Profª Elaine C. S. Ovalle
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- Olívia Santiago Capistrano
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1 Profª Elaine C. S. Ovalle O puerpério é um período que abrange o parto, até a volta do corpo da mulher ao seu estado normal, aproximadamente até a sexta semana (40 dias) após o nascimento. 1
2 As principais características do puerpério são: -a regressão das modificações ocorridas durante o parto -o processo de lactação -a adaptação psicológica da mãe a nova situação familiar No puerpério, mãe e bebê seguem ao Alojamento Conjunto, definido pelo Ministério da Saúde como sendo um sistema hospitalar em que o recémnascido, logo após o nascimento, permanece ao lado da mãe, 24 horas por dia, num mesmo ambiente até a alta hospitalar. 2
3 As vantagens do alojamento conjunto são: -favorecer o aleitamento materno -favorecer o vínculo entre mãe e filho, fortalecendo os laços afetivos através do relacionamento precoce. Cuidado Imediato com a Puérpera -A verificação de sinais vitais deve ser: 15 /15 min na 1ª hora 30 /30 min na 2ª hora 01/01 h até a 4ª hora -Anotar no documento de sinais vitais o restante de soro e volume da diurese. -Instalar soroterapia com oxitocina em bomba de infusão se prescrito. 3
4 -Estimular movimentos ativos e passivos no leito; -Realizar higiene perineal com água e sabonete líquido, trocando o absorvente hospitalar de 3/3 horas -Observar o sangramento vaginal na admissão e a cada verificação de SV -Verificar a altura e tônus uterino frequentemente (involução uterina) -Massagear o fundo uterino se houver hipotonia uterina e/ou sangramento vaginal acentuado e orientar a paciente para automassagem. -Estimular micção espontânea quando não estiver sondada, logo após a terceira hora. -Controlar perfusão venosa e gotejo do soro, usar Bomba de Infusão para soroterapia e drogas específicas; - Auxiliar e orientar na amamentação. -Iniciar analgésicos prescritos, a partir da primeira hora de pós operatório se a paciente não referir dor antes deste período 4
5 Cuidados no Pós Parto Vaginal -A puérpera de parto vaginal já tem, imediatamente após o parto, liberada dieta e a deambulação. -O acesso venoso é mantido, mesmo na ausência de complicações do puerpério, devido a possíveis intercorrências. -A alta hospitalar é dada geralmente em 48 horas e 72 horas para parto cesária. -Os sinais vitais da puérpera (temperatura, pressão arterial, FC e FR) devem ser verificados uma vez em cada seis horas. -As alterações nos sinais vitais são indispensáveis para a detecção de uma possível infecção ou hemorragia. 5
6 A avaliação do útero deve ser feita na puérpera com a bexiga vazia. A cicatriz umbilical é o parâmetro para a verificação da involução. Coloca-se uma das mãos espalmadas na parte superior do útero, localizando-se o fundo. O fundo do útero deve apresentar-se firme. A altura uterina deve ser avaliada pelo menos uma vez a cada turno. 6
7 As mães que amamentam têm uma involução uterina mais rápida e menor risco de hemorragia, devido à liberação constante de ocitocina. Como o útero está em processo de contração, é comum que a puérpera sinta cólicas, principalmente durante a amamentação. É importante realizar a massagem uterina, que estimula a eliminação dos lóquios e a involução do útero. -As perdas vaginais após o parto são chamadas de lóquios. -Os lóquios são resultantes da ferida placentária no útero. -Imediatamente após o parto, podem sair em quantidade moderada, e vão diminuindo com o passar dos dias. -O odor característico dos lóquios é semelhante ao da menstruação. 7
8 Rubros: Vermelho 2-4 dias pós parto; Serosos: Secreção serosa, amarelada, marromrosada, até 10º dia pós parto. Brancos: Secreção fina e amarelada,2-6 pós parto; -Lóquios com mau cheiro são sugestivos de infecção puerperal. -Em grande quantidade, são sugestivos de hemorragia 8
9 -O períneo também deve ser inspecionado diariamente, em decúbito dorsal, quanto à presença de edema. - Os pontos da episiotomia devem ser inspecionados quanto à presença de secreções e a integridade. -Deve-se orientar a puérpera a realizar a higiene do períneo com água e sabão neutro sempre ao urinar e evacuar, e trocar o absorvente. -Se houver edema perineal, pode-se aplicar frio (bolsa de gelo), conforme prescrição médica. 9
10 A puépera que realizou parto cesáreo requer alguns cuidados mais específicos. - Geralmente, após o procedimento, ela permanece na sala de recuperação pósanalgésica, até a recuperação dos reflexos e movimentação dos membros inferiores. - Após a saída da sala de recuperação, a puérpera permanece ainda em restrição alimentar, ou tem dieta líquida ou branda liberada. -A deambulação e o banho de aspersão são liberados somente depois de 12 horas do procedimento. -A puérpera deve ser auxiliada no primeiro banho e na primeira deambulação. -Devido à dificuldade em se movimentar após a cirurgia, a puérpera pós-cesária pode necessitar de mais auxilio nos cuidados com o RN. -Ela também pode ter maior dificuldade na amamentação, mas é importante estimular a mãe. 10
11 - Algumas puérperas, dependendo da substância com a qual foi realizado seu bloqueio anestésico, necessitam permanecer com sonda vesical de demora. - Também permanecem com acesso venoso, para receber antibioticoterapia para a profilaxia de infecções, analgésicos e anti-inflamatórios. -O curativo da cesárea é trocado diariamente, e é mantido fechado conforme orientação médica. -Deve-se observar a integridade da cicatriz cirúrgica, presença de hiperemia, secreções ou sangramentos. -A avaliação da involução uterina e dos lóquios também é realizada. A massagem uterina deve ser feita com bastante frequência. -A alta para a puérpera pós-cesariana é em 72 horas, se tudo transcorrer como esperado. 11
12 Alterações fisiológicas da mulher no pós-parto Sistema respiratório: após o parto, em consequência do esvaziamento uterino, ocorre a descompressão do diafragma, provocando o desaparecimento da dificuldade respiratória há mudança do tipo respiratório, passando de costal superior para toracoabdominal Alterações fisiológicas da mulher no pós-parto Sistema tegumentar: com frequência, ocorre queda de cabelos, sudorese e enfraquecimento das unhas. A hiperpigmentação da face (cloasma gravídico), do abdome (linha alba) e da mama (aréola secundária) sofre redução gradativa. Resultantes da gravidez recente, as estrias de coloração violácea permanecem, porém, sua tonalidade é alterada para o aspecto perolado, esbranquiçado. 12
13 Alterações fisiológicas da mulher no pós-parto Sistema endócrino: uma vez expulsa a placenta, se deflagra uma queda brusca das concentrações circulantes do estrogênio e da progesterona. A diminuição, em quantidades consideráveis, dos níveis de estrogênio e de progesterona favorecem a completa ação lactogênica da prolactina e da ocitocina. Alterações fisiológicas da mulher no pós-parto Sistema digestivo: logo após o parto, com o esvaziamento do útero, o estômago, o intestino delgado e o cólon retornam à posição anatômica normal, favorecendo o esvaziamento mais rápido do estômago e a normalização das funções gastrointestinais. Mesmo assim, neste período é frequente a ocorrência da obstipação intestinal causada principalmente por: 13
14 Morosidade intestinal estabelecida durante a gestação. Súbita perda da pressão intra-abdominal. Diminuição da motilidade gastrointestinal pelo uso de analgesia ou anestesia usada durante o parto. Relaxamento ou flacidez da musculatura abdominoperineal. Repouso físico relativo e dieta da puérpera. Medo da puérpera de romper os pontos ou de sentir dor ao evacuar. Presença de hemorroidas (veias varicosas no reto), decorrentes do esforço distendido no período expulsivo. Lactação Lactação refere se a secreção e a ejeção de leite pelas glândulas mamárias Hormônio mais importante para a promoção da lactação é a prolactina O principal estímulo para a lactação é a sucção das papilas mamárias 14
15 O ideal é que o bebê seja amamentado, exclusivamente, no peito por pelo menos 6 meses, pois desta forma haverá: trabalho dos músculos dos lábios, língua e face, facilitando a elevação da língua e o vedamento dos lábios. preparação da musculatura para futura mastigação. reforço da respiração nasal. preparação dos músculos para boa mobilidade na produção dos sons da fala. desenvolvimento do terço inferior da face e da maxila, para bom posicionamento dos dentes. crescimento da mandíbula,entre outros benefícios. -Líquido secretado pelas mamas durante a gestação e após o parto nas primeiras semanas. -É rico em anticorpos, proteínas e com ação laxante. - Especifico para o intestino imaturo do RN. - Deve ser estimulado para ejeção. 15
16 PROTUSO SEMI-PROTUSO PLANO INVERTIDO Uma das principais diferenças entre a mamadeira e o peito é a capacidade de distensão e elasticidade. Os bicos de borracha são significativamente menos elásticos que o bico natural, portanto não se moldam à boca da criança como deveriam, impedindo o bom posicionamento e trabalho da língua. 16
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