2.1 Importância do planejamento. 2.2 Benefícios do planejamento. 2.2 Benefícios do planejamento. Disciplina: Planejamento e Controle de Obras

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1 2.1 Importância do planejamento Disciplina: Planejamento e Controle de Obras Aula 02 O desenvolvimento do projeto Professora: Engª Civil Moema Castro, MSc. Estudos realizados no Brasil e no exterior indicam que deficiências no planejamento e no controle estão entre as principais causas de baixa produtividade do setor, de suas elevadas perdas e da baixa qualidade dos seus produtos. Fevereiro, Ao planejar uma obra, o gestor adquire alto grau de conhecimento do empreendimento, o que lhe permite ser mais eficiente na condução dos trabalhos. Conhecimento pleno da obra a elaboração do planejamento impõe ao profissional: O estudo dos projetos; A análise do método construtivo; A identificação das produtividades consideradas no orçamento; A determinação do período trabalhável em cada frente ou tipo de serviço (área interna, externa, concreto, terraplanagem, etc.). A prática de parar para pensar no trabalho somente poucos dias antes de começá-lo é totalmente equivocada pois não permite tempo hábil para mudança de planos.

2 Detecção de situações desfavoráveis a previsão oportuna de situações desfavoráveis e de indícios de desconformidade permite ao gerente da obra: tomar providências a tempo; adotar medidas preventivas e corretivas, e; tentar minimizar os impactos no custo e no prazo. Por falta de planejamento e controle, a equipe da obra deixa para tomar providências quanto o quadro de atraso já é irreversível. Detecção de situações desfavoráveis oportunidade construtiva x oportunidade destrutiva Grau de oportunidade Concepção Desenvolvimento Execução Finalização Tempo Figura 1 Grau de oportunidade da mudança em função do tempo [adaptado de Mattos, 2010] Agilidade de decisões base confiável para decisões gerenciais Mobilização e desmobilização de equipamentos; Redirecionamento de equipes; Aceleração dos serviços; Introdução do turno da noite; Aumento da equipe; Alteração dos métodos construtivos; Terceirização dos serviços; Substituição de equipes pouco produtivas, etc. Relação com o orçamento parâmetro de controle Ao usar as premissas de índices, produtividade e dimensionamento de equipes empregadas no orçamento, o engenheiro casa orçamento com planejamento, tornando possível avaliar inadequações e identificar oportunidades de melhoria. Otimização da alocação dos recursos administrar folgas Nivelar recursos Quando uma despesa pode ser adiada sem atrasar a obra, por exemplo. Protelar a alocação de determinados equipamentos, etc.

3 Referência para acompanhamento O cronograma permite comparar o previsto com o realizado Padronização O planejamento disciplina e unifica o entendimento da equipe Torna consensual o plano de ataque da obra Melhora a comunicação Referências para metas Programas de metas e bônus por cumprimento de prazos Documentação e rastreabilidade história da obra Gera registros escritos e periódicos Criação de dados históricos Base para obras similares Profissionalismo Dá ares de seriedade e comprometimento à obra e á empresa; Causa boa impressão; Inspira confiança nos clientes e ajuda fechar negócios. 2.3 Deficiências das empresas Causas da deficiência: 2.3 Deficiências das empresas Causas da deficiência: Planejamento e controle como atividades de um único setor Em vez de serem vistos como um processo gerencial que deve permear toda a estrutura da empresa, o planejamento e o controle muitas vezes são confundidos com o trabalho isolado de um setor da empresa ou com a simples aplicação de técnicas para a geração de planos. Planejamento sem controle não existe!!! Descrédito por falta de certezas nos parâmetros A incerteza é inerente ao processo de construção em função: Da variabilidade do produto; Das condições locais; Da natureza dos seus processos de produção; Da própria falta de domínio das empresas sobre seus processos. O planejamento deve ser visto como um exercício técnico que se presta a tenta prever, dentro do melhor cenário futuro verossímel, o impacto das atividades.

4 2.3 Deficiências das empresas Causas da deficiência: 2.4 Planejamento do processo do projeto Atividades de desenvolvimento de projetos Planejamento excessivamente informal A informalidade reside no hábito de achar que o planejamento são as ordens transmitidas pelo engenheiro de campo a seus mestres de obra. A excessiva informalidade dificulta a comunicação entre os vários setores da empresa. Mito do tocador de obras Postura de tomar decisões rapidamente, apenas com base na experiência e na intuição (círculo vicioso) GERENCIAMENTO DOS PROJETOS EXPECTATIVAS DOS STAKEHOLDERS ARTE DE COORDENAR 14 (PATAH; CARVALHO, 2002) 2.4 Planejamento do processo do projeto Gestão do processo de projeto Agentes CLIENTE Empreendedor (responsável pelo financiamento) 2.4 Planejamento do processo do projeto Gestão do processo de projeto Gerenciamento e coordenação O exercício pode ser desempenhado por um único profissional que cumpre as diferentes funções ou delegada a um grupo gestor (GG): CONSTRUTOR Pessoa ou entidade responsável pela construção do edifício GERENTE COORDENADOR Tomada de decisões estratégicas Operacionaliza estas decisões PROJETISTA Pessoa ou entidade responsável pelos projetos de engenharia e arquitetura (GRILO, 2002) COMPATIBILIZADOR Compatibiliza as interferências decorrentes entre os diversos projetos (GRILO, 2002) 15 16

5 2.4 Planejamento do processo do projeto Planejamento e organização das etapas Estruturação de práticas e procedimentos Multidisciplinaridade do processo de projeto; Desenvolvimento simultâneo dos diferentes projetos; Integração entre os agentes (grande troca de informações); Fluxo base de interesses e necessidades; Identificação e conhecimento de cada etapa do processo (FONTENELLE, 2002; PETRUCCI JR, 2003; OLIVEIRA; MELHADO, 2005) Obra como projeto Características importantes de um projeto de construção: Temporário Significa que o projeto tem um alcance de tempo, um duração finita, com início e fim bem definidos. O fim acontece quando os objetivos estabelecidos forem alcançados Produto único A unicidade se traduz pela concretização do produto físico e material que representa a consecução do objetivo do projeto. 17 Estágios do ciclo de vida do projeto Estágio I Concepção e viabilidade Definição do escopo programa de necessidades; Formulação do empreendimento lotes, fases, forma de contratação, etc; Estimativa de custos orçamento preliminar Estudo de viabilidade análise de custo-benefício, avaliação de resultados a serem obtidos em função do custo orçado; Identificação da fonte orçamentária recursos próprios, empréstimos, linha de financiamento; Anteprojeto e projeto básico quando já passa a conter elementos necessários para orçamento, especificações e identificação dos serviços necessários.

6 Estágio II Detalhamento do projeto e do planejamento Orçamento analítico composição de custos dos serviços; Planejamento elaboração do cronograma de obra realista, com definição de prazos e marcos contratuais; Projeto básico e projeto executivo detalhamento do projeto básico, com inclusão de todos os elementos necessários à execução da obra. Estágio III Execução Obras civis execução dos serviços de campo, aplicação de materiais e utilização de mão de obra e equipamentos; Montagens mecânicas e instalações elétricas e sanitárias atividades de campo; Controle de qualidade verificar se os parâmetros técnicos e contratuais foram observados; Administração contratual medições, diário de obras, aplicação de penalidades, aditivos de contrato, etc; Fiscalização de obra ou serviço supervisão das atividades de campo, reuniões de avaliação do progresso, resolução de problemas, etc. Estágio IV Finalização Comissionamento colocação em funcionamento e testes de operação do produto final; Inspeção final testes para recebimento do objeto contratado; Transferência de responsabilidades recebimento da obra e destinação final do produto; Liberação de retenção contratual caso a empresa contratante tenha retido dinheiro da empresa executante; Resolução das últimas pendências encontro de contas, pagamento de medições atrasadas, negociações, etc; Termo de recebimento provisório e definitivo. Modelo de Referência para o Gerenciamento do Processo de Projeto Integrado de Edificações (GPPIE) Macrofases 24 (ROMANO, 2003)

7 Modelo de Referência para o Gerenciamento do Processo de Projeto Integrado de Edificações (GPPIE) Subdivisão em oito fases Sinópse avaliativa V.A.1 Autores Leonardo Nabaes Romano (UFSM) Fabiane Vieira Romano (UFSC) Nelson Back (UFSC) André Ogliari (UFSC) Fonte (Livro, revista, jornal) IV Congr. Bras. Gestão e Desenv. de Produtos Ano ou SD 2003 Título Estrutura para a Representação de Modelos de Referência para o Processo de Desenvolvimento de Produtos Editor(a) LOPP/PPGEP/UFRGS Sinopse avaliativa ou crítica Local Gramado Páginas 10 (dez) Tópicos Conteúdo OBS: vo(s) Objetiv Pag. Pag. Idéias Principais (ROMANO, 2003) Crítica(s) Limites Contribuições Perspectivas Pag. 25