MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO SECRETARIA DE EDUCAÇÃO BÁSICA UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA MARIA PACTO NACIONAL PELA ALFABETIZAÇÃO NA IDADE CERTA
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- Inês Canejo Natal
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1 MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO SECRETARIA DE EDUCAÇÃO BÁSICA UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA MARIA PACTO NACIONAL PELA ALFABETIZAÇÃO NA IDADE CERTA A produção TEXTual na ALFABETIZAÇÃO ANO 1 UNIDADE 5 P r o f a. R e j a n e C a va l h e i r o M a i o / º E N C O N T R O D E O R I E N TA D O R E S D E E S T U D O - CCS- G T 5 G T 7 G T 9 G T 1 6
2 Como podemos desenvolver a produção textual no primeiro ano do EF?
3 Propondo diferentes textos na perspectiva que articula... Oralidade leitura promoção da autoestima
4 As situações diversificadas podem ser agrupadas em 4 eixos: (Leal e Albuquerque, 2005) 1) Situações de interação, mediadas pela escrita(textos jornalísticos, epistolares (cartas), científicos, instrucionais, literários, publicitários...)
5 2) Situações de construção e sistematização do conhecimento, caracterizadas sobretudo pela leitura e pela produção de gêneros textuais que usamos como auxílio para organização e memorização, quando necessário. Cleonice 6 maio Cristina Pacto 6,7 e 8 Feira do Livro Rejane 7 maio Glaucemara 8-M/T:Palestras/Oficinas Gerais
6 3) Situações de autoavaliação refletindo sobre si mesmo com incentivo à expressão de sentimentos, autoestima e autonomia: diários pessoais, poemas, cartas com/sem destinatários(as);
7 4) Situações em que a escrita é utilizada para automonitorar as próprias ações, para organização do dia a dia, para apoio mnemônico, tais como as agendas, o calendários, os cronogramas e outros.
8 O desafio é construir práticas que contemplem um trabalho articulado entre a apropriação do sistema de escrita e a interação por meio dos textos. Há conhecimentos e capacidades específicos de cada eixo, atividades com foco mais claro no desenvolvimento de habilidades de leitura e produção de textos, atividades com foco na aprendizagem do sistema de escrita, e atividades em que as duas dimensões sejam contempladas.
9 Interações com textos, a partir da escuta de um leitor fluente: compreender diferentes gêneros e suas finalidades; estabelecer relações lógicas entre partes de textos nos diferentes gêneros e temáticas;
10 As situações de leitura compartilhada ajudam as crianças a desenvolver conhecimentos sobre a escrita e estratégias de leitura que serão mobilizadas nas situações de leitura autônoma, ou seja, aquelas em que elas precisam ler sem ajuda.
11 Nas situações compartilhadas de produção textual, as crianças são capazes de aprender: refletir sobre o contexto; planejar a escrita organizando roteiros para atender a diferentes finalidades, com ajuda de um escriba; gerar o conteúdo textual, estruturando os períodos e utilizando recursos coesivos para articular ideias e fatos; utilizar vocabulário diversificado e adequado ao gênero;
12 revisar coletivamente os textos durante o processo de escrita em que o professor é escriba, retomando as partes já escritas e planejando os trechos seguintes.
13 após a revisão, propor diferentes versões, reescrevendo-os de modo a aperfeiçoar sua funcionalidade e adequação aos objetivos(o que implica rever toda sua estrutura: ortografia, pontuação, sintaxe, coesão, estilo de linguagem, estratégias discursivas...).
14 Em relação aos textos orais, também podemos destacar que é relevante promover situações planejadas de ensino, que possam ajudar as crianças a aprender a: participar de interações orais em sala de aula (questionando, sugerindo, argumentando e respeitando os turnos e a vez de intervir);
15 escutar e produzir textos de diferentes gêneros, sobretudo os mais formais, comuns em situações públicas, analisando-os criticamente; planejar intervenções orais em situações públicas: exposição oral, debate, contação de história, entrevista, exposição, notícia, propaganda, relato de experiências orais, dentre outros;
16 analisar a pertinência e a consistência de textos orais (relacionar fala e escrita) reconhecendo a diversidade linguística e valorizando as diferenças culturais entre variedades regionais, sociais, de faixa etária, de gênero dentre outras; valorizar os textos de tradição oral, reconhecendo-os como manifestações culturais
17 O fundamental é que todas essas aprendizagens ocorram em situações significativas, nas quais as crianças falem, escrevam, escutem, leiam para participar de situações de interação real e intervirem na sociedade. Nenhuma dessas aprendizagens são consolidadas em um ano. No primeiro ano, podemos planejar situações diversificadas, de modo que as crianças ampliem seus conhecimentos e capacidades.
18 Interação em duplas 1 - [...] O desenvolvimento das capacidades mais elaboradas tanto no que se refere à compreensão e produção de textos orais, como as capacidades de ler e escrever, (não) ocorre espontaneamente. (ano 1, p.8)[...] Os professores se questionam [...] como fazer com que os alunos que não leem e não escrevem façam uso das diferentes finalidades de leitura e de escrita no processo de alfabetização.(ano 1, p.8)
19 2 - A reflexão sobre o sistema de escrita (não) garante o desenvolvimento das capacidades de compreender e produzir textos. (ano 1, p.10) [...] As situações de leitura compartilhada ajudam as crianças a desenvolver conhecimentos sobre a escrita e estratégias de leitura que serão mobilizadas nas situações de leitura autônoma, ou seja, aquelas que elas precisam ler sem ajuda. Esse pressuposto é corroborado pelas ideias defendidas por Vigotsky (1989, 1994).( ano 1, p.10)
20 3 - É importante ressaltar que as crianças recém alfabetizadas leem com muita dificuldade e ficam cansadas mais rapidamente do que as que já tem maior tempo/experiência leitora. Textos longos em situações de leitura autônoma podem desencorajar as crianças. Desse modo, a escolhas dos textos é tão importante quanto o planejamento das estratégias de mediação. Cabe ao professor buscar sempre trazer textos simples que beneficiem àquelas crianças que apresentam maiores dificuldades. (ano 1, p. 11)
21 4 Nas situações em que as crianças são estimuladas a escrever sozinhas elas mobilizam os conhecimentos e estratégias aprendidos nas situações partilhadas, mas, sem dúvidas, há outras aprendizagens em jogo, pois o escritor precisa saber coordenar as ações e definir o que vai dizer (conteúdo do texto), com vai dizer e como registrar no papel. (ano 1, p.12)
22 5 - No primeiro ano, podemos planejar situações diversificadas de modo que as crianças ampliem seus conhecimentos e capacidades. O fundamental, no entanto, é que todas as aprendizagens ocorram em situações significativas, nas quais as crianças falem, escrevam, escutem e leiam para participar de situações de interação real e intervirem na sociedade. (ano 1, p.13)
23 6 A estratégia de atuar como escriba e também como leitor mais experiente permite ao professor a realização das atividades de leitura e produção de textos mesmo em turmas com muitos alunos não alfabéticos. Não há porque esperar que eles entendam a lógica SEA e escrevam convencionalmente para inseri-los em situações de leitura e escrita de textos variados. Ao escrever no quadro o que é ditado, o professor estará explicitando aos alunos os comportamentos próprios de quem escreve e estará problematizando a produção, ajudando-os a observarem o que ainda não conseguem perceber sozinhos. (ano 1, p. 20)
24 7 Novos gêneros textuais vão se constituindo, em um processo permanente, em função de novas atividades sociais. Se isso não ocorresse, a comunicação seria quase impossível, pois cada demanda comunicativa exigiria a construção de um texto configurado de modo completamente novo, que por sua vez precisaria ser compreendido pelos envolvidos na atividade para que a interação acontecesse. (ano 2, p.07)
25 8 Por meio de gêneros, a ação discursiva é, ao menos parcialmente, préfigurada para cumprir objetivos definidos para certas atividades. As experiências prévias de interações permite aos participantes da situação de comunicação específica chegar a um grupo de gêneros que possivelmente podem ser utilizados nas situações de interação. (ano 2, p.08)
26 9 No trabalho em sala de aula com os gêneros, duas dimensões se articulam. A primeira se refere aos aspectos socioculturais relacionados a sua condição de funcionamento na sociedade e a segunda se relaciona aos aspectos linguísticos que se voltam para compreensão do que o texto informa ou comunica. (ano 2, p.09)
27 10 - O objetivo da escola seria garantir a apropriação pelos alunos das práticas de linguagem instauradas na sociedade para que eles possam ter participação social efetiva. [...] se a escola investe no ensino de gêneros estará facilitando, portanto, apropriação dos usos da língua. (ano 3, p.07-09)
28 11 A escola precisa garantir a exploração da diversidade de gêneros textuais, pois cada gênero pode proporcionar diferentes formas de mobilização das capacidades de linguagem e, logo, diferentes aprendizagens. [...] Na escola como é possível perceber o trabalho com gêneros se restringe as aulas relativas ao componente curricular da Língua Portuguesa. (ano 3, p.10)
29 12 se trabalharmos com gêneros pertencentes a um único grupo, os alunos com dificuldades de lidar com gêneros deste grupo poderão encarar o ato da escrita como um obstáculo constante, algo difícil de ser superado, desmotivando-os para outras aprendizagens. Porém, ao variarmos os gêneros, daremos oportunidade aos alunos para também mostrarem suas melhores habilidades e, assim, contribuímos para mantêlos motivados a continuar no seu processo de apropriação das práticas de linguagem.
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