UNIVERSIDADE DO SUL DE SANTA CATARINA SORANDA KAREM MOTA

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1 UNIVERSIDADE DO SUL DE SANTA CATARINA SORANDA KAREM MOTA ANÁLISE DE USABILIDADE E PROPOSTA DE MELHORIA NA EVOLUÇÃO DE ENFERMAGEM DO PRONTUÁRIO ELETRÔNICO DO HOSPITAL REGIONAL DE SÃO JOSÉ-SC Palhoça 2016

2 SORANDA KAREM MOTA ANÁLISE DE USABILIDADE E PROPOSTA DE MELHORIA NA EVOLUÇÃO DE ENFERMAGEM DO PRONTUÁRIO ELETRÔNICO DO HOSPITAL REGIONAL DE SÃO JOSÉ-SC Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Curso de Graduação em Sistemas de Informação da Universidade do Sul de Santa Catarina, como requisito parcial à obtenção do título de Bacharel em Sistemas de Informação. Orientadora: Profa. Maria Inés Castiñeira, Dra. Palhoça 2016

3 SORANDA KAREM MOTA ANÁLISE DE USABILIDADE E PROPOSTA DE MELHORIA NA EVOLUÇÃO DE ENFERMAGEM DO PRONTUÁRIO ELETRÔNICO DO HOSPITAL REGIONAL DE SÃO JOSÉ-SC Este Trabalho de Conclusão de Curso foi julgado adequado à obtenção do título de Bacharel em Sistemas de Informação e aprovado em sua forma final pelo Curso de Graduação em Sistemas de Informação da Universidade do Sul de Santa Catarina.

4 Dedico esse Trabalho de Conclusão de Curso á minha irmã e seu esposo, Fabiula Fátima Motta Rodrigues e Rodrigo Sambugari Rodrigues, que me incentivaram para a realização dos meus ideais, encorajando-me a enfrentar todos os momentos difíceis nessa trajetória.

5 AGRADECIMENTOS Agradeço primeiramente á Deus que sempre iluminou o meu caminho durante esta caminhada. A minha mãe Margarete, minha irmã Fabiula e meu cunhado Rodrigo, pelo apoio, incentivo, compreensão, amor e principalmente pelo companheirismo, sempre estando ao meu lado quando precisei. A professora Maria Inés Castiñeira, com sua admirável competência, dedicação e humildade, ministrou as disciplinas TCCs I e II, e orientou-me neste trabalho. A todos os mestres, familiares e amigos, que incentivaram e ajudaram, direta ou indiretamente, contribuindo assim, para que eu pudesse concluir mais essa etapa na vida.

6 A persistência é o caminho do êxito. (Charles Chaplin, 1997).

7 RESUMO Atualmente a inclusão digital exige sempre mais a usabilidade com o objetivo de prover a qualidade do software e facilitar o uso de sistemas mais amigáveis ao usuário final. Este trabalho aborda problemas de heurísticas e recomendações de usabilidade no sistema Micromed, utilizado por profissionais do Hospital Regional de São José- SC para a gestão do prontuário de paciente hospitalar. Esse módulo fica disponível aos profissionais de saúde da instituição, com a finalidade de registrar e/ou pesquisar de maneira ágil, tudo sobre o atendimento ao paciente referente à sua saúde. Inicialmente foram realizadas pesquisas bibliográficas para fundamentação teórica desta pesquisa cientifica, a qual apresenta os conceitos de Prontuário Eletrônico, Interação Humano-Computador, Princípios Ergonômicos para IHC e Usabilidade. Após o referencial teórico, foi realizada a avaliação do sistema, seguindo o percurso cognitivo e as 10 heurísticas propostas por Nielsen, para a identificação de não conformidades no prontuário eletrônico do paciente, mais precisamente, no módulo de evolução de enfermagem. Como resultado dessa avaliação, aconteceram os registros do resultado da análise do sistema estudado, descrevendo problemas, acertos e soluções encontradas de acordo com as heurísticas e recomendações de usabilidade. A partir desses resultados obtidos pela avaliação, a proposta de melhoria foi desenvolvida, através de protótipos de interface do módulo abordado, com o auxílio da ferramenta Balsamiq Mockups 3. Palavras-chave: Análise de Usabilidade. Heurísticas de Nielsen. Percurso cognitivo. Prontuário eletrônico de paciente.

8 LISTA DE ILUSTRAÇÕES Figura 1 Estrutura de usabilidade Figura 2 Projeto centrado no usuário (ISO 13407) Figura 3 Atividades do método de percurso cognitivo Figura 4 Organograma das etapas metodológicas Figura 5 Interface inicial do prontuário eletrônico do paciente Figura 6 Interface de evolução de enfermagem Figura 7 Atividades do método de percurso cognitivo Figura 8 Interface de login do sistema Micromed Figura 9 Interface principal do sistema Micromed Figura 10 Interface principal do sistema Micromed Figura 11 Interface inicial do prontuário eletrônico do paciente Figura 12 Interface de login do prontuário eletrônico do paciente Figura 13 Interface com a lista dos pacientes internados por unidade hospitalar Figura 14 Interface inicial do prontuário eletrônico do paciente Figura 15 Interface inicial do prontuário do paciente específico Figura 16 Lista de informações Figura 17 Interface de leitura de evolução de enfermagem existente Figura 18 Interface de evolução de enfermagem Figura 19 Barra superior da interface Figura 20 Protótipo da interface de login do sistema Micromed Figura 21 Protótipo da interface principal do sistema Micromed Figura 22 Protótipo da interface - lista dos pacientes internados por unidade hospitalar Figura 23 Protótipo da interface inicial do prontuário do paciente específico Figura 24 Protótipo da interface de leitura de evolução de enfermagem existente Figura 25 Protótipo da interface de evolução de enfermagem

9 SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO PROBLEMÁTICA OBJETIVOS Objetivo Geral Objetivos Específicos JUSTIFICATIVA ESTRUTURA DA MONOGRAFIA REFERENCIAL TEÓRICO PRONTUÁRIO ELETRÔNICO INTERAÇÃO HUMANO-COMPUTADOR PRINCÍPIOS ERGONÔMICOS USABILIDADE Considerações finais HEURÍSTICAS DE NIELSEN REGRAS DE OURO DE SCHNEIDERMAN PRINCÍPIOS DE DIÁLOGO DA NORMA ISO 9241: CRITÉRIOS ERGONÔMICOS DE SCAPIN E BASTIEN Condução Convite Agrupamento e distinção de itens Legibilidade Feedback imediato Carga de trabalho Brevidade Densidade informacional Controle explícito Ações explícitas do usuário Controle do usuário Adaptabilidade Flexibilidade Consideração da experiência do usuário Gestão de erros Proteção contra erros Qualidade das mensagens de erro Correção de erros Homogeneidade/Coerência Significado dos códigos e denominações Compatibilidade AVALIAÇÃO DE USABILIDADE FASES PARA A AVALIAÇÃO DE USABILIDADE Preparação Coleta de dados Interpretação TÉCNICAS DE AVALIAÇÃO DE USABILIDADE Avaliação de usabilidade através de inspeção Avaliação heurística Percurso cognitivo Inspeção semiótica... 53

10 Avaliação de usabilidade através de observação METODOLOGIA CARACTERIZAÇÃO DO TIPO DE PESQUISA ETAPAS METOLÓGICAS PROPOSTA DA SOLUÇÃO DELIMITAÇÕES UNIVERSO E PERCURSO METODOLÓGICO SISTEMA MICROMED Evolução de enfermagem Micromed DEFINIÇÃO DAS TÉCNICAS DE AVALIAÇÃO Percurso cognitivo Preparação Coleta e interpretação de dados Consolidação dos resultados Avaliação heurística DESCRIÇÃO DAS ATIVIDADES, PESQUISA E RESULTADOS Logar no sistema Selecionar a unidade hospitalar em que o paciente desejado se encontra Selecionar o profissional Logar no sistema novamente Selecionar a unidade hospitalar e o paciente desejado Selecionar o hipertexto evolução multiprofissional Selecionar o hipertexto incluir/alterar ou evolução existente Desenvolver a evolução de enfermagem PROPOSTA DE PROTÓTIPOS E A SEQUÊNCIA DE INTERFACES Protótipo da interface de login Protótipo da interface principal de acesso ao sistema Protótipo da interface de acesso ao prontuário dos pacientes de determinada unidade hospitalar Protótipo da interface de acesso ao prontuário de determinado paciente Protótipo da interface de acesso à leitura das evoluções de determinado paciente Protótipo da interface de acesso à inclusão e/ou alteração de evoluções de determinado paciente CONSIDERAÇÕES FINAIS E TRABALHOS FUTUROS CONSIDERAÇÕES FINAIS TRABALHOS FUTUROS...97 REFERÊNCIAS APÊNDICES APÊNDICE A CRONOGRAMA ANEXOS ANEXO A AUTORIZAÇÃO DA INSTITUIÇÃO PARA PESQUISA

11 11 1 INTRODUÇÃO As Tecnologias da Informação e da Comunicação (TIC) estão presentes no dia a dia das pessoas, sendo utilizadas praticamente por todos os setores de atividades e áreas de conhecimento. Nesse segmento, as descobertas acontecem em uma velocidade nunca antes imaginada e, grande parte dos softwares existentes é de utilidade organizacional. Segundo Sommerville (2003, p.5), software não é apenas o programa, mas também toda a documentação associada e os dados da configuração necessários para fazer com que esses programas operem corretamente. O autor descreve ainda que: Um sistema de software, usualmente, consiste em uma série de programas separados, arquivos de configuração que são utilizados para configurar esses programas, documentação do sistema, que escreve a estrutura desse sistema, e documentação do usuário, que explica como utilizar o sistema e, no caso dos produtos de software, sites Web para os usuários fazerem o download das informações recentes sobre o produto. (SOMMERVILLE, 2003, p5) Na área da saúde, setor de atuação da autora, pode-se verificar dificuldades com o manuseio do volume crescente de dados e documentos armazenados pelos vários tipos de usuários, setores e estabelecimentos de saúde. Em paralelo, os avanços da tecnologia da informação e de telecomunicações oferecem novos métodos de armazenamento e transmissão de dados. Com isso, o Conselho Federal de Medicina reconhece a importância do uso de sistemas informatizados para o armazenamento e para a troca de informação entre os profissionais de saúde, bem como a digitalização dos prontuários em papel, como instrumento de modernização, com consequente melhoria no atendimento ao paciente. (CONSELHO FEDERAL DE MEDICINA, 2007). Na instituição que servirá como estudo de caso deste trabalho, um Hospital da Grande Florianópolis, o acesso à informação do prontuário eletrônico do paciente, é feito pelos usuários profissionais da área da saúde através de um sistema desenvolvido para essa organização, o prontuário eletrônico. Esse sistema tem como premissa tornar explícitos os benefícios da web facilitando a comunicação humana e oportunidade de compartilhamento de informações, atribuído principalmente pela capacidade de processamento e armazenamento. Esse software oferece diversos recursos, como por exemplo, controlar todo o processo de atendimento, mantendo o histórico de prontuário clínico do paciente, o que facilita sua busca para futuras pesquisas. No entanto, esse prontuário eletrônico em particular apresenta algumas inconsistências que dificultam o seu uso.

12 12 Refletindo sobre a problemática desse sistema utilizado na instituição estudo de caso, vale a pena apresentar a visão do Ministério da Saúde sobre as características ideais de um prontuário eletrônico. Portanto, essas características devem buscar modernizar os processos, no sentido de tornar disponível aos profissionais da saúde, de forma ágil e organizada, na hora da coleta e consolidação das informações de saúde do paciente hospitalar, através do sistema. (BRASIL, 2015) A preocupação do governo em prover serviços de informação a seus profissionais fizeram, com que a atenção das instituições com presença na web se voltasse para a usabilidade de seus sistemas. Segundo a norma ISO , citada por Dias (2003, p.26) a usabilidade é a capacidade de um produto ser usado por vários usuários específicos para atingir objetivos específicos com eficácia, eficiência e satisfação em um contexto específico de uso. A mesma autora também complementa que a avaliação heurística é um método de inspeção sistemático de usabilidade de sistemas interativos, cujo objetivo é identificar problemas de usabilidade que, posteriormente, serão analisados e corrigidos ao longo do processo de desenvolvimento do sistema. (DIAS, 2003, p.62). Segundo Cybis (2010, p212) As avaliações por especialistas podem produzir ótimos resultados [...]. Entretanto, seus resultados dependem da competência dos avaliadores e das estratégias de avaliação empregadas. Este trabalho analisa e oferece proposta de melhorias relacionada à usabilidade no sistema de gestão de dados no módulo evolução de enfermagem do prontuário de paciente hospitalar dessa instituição, preocupando-se com a estética e funcionalidade e, facilitando a interação usuário/máquina. 1.1 PROBLEMÁTICA Softwares mal estruturados são frequentemente questionados pelo usuário, pois as interfaces com problemas de usabilidade dificultam ou mesmo impedem o uso do sistema com facilidade e clareza, causando o aborrecimento, frustração e perda de autoestima, contribuindo para a desistência do uso pelo usuário. A dificuldade de elaboração de softwares eficientes acontece pela falta de conhecimento e aplicação da avaliação heurística e

13 13 recomendações de usabilidade. Guimarães (2007 apud FERREIRA; GUIMARÃES, 2009) afirma também, que quando isso acontece, o sistema torna-se inútil ou prejudicial, podendo induzir o usuário a realizar uma tarefa de forma inadequada. Como os efeitos de um problema de usabilidade podem afetar diretamente a interação do usuário e indiretamente a realização de sua tarefa, no sistema prontuário eletrônico de paciente hospitalar, será avaliada a evolução de enfermagem dentro do seu contexto de uso. Será analisado, qualquer problema de usabilidade que possa retardar, prejudicar ou inviabilizar a realização de uma tarefa, aborrecendo, constrangendo ou traumatizando o profissional da saúde que utiliza o sistema interativo. Com isso, nesta pesquisa buscar-se mostrar: Quais são os problemas de usabilidade existentes no módulo evolução de enfermagem do prontuário eletrônico e como contribuir para estabelecer um serviço de qualidade, garantindo a satisfação dos usuários desse sistema? 1.2 OBJETIVOS Esta pesquisa científica concentra-se no desenvolvimento de um estudo exploratório que pretende alcançar os objetivos, apresentados a seguir Objetivo Geral Analisar, com base nas recomendações de usabilidade, a funcionalidade evolução de enfermagem no sistema de prontuário eletrônico de paciente hospitalar, e desenvolver um protótipo de interface como sugestão de melhoria desse sistema.

14 Objetivos Específicos Pesquisar e identificar as recomendações de usabilidade e as técnicas de avaliação de usabilidade na elaboração de softwares. Escolher e aplicar as técnicas de avaliação de usabilidade no modulo de evolução de enfermagem no prontuário eletrônico. Analisar os dados da avaliação realizada. Desenvolver um protótipo de interface como exemplo comparativo para as interfaces analisadas, propondo a melhoria do módulo de evolução de enfermagem no sistema de prontuário eletrônico do paciente hospitalar. 1.3 JUSTIFICATIVA O termo usabilidade começou a ser empregado no início da década de 80, principalmente nas áreas da Psicologia e Ergonomia, e vem assumindo uma importância crescente na era da internet. (DIAS, 2003) A norma ISO 9241 define usabilidade como a capacidade que um sistema interativo oferece a seu usuário, em determinado contexto de operação, para a realização de tarefas de maneira eficaz, eficiente e agradável. (CYBIS, 2010, p.16). Desde a década de 90, a preocupação com a qualidade da informação na internet tem estimulado vários estudos na área de interação Homem-Computador, principalmente no desenvolvimento de diretrizes e métodos de avaliação, como tentativas de garantir a confiabilidade da informação e proporcionar aos usuários confiança e satisfação por atingirem seus objetivos com menos esforços, em menos tempo e menos erros. (DIAS, 2003). A análise de usabilidade do sistema proposto é embasada nas heurísticas, percurso cognitivo, nos critérios adotados e em todas as considerações teóricas que serão abordadas na presente pesquisa. Neste sentido, a usabilidade advinda da identificação das heurísticas e percurso cognitivo pesquisados no software de gestão do prontuário eletrônico de paciente hospitalar, contempla a busca da percepção de qualidade neste. Portanto, tem como premissa

15 15 promover o serviço de informação de qualidade aos usuários do sistema, garantindo eficácia e eficiência, proporcionando a satisfação do mesmo. Vale destacar que o usuário deste sistema são os profissionais da área da saúde que estão realizando serviços de atendimento à população. Assim, com a melhoria dessa ferramenta espera-se contribuir para facilitar a realização das tarefas desse profissional. 1.4 ESTRUTURA DA MONOGRAFIA O conteúdo desta monografia está descrito em cinco capítulos. No primeiro capítulo são apresentados os objetivos gerais e específicos que motivaram o desenvolvimento deste trabalho. O segundo capítulo diz respeito à revisão bibliográfica que apresenta definições sobre o prontuário eletrônico, objetivos e características da interação humano-computador, heurísticas e a evolução tecnológica da usabilidade, critérios ergonômicos para o projeto de interface e as técnicas de avaliação, com a finalidade de garantir a qualidade da ergonomia das interfaces e a usabilidade dos sistemas. O terceiro capítulo descreve a metodologia proposta, apresenta as etapas e delimitações. O quarto capítulo diz respeito à descrição do software escolhido para desenvolvimento deste trabalho, bem como análise de usabilidade considerando o percurso cognitivo, as heurísticas apresentadas, descrição das atividades, pesquisas e resultados, bem como a prototipação de novas interfaces e sua sequência. No quinto capítulo são apresentadas as conclusões obtidas com a pesquisa realizada, o resultado final com a experiência deste trabalho e os trabalhos futuros.

16 16 2 REFERENCIAL TEÓRICO O presente capítulo tem por objetivo a apresentação do embasamento teórico baseado prontuário eletrônico, interação humano-computador, princípios ergonômicos, usabilidade e ergonomia de interface, os métodos e técnicas de avaliação de usabilidade. 2.1 PRONTUÁRIO ELETRÔNICO O termo prontuário tem origem do latim promptuarim, e segundo Ferreira (2004 apud Lunardelli e Molina, 2010), o prontuário pode ser definido como um lugar onde as anotações ou documentações que ficam arquivadas, sendo como um manual de informações úteis, podendo ser utilizados quando precisar saber dados referentes a uma pessoa. O Conselho Federal de Medicina-CFM (BRASIL, 2002, p.184-5) conceitua o prontuário como: [...] um conjunto de informações, sinais e imagens registradas, geradas a partir de fatos, acontecimentos e situações sobre a saúde do paciente e a assistência a ele prestada, de caráter legal, sigiloso e científico, utilizado para possibilitar a comunicação entre membros da equipe multiprofissional e a continuidade da assistência prestada ao indivíduo. Dentro desse contexto, é importante saber que em uma instituição voltada à área da saúde o prontuário do paciente deve conter informações que assegurem a continuidade do atendimento ao paciente desde a sua entrada na instituição da saúde até sua saída, contendo os relatórios, exames, diagnósticos e tratamento prescrito. Portanto, para Molina e Lunardelli (2010), ele é de extrema importância como fontes de informação a respeito de determinada patologia, histórico, desenvolvimento, prescrições, também nos processos administrativos, seja no aspecto legal ou financeiro. Segundo o CFM (BRASIL, 2002, p.184-5), devem constar no prontuário, sendo eletrônico ou de papel, as seguintes informações: a. Identificação do paciente nome completo, data de nascimento, sexo, nome da mãe, naturalidade, endereço completo; b. Anamnese, exame físico, exames complementares solicitados e seus respectivos resultados, hipóteses diagnósticas, diagnóstico definitivo e tratamento efetuado; c. Evolução diária do paciente, com data e hora, discriminação de todos os procedimentos aos quais o mesmo foi submetido e identificação dos profissionais que os realizaram, assinados devidamente;

17 17 d. Nos prontuários em suporte de papel é obrigatória à legibilidade da letra do profissional que atendeu o paciente, bem como a identificação dos profissionais prestadores do atendimento, a assinatura e o respectivo número do CRM; e. Nos casos emergenciais, nos quais seja impossível a colheita de história clínica do paciente, deverá constar relato médico completo de todos os procedimentos realizados, para possibilitar o diagnóstico. e/ou a remoção para outra unidade. Com as inovações tecnológicas, Molina e Lunardelli (2010), citam que o surgimento dos primeiros sistemas de prontuário eletrônico foi em 1972, no Congresso patrocinado pelo National Center for Health Services Researchand Development e pelo National Center for Health Statistics dos Estados Unidos onde foi o ponto de partida para o processo de estabelecer uma estrutura para os registros médicos ambulatoriais. As autoras acrescentam ainda que: Após décadas, a aprovação da normatização do prontuário eletrônico no Brasil deuse por intermédio da Resolução 1639 do CFM. Com o uso da certificação digital, o prontuário eletrônico do paciente passa a ter presunção de validade jurídica. Em 2004, foi lançado pela Sociedade Brasileira de Informática em Saúde (SBIS) e o Conselho Federal de Medicina o Manual de Certificação para Sistemas de Registro Eletrônico em Saúde, no qual são estabelecidos critérios para que um prontuário eletrônico seja considerado seguro e com validade legal. (MOLINA; LUNARDELLI, 2010, p.77). Segundo Lessa (2002 apud FLORENCIO, 2010), o prontuário eletrônico é um instrumento de comunicação que permite a todos os profissionais da área da saúde registrar os dados referentes ao seu atendimento, com os objetivos de padronizar e organizar de maneira concisa os dados relativos a cada paciente, otimizando a assistência prestada para que posteriormente, seja possível realizar, a qualquer tempo, análise dos registros, discussão, pesquisa e consulta. Portanto, para Costa (2001) os benefícios com o uso desta tecnologia são inúmeros, como: permite o acesso mais ágil as informações de saúde do paciente; disponibilidade remota; uso simultâneo; legibilidade absoluta; eliminação da redundância de dados e pedidos de exames; integração com outros sistemas de informação; processamento contínuo dos dados; organização mais sistemática; possível redução de custos, com otimização dos recursos, padronização, ainda permitir a busca coletiva, a pesquisa e as análises estatísticas, etc. Percebe-se, portanto, que inúmeras são as vantagens e possibilidades advindas da utilização do prontuário eletrônico. Durante muito tempo, as informações que compõem os prontuários do paciente, foram registradas em papel. Molina e Lunardelli (2010) afirmam que, atualmente os avanços das tecnologias da informação oferecem novos métodos de armazenamento e de transmissão de dados que permitem aos profissionais de área da saúde ter acesso às informações atualizadas, estruturadas e em tempo real.

18 INTERAÇÃO HUMANO-COMPUTADOR Sommerville (2003) afirma que o desenvolvimento de interfaces é uma das atividades mais importantes para a produção de um software que apresente uma interface amigável durante a interação com o usuário. O mesmo autor cita que o projeto de sistemas de computador tem a necessidade de oferecer uma boa e fácil interação para o usuário com as interfaces do seu cotidiano, pois a interface permite a comunicação entre ele e o sistema. Segundo Hewett et al. (1992 apud BARBOSA E SILVA 2010), Interação Humano Computador, ou IHC é uma disciplina envolvida no projeto, avaliação e implementação de sistemas computacionais interativos, para uso humano, e com o estudo dos fenômenos ao seu redor. Esta disciplina se importa com qualidade de uso e o impacto desses sistemas na rotina do usuário. Segundo Padovani (2002) citado por Nascimento e Amaral (2006, p.34): A interação humano-computador é um campo de estudo interdisciplinar que tem como objetivo geral entender como as pessoas utilizam, ou não utilizam, a tecnologia da informação. É um conjunto de métodos e ações que observam como o homem interage com um sistema computadorizado, dedicando-se á implementar e avaliar o design de sistemas interativos e os fenômenos que dele fazem parte, como os atributos da usabilidade. Hoje em dia, os softwares usam uma interface para a comunicação com o usuário e também para conseguir relatórios dos sistemas computacionais. Hirama (2011) cita ainda, que elas devem ser desenhadas de acordo com a capacidade do usuário para atender suas expectativas. Uma interface de difícil interação resultará em erros, ou até mesmo acarretará em abandono do sistema pelo usuário. Se as informações apresentadas não forem coerentes, os usuários poderão ter uma compreensão equivocada dessas informações. De maneira, que ao iniciar suas tarefas em um fluxo inadequado, podem comprometer os dados e causar falhas graves no sistema. (SOMMERVILLE, 2003) Segundo Hirama (2011), o projeto de interface envolve um conjunto de fatores do ponto de vista humano e tecnológico. Para isso, o projetista deve levar em consideração as necessidades, a capacidade, as limitações dos usuários do sistema e reconhecer que as pessoas podem cometer erros. O autor cita alguns princípios a serem seguidos para obter um bom projeto de interface:

19 19 Familiaridade com o usuário - A interface deve ser baseada em termos e conceitos de orientação a objetos e não de conceitos de computador. Consistência de interface O sistema deve apresentar um nível de consistência apropriado, no sentido de que, sempre que possível, as operações semelhantes devem ser ativadas da mesma maneira. Surpresa mínima - Seu comando opera em modo conhecido, o usuário deve ser capaz de prever a operação de comandos semelhantes. Facilidade de recuperação - O sistema deve fornecer mecanismos para permitir aos usuários corrigir os erros e recuperar as ações anteriores. Guia de usuário - A interface deve fornecer respostas significativas, e oferecer recursos sensíveis ao contexto de ajuda ao usuário. Diversidade de usuário - A interface deve fornecer recursos de interação adequados para tipos diferentes de usuários. Durante o projeto de interface, o projetista deve levar em conta alguns aspectos que podem interferir exatamente no uso da interface. Um deles é o tempo de resposta, pois sua duração pode ser lenta ou rápida de acordo com a instabilidade do tempo de resposta. Outro aspecto chama-se facilidade de ajuda, pois permite o usuário sanar suas dúvidas sobre a interface. E por último, as indicações de mensagens, elas devem oferecer corretamente e de fácil compreensão, as orientações para o usuário. (HIRAMA, 2011) Barbosa e Silva (2010, p. 40) referem que, ao projetar um sistema interativo, nem sempre é possível satisfazer igualmente todos os critérios e aspectos envolvidos na qualidade de uso, seja por questões de tempo, orçamento ou mesmo incompatibilidade entre critérios. Por isso, deve-se saber identificar quais os critérios a priorizar no projeto de interação. É necessário que essas prioridades sejam sustentadas de acordo com as necessidades, a capacidade e a experiência do usuário, considerando o contexto de uso do sistema. Para conceber uma interface mais adequada ao mundo onde será inserida, a área de IHC busca considerar a norma NBR , apresentada no próximo capítulo, que define a usabilidade e orienta na identificação das informações necessárias para o desenvolvimento de uma interface em termos de desempenho de usabilidade e de satisfação do usuário.

20 PRINCÍPIOS ERGONÔMICOS A Associação Internacional de Ergonomia (IEA) foi criada em Atualmente, as associações de ergonomia de vários países são representadas pela IEA. Portanto Garcia e Bastos (2011) afirmam ainda que, nos últimos anos, a ergonomia, tem adquirido um espaço importante em áreas científicas como engenharia, psicologia, medicina, arquitetura etc. Seu contexto está relacionado ao estudo científico da relação entre o homem e seus ambientes de trabalho. Segundo as autoras Garcia e Bastos (2011, p.65), resumidamente, pode-se dizer que a ergonomia se aplica ao projeto de máquinas, equipamentos, sistemas e tarefas, com o objetivo de melhorar a segurança, saúde, conforto e eficiência no trabalho. O termo ergonomia é derivado das palavras gregas ergon (trabalho) e nomos (regras). A ergonomia é uma ciência que estuda a adequação das condições de trabalho às características psíquicas e fisiológicas dos trabalhadores de modo a proporcionar um máximo de conforto, segurança e desempenho eficiente. (GARCIA; BASTOS, 2011, p.65). Na área da computação, a ergonomia é a qualidade da adaptação de um sistema a seu usuário e à tarefa que ele realiza. Segundo Cybis (2007), pode-se dizer que a ergonomia está na origem da usabilidade, pois quanto mais adaptado for o sistema interativo, mais satisfeito o usuário ficará durante o uso de um sistema eficaz e eficiente. Ainda para o autor, usabilidade se revela, em um determinado contexto de operação, quando os usuários usam o sistema para alcançar seus objetivos. Portanto, seu objetivo é garantir que os sistemas e dispositivos sejam ajustados conforme o usuário se comporta, pensa e trabalha. Conforme Cybis (2010, p. 24), a usabilidade é a qualidade que caracteriza o uso de um sistema interativo. Ela se refere à relação que se estabelece entre usuário, tarefa, interface, equipamento e demais aspectos do ambiente no qual o usuário utiliza o sistema. Contudo, para desenvolver um sistema com boa ergonomia e usabilidade, será necessária uma equipe que saiba analisar cuidadosamente o sistema em seu contexto de uso e o envolvimento dos usuários nas decisões de projeto da interface, conhecido como o processo estrutural de qualidades do sistema. Ainda, segundo Cybis (2010) existe, porém, um alicerce estrutural que pode favorecer o estabelecimento da usabilidade na relação usuário-sistema em uma interface. O autor refere que essa estrutura é estabelecida seguindo critérios, princípios ou heurísticas de usabilidade. Neste capítulo, serão apresentadas as considerações sobre os sistemas de critérios e princípios de usabilidade ou heurísticas para o projeto de interface, desenvolvidos por Jakob

21 21 Nielsen e Ben Schneiderman, pela ISO Também serão apresentados os critérios ergonômicos propostos por Bastien e Scapin. E por fim, será apresentada uma análise em conjunto, realizada por Cybis (2010), sobre os critérios e seus compromissos. 2.4 USABILIDADE Em 1991, a norma ISO/IEC 9126 definiu o termo usabilidade como sendo um conjunto de atributos de software relacionado ao esforço necessário para seu uso e para o julgamento individual de tal uso por determinado conjunto de usuários. (DIAS, 2003, p.25). Conforme Dias (2003), o termo usabilidade, após essa norma, passou a fazer parte do estudo técnico de outras áreas do conhecimento, tais como Tecnologia da Informação e Interação Homem-Computador, sendo adotado em diversos idiomas. Cybis (2010) afirma que a usabilidade tem como essência a harmonia entre a interface, tarefa, ambiente e usuário. Pode-se dizer que a usabilidade tem em sua origem a ergonomia, que busca proporcionar eficácia, eficiência, saúde e satisfação por meio de adaptação à tarefa ao usuário. Isso significa que seu objetivo é garantir que os sistemas e dispositivos estejam adaptados à maneira como o usuário pensa, comporta-se e trabalha e, assim, proporcionem usabilidade. (CYBIS, 2010, p. 17). Considerando, mais o ponto de vista do usuário e seu contexto de uso do que as características ergonômicas do produto, o conceito de usabilidade evoluiu e teve como definição através da norma ISO , a capacidade de uso de um produto por usuários específicos, com a finalidade de atingir objetivos específicos, garantindo a eficácia, eficiência e satisfação em um cenário específico de uso. Ainda Dias (2003), descreve que para melhor compreensão, a norma acima apresenta determinados conceitos de usabilidade e sua forma estrutural, são eles: Usuário: pessoa que interage com o produto. Contexto de uso: usuários, tarefas, equipamentos, ambiente físico e social em que o produto é usado.

22 22 Eficácia: a capacidade de precisão e completeza com que os usuários alcançam seus objetivos, acessando a informação correta ou gerando a qualidade necessária. Eficiência: a capacidade de precisão e completeza com que os usuários alcançam seus objetivos, em relação à quantidade de recursos gastos. Por exemplo: tempo, esforço físico e cognitivo. Satisfação: conforto e aceitabilidade do produto, emoções que os sistemas proporcionam aos usuários por alcançarem os resultados esperados. A satisfação pode ser medida na observação do comportamento do usuário, suas respostas fisiológicas, reações, atitudes e opiniões expressas. Figura 1 Estrutura de usabilidade Fonte: Dias (2003, p. 27) Segundo Cybis (2010), no Brasil, o setor público e empresarial, despertam seus interesses cada vez mais pelos diferenciais que a ergonomia de interfaces e a usabilidade proporcionam. Tendo como iniciativa a consolidação ou surgimento de inúmeros laboratórios, projetos, cursos, eventos e empresas com o foco direcionado a usabilidade, a acessibilidade e a experiência de usuários de interfaces humano computador. Essas iniciativas buscam evoluir estudos com novas descobertas para o desenvolvimento de interfaces simples, intuitivas e fáceis de usar. De fato, interfaces com estas qualidades fazem com que os usuários se sintam

23 23 confiantes e satisfeitos para atingirem seus objetivos com menos esforços, em menos tempo e com menos erros. (CYBIS, 2010, p.14). As organizações aplicam investimentos em ergonomia e usabilidade e obtêm retornos benéficos no aumento de produtividade e do numero de vendas, diminuição do tempo de treinamento e suporte, além do aumento da valorização de sua imagem no mercado. Por outro lado, um projeto de interface que é difícil de ser utilizado, é motivo de aborrecimento, frustração, perda de autoestima, que resultará um alto grau de erros do usuário e resistência ao uso do sistema, baixa produtividade, competitividade, menor retorno de investimento. Cybis (2010) descreve também que a perda de dados e informações provocada pela dificuldade de uso de uma interface ruim implica ainda em perda de clientes e de oportunidades. Segundo Nielsen (2007) há três fatores que podem existir em uma interface com problemas de usabilidade e que acentuam a gravidade de um problema para os usuários: Frequência: Se a quantidade de usuários que encontrarão o problema for um numero pequeno então, será considerado um problema de baixa gravidade. E assim sucessivamente. Impacto: A quantidade de dificuldades que o problema causa aos usuários. Isso pode variar de leve irritação até ao abandono do sistema. Persistência: Se o usuário é interrompido somente uma vez pelo problema ou ele causa dificuldades continuas. Essas interfaces de difícil utilização podem ser classificadas em três níveis de gravidade. Para cada problema de usabilidade na interface, é necessário pesar a gravidade do problema em relação ao empenho exigido para corrigi-lo. (NIELSEN, 2007). Os três níveis são: Problemas de baixa gravidade: Não são prejudiciais aos negócios do sistema, porém são desprezíveis ou causam aborrecimento. Problemas de média gravidade: Resultam perdas significativas aos negócios do sistema causando confusão e frustração aos usuários. Problemas de alta gravidade: Resultam no impedimento dos usuários utilizarem o sistema ou abandonar definitivamente, que leva a danos inaceitáveis e/ou perda de negócios.

24 24 Conforme Cybis (2010) para a construção de sistemas interativos, com interfaces ergonômicas e que proporcionem usabilidade, é necessário que os profissionais desta área tenham um vasto conhecimento sobre como é a estrutura dos processos cognitivos humanos e as finalidades do sistema. Isso, portanto é um grande desafio, afinal as pessoas percebem que existem novas possibilidades ou funcionalidades e passam a usar um dispositivo de maneiras diferentes e fazem com que as estratégias e situações de uso evoluam com o tempo e com o uso do sistema, o que implica em um processo de constante evolução. Contudo, para desenvolver um sistema com ergonomia e usabilidade, será necessária uma equipe competente, o envolvimento dos usuários, ferramentas especializadas, tempo e dinheiro. Jakob Nielsen, citado por Cybis (2010), conhecido como especialista em usabilidade, fala em um de seus livros, que os investimentos para desenvolver boas interfaces com o usuário, diminuem os custos, aumentam as vendas e a empresa ganha mercado, e como consequência, obtêm retorno altamente lucrativo. Esse objetivo pode ser alcançado a partir de um conhecimento de engenharia, referindo-se a resultados elevados e recursos reduzidos. Então no final dos anos 80 e durante a década seguinte, empresas e organizações fazem aflorar a engenharia de usabilidade através de seus trabalhos para desenvolver programas de software interativo com usabilidade. A engenharia de usabilidade, por sua vez, ocupa-se de interface com o usuário, um componente de sistema interativo formado por apresentações e estrutura de dialogo que lhe conferem um comportamento em função das entradas dos usuários ou de outros agentes externos. O autor cita ainda que elas apresentam painéis com informações, dados, controles, comandos e mensagens, e é por meio dessas apresentações que a interface solicita e recepciona as entradas de dados, de controles e de comandos dos usuários. Por fim, ela controla o dialogo, interligando as entradas dos usuários com as apresentações de novos painéis. Uma interface é definida segundo uma lógica de operação que visa a que o sistema seja agradável, intuitivo, eficiente e fácil de operar. (CYBIS, 2010, p.18) O cientista Newell (1983 apud CYBIS, 2010) e outros descreveram estruturas e processos cognitivos que o usuário apresenta durante sua interação com o computador, como, percepção, atenção, raciocínio etc. A produção de conhecimento tinha como finalidade a geração de interfaces mais adequadas. Entretanto, as recomendações ergonômicas aplicadas ao projeto de interfaces foram melhores adotadas pelos projetistas do que as teorias sobre cognição humana. Pois, as recomendações ergonômicas são de suma importância para a construção da engenharia de usabilidade. Segundo Cybis (2010, p.20) as iniciativas mais recentes e efetivas para o desenvolvimento da engenharia de usabilidade são, entretanto, de ordem metodológica. Foi considerado como um ciclo evolutivo, iterativo e baseado em processo cognitivo humano e

25 25 personalidades. A norma ISO desenvolveu uma estrutura que mostra as quatro principais etapas desse ciclo, que se chama Projeto centrado no usuário. Figura 2 Projeto centrado no usuário (ISO 13407) Fonte: Cybis (2010, p. 20) A estrutura deste ciclo reflete processos de análise e reflexões de ergonomia e usabilidade, para o desenvolvimento adequado do projeto de interfaces com o usuário, em paralelo com o sistema, com a finalidade de ter requisitos satisfatórios. Para este tipo de desenvolvimento, a Norma citada por Cybis (2010), descreve ainda que, em razão da exigência de amplo conhecimento em diferentes disciplinas para o projeto de interfaces com o usuário, existe a necessidade de contar com pessoas de competência variada para realizar este tipo de desenvolvimento. Os profissionais de competência necessários para a equipe, sugeridos pela norma, são: Designers de interfaces; Representante de marketing; Analistas e engenheiros na área de usabilidade; Engenheiros e programadores de softwares;

26 26 Especialistas em ergonomia/fatores humanos; Representantes de suporte e treinamento; Representantes de especialistas no domínio do trabalho; Integrante que entenda a cognição humana de todos os tipos de usuários finais do sistema; Representantes de usuários indiretos, incluindo os gerentes e os clientes que adquirem o sistema. Dentre os profissionais de uma equipe de projeto de interface, para Cybis (2010), a pessoa que possui mais conhecimento do sistema interativo no contexto de seu uso é o usuário final, e deve-se procurar envolve-lo nas decisões do projeto, para que os sistemas ou produtos tenham qualidade e sejam aceitos com facilidade pelos usuários Considerações finais Nesta seção foram apresentados conceitos de usabilidade considerando o ponto de vista do usuário e seu contexto de uso, para o desenvolvimento de interfaces simples, intuitivas e fáceis de usar. Foram ainda apresentados três fatores que podem acentuar a gravidade de um problema na interface: Frequência, impacto e persistência. Esses problemas nas interfaces podem ser classificados em três níveis de gravidade: problemas de baixa, média e alta gravidade. Também foram discutidas as orientações em relação ao que é necessário para desenvolver um sistema com ergonomia e usabilidade. Citados também os profissionais de competência necessários para a equipe de projetos de interface.

27 HEURÍSTICAS DE NIELSEN A seguir serão descritos os dez princípios de usabilidade propostos por um dos maiores especialistas em usabilidade nos estados Unidos, autor do livro Usability engineering de 1994, Jakob Nielsen (CYBIS, 2010). Em 2001 Nielsen (2001 apud PREECE, 2005) e seus colegas, descrevem os dez princípios fundamentais de usabilidade: Visibilidade do estado do sistema - o sistema mantem os usuários sempre informados sobre o que esta acontecendo, fornecendo um feedback adequado, dentro de um tempo razoável. Mapeamento entre o sistema e o mundo real - o sistema fala a linguagem do usuário utilizando palavras, frases e conceitos familiares a ele, em vez de termos orientados ao sistema. Liberdade e controle ao usuário - fornece maneiras de permitir que os usuários saiam facilmente de lugares inesperados em que se encontram, utilizando saídas de emergências claramente identificadas. Consistência e padrões - evita fazer com que usuários tenham que pensar se palavras, situações ou ações diferentes significa a mesma coisa. Prevenção de erros - quando possível, impede a ocorrência de erros. Reconhecer em vez de relembrar: torna objetos, ações e opções visíveis. Flexibilidade e eficiência de uso - fornece aceleradores invisíveis aos usuários inexperientes, os quais, no entanto, permitem aos mais experientes realizar tarefas com mais rapidez. Design estético e minimalista - evita o uso de informações irrelevantes ou raramente necessárias. Suporte para o usuário a reconhecer, diagnosticar e recuperar erros utiliza linguagem simples para descrever a natureza do problema e sugere uma maneira de resolvê-lo. Ajuda e documentação - fornece informações que podem ser facilmente encontradas e ajuda mediante uma série de passos concretos que podem ser facilmente seguidos.

28 28 Os princípios de usabilidade também foram conduzidos em necessidades ainda mais especificas, visto como regras. Segundo Preece (2005), trata - se de orientações de suma importância a serem seguidas. 2.6 REGRAS DE OURO DE SCHNEIDERMAN Outro exemplo de guia de recomendações importantes na avaliação de usabilidade são as oito regras de ouro relacionado ao projeto de dialogo entre humanos e computadores, propostas por Ben Schneiderman, em seu clássico livro Designing the user interface. As regras de ouro citadas por Schnneiderman e Plaisant (2004 apud CYBIS 2010) são: Tornar a interface consistente; Fornecer atalhos; Fornecer feedback informativo; Marcar o final dos diálogos; Fornecer prevenção e manipulação simples de erros; Permitir o cancelamento das ações; Fornecer controle e iniciativa ao usuário; Reduzir a carga de memória do usuário. Segundo Barbosas e Silva (2010), as heurísticas de Nielsen e as regras de ouro de Shneiderman, fazem parte dos princípios e diretrizes mais conhecidos, pois servem para auxiliar no processo de design de interface, mas jamais substitui o processo cuidadoso de analise, design e avaliação. Os autores Nielsen e Sheneiderman, recomendam ainda, que o design de interface seja projetado conforme as convenções do mundo real, de forma a seguir uma linha de raciocínio lógico com inicio, meio e fim. Para ajudar os especialistas no projeto e avaliação de usabilidade, existem também os princípios de dialogo proposto pela norma ISO 9241:10, que serão citados na próxima sessão.

29 PRINCÍPIOS DE DIÁLOGO DA NORMA ISO 9241:10 A norma ISO 9241:10 (1998) é outro exemplo de guia de recomendações importantes na avaliação de usabilidade. Ela propõe os Princípios de Diálogo composto por sete princípios ergonômicos para o projeto e a avaliação de Interfaces. São eles: Adaptabilidade à tarefa; Autodescrição; Controle ao usuário; Conformidade com as expectativas do usuário; Tolerância a erros; Facilidade de individualização; Facilidade de aprendizagem. Visto que os princípios e diretrizes são utilizados pelo projetista com a finalidade de criar um sistema coerente de objetivos, propriedades e relações corretamente estruturadas, de maneira que o usuário possa interagir com o sistema, aprender rapidamente e sem dificuldades. O autor afirma ainda, que devemos explorar os mapeamentos naturais, seja entre as variáveis mentais e as físicas, seja entre as tarefas e os controles utilizados para manipular as variáveis no mundo real e no sistema projetado. Norman (1988 apud BARBOSA E SILVA 2010, p.265). 2.8 CRITÉRIOS ERGONÔMICOS DE SCAPIN E BASTIEN Os critérios ergonômicos é um sistema de qualidades desenvolvido em 1993, por dois pesquisadores franceses, Dominique Scapin e Christian Bastien. Eles sugeriram um conjunto de oito critérios ergonômicos subdivididos em 18 subcritérios e critérios elementares. O objetivo de tal sistema é reduzir ao máximo a redundância na identificação e classificação de qualidades. Contudo, Cybis (2010) cita que, esses autores mostraram que os

30 30 critérios ergonômicos visam á sistematização dos resultados das avaliações de usabilidade de interface. A seguir será apresentado um resumo de cada item do conjunto de critérios, mostrando como um critério pode ser prioridade em certos contextos de uso, e impróprio em outros contextos de uso. (CYBIS, 2010) Condução Segundo Cybis (2010), condução é a qualidade da interface durante a interação usuário/sistema. Seu objetivo é favorecer o aprendizado e a utilização do sistema por usuários de primeiro contato, iniciantes. A interface então deve orientar o usuário na interação com o sistema. Tal qualidade possui cinco subcritérios: convite, agrupamento e distinção entre itens, legibilidade e feedback imediato Convite Esta qualidade é que induz o usuário a realizar alguma determinada ação. Ainda para Cybis (2010), eles dizem respeito a informações que o sistema deve disponibilizar ao usuário para que ele saiba qual o atual contexto que ele se encontra na interação, quais ações estão disponíveis, quais são as ferramentas de ajuda, bem como o modo de acesso. O autor descreve ainda que, interfaces atraentes são desenvolvidas conforme os itens: Telas, janelas e caixas de diálogos, todas com os títulos claros; Informações sobre a condição dos componentes do sistema; Informações sobre o preenchimento de um formulário sobre as entradas esperadas, com seu nome, descrição, formato e as unidades de medidas; Opções de ajuda visivelmente indicadas.

31 Agrupamento e distinção de itens Cybis (2010) afirma que este critério é uma qualidade que visa á percepção, proporcionando a facilidade de interação com a interface, a todos os tipos de usuário. Pois a compreensão mais ágil da interface depende do posicionamento, da ordenação e formação dos itens, visando mostrar a relação entre eles e uma compreensão subjetiva das informações apresentadas na interface. Segundo o autor, este critério está dividido em dois critérios elementares: Agrupamento e distinção por localização Permite o usuário perceber rapidamente os agrupamentos de acordo com a localização das informações e o posicionamento adequado dos itens na interface. Agrupamento e distinção por formato Nesta qualidade o sistema computacional é graficamente organizado e possibilita o usuário perceber rapidamente os componentes compatíveis e incompatíveis na interface, como cor, tamanho, forma, estilo de escrita etc Legibilidade Este critério é uma qualidade a serviço de todos os usuários de interface, principalmente aos idosos e aos usuários portadores de baixa acuidade visual. Seu objetivo é evitar que a leitura das informações textuais fique ilegível por algum motivo. Esta qualidade se preocupa com as formalidades gráficas de leitura. (CYBIS, 2010)

32 Feedback imediato O feedback imediato é a qualidade da interface que os usuários, principalmente para os iniciantes, que executam ações no sistema e recebem resposta imediata. Visto que especialistas por utilizar o sistema há mais tempo, já sabem quais serão as reações do sistema. Ainda para Cybis (2010), é necessário que o feedback tenha qualidade e agilidade na resposta para que o usuário fique satisfeito e confie nas informações dispostas na interface. De fato, proporcionam um melhor entendimento sobre o funcionamento do sistema. A ausência ou demora do feedback fazem com que o usuário fique sem ação ao suspeitar que o sistema esteja enfrentando uma falha no mesmo, fazendo tomar atitudes nocivas ao sistema que permanece com processos em andamento. Feedback de qualidade em uma interface, para o autor Cybis (2010): Apresenta ao usuário o recebimento de todas as entradas, por ele realizada; Relata ao usuário que um processo demorado esta sendo tratado para retornar resposta. O sistema deve retornar respostas rápidas e consistentes com informações sobre o resultado das ações efetuadas pelo usuário. (CYBIS, 2010) Carga de trabalho Esta qualidade refere-se ao software confortável, pois sua finalidade é reduzir ao máximo as atividades intensas e repetitivas, visto que diminuirá a necessidade de cognição, percepção e movimentação, isto é, evitando leituras e memorizações desnecessárias, além de mudanças e repetições de transações. Ainda Cybis (2010), refere que este critério é eficaz para a redução da carga de trabalho e erros por distrações ou fadiga, estabelecendo o aumento de eficiência do diálogo. Segundo o autor, carga de trabalho subdivide-se em duas regras:

33 Brevidade Para que um software ergonômico estabeleça esta qualidade, segundo Cybis (2010), deve-se evitar a execução de ações dispensáveis de trabalho perceptivo, cognitivo e motor do usuário na entrada ou saída individual como também para conjunto de entradas. O critério brevidade possui duas subdivisões elementares: Concisão - Diminui a quantidade de atividades que dependem da percepção, da capacidade motora ou cognitiva associada à execução de saídas e entradas individuais. Exemplo: títulos, rótulos e denominações curtas. Ações Mínimas Esta qualidade minimiza as ações necessárias para realização de tarefas ou para o usuário alcançar seu objetivo. Ao limitar ao máximo as interfaces pelas quais o usuário precisa passar, diminuindo a carga de trabalho e os erros. Exemplo: Dados que podem ser deduzidos pelo sistema, não são solicitados ao usuário Densidade informacional Esta qualidade é utilizada, principalmente, para os usuários iniciantes, pois muitas vezes encontram dificuldades em procurar a informação desejada em uma tela carregada. Visto a necessidade de redução da carga de memorização para os novos usuários. Ainda Cybis (2010), afirma que este critério se refere à carga de trabalho preceptiva e cognitiva do usuário relacionado ao total de itens de informação apresentados simultaneamente. Também deve- se destacar que a redução de desempenho dos usuários é diminuída quando a carga informacional é muito alta ou é muito baixa.

34 Controle explícito Softwares obedientes são personalizados com a aplicação deste critério. Ele se aplica exclusivamente, em atividades longas e sequenciais e onde os processos são mais demorados. Portanto, a falta de controle do usuário sobre o que está sendo executado no sistema, pode provocar a perda de tempo e informações. Quando o usuário define claramente suas entradas e quando ele tem essas ações sob controle, as redundâncias e os erros são minimizados. (CYBIS, 2010) De acordo com o autor acima, este critério se define em dois subcritérios: Ações explícitas do usuário A execução de tarefas longas, sequenciais, de tratamento demorado ou de grande relevância para o usuário, é realizada após a aplicação deste critério. Além disso, são observados menos erros e melhor compreensão da funcionalidade da aplicação, quando o processamento do sistema executa apenas os comandos ordenados pelo usuário. Isto se refere à conexão precisa existente entre uma ação do usuário e o sistema computacional. (CYBIS, 2010) Controle do usuário A aplicação deste critério é realizada simultaneamente com a execução de tarefas longas, sequenciais, de tratamento demorado ou de grande relevância para o usuário. É importante que o sistema mantenha o usuário no controle dos processos, dandoo a liberdade de escolher e dominar uma tarefa de cancelamento, reinício, retomada, interrupção ou mesmo a finalização dos tratamentos. Cybis (2010) descreve também que o

35 35 usuário deve ter, facilitadas as suas ações de entrada de dados e comandos, portanto, para cada situação devem ser oferecidas somente as opções necessárias Adaptabilidade Este critério citado por Cybis (2010) é uma qualidade geralmente empregada em sistemas computacionais que são utilizados por diversos tipos de usuário, visto que, uma única interface não é capaz de atender satisfatoriamente a todos os tipos de usuários. A interface deve oferecer varias maneiras/caminhos para execução de uma mesma tarefa, de forma a garantir um equilíbrio para o nível de usabilidade, a adaptação de acordo com suas necessidades e a satisfação do usuário Flexibilidade Aplica-se está qualidade quando existe a possibilidade de realizar uma tarefa de diferentes formas para que se obtenha a mesma finalidade. Cybis (2010) descreve ainda que este critério é subdividido em duas qualidades: Flexibilidade estrutural Refere-se á existência de diversas formas de realização de uma determinada tarefa para que se obtenha a mesma finalidade. Exemplo: realizar a entrada de dados por digitação, por seleção ou por manipulação direta. Personalização este caso se refere á possibilidade dos usuários mais experientes utilizarem as maneiras diferentes colocadas à disposição para a personalização da interface de modo a ser configuradas de forma pessoal. Exemplo: personalizar as telas com a inserção ou a exclusão de ícones, dados ou comandos. Também alterar valores default do sistema.

36 Consideração da experiência do usuário Ao empregar este método é necessário levar em conta os diferentes níveis de experiência dos usuários. Cybis (2010, p. 41) afirma ainda que o software deve ser usado tanto por novatos como por experientes, que não têm as mesmas necessidades de informação e diálogo. Vale ressaltar, se um usuário experiente deixar de utilizar o sistema por longo período, ele pode voltar á condição de iniciante novamente Gestão de erros Aplica-se esta qualidade em todas as situações, principalmente, em aquelas sujeitas a graves erros, como, perda de dados, dinheiro ou as que proporcionam riscos a saúde das pessoas. Portanto, os erros causam interrupções no sistema e adquirem consequências negativas sobre as tarefas do usuário. De acordo com a gestão de erros, existem mecanismos para evitar, reduzir ou corrigir a ocorrência de erros. Quanto menos erros, melhor será o desempenho do usuário, a segurança e a eficiência do sistema. (CYBIS, 2010) Conforme o autor, estes mecanismos são divididos em três subcritérios: Proteção contra erros Segundo Cybis (2010) são mecanismos que detectam e previnem a ocorrência de erros na execução de entrada de dados ou comandos feitos pelo usuário. De maneira a impedir o acontecimento de ações desastrosas ou não recuperáveis.

37 Qualidade das mensagens de erro A informação de erro dada ao usuário deve ser clara, precisa, pertinente e legível. Se o usuário recebe uma mensagem de erro, ele deve ser informado corretamente sobre as ações que devem ser executadas e que passos o usuário deve seguir para corrigi-lo. (CYBIS, 2010) Correção de erros Este critério, segundo Cybis (2010), se caracteriza pelo sistema oferecer vários mecanismos de correção de erros que permite o usuário a corrigir seus erros através da interface. Visto que, ao facilitar a correção de erros, o sistema causa menos aborrecimento e um usuário mais tranquilo Homogeneidade/Coerência Em seu livro, Cybis (2010) descreve que, esta qualidade é utilizada em todos os diferentes níveis de experiência dos usuários, porém principalmente, quando os usuários são iniciantes ou aqueles que não usam o sistema com frequência. Visto que, quando tentam interagir com uma tela não amigável e encontram dificuldades em achar a informação desejada, geralmente, eles tentarão interagir com outras telas do próprio sistema. É importante salientar que este critério caracteriza o software consistente. Diz respeito à importância da padronização estrutural (códigos, denominações, formatos, procedimentos etc.) do projeto de interface. De modo que, possibilite o comportamento esperado do sistema, um aprendizado de conhecimento geral e a diminuição de erros.

38 Significado dos códigos e denominações Assim como o critério anterior, esta qualidade é utilizada em todos os diferentes níveis de experiência dos usuários, porém principalmente, quando os usuários são iniciantes ou aqueles que não usam o sistema com frequência, eles serão os que mais tirarão proveito dessa qualidade. Visto que, para Cybis (2010), os usuários mais experientes podem já estar acostumados a interagir com uma interface não amigável. É importante salientar que esta qualidade define as interfaces claras. Refere-se à adequação entre objetos, as informações apresentadas e suas referências que estão presentes na interface. Quando a codificação é de difícil identificação para o usuário, o sistema pode leva-lo a cometer erros, como selecionar a opção errada ou não informar dados importantes. (CYBIS, 2010) Compatibilidade Para que se tenha uma melhor compreensão, este critério possui três aspectos: a compatibilidade com o usuário, com a tarefa e com o ambiente. Visto que, sua eficiência é maior quando as características do usuário com as do sistema são compatíveis em termos cognitivos, demográficos, culturais, de conhecimento, desempenho e expectativas do usuário. Cybis (2010, p.47) cita também que, quando o usuário efetua uma tarefa no sistema, deve existir a sincronização [...] entre as características do sistema e as das tarefas em termos de organização das entradas, das saídas e do diálogo de dada aplicação. 2.9 AVALIAÇÃO DE USABILIDADE O fator usabilidade, claramente se desenvolveu com a existência da web, mas infelizmente é ainda muito comum o desinteresse dos web designers para com a avaliação de

39 39 usabilidade, pois, preferem evitar o processo de avaliação por resultar em um gasto maior de tempo de desenvolvimento e custar dinheiro. (PREECE, 2005) A avaliação de usabilidade é um processo sistemático de coleta de dados durante o processo de desenvolvimento do sistema, utilizada para analisar a facilidade de interação do usuário com a interface e se ela cumpre os requisitos do usuário. De maneira que, busque produzir um sistema interativo com alta qualidade de uso. (PREECE, 2005) As necessidades do usuário devem conduzir a avaliação durante todo o processo de desenvolvimento do sistema, o que pode ser alcançado avaliando e corrigindo os problemas de usabilidade em vários estágios do seu desenvolvimento, antes do sistema ser entregue ao usuário, para que se adapte às suas necessidades. Além disso, diminui custos financeiros com a correção de erros descobertos durante o desenvolvimento do sistema, antes do produto ser entregue ao consumidor. (PREECE, 2005) Segundo Dias (2003), cada fase de avaliação do desenvolvimento de sistemas interativos, possui seu objetivo característico: Fase inicial serve para identificar parâmetros ou elementos a serem implementados no sistema; Fase intermediária é útil no refinamento ou validação do projeto; Fase final assegura que o sistema atenda aos objetivos e às necessidades dos usuários. Entretanto, de acordo com a recomendação da autora, deve-se realizar as avaliações pelo menos a partir da fase intermediária, para que não ocorra o risco de ter que refazer o sistema depois de finalizado, em função dos problemas detectados em avaliações de usabilidade após sua conclusão. Um problema de usabilidade pode ser definido como qualquer característica, observada em determinada situação, que possa retardar, prejudicar ou inviabilizar a realização de uma tarefa, aborrecendo, constrangendo ou traumatizando o usuário. (DIAS, 2003, p.42) Estes problemas de usabilidade são classificados em três características, descritos por Dias (2003):

40 40 Barreira é quando o usuário esbarra frequentemente na barreira e não aprende a ultrapassa-la, comprometendo o desempenho do usuário e a realização da tarefa. Obstáculo - é quando o usuário esbarra no obstáculo e aprende a ultrapassalo, comprometendo o desempenho do usuário e a realização da tarefa até que o mesmo encontre uma solução. Ruído Este é um problema mais brando, por apenas diminuir o desempenho do usuário, porém, compromete mais a sua satisfação. como: Segundo Dias (2003), os problemas de usabilidade podem ser classificados ainda Inicial é quando afeta somente os usuários inexperientes; Geral é quando afeta qualquer tipo de usuário; Especial é quando afeta determinados grupos de usuários. Avançado é quando ocorre o comprometimento da realização de tarefas executadas por usuários experientes; Quanto à usabilidade, um problema pode causar comprometimento na interação do usuário e a realização de sua tarefa, mas para avaliar a usabilidade de um sistema, Dias (2003) afirma que, é necessário, primeiramente, analisar o seu contexto de uso. Para uma melhor compreensão do processo de desenvolvimento e dos critérios de qualidade, Barbosa e Silva (2010), descrevem um pouco sobre a importância de por que, o que e quando avaliar a qualidade de um sistema interativo. Essas iniciativas buscam melhor compreensão para o desenvolvimento de interfaces simples, intuitivas e fáceis de usar. Cybis (2010, p.14) cita que, interfaces com estas qualidades fazem com que os usuários se sintam confiantes e satisfeitos para atingirem seus objetivos com menos esforços, em menos tempo e com menos erros. Portanto, para Preece (2005), saber o que avaliar, por que avaliar e quando avaliar? é uma tarefa crucial para os profissionais da área de usabilidade. Pois, os usuários esperam um sistema usável que proporcione uma experiência agradável e envolvente. Porém, Barbosa e Silva (2010, p.286) citam que, conhecer os critérios de qualidade e segui-los adequadamente em um processo de fabricação, nem sempre resultam em produtos de qualidade. De modo que, existe a possibilidade de algo passar despercebido

41 41 durante o processo de desenvolvimento, comprometendo a qualidade do produto final. Ainda segundo este autor, durante todo período do processo de desenvolvimento de sistemas interativos, podem ocorrer vários problemas como, na coleta de informação, na interpretação, no processamento, e outros. Então, devem ser preservados os processos de design, o desenvolvimento comprometido com a qualidade do produto final e a avaliação do produto resultante em relação aos critérios de qualidade desejados. De maneira a possibilitar a entrega de um produto com maior qualidade. Pois, segundo Rogers (2013, p.435), a avaliação permite que os problemas sejam corrigidos antes de o produto entrar em venda. Rogers (2013) afirma que o primeiro requisito para garantir a interação do produto para com o usuário é atender às necessidades específicas do mesmo, assegurando a ausência de problemas e aborrecimentos. Em seguida vem à satisfação de ter e poder usar um produto eficiente, claro e harmônico. Hoje em dia, a diversidade de produtos interativos, juntamente com as novas expectativas do usuário, apresenta desafios interessantes para os avaliadores, pois, mesmo depois de o produto ser avaliado, corrigido e confirmado suas funcionalidades conforme as especificações de requisitos, ainda assim problemas de interface relacionados ao uso podem continuar existindo. (BARBOSA; SILVA, 2010) Os autores acima mencionados referem que o objetivo da avaliação é averiguar a usabilidade de acordo com as especificações de requisitos e garantir a interação do produto para com o usuário. A avaliação de qualidade de uso e a correção dos problemas identificados contribuem para a usabilidade e satisfação dos usuários, também contribui em diminuir o custo de treinamento e suporte, e o aumento de benefícios. A avaliação deve ser realizada sob a perspectiva de quem elabora o projeto, de quem desenvolve e de quem utiliza o sistema interativo. Barbosa e Silva (2010) citam ainda que, na perspectiva do desenvolvedor, o objetivo é verificar a funcionalidade do sistema de acordo com as especificações de requisito. Já no entendimento de quem o elabora e de quem o utiliza a finalidade é verificar se o sistema garante adequadamente que os usuários tenham seus objetivos alcançados em um determinado contexto de uso. Segundo Barbosa e Silva (2010), é importante lembrar que as pessoas envolvidas no desenvolvimento de um sistema são diferentes em seus costumes, culturas, pensamentos e objetivos, visto que essa diferença não pode ser desprezada, de maneira que, o sistema seja avaliado de acordo com a perspectiva do usuário, preferencialmente com a sua participação durante o processo de avaliação. Portanto, o requisito importante na avaliação de interface é estabelecer seus objetivos, identificar a quem e porque eles interessam. Esses objetivos

42 42 determinam quais os aspectos relacionados ao uso do sistema que são necessários ser analisados. Esses objetivos são induzidos por solicitações, reclamações ou comportamento de pessoas envolvidas com o sistema. Portanto, o avaliador deve estar concentrado na definição dos objetivos de uma avaliação de acordo com as funcionalidades necessárias ao usuário. Para Barbosa e Silva (2010, p.290), é possível avaliar vários aspectos relacionados ao contexto de uso de acordo com os interesses do público alvo. Outros autores, citados por Barbosa e Silva (2010), definem os quatros aspectos avaliados: Apropriação de tecnologia pelos usuários, incluindo o sistema computacional a ser avaliado, mas não se limitando a ele; Ideias e alternativas de projeto de interface; Verificar conformidade com o padrão; Identificar problemas na interação e na interface. Na avaliação da apropriação de tecnologia é necessário á participação dos usuários para estabelecer um melhor entendimento sobre o contexto de uso do sistema, quais os objetivos, as necessidades e como os usuários costumam alcançá-los, o quanto as tecnologias disponíveis satisfazem suas necessidades e como elas afetam sua vida. (BARBOSA; SILVA, 2010, p.290) Nesta avaliação, a atividade de análise pode ter como base uma pesquisa exploratória. Este tipo de avaliação pode ser realizada em qualquer estágio do processo de desenvolvimento do sistema. Seu seguimento facilita identificar as causas que levam os usuários a não se adaptar e ou deixar de usar o sistema. Ela também compreende os efeitos da inserção de um sistema na rotina do usuário. (BARBOSA; SILVA, 2010) A avaliação de ideias e alternativas de projeto de interface busca comparar diferentes opções de solução de acordo com o contexto de uso e com o desenvolvimento da interface com o usuário. Por exemplo, podemos avaliar a facilidade de aprendizado, o apoio à recuperação de erros, o custo, o tempo, etc. Barbosa e Silva (2010) afirmam que, é mais comum à utilização de protótipo do que comparação de soluções de interface já prontas, nos vários estágios do desenvolvimento neste tipo de avaliação. Na realização desta avaliação não é necessário à participação dos usuários. A conformidade com um padrão é necessário avaliar quando a interface deve ter suas características específicas por serem padronizadas. Um exemplo de padrões estabelecidos é a do W3C para acessibilidade. Segundo o site W3C Brasil (2016), a finalidade desse padrão é desenvolver especificações técnicas e orientações através de um processo projetado para garantir as qualidades técnicas e editoriais, além do trabalho em conjunto da comunidade de desenvolvedores e do público em geral para desenvolver padrões para a web.

43 43 Assim, podemos garantir que os usuários com determinadas deficiências físicas conseguirão acessar e interagir tranquilamente com a interface do sistema. (BARBOSA; SILVA, 2010) Nesta avaliação também podemos averiguar se a interface está de acordo com os padrões estabelecidos em domínios específicos, como correio eletrônico e sites de pesquisa. Desse modo, se o desenvolvimento da interface estiver próximo dos padrões estabelecidos, o usuário terá mais facilidade em utilizá-los por estar familiarizado com essas convenções. (BARBOSA; SILVA, 2010) De maneira geral, essa avaliação colabora com a interface que deve seguir esses padrões para garantir a sua consistência e coerência. A realização desta avaliação não obriga à participação dos usuários. (BARBOSA; SILVA, 2010) O aspecto problemas na interação e na interface é considerado o mais importante em termos de usabilidade. Nesta avaliação os usuários podem ou não participar na coleta de dados, relacionado ao contexto de uso do sistema. O avaliador analisa os dados coletados através da interação do usuário com o sistema, para detectar problemas possíveis. (BARBOSA; SILVA, 2010) Segundo os autores, qualquer avaliação relacionada ao contexto de uso de sistemas interativos, também produz material para elaborar mecanismos de apoio e treinamento. Por exemplo, sistema de ajuda e tutoriais. A avaliação pode ser realizada de acordo com os requisitos do usuário nos diferentes estágios do processo de desenvolvimento da interface. Desde o início da atividade, o designer explora ideias e às aperfeiçoa até alcançar uma solução adequada para ser concebida. Hix e outros (1993), citados por Barbosa e Silva (2010), afirmam ainda que, a avaliação realizada durante todo o processo de desenvolvimento da interface pode ser dividida em: Avaliação construtiva é realizada durante o processo de desenvolvimento da interface, ou seja, antes de sua conclusão, para uma melhor compreensão e construí-la de acordo com os requisitos do usuário, e para certificar que seu desenvolvimento supre as necessidades do usuário com a qualidade de uso esperada. Ela permite identificar possíveis problemas de interação e interface prematuramente, minimizando custos.

44 44 Avaliação conclusiva este tipo de avaliação é realizado ao final do processo de desenvolvimento da interface, pode existir totalmente a interface desenvolvida ou parte dela, de acordo com o seu propósito. Ela avalia a qualidade do sistema em seu contexto de uso, buscando comprovar o êxito da solução de interface que supre as necessidades do usuário com a qualidade de uso esperada. No planejamento da avaliação, o avaliador deve identificar no processo de desenvolvimento quais os momentos certos para realizar a avaliação e qual método de avaliação a ser empregado. Isso permite o avaliador saber quais os requisitos estarão disponíveis ou se o sistema depois de pronto e funcionando, atenderá as necessidades do usuário e se preenche os requisitos estabelecidos pelo mesmo. (BARBOSA; SILVA, 2010) Em seguida, para uma melhor compreensão do processo de desenvolvimento e dos critérios de qualidade, Barbosa e Silva (2010), descrevem um pouco sobre a importância de por que, o que e quando avaliar a qualidade de um sistema interativo. Nas próximas seções, serão descritas algumas das principais fases para a avaliação de usabilidade FASES PARA A AVALIAÇÃO DE USABILIDADE Preece (2005, p.375) enfatiza que escolher o paradigma de avaliação e as técnicas para responder às questões que satisfazem à meta da avaliação é um passo importante, assim como identificar as questões práticas e éticas a serem resolvidas. No entanto, a avaliação envolve questões relacionadas à quais dados coletar, como analisa-los e como apresentá-los.

45 Preparação Essa atividade é fundamental para que uma avaliação forneça bons resultados e confiáveis. Seus objetivos são definidos em cima das requisições, reclamações e/ou comportamentos dos usuários do sistema. Eles devem ser elaborados através de perguntas específicas. (BARBOSA E SILVA, 2010). O avaliador deve definir o escopo da avaliação de acordo com os objetivos e as perguntas a serem respondidas. Ele deve adotar, também, o método mais adequado para realizar a avaliação de acordo com seus objetivos e selecionar em média de 5 a 12 representantes com características semelhantes ao público alvo do sistema avaliado. É necessário que todos os participantes recebam o material com as mesmas informações e orientações. O planejamento de uma avaliação envolve condições práticas, como selecionar os integrantes da avaliação, recursos e equipamentos, a preparação de material de apoio, se necessário treinamento e também envolve ainda questões éticas. Estas condições devem ser definidas de acordo com o método adotado. É definido também, o tempo necessário para cada participante concluir as atividades estabelecidas. Segundo as autoras, ainda, o avaliador deve preparar adequadamente o ambiente e os equipamentos antes de receber os participantes para realizar a avaliação. Após concluir o planejamento da avaliação, é fundamental que o avaliador navegue por todo o sistema a fim de compreender o seu funcionamento e verificar se o material de apoio foi desenvolvido corretamente. Caso ele encontre algum problema durante a navegação, o planejamento e o material de apoio devem ser corrigidos e novamente navegar por todo o sistema para certificar-se que está tudo correto. Em seguida, ele coloca em pratica o planejamento e realiza a avaliação acompanhando os participantes com o formulário que conduz as sessões e facilita o registro dos dados coletados para análise de interação.

46 Coleta de dados De acordo com Barbosa e Silva (2010), após o método de avaliação ser escolhido, a coleta de dados deve acontecer conforme o planejamento efetuado. Se o método escolhido for de inspeção, essa atividade envolve apenas os avaliadores, que realizam a avaliação seguindo o material preparado e os estágios do método escolhido. Os avaliadores analisam a interface simulando as interações dos usuários. Caso o método selecionado for de observação, as avalições contam com a participação dos usuários e suas experiências de uso da interface. Ao receber os participantes, o avaliador deve apresentar todo o ambiente de teste e procurar deixá-los confortáveis e descontraídos, oferecendo algo para beber e explicando tudo sobre o processo de avaliação para sanar todas as dúvidas pertinentes. Depois, o avaliador pede para os participantes assinarem duas vias do documento de aceitação, caso o usuário concorde participar da avaliação. Uma via fica com o usuário e a outra com o avaliador. Em seguida, o avaliador pede para os participantes responder o questionário préteste. Respondido o questionário, o avaliador entrega o material com as tarefas a ser realizadas e inicia a avaliação, anotando qualquer acontecimento que possa ser relevante para a interpretação dos dados coletados, durante a interação dos usuários com a interface. Ele pode pedir para os usuários que descrevam em voz alta sua interação. Caso o participante não consiga concluir uma tarefa por algum motivo, o avaliador pode sugerir para ele passar para a próxima tarefa solicitada ou até mesmo desistir da avaliação. Segundo as autoras ainda, após a sessão de observação, deve ser realizada pelos avaliadores a entrevista pós-teste com os usuários sobre suas opiniões, experiências, comportamento, intenções, interpretações e percepções durante a interação com a interface Interpretação Nesta atividade, o avaliador analisa o conteúdo coletado e classifica seus significados. Barbosa e Silva (2010) enfatizam, que para isso é necessário levar em consideração o método de avaliação escolhido e o que foi definido na atividade anterior. Ao

47 47 analisar os dados coletados é necessário classifica-los. Segundo Preece (2005), eles podem ser classificados em três tipos de dados: O primeiro são os dados qualitativos que são interpretados e utilizados para conseguir contar uma história convincente que foi observada. O outro são os dados qualitativos que são categorizados utilizando-se técnicas, como análise de conteúdo, por exemplo, palavras, frases, emissão de voz e gestos. E por último, são os dados quantitativos que são coletados a partir dos logs da interação e dos vídeos e apresentados como valores, tabelas, quadros e gráficos, recebendo um tratamento estatístico. (PREECE, 2005) Segundo Barbosa e Silva (2010), os dados coletados podem ser analisados automaticamente ou de forma manual. A maneira automática é mais rápida e sistemática. No entanto, a análise praticada por um avaliador humano é mais importante na garantia de qualidade da usabilidade, pois é difícil desenvolver um programa computacional com toda a visão que o avaliador pode adquirir sobre o contexto de uso do sistema avaliado TÉCNICAS DE AVALIAÇÃO DE USABILIDADE Ao avaliar a usabilidade de uma interface é necessário identificar os métodos de avaliação de usabilidade compatíveis com o contexto de uso analisado. Dias (2003) descreve ainda que, para isso, realiza-se um levantamento de informações a respeito dos tipos de usuários desta interface e quais são as funções que a aplicação deve executar para atender as necessidades de interação dos usuários com o sistema, e as tarefas que eles realizam. Após o levantamento destas informações, deve- se identificar quais os métodos de avaliação de usabilidade mais apropriados, para o contexto de uso do sistema analisado. A autora afirma ainda que, existem vários métodos na literatura e podem ser divididos em dois grandes grupos: métodos de inspeção e métodos de observação.

48 Avaliação de usabilidade através de inspeção Segundo Barbosa e Silva (2010), estes métodos proporcionam ao avaliador analisar o resultado final de uma interface, com o intuito de diagnosticar, prematuramente, possíveis problemas que os usuários podem vir a ter quando interagirem com o sistema. Dias (2003, p.46) define que, os métodos de inspeção são também conhecidos como métodos analíticos ou de prognóstico, caracterizam-se pela não participação direta dos usuários do sistema na avaliação. Ao inspecionar uma interface, as autoras Barbosa e Silva (2010) citam que, os avaliadores tentam se colocar no lugar de um usuário com determinado perfil, com certo conhecimento e experiência em algumas atividades, porém, seu entendimento sobre os estilos cognitivos do usuário possui um determinado limite. Ele pode julgar erroneamente, pontos considerados problemáticos por ele e que para o usuário pode não afetar em suas tarefas. Segundo Preece (2005), esses métodos tendem á ser consideravelmente baratos, fáceis de aprender e eficazes, são julgados importantes. Além disso, um avaliador pode se concentrar mais em alguns aspectos de usabilidade do que em outros. (NIELSEN, 1993 apud BARBOSA E SILVA, 2010, p. 302). Serão apresentados, a seguir, os três principais métodos de inspeção encontrados na literatura Avaliação heurística A avaliação heurística desenvolvida por Jakob Nielsen e seus colegas (NIELSEN, 1994a apud PREECE 2005), constitui-se em uma técnica de inspeção de usabilidade criada para avaliar os elementos da interface com o usuário, cujo objetivo é identificar os problemas de usabilidade e corrigi-los durante o processo de desenvolvimento de um sistema interativo. Segundo Cybis (2010), esta avaliação envolve a participação de um pequeno grupo de avaliadores especialistas em ergonomia, com base em sua experiência no assunto. Dias (2003) descreve que, a avaliação heurística pode ser realizada por somente um avaliador, porém é indicado à participação de três a cinco avaliadores. Eles inspecionam sistematicamente a interface e diagnosticam os problemas ou as barreiras que prejudiquem a

49 49 usabilidade. Este método foi desenvolvido como uma alternativa de avaliação mais rápida e de baixo custo comparado aos tradicionais testes com o usuário. (BARBOSA E SILVA, 2010). Preece (2005) afirma que a avaliação heurística é um método simples, que busca garantir resultados confiáveis, contando com três estágios que devem ser rigorosamente observados: Uma rápida sessão e introdutória sua finalidade é preparar um roteiro para servir de modelo, descriminando o que o especialista deve fazer e garantir que cada pessoa envolvida no projeto tenha a mesma orientação; O período de avaliação o objetivo desse estágio é cada especialista passar, em média, de uma a duas horas realizando duas ou mais avaliações da interface, com a ajuda das heurísticas como guia. Na primeira avaliação é para conhecer o fluxo da interação, e na segunda, identificar possíveis problemas de usabilidade; A sessão de resultados visa uma reunião entre os especialistas para discutir sobre os problemas encontrados durante a avaliação e sugerir soluções. Durante a utilização deste método, os avaliadores, apoiam-se em heurísticas desenvolvidas por grandes especialistas na área de usabilidade, como Jakob Nielsen e Dominique Scapin. O conjunto original de heurísticas desenvolvido por Nielsen e seus colegas, podem ser encontrado no capítulo 3 deste trabalho. (CYBIS, 2010) Mesmo existindo esta lista predeterminada de verificações, novas diretrizes podem ser elaboradas e incluídas no conjunto original de heurísticas, conforme os avaliadores acharem necessário. O tempo de execução desta atividade depende do grau de complexidade da interface. (DIAS, 2003) Geralmente, os avaliadores devem ter conhecimento das informações a respeito do contexto de uso do sistema, o perfil do usuário e a sequência necessária das ações esperadas. Quanto mais analisado for o cenário, melhores serão os resultados. (DIAS, 2003) Ao final de todas as avaliações individuais, o avaliador deve anotar os resultados em uma lista consolidada de problemas como: qual critério foi violado, onde o problema se localiza, nível de gravidade do problema e sua evidência. Segundo Dias (2003), os avaliadores subdividem esses problemas de acordo com as suas características. Por exemplo:

50 50 Barreira, obstáculo ou ruído. Para melhor compreensão, estas características podem ser encontradas no inicio deste capitulo. Essa classificação permite os avaliadores descobrir os problemas mais graves, dando prioridade em sua correção. Além disso, a não implementação de algum elemento na interface também pode ser a causa do problema. (BARBOSA E SILVA, 2010) As autoras referem ainda que, cada avaliador deve atribuir um nível de severidade para cada problema encontrado. A severidade de um problema de usabilidade é analisada para verificar a conveniência da correção dos problemas identificados. Segundo Nielsen (1994ª apud BARBOSA e SILVA, 2010) o julgamento da severidade de um problema de usabilidade envolve uma combinação de três aspectos: A frequência com que o problema ocorre: se o problema é comum ou raro de acontecer? O impacto do problema: se será fácil ou difícil os usuários superarem o problema? A persistência do problema: se o problema ocorre pela primeira vez e o usuário o supera, ou lhe prejudicará todas as vezes que tentar interagir com a interface? Para compreender melhor a avaliação heurística, depois de serem realizadas as avaliações individuais e a classificação da lista de problemas, as pessoas envolvidas no processo de desenvolvimento do sistema, podem realizar uma reunião para estudar os principais problemas encontrados, na qual cada avaliador atribui grau de severidade e em seguida apresentam as possibilidades de reformular as ações problemáticas do sistema. (DIAS, 2003) As avaliações heurísticas, no entanto, possuem como um efeito colateral importante: a possibilidade de produzirem diagnósticos equivocados e sugestões de revisão superficial. Cybis (2010, p.214) refere também, que esses fatos ocorrem por falta de conhecimento do sistema, referente ao seu contexto de uso e o projeto de interface.

51 Percurso cognitivo Preece (2005) define a inspeção cognitiva como uma técnica de revisão que prevê os problemas dos usuários sem realizar os testes com os mesmos, cujo seu principal foco é a avaliação de usabilidade para facilitar o aprendizado do usuário para com o sistema interativo. Este sistema, de acordo com seu contexto de uso, deve ser explorado todas as ações projetadas para um usuário e documentados os possíveis problemas de usabilidade. Para cada ação, o avaliador tenta realizar essas tarefas como se fossem os usuários interagindo com o sistema. (BARBOSA E SILVA, 2010). Segundo a autora ainda, em um bom projeto de interface, o usuário é conduzido facilmente a realizar suas tarefas pela sequência de ações esperadas. Caso isso não aconteça, o método percurso cognitivo estuda as hipóteses sobre as possíveis ocorrências de impasses, isto é, situações em que o usuário não consegue realizar sua a tarefa ou parte dela, e busca fornecer sugestões para corrigir as causas desses problemas. Barbosa e Silva (2010) apresentam a seguir, as atividades propostas pelo método de percurso cognitivo, que devem ser realizadas em conjunto por todos os avaliadores que participarem do projeto. Figura 3 Atividades do método de percurso cognitivo Fonte: Barbosa e Silva (2010, p. 323).

52 52 Na atividade preparação, o avaliador organiza os objetivos e prepara todo o seu material de apoio contendo as listas de tarefas e a sequência das ações para que o usuário possa concluir a tarefa. (BARBOSA E SILVA, 2010). Na atividade de coleta e intepretação dos dados, o avaliador usa o protótipo da interface, para simular a execução das tarefas que fazem parte do propósito de avaliação. Para cada tarefa, o avaliador analisa todos os passos detalhadamente e avalia se e por que um usuário com um determinado perfil adotaria a ação correta ou perceberia que a tarefa foi realizada com êxito. Ainda, Barbosa e Silva (2010, p.324) referem que, ao avaliar cada passo, o avaliador deve responder as seguintes perguntas: O usuário tentaria atingir o efeito correto? O usuário perceberia que a ação correta está disponível? O usuário conseguiria associar a ação correta com o efeito que está tentando atingir? Se a ação correta for realizada, o usuário perceberia que está progredindo para concluir a tarefa? Segundo Barbosa e Silva (2010), estas questões do método percurso cognitivo, durante a realização das tarefas, ajudam o avaliador a identificar e justificar os problemas que prejudicam ou impedem o usuário aprender a interagir com a interface. Barbosa e Silva (2010, p.325) afirmam que na atividade de consolidação dos resultados, os avaliadores analisam as histórias de sucesso e insucesso sobre a realização das tarefas para sintetizar resultados sobre : O conhecimento que os usuários devem possuir o priori para serem capazes de executar as tarefas analisadas; O conhecimento que os usuários deveriam aprender enquanto realizam as tarefas analisadas; As sugestões de correções na interface. As autoras referem ainda, que se um determinado sistema for desenvolvido para um público alvo, com usuários de diferentes perfis e que precisem realizar uma mesma tarefa, esta avaliação deve ser realizada com todos os perfis de usuários envolvidos. Geralmente, esse método é empregado nos estágios iniciais de desenvolvimento de sistemas interativos, e para a sua realização, o avaliador deverá estar inteirado das características das tarefas, dos cenários, os tipos de usuários, o contexto de uso e a sequência de ações esperadas. Não existe estudo que comprove a garantia de um bom resultado com a aplicação deste método. (MELCHIOR et al., 1995 apud DIAS, 2003)

53 Inspeção semiótica Segundo Barbosa e Silva (2010), o método inspeção semiótica é fundamentado na engenharia semiótica, desenvolvida para estudos do processo de significação e comunicação na interface. O principal objetivo da teoria semiótica são os símbolos e seus significados na comunicação, de modo que, o método de inspeção semiótica tem por objetivo avaliar a qualidade da emissão da metacomunicação em soluções de interface, em outras palavras, ele analisa as potencialidades e limites impostos pela interface através dos símbolos e suas influências nos processos de comunicação humana. Portanto, nesta avaliação não é necessário à participação do usuário. De acordo com a engenharia semiótica, os signos declarados em uma interface são classificados em três tipos: estáticos, dinâmicos e metalinguísticos. Esta identificação ajuda a esclarecer o trabalho do avaliador durante a realização de inspeção semiótica. Pois, seus resultados dependem da interpretação do avaliador sobre os símbolos e suas influências na interface. As autoras descrevem ainda, que o avaliador deve seguir algumas atividades do método de inspeção semiótica como roteiro: A atividade preparação é quando o avaliador deve identificar os perfis dos usuários do sistema e as tarefas sistematizadas, depois então, definir o propósito da avaliação e elaborar os cenários de interação. Por fim, realiza a inspeção da interface com a ajuda dos cenários como manual. Essas informações orientam o avaliador a discernir os signos codificados na interface. Já as atividades coleta de dados sobre experiências de uso e interpretação são realizadas juntamente pelo avaliador. Nessa fase o avaliador busca discernir os signos metalinguísticos, estatísticos e dinâmicos codificados na interface. Barbosa e Silva (2010). Portanto, Matos (2013) descreve a seguir, as cinco etapas de análise dos signos em uma interface: 1. Análise dos signos metalinguísticos; 2. Análise dos signos estatísticos; 3. Análise dos signos dinâmicos; 4. Comparação entre as estruturas das metamensagens geradas nas etapas anteriores;

54 54 5. Avaliação qualitativa final das possibilidades e limites interpretativos e, consequentemente, comunicativos do sistema inspecionado. Segundo Barbosa e Silva (2010), os signos metalinguísticos são os primeiros a serem inspecionados na interface, pois mostram claramente outras partes da metamensagem da solução de interface. O avaliador analisa as formas de documentação do sistema e os materiais de divulgação. Normalmente eles são representados na interface por avisos e mensagens de erros, explicações e manuais do usuário etc. Se por ventura, não houver signos metalinguísticos em uma solução de interface, o avaliador deve julgar se haverá a compreensão adequada dos usuários durante a realização de suas tarefas no sistema. Na próxima etapa, o avaliador prossegue para a inspeção e analise dos signos estatísticos, ele busca identificar e interpretar os signos na interface codificada. Eles são representados pelos elementos e suas características como: Imagens, caixas de texto, botões, menus, tamanho, cor, fontes etc. Já terceira etapa, na analise dos signos dinâmicos, o avaliador navega pela interface para distinguir os signos dinâmicos e verificar as maneiras de como o usuário pode interagir com a interface. Eles são representados por animações, abrir e fechar diálogos, transições entre telas etc. As autoras referem ainda, que após a conclusão da inspeção e análise de cada signo deve ser elaborada uma nova estrutura da metamensagem da solução da interface, para assim, poder prosseguir para a próxima inspeção. É recomendado que essas estruturas sejam elaboradas separadamente para que o avaliador consiga compará-las após o término das inspeções de todos os tipos de signos. Na atividade consolidação dos resultados, quando ocorre a quarta etapa de análise dos signos, o avaliador deve contrastar e comparar as metamensagens geradas nas etapas anteriores, Ele analisa as três metamensagens estruturadas, procurando a existência de significados contraditórios, inconsistentes e ambíguos para os signos codificados na interface. E por fim, na última etapa, o avaliador deve realizar um julgamento dos problemas de comunicabilidade identificados no sistema interativo. (BARBOSA E SILVA, 2010, p.330). Segundo as autoras, o avaliador deve descrever durante a atividade relato dos resultados: Uma breve descrição do método Descrever os critérios executados Para cada signo inspecionado, fornecer: - identificação de signos relevantes;

55 55 - identificação das classes dos signos utilizadas; - uma versão revisada da metamensagem da solução. Redigir a apresentação e explicação do julgamento do avaliador sobre os problemas de comunicabilidade encontrados, que possam dificultar ou impedir os usuários de entenderem a metamensagem ou interagirem com o sistema de forma produtiva. As autoras afirmam ainda, que no método de inspeção semiótica pode ter somente um avaliador, porém, se houver mais de um avaliador, eles devem trabalhar em grupo durante todas as atividades. Se o sistema for para usuários de deferentes perfis, a inspeção da interface pode ficar sob a responsabilidade de um avaliador para cada perfil de usuário Avaliação de usabilidade através de observação Os métodos de observação contam com a participação direta do usuário e permitem ao avaliador destacar os problemas da interface a partir da observação do usuário interagindo com o sistema, notando os recursos utilizados, os erros cometidos etc. Ainda Sommerville (2003, p.294), afirma que essa opção pode ser completada por sessões de pensar em voz alta, em que os usuários falam o que estão tentando fazer, como eles compreendem o sistema e como estão tentando utiliza-lo para realizar seus objetivos. A seguir, será apresentada uma breve descrição dos três principais métodos de observação, que são: teste de usabilidade, avaliação da comunicabilidade prototipação. Segundo Cybis (2010), um dos principais métodos de avaliação por observação é o teste de usabilidade, uma técnica para avaliação de usabilidade a partir de interações que se estabelecem entre os usuários alvo e o sistema. Esse método não procura diagnosticar problemas de usabilidade relacionados à desconformidade de ergonomia na interface, e sim medir e registrar o tempo que os usuários levam para completar determinadas tarefas, a quantidade e quais tipos de erros, e quais os caminhos que os usuários usam para realizar essas tarefas. (PREECE, 2005). Para realizar as medições desejadas, os avaliadores definem um conjunto de questões associadas á dados mensuráveis, que ocorram com frequência e objetivamente

56 56 registrados durante a interação. Barbosa e Silva (2010) citam como exemplo á avaliação da facilidade de uso de determinado sistema, necessitando analisar o número de tarefas completas, o número de erros que o usuário cometeu nas primeiras sessões de uso, o tempo gasto para realização de uma tarefa, suas opiniões e sentimentos decorrentes de suas experiências de uso, etc. Segundo Preece (2005), em experimentos de pesquisas geralmente são envolvidos em média um grupo de 5 a 12 usuários na realização de um teste, porém, quando o avaliador requer um rápido feedback, são realizados testes rápidos e sujos que envolvem no máximo dois usuários. Outro método de avaliação por observação é da comunicabilidade, ele tem por objetivo analisar a qualidade da comunicação de metamensagem da interface para com o usuário. Segundo Prates et al (2000a apud BARBOSA E SILVA, 2010), existem dois métodos para avaliar a comunicabilidade de uma interface e levam como base teórica a engenharia semiótica, como já visto, seu principal objetivo são os símbolos e seus significados na comunicação, de modo que, o método de inspeção semiótica tem por objetivo avaliar a qualidade da emissão da metacomunicação em soluções de interface, já o método de avaliação de comunicabilidade visa analisar a qualidade de recepção dessa metacomunicação. As autoras citam ainda, que nesse método, um pequeno número de usuários representantes do publico alvo, realizam um conjunto de determinadas tarefas em um ambiente monitorado. Essas interações são analisadas e registradas por avaliadores para compreender como foi á interação de cada usuário com o sistema. O foco dessa análise é compreender a interpretação, as intenções e as rupturas de comunicação de cada usuário durante sua interação com a interface. O último método de observação a ser citado é a prototipação em papel, este pode ser definido como [...] uma variação do teste de usabilidade onde usuários representativos realizam tarefas realísticas interagindo com uma versão em papel da interface que é manipulada por uma pessoa que simula o computador, a qual não explica como a interface funciona. Snyder (2003 apud BASSO; CHEIRAN; SANTAROSA, 2009, p.151). Durante a realização desta técnica, os usuários simulam suas reações como gostariam de interagir com o sistema. Um avaliador atua como computador para simular em papel a execução do sistema e expressar suas reações em resposta às ações do usuário. Esta avaliação facilita perceber os elementos da interface que funcionam bem e os que apresentam problemas de usabilidade. (BARBOSA E SILVA, 2010, p.358).

57 57 Segundo as autoras, os métodos de avaliação de IHC podem produzir resultados quantitativos e qualitativos, porém, geralmente cada método prioriza um desses dois resultados. O avaliador deve escolher um método de avaliação adequado, conforme o objetivo esperado. Os métodos de observação costumam serem mais demorados por envolverem a participação direta de usuários. Portanto, se o tempo disponível para executar uma avaliação for limitado, o avaliador deve optar pelos métodos de inspeção. Elas ainda afirmam que é recomendado realizar a avaliação durante todo o processo de desenvolvimento de sistema, de maneira que possibilite a correção dos possíveis problemas encontrados e garanta uma melhor qualidade de uso do sistema.

58 58 3 METODOLOGIA A Metodologia é considerada uma disciplina que envolve o estudo, a compreensão e a avaliação de vários métodos disponíveis para produzir uma pesquisa acadêmica. Prodanov e Freitas (2013, p.14) afirmam que a metodologia tem a finalidade de a aplicação de procedimentos e técnicas que devem ser observados para construção do conhecimento, com o propósito de comprovar sua validade e utilidade nos diversos âmbitos da sociedade. Os autores citam ainda a definição de método científico: É o conjunto de processos ou operações mentais que devemos empregar na investigação. É a linha de raciocínio adotada no processo de pesquisa. Os métodos que fornecem as bases lógicas à investigação são: dedutivo, indutivo, hipotéticodedutivo, dialético e fenomenológico. (PRODANOV; FREITAS, 2013, p.24) Durante a vida acadêmica a disciplina Metodologia é essencial para a formação do aluno. Ao buscar uma Universidade para ampliar seus conhecimentos, é necessário que o aluno compreenda que Metodologia Científica nada mais é do que a disciplina que estuda os caminhos desse conhecimento. Ainda segundo os autores, a palavra Metodologia possui origem grega e é dividida em meta que quer dizer largo, em odos que quer dizer caminho, logos significa estudo, e a palavra ciência se refere ao próprio conhecimento. Para organizar a estrutura da pesquisa deste trabalho, a seguir será apresentada a documentação clara e descriminada do tipo de pesquisa que será realizada, além das etapas metodológicas, o objetivo e as delimitações desse trabalho. O cronograma de desenvolvimento encontra-se no apêndice. 3.1 CARACTERIZAÇÃO DO TIPO DE PESQUISA Segundo Gil (2008, p. 26) pode-se definir a pesquisa como o processo formal e sistemático de desenvolvimento do método científico. Seu principal objetivo é descobrir soluções para problemas mediante o emprego de procedimentos científicos. Existem duas formas de se classificar uma pesquisa, ela pode ser qualitativa ou quantitativa. E este trabalho irá desenvolver uma pesquisa qualitativa, que segundo Cooper (2016) ela pode ser definida por um conjunto de técnicas que buscam compreender o

59 59 significado e não a frequência de inúmeros acontecimentos que surgem de forma mais ou menos natural na sociedade. Seu objetivo é compreender profundamente uma situação. Essas técnicas são usadas nos estágios desde a coleta até análise de dados, ou seja, durante todo o processo de um projeto de pesquisa. Neste trabalho, foi necessário desenvolver alguns tipos de pesquisa visando à fundamentação científica do mesmo. Posteriormente será realizada uma pesquisa, tendo em vista, resolver os problemas de usabilidade no sistema de prontuário eletrônico do paciente hospitalar, do Hospital Regional de São José-SC. Para isso, esta pesquisa será qualitativa utilizando os métodos de avaliação heurística e percurso cognitivo para depois propor melhorias nas interfaces avaliadas, para uma melhor usabilidade. 3.2 ETAPAS METOLÓGICAS seguir: As atividades para conseguir alcançar os objetivos propostos estão especificadas a Na primeira etapa foi apresentada a revisão bibliográfica para fundamentação no desenvolvimento deste trabalho. A segunda etapa diz respeito à descrição do sistema Micromed para a gestão do prontuário eletrônico de paciente hospitalar, que será no inicio do capítulo quatro. Na terceira etapa foram definidas as técnicas da avaliação de usabilidade a serem utilizadas com a fundamentação no estudo da pesquisa bibliografia. Na quarta etapa foi realizada a avaliação do sistema usando as regras definidas para esta pesquisa científica. Na quinta etapa foram analisados os resultados dos dados e informações coletadas durante a avaliação, de maneira a desenvolver conclusões sobre a usabilidade do sistema analisado. A sexta etapa diz respeito à apresentação do desenvolvimento da proposta de melhoria através de protótipos de interface do módulo abordado com o auxílio da ferramenta Balsamiq Mockups 3.

60 60 Na última etapa foram apresentas as conclusões obtidas com a pesquisa realizada e o resultado final com a experiência deste trabalho. A seguir será apresentado o organograma das etapas metodológicas: Figura 4 Organograma das etapas metodológicas Fonte: Nossa autoria, 2016.

61 PROPOSTA DA SOLUÇÃO A proposta deste trabalho é analisar uma parte do sistema de prontuário eletrônico do paciente hospitalar, com o objetivo de utilizar os métodos de avaliação heurística e percurso cognitivo para avaliar a usabilidade desse sistema, e com as conclusões formadas, poder sugerir melhorias de usabilidade aplicando um protótipo de interface. 3.4 DELIMITAÇÕES Os itens propostos por este trabalho são: No sistema, somente serão analisadas as funcionalidades da evolução de enfermagem do prontuário eletrônico do paciente hospitalar. Serão utilizados os métodos ou técnicas de avaliação de usabilidade definidos na etapa de preparação das atividades de avaliação considerada no próximo capítulo. Não necessariamente serão contempladas todas as técnicas de avaliação descritas na revisão da bibliografia. Será desenvolvido o protótipo das interfaces e sua sequência como sugestão de melhoria somente, deixando sua implantação para trabalhos futuros.

62 62 4 UNIVERSO E PERCURSO METODOLÓGICO O presente capítulo tem por objetivo a apresentação do universo, o sistema e seus usuários, e o percurso metodológico adotado nessa pesquisa, apresentando o contexto da investigação. 4.1 SISTEMA MICROMED Em virtude da necessidade de mudanças de tecnologias de informação e comunicação, o Sistema Micromed atualmente implantado e utilizado no Hospital Regional de São José-SC, é considerado o principal software de gestão da organização. Ele gerencia atividades administrativas, assistenciais e operacionais, informatiza e padroniza processos, preparando a organização para uma gestão focada em ações e resultados, através de diversos módulos que envolvem todos os setores e serviços prestados pelo hospital. Também possibilita ao gestor um melhor controle dos processos internos. Esta plataforma ainda controla todo o processo de atendimento, mantendo arquivado adequadamente os dados relativos a cada paciente, otimizando a assistência prestada para que posteriormente, seja possível realizar, a qualquer tempo, análise dos registros, discussão, pesquisa e consulta, fornecendo informações estratégicas, aumentando a produtividade e diminuindo custos. O Sistema Micromed, produzido e comercializado pela empresa Micromed Sistemas, segue o padrão de software em módulos, ou seja, a inclusão ou não dos módulos se adaptam às necessidades de automatização da organização que o utiliza. Segundo a empresa Micromed Sistemas (2016), esta tecnologia utilizada para a gestão hospitalar acompanha inúmeros benefícios, como: Redução de custos no atendimento ao paciente; Total integração entre os módulos do produto; Automatização da conciliação de contas conforme padrão definido pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (padrão ANS); Possibilidade de integração com aplicações contábeis; Atende as exigências do Sistema Público de Escrituração Digital (SPED) Fiscal Nacional; Atende todas as exigências e normativas do Ministério da Saúde; Emite e envia NFS-e de acordo com as exigências das prefeituras;

63 63 Indicadores operacionais e gerenciais em tempo real; Atendimento Assistencial totalmente informatizado (Prontuário eletrônico do paciente); Padronização e agilidade de processos internos, possibilitando a redução de custos com profissionais e com funções burocráticas; Redução de tempo do ciclo dos processos; Perfis de usuários para minimizar os treinamentos e maximizar a eficiência; Informações mais rápidas sobre as transações da organização; Visão administrativa e financeira em tempo real; Diminuição de consumo de papel; Implantado no Hospital Regional de São José-SC no início de 2010, este sistema é utilizado por profissionais que integram o corpo clínico, área de estatística, funcionários da administração do hospital, financeiro, etc. E como este sistema permite tal mobilidade, atualmente, nesta organização, ele oferece as funcionalidades/módulos como: pronto socorro, ambulatório, internação, diagnóstico por imagem, gerenciamento bloco cirúrgico, prontuário eletrônico, estoque, estatística e faturamento. Portanto, este sistema otimiza a assistência prestada pelos profissionais da saúde, possibilita ao gestor desta organização um melhor controle dos processos internos, aumentando a produtividade e diminuindo custos. Como pode ser observado esse sistema é muito abrangente considerando tanto a parte administrativa quanto diversos módulos, voltados à atenção hospitalar. Na continuação será apresentado o módulo evolução de enfermagem, objetivo delimitado para este estudo Evolução de enfermagem Micromed Segundo Seva-Llor e outros (2015, p.2) o relatório ou evolução de enfermagem pode ser definido como: Documentação de apoio, onde são coletadas todas as informações sobre a atividade de enfermagem referente a uma pessoa em particular e sobre sua avaliação, o tratamento recebido e a evolução. Além de servir como um registro documental, tais registros podem ser usados para o benefício do centro de saúde e do pessoal, bem como na defesa contra uma ação legal e em um sistema de avaliação para a gestão dos cuidados de enfermagem. Assim, essa ferramenta deve permitir ao profissional de enfermagem registrar todas as informações sobre os tratamentos e evolução do paciente. No sistema Micromed, para realizar as tarefas relacionadas ao atendimento de enfermagem inicialmente deve-se selecionar o paciente sendo atendido, como apresentado na seguinte Figura.

64 64 Figura 5 Interface inicial do prontuário eletrônico do paciente. Fonte: Nossa autoria, A continuação o usuário pode acessar as interfaces ou campos correspondentes para consultar ou editar as informações relacionadas às atividades do atendimento de enfermagem, como pode se visualizar na figura a seguir.

65 65 Figura 6 Interface de evolução de enfermagem. Fonte: Nossa autoria, Na sequência serão apresentadas as técnicas de usabilidade escolhidas e a descrição da sua aplicação. 4.2 DEFINIÇÃO DAS TÉCNICAS DE AVALIAÇÃO Nesta seção são apresentados os métodos de avaliação de interface que farão parte da pesquisa científica proposta por este trabalho e uma breve explicação sobre os mesmos. Na seção 4.4, a aplicação desses métodos é explicada passo a passo e de forma organizada e resumida. Segundo Hix e outros (1993 apud BARBOSA, SILVA, 2010) como o sistema já foi desenvolvido e está em fase de uso no seu contexto de operação a avaliação realizada pode ser classificada como sendo conclusiva. Assim sendo, este tipo de avaliação é realizado ao final do processo de desenvolvimento da interface, pode existir totalmente a interface desenvolvida ou parte dela, de acordo com o seu propósito. Ela avalia a qualidade do sistema

66 66 em seu contexto de uso, buscando comprovar o êxito da solução de interface que supre as necessidades do usuário com a qualidade de uso esperada. A técnica de avaliação de interface que fará parte desta pesquisa cientifica é classificada por Dias (2003), como os métodos de inspeção, também conhecidos como métodos analíticos ou de prognósticos, pois permitem ao avaliador inspecionar ou examinar a eficiência e a eficácia da interação usuário-computador possibilitando diagnosticar os possíveis problemas e consequências de usabilidade por meio de um conjunto de diretrizes. Preece (2013) afirma que esses métodos caracterizam-se por não envolver diretamente o usuário, pois normalmente um especialista desempenha o papel de um usuário com determinado perfil para tentar identificar problemas que os usuários possam vir a ter ao utilizar o sistema. Dias (2003) cita que o objetivo da inspeção de usabilidade é diagnosticar os possíveis problemas e consequências de usabilidade em uma interface e ter como propósito redefinir o projeto de um sistema, fazendo recomendações para eliminar o problema e melhorar a usabilidade da interface. Será apresentado, a seguir, os métodos de inspeção de avaliação de interface, o percurso cognitivo e avaliação heurística, que farão parte da pesquisa científica proposta por este trabalho Percurso cognitivo Preece (2005) define a inspeção cognitiva como uma técnica de revisão que prevê os problemas dos usuários sem realizar os testes com os mesmos, cujo seu principal foco é a avaliação de usabilidade para facilitar o aprendizado do usuário para com o sistema interativo. Este sistema, de acordo com seu contexto de uso, deve ser explorado todas as ações projetadas para um usuário e documentados os possíveis problemas de usabilidade. Para cada ação, o avaliador tenta realizar essas tarefas como se fossem os usuários interagindo com o sistema. (BARBOSA E SILVA, 2010). As autoras apresentam a seguir, as atividades propostas pelo método de percurso cognitivo, que devem ser realizadas em conjunto por todos os avaliadores que participarem do projeto.

67 67 Figura 7 Atividades do método de percurso cognitivo Fonte: Barbosa e Silva (2010, p. 323). Geralmente, esse método é empregado nos estágios iniciais de desenvolvimento de sistemas interativos, e para a sua realização, o avaliador deverá estar inteirado das características das tarefas, dos cenários, todos os perfis de usuários que precisem realizar uma mesma tarefa, o contexto de uso e a sequência de ações esperadas. (MELCHIOR et al., 1995 apud DIAS, 2003)

68 Preparação Na atividade preparação, o avaliador identifica os perfis de usuário, organiza os objetivos e prepara todo o seu material de apoio contendo as listas de tarefas e a sequência das ações para que o usuário possa concluir a tarefa. (BARBOSA E SILVA, 2010). O perfil de usuário selecionado é o do profissional de enfermagem, único perfil de usuário que pode editar a evolução de enfermagem. Os outros perfis de usuário (médico, administração, outros profissionais da saúde- assistente social, psicólogo, etc.) somente podem visualizar essa evolução. Neste caso somente usuários com esse perfil tem acesso á evolução de enfermagem e apenas dentro da instituição, o sistema não é web. A autora deste trabalho é uma usuária profissional da área de enfermagem. Logo o estudo somente pode ser realizado na própria instituição, utilizando o sistema avaliado. As tarefas que serão realizadas são: a) Se logar no sistema; b) Selecionar o PEP - Unidade, para ter acesso aos prontuários eletrônicos dos pacientes de determinada unidade hospitalar; c) Selecionar o paciente desejado; d) Selecionar a evolução de enfermagem de determinado paciente; e) Editar a evolução de enfermagem ; f) Assinar e/ou salvar a evolução de enfermagem ; g) Alterar uma evolução não assinada; h) Gerar/imprimir a evolução de enfermagem do paciente selecionado; i) Voltar para alterar o paciente ou sair. A seguir a descrição das etapas seguintes.

69 Coleta e interpretação de dados As autoras Barbosa e Silva (2010) citam ainda, que na atividade de coleta e intepretação dos dados, o avaliador usa o protótipo da interface, para simular a execução das tarefas que fazem parte do propósito de avaliação. Para cada tarefa, o avaliador analisa todos os passos detalhadamente e avalia se e por que um usuário com um determinado perfil adotaria a ação correta ou perceberia que a tarefa foi realizada com êxito. Segundo Barbosa e Silva (2010), estas questões do método percurso cognitivo, durante a realização das tarefas, ajudam o avaliador a identificar e justificar os problemas que prejudicam ou impedem o usuário aprender a interagir com a interface Consolidação dos resultados Barbosa e Silva (2010, p.325) afirmam que na atividade de consolidação dos resultados, os avaliadores analisam as histórias de sucesso e insucesso sobre a realização das tarefas. A seguir, será apresentada a segunda avaliação proposta, o método de avaliação heurística Avaliação heurística A avaliação heurística desenvolvida por Jakob Nielsen e seus colegas (NIELSEN, 1994a apud PREECE 2005), constitui-se em uma técnica de inspeção de usabilidade criada para avaliar os elementos da interface com o usuário, cujo objetivo é identificar os problemas de usabilidade e corrigi-los durante o processo de desenvolvimento de um sistema interativo.

70 70 Preece (2005) afirma que a avaliação heurística é um método simples, que busca garantir resultados confiáveis, contando com três estágios que devem ser rigorosamente observados: Uma rápida sessão e introdutória sua finalidade é preparar um roteiro para servir de modelo, descriminando o que o especialista deve fazer e garantir que cada pessoa envolvida no projeto tenha a mesma orientação; O período de avaliação o objetivo desse estágio é cada especialista passar, em média, de uma a duas horas realizando duas ou mais avaliações da interface, com a ajuda das heurísticas como guia. Na primeira avaliação é para conhecer o fluxo da interação, e na segunda, identificar possíveis problemas de usabilidade; A sessão de resultados visa uma reunião entre os especialistas para discutir sobre os problemas encontrados durante a avaliação e sugerir soluções. Durante a utilização deste método, os avaliadores, apoiam-se em heurísticas desenvolvidas por grandes especialistas na área de usabilidade, como Jakob Nielsen e Dominique Scapin. O conjunto original de heurísticas desenvolvido por Nielsen e seus colegas, podem ser encontrado no capítulo 3 deste trabalho. (CYBIS, 2010) Geralmente, os avaliadores devem ter conhecimento das informações a respeito do contexto de uso do sistema, o perfil do usuário e a sequência necessária das ações esperadas. Quanto mais analisado for o cenário, melhores serão os resultados. (DIAS, 2003) Segundo Dias (2003), ao final de todas as avaliações individuais, o avaliador deve anotar os resultados em uma lista consolidada de problemas como: qual critério foi violado, onde o problema se localiza, nível de gravidade do problema e sua evidência. Barbosa e Silva (2010) citam que, além disso, a não implementação de algum elemento na interface também pode ser a causa do problema. Para compreender melhor a avaliação heurística, depois de serem realizadas as avaliações individuais e a classificação da lista de problemas, as pessoas envolvidas no processo de desenvolvimento do sistema, podem realizar uma reunião para estudar os principais problemas encontrados, e em seguida apresentam as possibilidades de reformular as ações problemáticas do sistema. (DIAS, 2003)

71 71 As avaliações heurísticas, no entanto, possuem como um efeito colateral importante: a possibilidade de produzirem diagnósticos equivocados e sugestões de revisão superficial. Cybis (2010, p.214) refere também, que esses fatos ocorrem por falta de conhecimento do sistema, referente ao seu contexto de uso e o projeto de interface. A seguir serão descritos os dez princípios fundamentais de usabilidade propostos por Jakob Nielsen (CYBIS, 2010). Estes princípios de usabilidade serão utilizados para a avaliação desta pesquisa cientifica: Visibilidade do estado do sistema - o sistema mantem os usuários sempre informados sobre o que esta acontecendo, fornecendo um feedback adequado, dentro de um tempo razoável. Mapeamento entre o sistema e o mundo real - o sistema fala a linguagem do usuário utilizando palavras, frases e conceitos familiares a ele, em vez de termos orientados ao sistema. Liberdade e controle ao usuário - fornece maneiras de permitir que os usuários saiam facilmente de lugares inesperados em que se encontram, utilizando saídas de emergências claramente identificadas. Consistência e padrões - evita fazer com que usuários tenham que pensar se palavras, situações ou ações diferentes significa a mesma coisa. Prevenção de erros - quando possível, impede a ocorrência de erros. Reconhecer em vez de relembrar: torna objetos, ações e opções visíveis. Flexibilidade e eficiência de uso - fornece aceleradores invisíveis aos usuários inexperientes, os quais, no entanto, permitem aos mais experientes realizar tarefas com mais rapidez. Design estético e minimalista - evita o uso de informações irrelevantes ou raramente necessárias. Suporte para o usuário a reconhecer, diagnosticar e recuperar erros utiliza linguagem simples para descrever a natureza do problema e sugere uma maneira de resolvê-lo. Ajuda e documentação - fornece informações que podem ser facilmente encontradas e ajuda mediante uma série de passos concretos que podem ser facilmente seguidos.

72 72 Os princípios de usabilidade também foram conduzidos em necessidades ainda mais especificas, visto como regras. Segundo Preece (2005), trata - se de orientações de suma importância a serem seguidas. A descrição das atividades para atingir os objetivos propostos, são ilustradas a seguir: 4.3 DESCRIÇÃO DAS ATIVIDADES, PESQUISA E RESULTADOS No sistema Micromed, cada profissional tem permissão devida de sua competência para acessar diversos serviços a qualquer momento do dia. Isso também se aplica ao profissional de enfermagem, usuário desse módulo. A fundamentação aplicada durante as avaliações foram os dois métodos por inspeção citados nas seções e As avaliações foram realizadas pela autora, aqui também denominada de avaliador. Através dos fatos registrados pelo avaliador nas sessões de treinamento e testes, coube ao mesmo fazer anotações sobre como os usuários se comportariam diante das diversas situações ao interagir com o sistema. Durante uma semana, a cada sessão de teste, o avaliador procurou observar e documentar os principais acontecimentos que poderiam ocorrer durante a interação entre o usuário e a evolução de enfermagem do sistema Micromed para então saber como elaborar as sugestões de melhoria ao módulo avaliado. descritas a seguir. Durante os testes, o avaliador identificou e registrou as interações que serão

73 Logar no sistema Para acessar o sistema, é necessário o profissional estar dentro da instituição, executá-lo, introduzir login e senha do mesmo, de maneira a permitir o acesso cabível para esse profissional. Figura 8 Interface de login do sistema Micromed. Fonte: Nossa autoria, Na primeira tarefa, figura acima, o avaliador concluiu que a interface segue o percurso cognitivo esperado, pois o usuário entenderia que para acessar o sistema, o mesmo teria que efetuar o login, e tentaria atingir o efeito correto, pois saberia começar a tarefa. Também perceberia que a ação correta está disponível e que conseguiria o efeito que está tentando atingir. Porém, o avaliador recomenda melhorar o mapeamento entre o sistema e o mundo real, o mesmo sugere alterar a identificação do botão de efetuar login, mudando o hipertexto OK para Acessar, e os ícones de ajuda lâmpada para ícones de ponto de interrogação, promovendo uma linguagem familiar. Outro problema é a ausência de liberdade e controle ao usuário, pelo não fornecimento de meios que permitam que o usuário saia facilmente de lugares inesperados, sendo, essas saídas, claramente identificadas.

74 74 Ao abrir a interface para efetuar o login, aparece também uma interface inativa, esta exibe informações irrelevantes e desnecessárias, caracterizando um problema de design estético e minimalista, o avaliador recomenda que ao iniciar o sistema, deve- se abrir somente a caixa de login. Outro problema encontrado é a falta de visibilidade do estado do sistema, pois não fornece um feedback adequado quando o usuário decide clicar em cancelar, a caixa de login se fecha, mas a interface permanece aberta Selecionar a unidade hospitalar em que o paciente desejado se encontra Após o acesso com login e senha ao sistema Micromed, aparece a interface apresentada nas figuras a seguir. Para então prosseguir, é necessário clicar no hipertexto com o título de Lançamentos e selecionar a unidade hospitalar desejada, conforme as figuras a seguir. Figura 9 Interface principal do sistema Micromed. Fonte: Nossa autoria, 2016.

75 75 Figura 10 Interface principal do sistema Micromed. Fonte: Nossa autoria, Na segunda tarefa, figura acima, o avaliador concluiu falha de percurso cognitivo. O usuário não entenderia que para acessar o prontuário, o mesmo teria que selecionar na barra superior o hipertexto Lançamentos, não conseguiria ou demoraria a atingir o efeito correto, pois acharia confusa a tarefa. Também não perceberia que a ação correta está disponível, não conseguindo o efeito que está tentando atingir. Portanto, a conclusão foi que o usuário teria dificuldade em perceber que está progredindo para concluir a tarefa, a interface é um pouco confusa, a opção para disparar a tarefa não é claramente identificada, caracterizando falha de mapeamento entre o sistema e o mundo real, neste caso, o avaliador recomenda melhorar a identificação dos hipertextos Lançamentos para Relatórios e Relatórios para Lançamentos, promovendo uma linguagem familiar. Os ícones que se encontram na barra superior da interface possuem problemas de design estético e minimalista, pois são de difícil leitura por seus tamanhos serem de fonte minúscula, é também desnecessário a existência de alguns ícones nesta barra superior. Falta também um feedback adequado, pois não está claro o que deve ser feito para prosseguir. Outro problema é a ausência de liberdade e controle ao usuário, pelo não fornecimento de meios que permitam que o usuário volte a pagina anterior ou saia facilmente de lugares inesperados, sendo, essas saídas, claramente identificadas.

76 Selecionar o profissional A figura 11 mostra a tela inicial do prontuário eletrônico do paciente hospitalar. Para o profissional de enfermagem seguir em frente, é necessário clicar no hipertexto com o título de Enfermagem. Figura 11 Interface inicial do prontuário eletrônico do paciente. Fonte: Nossa autoria, É importante salientar que o perfil de usuário Enfermeiros (as) é acessado somente pelos profissionais graduados em enfermagem, já o perfil de usuário Enfermagem corresponde aos profissionais técnicos e auxiliares de enfermagem. Os outros perfis de usuário, médicos (as) corresponde aos mesmos, e Multiprofissionais é acessado pelos profissionais da saúde- assistentes sociais, psicólogos, fisioterapeutas, etc. Nesta terceira tarefa, o avaliador concluiu falha de percurso cognitivo, segundo ele o usuário não entenderia ou levaria tempo para compreender que para acessar o prontuário, o mesmo teria que selecionar na interface o hipertexto Enfermagem, e não Enfermeiros (as), assim acharia confusa a tarefa, dificultando o usuário perceber que a ação correta está disponível para conseguir o efeito que está tentando atingir. Outro problema é a

77 77 falha de mapeamento entre o sistema e o mundo real, neste caso, o avaliador recomenda melhorar a identificação dos hipertextos Lançamentos para Relatórios e Relatórios para Lançamentos, promovendo uma linguagem familiar. Como já destacado na tarefa anterior, os ícones que se encontram na barra superior da interface possuem problemas de design estético e minimalista, pois são de difícil leitura por seus tamanhos serem de fonte pequena, é também desnecessário a existência de alguns ícones nesta barra superior. Falta também um feedback adequado, pois não está claro o que deve ser feito para prosseguir. Outro problema é a ausência de liberdade e controle ao usuário, pelo não fornecimento de meios que permitam que o usuário volte a pagina anterior ou saia facilmente de lugares inesperados, sendo, essas saídas, claramente identificadas. Ao avaliar esta interface, foi constatado que ao selecionar uma função diferente daquela do usuário que efetuou o login, aparece um feedbak informando que este usuário não é autorizado para acessar as informações da função selecionada, pois o sistema identifica a função do usuário. Portanto, o avaliador identificou redundância, caracterizando mais um problema de design estético e minimalista, carga de trabalho e eficiência de uso, referindo a não necessidade da existência desta interface, pois o perfil do usuário é identificado quando o mesmo efetua o login pela primeira vez, apresentado na figura Logar no sistema novamente Após clicar no hipertexto com o título do profissional desejado, para prosseguir, será necessário o profissional introduzir novamente login e senha do mesmo, de maneira a permitir o acesso cabível para esse profissional, conforme interface da figura 12.

78 78 Figura 12 Interface de login do prontuário eletrônico do paciente. Fonte: Nossa autoria, Na quarta tarefa, o avaliador encontrou problemas durante o percurso cognitivo, pois embora o usuário entenderia que para acessar o sistema, o mesmo teria que efetuar o login novamente, essa ação aumenta a carga de trabalho do usuário. Essa nova solicitação de login e senha, pode ser caracterizada como um problema que infringe os princípios de: carga de trabalho, visibilidade do estado do sistema, eficiência de uso e mapeamento entre o sistema e o mundo real, pois além de ser uma ação desnecessária, a interface solicita primeiro a senha e depois o nome de usuário, contrário ao que seria esperado. Também, o avaliador diagnosticou um problema no mapeamento entre o sistema e o mundo real, o mesmo recomenda melhorar a identificação do botão de efetuar login, alterando o hipertexto OK para Acessar, promovendo uma linguagem familiar. O usuário também pode ficar aborrecido e por ter que digitar novamente seu login e senha ou inseguro pensando que o passo anterior não deu certo e por isso o sistema solicita novamente o login e senha. Vale destacar, que o avaliador identificou redundância nesta interface, caracterizando mais um problema de design estético e minimalista, eficiência de uso, mapeamento entre o sistema e o mundo real, carga de trabalho e visibilidade do estado do sistema referindo a não necessidade da existência da mesma, pois o usuário é identificado quando o mesmo efetua o login pela primeira vez, apresentado na figura 8.

79 Selecionar a unidade hospitalar e o paciente desejado Após o acesso, inserindo novamente o login e senha ao sistema Micromed, aparece á interface apresentada nas figuras 13 e 14. Para então prosseguir, é necessário clicar no hipertexto com o título de Unidade e selecionar a unidade hospitalar desejada na barra de rolagem, isto é, na unidade em que o paciente desejado encontra-se internado. Figura 13 Interface com a lista dos pacientes internados por unidade hospitalar. Fonte: Nossa autoria, A figura, a seguir, demonstra a interface de pesquisa de todos os pacientes internados de uma determinada unidade clínica hospitalar. Para acessar o prontuário de determinado paciente basta clicar duas vezes sobre o nome do mesmo ou clicar no botão Prontuário.

80 80 Figura 14 Interface inicial do prontuário eletrônico do paciente. Fonte: Nossa autoria, Na quinta tarefa, figuras 13 e 14, a finalidade é selecionar a unidade hospitalar onde encontra- se o paciente desejado e após, selecionar o paciente desejado. Nesta tarefa, o avaliador concluiu que a interface segue o percurso cognitivo, pois o usuário entenderia a tarefa e tentaria atingir o efeito correto, pois saberia realizar a tarefa. Também perceberia que a ação correta está disponível e que conseguiria o efeito que está tentando atingir. Porém, como já mencionado anteriormente, os ícones que se encontram na barra superior da interface possuem problemas de design estético e minimalista, pois são de difícil leitura por seus tamanhos serem de fonte pequena, é também desnecessário a existência de alguns ícones nesta barra superior. Também foi identificado pelo avaliador nesta interface, mais um problema de design estético e minimalista, consistência e padrões e eficiência de uso, referindo a não necessidade da existência do botão Ações, que é ativo somente para os profissionais médicos. O avaliador recomenda melhorar o mapeamento entre o sistema e o mundo real, alterando a identificação da barra de rolagem, o hipertexto Unidade para Unidade hospitalar, o hipertexto Responsável para Profissional responsável, o hipertexto Localização para Leito e o hipertexto localizado na barra lateral de Horário para Medicações promovendo uma linguagem familiar. Foram otimizados também, os botões

81 81 localizados na parte inferior da interface, os hipertextos +Pacientes para Assumir pacientes, o Executar para Checar, Impressões para Imprimir, bem como a localização dos mesmos. Outro problema é a ausência de liberdade e controle ao usuário, pelo não fornecimento de meios que permitam que o usuário volte a pagina anterior ou saia facilmente de lugares inesperados, sendo, essas saídas, claramente identificadas. É importante citar, que para acessar o prontuário de determinado paciente é necessário clicar duas vezes sobre o nome do paciente desejado ou selecionar o nome do mesmo e depois clicar no botão Prontuário na parte inferior da interface. Portanto, o botão Prontuário deveria ser maior, estar destacado no início da linha, como o primeiro botão, por finalidade de melhorar o percurso cognitivo, pois encontra- se pequeno e passa despercebido Selecionar o hipertexto evolução multiprofissional Após clicar no nome do paciente desejado, abre a interface apresentada na figura 15 a seguir, e para prosseguir é necessário o profissional clicar duas vezes sobre o hipertexto Evolução Multiprofissional. Figura 15 Interface inicial do prontuário do paciente específico. Fonte: Nossa autoria, 2016.

82 82 A sexta tarefa tem por finalidade selecionar o hipertexto Evolução Multiprofissional para exibir as evoluções existentes de determinado paciente, bem como, incluir ou alterar uma evolução não assinada. O prontuário eletrônico do sistema Micromed consiste na relação de dados relacionados à lista de informações destacadas a seguir, na figura 16. Figura 16 Lista de informações Fonte: Nossa autoria, 2016.

83 83 Nesta tarefa, o avaliador concluiu que a interface apresenta alguns problemas para seguir o percurso cognitivo, pois o usuário demoraria para entender a tarefa e atingir o efeito correto. O problema está relacionado com a alta densidade de funções e itens de menu que aparecem no campo lateral esquerda, apresentado na figura 16. Além disso, como já mencionado anteriormente, os ícones que se encontram na barra superior da interface possuem problemas de design estético e minimalista, pois são de difícil leitura por seus tamanhos serem de fonte muito pequena. No menu da figura 16, o avaliador recomenda melhorar o mapeamento entre o sistema e o mundo real, alterando a identificação dos hipertextos de Histórico Sagmax para Histórico de atendimento, o hipertexto Grupo para Unidade hospitalar, o hipertexto Subgrupo para Anamnese, e a caixa de diálogo inferior deve- se identificar com o hipertexto Resumo do atendimento, promovendo uma linguagem familiar. Outro problema é a ausência de liberdade e controle ao usuário, pelo não fornecimento de meios que permitam que o usuário volte a pagina anterior ou saia facilmente de lugares inesperados, sendo, essas saídas, claramente identificadas. Também foi encontrado outro problema de design estético e minimalista e carga de trabalho no hipertexto LOG fixado na barra lateral de rolagem. Essa funcionalidade não diz respeito aos usuários do sistema Selecionar o hipertexto incluir/alterar ou evolução existente A interface a seguir, permite a leitura das evoluções de enfermagem já existentes relacionados ao paciente selecionado. Para incluir ou alterar uma evolução de enfermagem, é necessário o profissional clicar sobre o botão com o hipertexto incluir/alterar. Como também, esta interface permite fechar e sair do sistema.

84 84 Figura 17 Interface de leitura de evolução de enfermagem existente. Fonte: Nossa autoria, Para realizar a sétima tarefa é necessário clicar no botão Incluir/Alterar para abrir uma nova interface e incluir a evolução de enfermagem. Já para alterar, é necessário selecionar uma evolução existente não assinada, após abrirá a interface seguinte com a evolução selecionada para realizar a alteração. Também é permitido selecionar o hipertexto de determinada evolução existente na barra lateral que exibe os registros, para exibir a mesma permitindo a sua leitura. Outra observação do avaliador é que cada interface do sistema tem uma maneira de deixar disponíveis os botões, não cumprindo uma padronização, isso caracteriza problema consistência e padronização. Para melhor compreensão do usuário, o avaliador recomenda melhorar a localização disponibilizando os botões Incluir/Alterar, Assinar, Obs, Exibir todos, Imprimir, na parte inferior da interface, como está apresentado na figura 13. Como já mencionado anteriormente, os ícones que se encontram na barra superior da interface possuem problemas de design estético e minimalista, pois são de difícil leitura por seus tamanhos serem de fonte minúscula, é também desnecessário a existência de alguns ícones nesta barra superior. Outro problema é a ausência de liberdade e controle ao usuário, pelo não fornecimento de meios que permitam que o usuário volte a pagina anterior ou saia facilmente de lugares inesperados, sendo, essas saídas, claramente identificadas.

85 Desenvolver a evolução de enfermagem A interface a seguir, permite a leitura, inclusão e alteração antes da finalização de uma determinada evolução de enfermagem, ou seja, antes de o profissional assinar a evolução realizada por ele. Como também para fechar e sair do sistema. Figura 18 Interface de evolução de enfermagem. Fonte: Nossa autoria, Esta tarefa e última tem por finalidade o desenvolvimento de uma nova evolução, para isso é necessário clicar no botão Gravar e/ou Assinar. Vale ressaltar que a evolução não assinada tem a possibilidade de alteração posteriormente. A barra superior da interface, destacada na figura 19, possui uma linguagem não familiar ao usuário, caracterizando problema de design estético e minimalista, sendo desnecessária sua presença nesta interface. Figura 19 Barra superior da interface. Fonte: Nossa autoria, 2016.

86 86 Outro problema é a ausência de liberdade e controle ao usuário, pelo não fornecimento de meios que permitam que o usuário volte a pagina anterior ou saia facilmente de lugares inesperados, sendo, essas saídas, claramente identificadas. Sendo que esta interface só permite seu fechamento no ícone X localizado na parte superior da mesma. Também foram encontrados problemas em todas as paginas relacionado aos hipertextos e ícones que se encontram nas barras superiores e inferiores, pois são de difícil leitura por serem de tamanhos e fontes minúsculas, é também desnecessário a existência de alguns ícones nesta barra superior. Outro problema de design estético e minimalista foi encontrado no hipertexto LOG fixado na barra lateral de rolagem. Também foi observado pelo avaliador, que cada interface do sistema tem uma maneira de deixar disponíveis os botões, não cumprindo uma padronização, isso caracteriza problema consistência e padronização. Para melhor compreensão do usuário, o avaliador recomenda melhorar a localização dos botões como está apresentado na figura 13. Dessa forma foram apresentadas as interfaces e suas sequências para realizar a tarefa relacionada á evolução de enfermagem do sistema Micromed. Foram também apresentados os resultados da avaliação proposta pelos métodos de percurso cognitivo e avaliação heurística. A seguir, ocorrerá a apresentação da proposta de protótipos das interfaces e a sequencias das mesmas. 4.4 PROPOSTA DE PROTÓTIPOS E A SEQUÊNCIA DE INTERFACES Em virtude da necessidade de mudanças, durante os testes, o avaliador identificou e registrou as interações que podem ser otimizadas para facilitar a usabilidade do sistema. A seguir, ocorrerá a apresentação da proposta de protótipos das interfaces, suas melhorias e a sequencias das mesmas. De acordo com os resultados da avaliação proposta pelos métodos de percurso cognitivo e avaliação heurística. Cabe destacar que optou- se por fazer ajustes e alterações no design atual das interfaces e não realizar um novo design completamente diferente. Essa decisão está

87 87 relacionada com a viabilidade de que essas alterações sejam realizadas, sendo que um redesign completamente diferente não seria implementado no curto á médio prazo Protótipo da interface de login Para acessá-lo, é necessário o profissional estar dentro da instituição, executá-lo, introduzir login e senha do mesmo, de maneira a permitir o acesso cabível para esse profissional. Dessa forma será apresentada a sugestão de interface e suas melhorias para realizar a tarefa efetuar o login do sistema Micromed. Figura 20 Protótipo da interface de login do sistema Micromed. Fonte: Nossa autoria, Nesta tarefa, o avaliador solucionou o problema de mapeamento entre o sistema e o mundo real, alterando a identificação do botão de efetuar login, o hipertexto OK para Acessar, os ícones de ajuda lâmpada para um ponto de interrogação e o botão cancelar o símbolo foi alterado para X, promovendo uma linguagem familiar. Ao abrir a interface atual do sistema Micromed para efetuar o login, aparece uma interface inativa exibindo informações irrelevantes e desnecessárias, caracterizando um problema de design e minimalista. Este problema foi solucionado pelo avaliador no protótipo proposto, que ao iniciar o sistema, deve- se abrir somente a caixa de login. Outro problema corrigido foi á ausência de liberdade e controle ao usuário, pois ao selecionar o

88 88 botão Cancelar na interface de login, é fechado todo o sistema Micromed, e não somente a caixa de login. Isto também fornece a visibilidade do estado do sistema adequada quando o usuário decide clicar em cancelar. Portanto, este protótipo segue o percurso cognitivo e um feedback adequado, pois o usuário entenderia a tarefa e tentaria atingir o efeito correto, pois saberia realizar a tarefa. Também perceberia que a ação correta está disponível e que conseguiria o efeito que está tentando atingir Protótipo da interface principal de acesso ao sistema Após o acesso com login e senha ao sistema Micromed, deverá aparecer á interface apresentada na figura a seguir. Para então prosseguir, é necessário clicar no hipertexto com o título de PEP-Unidade e selecionar a unidade hospitalar desejada, conforme a figura a seguir. As seguir será apresentado á sugestão de interface e suas melhorias, para realizar a tarefa e ter acesso aos prontuários de determinada unidade hospitalar, no sistema Micromed. Figura 21 Protótipo da interface principal do sistema Micromed. Fonte: Nossa autoria, 2016.

89 89 Na segunda tarefa, figura acima, o problema de mapeamento entre o sistema e o mundo real, foi solucionado pelo avaliador, melhorando a identificação dos hipertextos Arquivo para Perfil, Lançamentos para PEP-Unidade e Relatórios para Lançamentos, promovendo uma linguagem familiar e um feedback adequado para prosseguir. Os ícones que se encontram na barra superior da interface que possuem problemas de design estético e minimalista na interface do sistema Micromed, também foram otimizados. Os ícones desnecessários foram excluídos, são irrelevantes, pois já é o suficiente estarem localizados nos hipertextos Arquivo e Visualizar. Foi disponibilizado a liberdade e controle ao usuário, permitindo que o usuário volte a pagina anterior ou saia facilmente de lugares inesperados, sendo, essas saídas, claramente identificadas. Portanto, este protótipo segue o percurso cognitivo e um feedback adequado, pois o usuário entenderia a tarefa e tentaria atingir o efeito correto, pois saberia realizar a tarefa. Também perceberia que a ação correta está disponível e que conseguiria o efeito que está tentando atingir Protótipo da interface de acesso ao prontuário dos pacientes de determinada unidade hospitalar Após o usuário selecionar a unidade hospitalar desejada, aparecerá a interface com a lista de pacientes internados nesta unidade, como apresentada na figura a seguir. Para então prosseguir, é necessário clicar duas vezes sobre o nome do paciente desejado ou selecionar o paciente e clicar no botão Prontuário. As seguir será apresentado á sugestão de interface e suas melhorias, para realizar a tarefa e ter acesso ao prontuário de determinado paciente, no sistema Micromed.

90 90 Figura 22 Protótipo da interface - lista dos pacientes internados por unidade hospitalar. Fonte: Nossa autoria, Nesta tarefa, o avaliador concluiu que a interface segue o percurso cognitivo, pois o usuário conseguiria o efeito que está tentando atingir. Neste caso, o mapeamento entre o sistema e o mundo real, foi otimizado pelo avaliador, alterando a identificação da barra de rolagem, o hipertexto Unidade para Unidade hospitalar, o hipertexto Localização para Leito, e o hipertexto Responsável para Profissional responsável, promovendo uma linguagem familiar e um feedback adequado para prosseguir. Os ícones que se encontram na barra superior da interface, por possuírem problemas de design estético e minimalista na interface do sistema Micromed, também foram otimizados. Os ícones desnecessários foram excluídos, pois são irrelevantes. Também foi disponibilizado a liberdade e controle ao usuário, permitindo que o mesmo volte a pagina anterior ou saia facilmente de lugares inesperados, sendo, essas saídas, claramente identificadas. Foi otimizado o design estético e minimalista nesta interface, pois o avaliador excluiu o botão Ações, que é ativo somente para os profissionais médicos. Também foram alterados os botões +Pacientes para Assumir pacientes e Executar para Checar, otimizando o mapeamento entre o sistema e o mundo real. Outro problema solucionado foi garantir a Consistência e padrão, organizando os botões localizados na parte inferior da interface para melhor percurso cognitivo.

91 91 Portanto, este protótipo segue o percurso cognitivo e um feedback adequado, pois o usuário entenderia a tarefa, perceberia a ação correta e tentaria atingir o efeito correto, pois saberia realizar a tarefa Protótipo da interface de acesso ao prontuário de determinado paciente Ao clicar no nome do paciente desejado, deverá aparecer á interface apresentada na figura a seguir. Esta tarefa tem por finalidade selecionar o hipertexto Evolução Multiprofissional para exibir as evoluções existentes de determinado paciente, bem como, incluir ou alterar uma evolução não assinada. Segue abaixo á sugestão de interface e suas melhorias, para realizar a tarefa e ter acesso ás evoluções de enfermagem de determinada unidade hospitalar, no sistema Micromed. Figura 23 Protótipo da interface inicial do prontuário do paciente específico. Fonte: Nossa autoria, 2016.

92 92 Na quarta tarefa a interface segue o percurso cognitivo, pois o usuário conseguiria o efeito que está tentando atingir. Porém, os ícones que se encontram na barra superior da interface, por possuírem problemas de design estético e minimalista na interface do sistema Micromed, também foram otimizados. Os ícones desnecessários foram excluídos, pois são irrelevantes. Também foi excluído outro problema de design estético e minimalista, o hipertexto LOG que antes era fixado na barra lateral de rolagem. Outro problema solucionado foi o de mapeamento entre o sistema e o mundo real, alterando a identificação dos hipertextos Histórico Sagmax para Histórico de Atendimento, o hipertexto Grupo para Unidade Hospitalar, o hipertexto Subgrupo para Anamnese, e a caixa de diálogo inferior foi identificar com o hipertexto Resumo do atendimento, promovendo uma linguagem familiar e um feedback adequado para prosseguir. Também foi disponibilizado a liberdade e controle ao usuário, meios que permitam que o usuário volte a pagina anterior ou saia facilmente de lugares inesperados, sendo, essas saídas, claramente identificadas. Portanto, este protótipo segue o percurso cognitivo e um feedback adequado, pois o usuário entenderia a tarefa, perceberia a ação correta e tentaria atingir o efeito correto, pois saberia realizar a tarefa Protótipo da interface de acesso à leitura das evoluções de determinado paciente A interface a seguir, permite a leitura das evoluções de enfermagem já existentes relacionados ao paciente selecionado. Para incluir ou alterar uma evolução de enfermagem, é necessário o profissional clicar sobre o botão com o hipertexto Incluir/Alterar. Outra possibilidade é a opção de pesquisa por evoluções de determinado profissional, palavras, textos ou por período. Como também, esta interface permite digitalizar o prontuário, imprimir, voltar, sair do sistema, etc. A seguir será apresentado á sugestão de interface e suas melhorias, para realizar a tarefa e ter acesso ás evoluções de determinado paciente, no sistema Micromed.

93 93 Figura 24 Protótipo da interface de leitura de evolução de enfermagem existente. Fonte: Nossa autoria, Nesta tarefa, a primeira alteração foi para garantir a Consistência e padrão, organizando os botões localizados na parte inferior da interface para melhor percurso cognitivo. Para melhor compreensão do usuário, foram disponibilizados os botões Incluir/Alterar, Assinar, Obs, Exibir todos e Imprimir, respectivamente na parte inferior da interface, como está apresentado na figura acima. Também foi disponibilizado a liberdade e controle ao usuário, meios que permitam que o usuário volte a pagina anterior ou saia facilmente de lugares inesperados, sendo, essas saídas, claramente identificadas. Os ícones que se encontram na barra superior da interface, por possuírem problemas de design estético e minimalista na interface do sistema Micromed, foram otimizados. Os ícones e informações desnecessárias foram excluídos, pois são irrelevantes. Também foi excluído outro problema de design estético e minimalista, o hipertexto LOG que antes era fixado na barra lateral de rolagem. Portanto, este protótipo segue o percurso cognitivo e um feedback adequado, pois o usuário entenderia a tarefa, perceberia a ação correta e tentaria atingir o efeito correto, pois saberia realizar a tarefa.

94 Protótipo da interface de acesso à inclusão e/ou alteração de evoluções de determinado paciente A última tarefa apresentada na interface a seguir, tem por finalidade permitir a leitura, o desenvolvimento de uma nova evolução e alteração antes da finalização de uma determinada evolução de enfermagem, ou seja, antes de o profissional assinar a evolução realizada por ele. Vale ressaltar que a evolução não assinada tem a possibilidade de alteração posteriormente. Segue abaixo á sugestão de interface e suas melhorias, para realizar a tarefa e ter acesso ás evoluções de enfermagem de um determinado paciente, no sistema Micromed. A fim de permitir sua leitura, inclusão e/ou alteração. Figura 25 Protótipo da interface de evolução de enfermagem. Fonte: Nossa autoria, A sexta tarefa e última, o problema de design estético e minimalista na barra superior da interface do sistema Micromed foi solucionado, pois existia uma linguagem não familiar ao usuário, sendo desnecessária sua presença nesta interface, sendo exposto somente o hipertexto Editar evolução. Também foi disponibilizado a liberdade e controle ao

95 95 usuário, meios que permitam que o usuário volte a pagina anterior ou saia facilmente de lugares inesperados, sendo, essas saídas, claramente identificadas. Os ícones que se encontram na barra superior da interface, por possuírem problemas de design estético e minimalista na interface do sistema Micromed, também foram otimizados. Os ícones e informações desnecessárias foram excluídos, pois são irrelevantes. Também foi excluído outro problema de design estético e minimalista, o hipertexto LOG que antes era fixado na barra lateral de rolagem. Outro problema solucionado foi garantir a Consistência e padrão, organizando os botões localizados na parte inferior da interface para melhor percurso cognitivo. Portanto, este protótipo segue o percurso cognitivo e um feedback adequado, pois o usuário entenderia a tarefa, perceberia a ação correta e tentaria atingir o efeito correto, pois saberia realizar a tarefa. Desta forma foram apresentados os resultados da avaliação proposta pelos métodos de percurso cognitivo e avaliação heurística. Foram também apresentados os protótipos das interfaces e suas sequências para realizar a tarefa relacionada á evolução de enfermagem do sistema Micromed tentando seguir às diretrizes de usabilidade.

96 96 5 CONSIDERAÇÕES FINAIS E TRABALHOS FUTUROS Neste capítulo, são descritas as conclusões obtidas pela autora que desenvolveu este trabalho de conclusão de curso, bem como algumas sugestões para trabalhos futuros que envolvam a usabilidade do sistema Micromed. 5.1 CONSIDERAÇÕES FINAIS Em sistemas de computador, o termo usabilidade significa oferecer interfaces eficientes que permitam uma boa e fácil interação, de modo, que alcance uma melhor qualidade de comunicação entre o usuário e o sistema. Estas interfaces devem levar em conta também o contexto em que os usuários estão inseridos e os principais usos destes sistemas. Através desta pesquisa científica, ao analisar parte do sistema Micromed ficou perceptível à importância do uso das diretrizes de usabilidade e dos princípios ergonômicos em uma interface humano-computador. Portanto, a avaliação de usabilidade é cada vez mais importante para identificação de erros no processo de design de interface. Este trabalho teve como objetivo, analisar problemas de usabilidade encontrados nas interfaces de um módulo do prontuário eletrônico do sistema Micromed. Para isso inicialmente foi realizado uma pesquisa e identificado às heurísticas e recomendações de usabilidade para aplicar na elaboração da avaliação de usabilidade através de inspeção. Após, foi analisado parte do sistema Micromed para o prontuário eletrônico de paciente hospitalar e, para identificar os problemas de usabilidade na interação com o sistema, foi utilizada a teoria com base nas heurísticas e recomendações de usabilidade. Foram identificados problemas de usabilidade durante a interação com o sistema que podem acarretar na frustação dos usuários e até mesmo na desistência de uso do sistema por eles. Após, juntamente com o resultado obtido da avaliação heurística e percurso cognitivo, foram desenvolvidos protótipos como exemplo comparativo para as interfaces analisadas, propondo a melhoria dessas interfaces. É importante salientar que optou- se por fazer ajustes e alterações no design atual das interfaces e não realizar um novo design completamente diferente. Essa decisão está relacionada com a

97 97 viabilidade de que essas alterações sejam realizadas, sendo que um re-design completamente diferente não seria implementado no curto á médio prazo. Portanto pode-se afirmar que os objetivos propostos inicialmente foram alcançados com êxito no decorrer da pesquisa. Com isto, podemos concluir que a melhor maneira de se obter uma interface que promova a satisfação para garantir um alto nível de aceitação do sistema pelo usuário, é aplicando as diretrizes de usabilidade e os princípios ergonômicos. Espera-se que este trabalho tenha contribuído para propor melhorias à interface do modulo analisado o que por sua vez, trará benefícios aos usuários do sistema Micromed. 5.2 TRABALHOS FUTUROS Como sugestão para futuras pesquisas, propõe-se: Realizar novos testes de usabilidade com o proposito da correção dos problemas apontados e a detecção de outros não identificados neste trabalho; Realizar estudo com grupos de usuários sem experiência anterior com o sistema analisado; Realizar estudo de usabilidade monitorado em laboratório observando as reações dos usuários ao utilizarem os sistemas; Realizar a pesquisa para analisar as funcionalidades de outros módulos do sistema Micromed de gestão hospitalar, para melhorar a sua usabilidade; Utilizar outros métodos ou técnicas de avaliação de usabilidade descritas na revisão da bibliografia; Realizar a implantação dos protótipos das interfaces e sua sequência, desenvolvidos como sugestão de melhoria somente.

98 98 REFERÊNCIAS BARBOSA, Simone Diniz Junqueira; SILVA, Bruno Santana Da. Interação Humanocomputador. Rio de Janeiro: Elsevier, BRASIL. Ministério da Saúde. SUS: Prontuário eletrônico beneficiará 15 milhões de pacientes. In Portal Brasil. Disponível em: < Brasil, 02 set Acesso em: 07 abr BASSO, Laurenço de Oliveira; CHEIRAN, Jean Felipe Patikowski; SANTAROSA, Lucila Maria Costi. Testes de Usabilidade com Prototipação em Papel: validação de ferramenta de AVA acessível a PNEs Disponível em: < Brasil, 02 set Acesso em: 22 maio CONSELHO FEDERAL DE MEDICINA: Resolução CFM Nº 1.638/2002. Brasília, 10 jul In Jornal Diário Oficial Da União. Disponível em: < Acesso em: 30 ago CONSELHO FEDERAL DE MEDICINA: Resolução CFM Nº 1.821/07. Brasília, 11 jul In Jornal Diário Oficial Da União. Disponível em: < Acesso em: 30 mar COOPER, Donald; SCHINDLER, Pamela. Métodos de Pesquisa em Administração. 12. ed. Porto Alegre: AMGH, Disponível em: < Acesso em: 27 maio Acesso restrito via minha biblioteca. COSTA, Claudio Giulliano Alves da; SABBATINI, Renato Marcos Endrizzi; QUEVEDO, Antônio Augusto Fasolo. Desenvolvimento e Avaliação Tecnológica de um Sistema de Prontuário Eletrônico do Paciente, Baseado nos Paradigmas da World Wide Web e da Engenharia de Software. Unicamp, 2001, 268f. Dissertação (Mestrado em engenharia biomédica) Universidade Estadual de Campinas, Campinas, Disponível em: < >. Acesso em: 01 set CYBIS, Walter; BETIOL, Adriana Holtz; FAUST, Richard. Ergonomia e Usabilidade: Conhecimentos, Métodos e Aplicações. São Paulo: Novatec, CYBIS, Walter; BETIOL, Adriana Holtz; FAUST, Richard. Ergonomia e Usabilidade: Conhecimentos, Métodos e Aplicações. 2. ed. rev. e ampl. São Paulo: Novatec, DIAS, Cláudia. Usabilidade na Web: Criando portais mais acessíveis. Rio de Janeiro: Alta BooksLtda, 2003.

99 99 FERREIRA, Maria Celi Neto; GUIMARÃES, Cayley. A Falta de Usabilidade impede o acesso à informação e consequentemente o exercício da cidadania. In: Revista do E-xacta. Colóquio Científico no Uni-BH a Computação é Dez! v.2, n.2, Disponível em: < Acesso em: 22 mar FLORENCIO, Tatiane Fernandes; SANTIAGO, Luiz Carlos. Prontuário Eletrônico do Paciente: Implicações para a assistência de enfermagem. 2010, 148f. Dissertação (Mestrado) Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, Disponível em: < Acesso em: 01 set GARCIA, Jamila Samantha Jakubowsky; BASTOS, Viviane. Conforto e Segurança no Trabalho. 1. ed. rev. Palhoça: Unisul Virtual, GIL, Antônio Carlos. Métodos e Técnicas de Pesquisa Social. 6. ed. São Paulo: Atlas, Disponível em: < Acesso em: 27 maio Acesso restrito via minha biblioteca. HIRAMA, Kechi. Engenharia de sotware: Qualidade e Produtividade com Tecnologia. Rio de Janeiro: Elsevier, MATOS, Ecivaldo de Souza; PICONEZ, Stela Conceição Bertholo. Dialética de Interação Humano-Computador: Tratamento didático do diálogo midiatizado. 2013, 269f. Tese (Doutorado) Faculdade da educação da Universidade de São Paulo, São Paulo, Disponível em: < Acesso em: 16 maio MICROMED SISTEMAS: Gestão Hospitalar. Disponível em: < Acesso em: 30 ago MOLINA, Letícia Gorri; LUNARDELLI, Rosane Suely Alvares. O prontuário do paciente e os pressupostos arquivísticos: Estreitas e profícuas interlocuções. In: Revista Informação & Informação. v.5, n.1, Disponível em: < Acesso em: 30 ago NASCIMENTO, José Antônio Machado do; AMARAL, Sueli Angélica do. Usabilidade no Contexto de Gestores, Desenvolvedores e Usuários do Website da Biblioteca Central da Universidade de Brasília, Unb. 2006, 230f. Dissertação (Mestrado em ciência da informação e documentação) Universidade de Brasília, Brasília, Disponível em: < Acesso em: 24 maio NIELSEN, Jacob; LORANGER, Hoa. Usabilidade na Web: Projetando Websites com qualidade. Rio de Janeiro: Elsevier, PREECE, Jennifer; ROGERS, Yvonne; Sharp, Helen. Design de Interação: Além da Interação Homem-Computador. Porto Alegre: Bookman, 2005.

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101 101 APÊNDICES APÊNDICE A Cronograma Fonte: Nossa autoria, 2016.

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