações.

38 A Sociedade do Espetáculo Nesta sociedade, a midia é pletora da informação na verdade desinforma sistematicamente na medida em que não expõe, ou o faz de forma distorcida, justamente aquilo que efetivamente interessa saber e informar Ambas midia e propaganda - se empenham em fragmentar o raciocínio lógico e destruir a noção de história, promovendo um eterno e autônomo presente, Na ignorância ou na negação de um passado conectado ao futuro

39 A Sociedade do Espetáculo Nesta sociedade, a irracionalidade a tudo permeia, a produção econômica é regida por demandas artificialmente criadas e a única lógica vigente é a de permanência do poder, que usa de todos os recursos para perpetuar-se O espetáculo se confunde com a realidade, ao irradiá-la", diz Debord. Claro que tudo isso está muito longe dos argumentos sustentados pela Weltanschauung científica, psicanalítica, em sua luta contra a ilusão

40 A Sociedade do Espetáculo Por dificultar o acesso à realidade, por alimentar sistematicamente ilusões, por negar a castração simbólica, essa "sociedade do espetáculo" dá margem ao que muitos chamam de novas formas de subjetivação: Como os novos transtornos de caráter, os transtornos de ordem narcísica, as personalidades bordelines, e os transtornos alimentares que são, por sua vez, as novas edições das histéricas dos tempos de Freud

41 O campo do mal-estar contemporâneo As religiosidades do espetáculo com sua irracionalidade mortífera Presa fácil dos discursos totalizantes ou hegemônicos Alimentam toda sorte de fanatismos políticos e religiosos, associados à promessa de felicidade

42 O mundo das patologias narcísicas A midia, especialmente a toda-poderosa televisão, bombardeia-nos ininterruptamente com imagens de sucesso sexual e financeiro, mostrando um novo Olimpo, onde desfilam os atuais deuses cheios de beleza, juventude, dinheiro e fama Ela promete o acesso a este Olimpo, desde que sigamos suas instruções de consumo, insistentemente propagadas através da publicidade

43 As dificuldades da conciliação Como conciliar Eros e Thánatos e os processos de civilização/cultura, se ambas as forças em seus limites máximos, representam elementos contra o processo civilizatório? Ora, se o processo de civilização pressupõe e impõe formações homogêneas em detrimento daquilo que é heterogêneo, reforçando a massificação que pressupõe a fascinação amorosa e a identificação narcísica que leva à indiferenciação e à massificação, o Mal-estar continua

44 Civilização e anulação dos espaços O que está em questão é a progressiva anulação de espaços que acolham o imprevisto, a paixão, o perturbador, a singularidade, o estranho e a diferença Por outro lado, é impossível não pensar nos interstícios dessa relação paradoxal (entre Eros e Thánatos e os processos de civilização/cultura) através das sutilezas que o texto: O mal-estar na Cultura nos mostra

45 A questão que Freud nos oferece É impossível também não deixar de perguntar: por que somos sempre tão infelizes e desamparados em nossa aventura da vida? Em Mal-estar na cultura, Freud afirma que as causas do sofrimento psíquico são três: O poder superior da natureza A fragilidade de nossos próprios corpos Inadequação das regras que procuram ajustar as relações mútuas dos seres humanos na família, no estado e na sociedade

46 A questão que Freud nos oferece Em Totem e Tabu Freud já tinha defendido a tese que ele retoma no Mal-estar na Cultura, de que a civilização só pode existir porque o poder do grupo submete os indivíduos que abrem mão de seu poder pessoal em prol da convivência com seus semelhantes

47 A essa tese já fora defendida por Hobbles Em 1651, no Leviatã, Hobbes descreve a natureza humana assim: Ao homem é impossível viver quando seus desejos chegam ao fim, tal como quando seus sentidos e imaginação ficam paralisados A felicidade é um contínuo progresso do desejo, de um objeto para outro, não sendo a obtenção do primeiro outra coisa que o caminho para conseguir o segundo

48 As novas formas de subjetividade da atualidade Estas novas formas estão circunscrevendo o campo do mal-estar contemporâneo ao traçar um paralelo entre o mal-estar na atualidade e o mal-estar na psicanálise e coloca de um modo surpreendente e interessante, dois "emblemas da modernidade": Marx e Freud

49 As novas formas de subjetividade da atualidade Pondera-se que a modernidade foi construída em torno do ideário da revolução, a ser promovida pelo sujeito coletivo que tem em Marx o representante da materialização teórica dessa utopia, que marcou de forma indelével os séculos XIX e XX Na medida em que se acreditou na revolução como modelo, através do qual o sujeito coletivo sempre poderia reinventar um elemento radical e básico da psicologia humana, o mundo marxista se fez a representação teórica e política da potência desejante do sujeito coletivo

50 As novas formas de subjetividade da atualidade Freud é enunciado como o catalisador possível das transformações da individualidade ou seja, o desejo se faz o único meio através do qual o sujeito pode reinventar seu eu e traçar uma outra história

51 Os herdeiros destes ilustres emblemas da modernidade sabemos que os herdeiros de Marx transformaram seu pensamento numa ordem mecanicista e econômica Os de Freud transformaram, de maneira paradoxal, O discurso freudiano numa modalidade de pensamento fundado na exaltação da individualidade e no registro do desejo, sendo que tal individualismo é a marca registrada da sociedade moderna, denominada por Debord de "sociedade do espetáculo e por Verdú de "capitalismo de ficção"

52 Conclusão Para Freud a cultura exige o sacrifício da satisfação sexual. No mundo ocidental a exigência cultural é seguir o preceito bíblico: "amarás a teu próximo como a ti mesmo", porém este quase nunca é seguido, ademais é um amor de meta inibida Freud se pergunta de que meios se vale a cultura para controlar a agressão que se opõe à ela? Trata-se de uma formação psíquica que Freud denominou de supereu (superego)

53 Conclusão O Mal-Estar na Cultura reexamina considerações a respeito do sentimento de culpa, sua relação com o supereu, as relações de ambos com a cultura e com uma clínica possível da cultura: uma "patologia das comunidades culturais Quando Freud pesquisa psicanaliticamente a origem do supereu, e de que se alimenta este, de que se "engorda", resulta quiçá que este remédio de controle é pior do que a doença. Porém é um remédio que, no entanto, tem-se que ingerir. Melhor dito: que já foi ingerido. Como vimos em todo este texto

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