A POSSILIDADE DE CRIANÇAS COM AUTISMO ESTUDAR NUMA ESCOLA REGULAR
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- Lucas Teves Figueiroa
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1 A POSSILIDADE DE CRIANÇAS COM AUTISMO ESTUDAR NUMA ESCOLA REGULAR Autr (1); Izabelle de Paula Braga Mendnça. C-autr (1); Lilian rdrigues da Silva (2); Thacymara Gmes Filgueira Universidade d Estad d Ri Grande d Nrte- UERN, izabellemendnca2@gmail.cm, lilian_rdrigues86@htmail.cm, thacymara_filgueira@htmail.cm Resum: Este artig apresenta uma pesquisa realizada à cerca da seguinte prblematizaçã: Há a pssibilidade de crianças cm autism estudar numa escla regular? A metdlgia aplicada para esta pesquisa fi desenvlvida através de pesquisas feitas na internet e de uma pesquisa de camp realizada em algumas esclas da cidade de Mssró, Ri Grande d Nrte, nde fram cletadas infrmações a respeit d que s prfissinais da área acreditam ser melhr para estes aluns, que apresentam dificuldades de scializaçã. O transtrn d espectr autista cm é denminad vem ganhand espaç cm relaçã às plíticas públicas, pis leis fram criadas a fim de frtalecer direit de inclusã para essas pessas, deixand dessa frma a esclha pr uma escla regular u especial nas mãs ds pais dessas crianças que ganharam direit de estudar numa escla regular tant n ensin básic cm prfissinalizante. A intençã aqui é refletir sbre quais as cndições e vantagens que a inclusã pde trazer para s sujeits envlvids. Trata-se de um direit assegurad e recentemente acrescid a já vast aparat legal vltad para aluns cm necessidades especiais pela Lei de 27 de dezembr de 2012 Lei Berenice Piana. A lei que institui a Plítica Nacinal de Prteçã ds Direits da Pessa cm Transtrn d Espectr Autista (BRASIL, 2012) e a recnhece cm pessa cm deficiência para tds s efeits legais, sbrepnd dcuments anterires, cm a Plítica Nacinal de Educaçã Especial na Perspectiva da Educaçã Inclusiva (BRASIL, 2008), em que aluns cm TGD/TEA (Transtrns Glbais de Desenvlviment/Transtrn d Espectr Autista) nã sã cnsiderads pessa cm deficiência. Palavras-chaves: Transtrn d Espectr Autista, Lei , Inclusã, Educaçã Especial.
2 1. Intrduçã O presente artig caracteriza-se pr ser um estud que cletu infrmações cntidas na internet e vivenciadas pessalmente para buscar entender um puc mais sbre a inclusã de crianças prtadras de transtrn d espectr autista, que é uma cndiçã psiclógica, caracterizada pr anrmalidades de integraçã scial e de cmunicaçã, as pessas prtadras dessa cndiçã pssuem interesses restrits e cmprtaments altamente repetitivs. A luta ds familiares na criaçã dessas crianças autistas é mair a cada dia que a dença nã é diagnsticada. É necessári um acmpanhament de especialistas para a frmaçã desses indivídus. Mair também é a dificuldade encntrada pels pais na hra de esclher a melhr frma de educar essa criança, seja em uma escla regular u especial, para tant é necessári um acmpanhament ds pais, prfessres, aluns de md geral, diretres e d rientadr pedagógic. A lei de nº , intitulada de lei Berenice Piana vei para garantir que nenhuma escla regular pssa recusar a matrícula de uma criança cm autism. A lei fi sancinada pela presidente Dilma Russef, a mesma vetu um trech da lei que permitia uma brecha para que diretr de uma escla regular pudesse recusar um alun autista afim de que mesm fsse educad numa escla especial. Mas é pssível uma criança ser educada numa escla regular? Segund especialistas nã só é pssível cm é necessári, entretant terá que ser feit um trabalh bastante cmprmetid pr parte de tds que irã cnviver cm esta criança, pis terá que ser feita adaptações para que nã cmprmeta aprendizad da criança autista nem ds seus clegas que nã pssuem nenhum transtrn. Uma vez que a escla regular também apresenta e aclhe crianças cm diferentes dificuldades, um alun autista será só mais um desafi para esses prfissinais. A criança autista necessita da cnvivência cm crianças diferentes dela, para pder interagir e se adaptar cm diferente, uma vez que ela estuda numa escla especial, só encntrará crianças iguais a si, terá uma facilidade de cnvívi, entretant nã estará se preparand para viver numa sciedade nrmal. A lei vem garantir que essas crianças sejam tratadas e educadas cm nrmais, mas é precis que as esclas regulares também estejam preparadas para receber esses aluns. Pr iss a precupaçã ds pais cm relaçã a clcar u nã suas crianças em esclas regulares u especiais, pr temerem que seus filhs sejam tratads cm precnceit pels seus cleguinhas de sala u até
3 mesm pels prfissinais que estã inserids n cntext esclar, pis cm se sabe nã há um treinament para que esses prfissinais pssam interagir cm esses aluns, cada criança autista apresenta suas diferenças, e prfissinal necessita está preparad para lidar cm essas dificuldades. É um trabalh ds pais, prfessres, diretres e rientadres pedagógics buscar melhr ensin para essas crianças, tant para as que apresentam autism cm para as que nã apresentam, vist que será uma dificuldade para as utras crianças cnviver um autista á medida que a criança cm transtrn necessitará de um acmpanhament mais presente que pderá causar um puc de ciúmes pr parte das utras crianças. Os especialistas acreditam que à mairia das crianças autistas cnseguem frequentar esclas regulares, e que precisam desse cntat cm utrs aluns. Eles afirmam que a educaçã especial pde ter métds mais interessantes e um ambiente aparentemente mais aclhedr, mas uma vez que prblema dessas crianças é a scializaçã e a cnvivência, a inseri-l n cntat cm utrs aluns será pssível tira-ls da zna de cnfrt e prprcinar um cnvívi em sciedade. Rssana Rams, prfessra da Universidade de Pernambuc (UPE) e autra d livr Inclusã na Prática: Estratégicas Eficazes para a Educaçã Inclusiva, diz: que faz deficiente se desenvlver é a interaçã cm pares diferentes dele. A criança aprende pr imitaçã. Clcá-la em um lugar em que só há pessas cm mesm prblema nã adianta. É perceptível que nas plíticas públicas brasileiras ainda nã se encntram frmas de incluir crianças autistas nas esclas, a lei que garante a inclusã existe, mas é muit mais uma ba vntade pr parte de prfessres, crdenadres, rientadres pedagógics e diretres d que um aparat esclar através de prjets de inclusã, tud iss ainda é nv e nã é estimulad, que trna precári a situaçã de inclusã dessas crianças em esclas regulares. É a partir daí que se dividem as piniões d especialistas e ds pais cm relaçã a educar seus filhs num ambiente que ainda nã esta adaptad nem preparad para receber esses aluns cm transtrns sciais de cnvívi. 2. Metdlgia A partir d métd cmparativ, de cleta de dads das entrevistas que tivems a prtunidade de fazer cm alguns prfissinais que atuam em algumas esclas da cidade de
4 Mssró-RN e ds relats rais cletads nas instituições, ficu clar quant é imprtante a inserçã dessas crianças nas esclas regulares, lidar cm diferente esta em cntat cm as utras crianças tem sid muit imprtante para desenvlviment das crianças autistas, é gratificante para nós enquant prfessr ver srris n rst de seus pais quand vem ns agradecer pela mudança visível de seus filhs. Essas fram as palavras de uma prfessra estagiária que trabalha em uma das esclas visitadas pr nós durante nssa pesquisa. Para Maria Teresa Mantan, prfessra da Universidade de Campinas (Unicamp)especialista em inclusã: Até agra, s sistemas de ensin têm lidad cm a questã pr mei de medidas facilitadras, cm cuidadres, prfessras de refrç e salas de aceleraçã, que nã reslvem, muit mens atendem desafi da inclusã. Pis qualificar uma escla para receber tdas as crianças implica medidas de utra natureza, que visam reestruturar ensin e suas práticas usuais e excludentes. Na inclusã, nã é a criança que se adapta à escla, mas sim a escla que para recebê-la deve se transfrmar. O educadr trna-se um el entre alun e cnheciment. Ser um agente mediadr de nvas práticas e cnheciments na vida d educand é bjetiv principal. É imprtante e essencial cmprmetiment d prfissinal em fazer diferente para mudar essa realidade, é precis acreditar n ptencial ds seus aluns, afinal tds sã capazes. N entant uns sã mais adiantads e utrs nem tant, mas que tud é um prcess e que a final tds alcançam a bjetiv que é desejad. 3. Resultads e Discussões É ntóri à dificuldade ds pais e prfissinais cm relaçã a que seria melhr para as crianças autistas, pis a escla especial já esta preparada para aclher essas crianças, tant na estrutura cm na especializaçã ds prfissinais que ali se encntram, que facilita cnvívi das crianças autistas, entretant tem um lad que, uma vez, educads numa escla regular, essas
5 crianças estariam cnvivend cm estranh e saind da zna de cnfrt que faria cm que fsse desenvlvid um cntat mais natural cm a sciedade. Já que s indivídus sã preparads para viver em sciedade, nada mais just que s autistas sejam incluíds e preparads para essa realidade. Entretant alg a se bservar é que as esclas regulares nã estã preparadas para receber esses aluns, a lei já pssibilita direit dessas crianças frequentarem as esclas. Tdavia nã há plíticas públicas que ajudem a prmver essa integraçã ds munds, que pdems perceber é que fram prfessres e estagiáris que na mairia das vezes sem ter a ajuda d espaç físic permitiram que sua frça de vntade e determinaçã para integrar esta criança n cnvívi cm s demais falasse mais alt. A universidade d Estad d Ri Grande d Nrte- UERN em parceria cm a prefeitura municipal de Mssró tem clcad jvens universitáris d curs de pedaggia para realizar trabalh de acmpanhament cm crianças cm necessidades especiais, entre elas autista, estes estagiáris agem cm um suprte a prfessr dand mais atençã a crianças cm essas necessidades, elas estã incluídas n cnvívi cm as demais e participand das mesmas atividades. 4. Cnclusã Esta pesquisa pde ns prprcinar um cnheciment mais científic a respeit das crianças cm autism, e cm se da a sua inclusã tant na vida em sciedade cm na vida esclar. É ntável a dificuldade encntrada pels pais na esclha da melhr escla para receber seus filhs, alguns sentem recei de uma escla nrmal, pis acreditam que seus filhs serã vítimas d precnceit e ainda que nã renderã cm estudantes. É precis que gvern crie mais incentivs além de leis que dã direit ds autistas estudarem em esclas nrmais. É necessári que se faça um investiment para capacitar s prfessres dessas esclas para lidar cm esses aluns, pis cm é sabid e defendid pr alguns prfissinais da psiclgia, a criança cm transtrn d espectr autista, uma vez, inserida numa escla regular pde se desenvlver na sciedade cm muit mais facilidade d que as crianças que sã educadas nas esclas especiais.
6 A lei esta ai para garantir s direits d autista, a brigatriedade de inserçã n ensin regular também, nã pdems esquecer que cada cas exige uma assistência diferenciada, é necessári que ambiente seja realmente favrável a desenvlviment da criança cm um td, nã será fat de apenas estar na escla regular que ela estará inserida. Na realidade esse prcess é frustrante para prfissinal, para a família que muda muit educand de escla e para s clegas que nã sabem lidar cm as frustrações d mesm. É precis mais infrmaçã para s prfessres que vã receber esses educands, é precis cnhecer para realmente acntecer uma educaçã integrante e de qualidade que eles merecem. Entendems, também, que acmpanhament cnstante e sistemátic da prática pedagógica d prfessr regente pel prfessr especialista, em caráter de clabraçã, permite avaliar se a prpsta de frmaçã está atendend as bjetivs prgramads. A reflexã sbre a mesma, assim cm a rientaçã a prfessr d ensin cmum n espaç/temp necessáris para ampliar as pssibilidades de aprendizagem ds aluns, dará a este a segurança de assumir, cada vez mais a respnsabilidade pr seus aluns, pela sua aprendizagem e caminhar de frma mais independente diante de nvas situações semelhantes que pssam surgir n futur.
7 5. Referências ALBUQUERQUE, Flávia; CRISTINA, Lana; PIMENTEL, Carlina. Inclusã de crianças autistas em esclas em esclas regulares é pssível, mas é precis preparaçã de tds para cnvívi Dispnível em: < Acess em: 11 jan MEIRELLES, Elisa. Inclusã de autistas, um direit que agra é lei Elabra pr nva escla, editra abril. Dispnível em: < Acess em: 13 jan VILLELA, FlÁvia. Inclusã de autistas na escla nã existe, dizem especialistas e parentes: Para a fundadra da Assciaçã Mã Amiga, Mônica Accily, a inclusã dessas crianças nas esclas é pntual Elabra pr agencia brasil. Dispnível em: < Inclusa_Scial-Autistas-autism-criancas-esclas-educaca-Qualidade_de_vida- Pliticas_Sciais_0_ html>. Acess em: 11 jan GADELHA, Camila. Autism e a esclha da escla: regular u especial? Dispnível em: < Acess em: 11 jan SERRA, Dayse. SOBRE A INCLUSÃO DE ALUNOS COM AUTISMO NA ESCOLA REGULAR. QUANDO O CAMPO É QUEM ESCOLHE A TEORIA Crdenada pela revista de psiclgia. Dispnível em: <
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