O LIDER CRISTÃO VISIONÁRIO

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1 O LIDER CRISTÃO VISIONÁRIO Sandro Aparecido Soares 1 RESUMO O papel do líder evoluiu e novas características tornaram-se essenciais para que o líder possa fazer com que os liderados obtenham os melhores resultados, através da administração de conflitos, da manutenção da autoestima do grupo e da atuação como agente motivacional. Atualmente os líderes devem atuar como cada vez mais como agentes de intercâmbio entre a administração eclesiástica e seus liderados, fornecendo a direção a ser seguida pela igreja, feedback sobre a atuação e sobre os resultados deste igreja. Portanto, a boa comunicação, o relacionamento interpessoal, a empatia, o poder de persuasão, a imparcialidade e o feedback tornam-se características importantes para que o líder exerça seu papel e vença os desafios que são propostos para a função. Através destas características, o líder consegue obter melhores resultados dos seus liderados, pois desce do pedestal no qual naturalmente é colocado pelos membros da sua congregação e se colocar no meio de todos, falando a mesma língua. INTRODUÇÃO No presente século há uma competitividade no mundo dos negócios por causa da globalização, portanto faz se necessário constantemente estar mudando. Diante disso muitas organizações buscam lideres que além de uma visão do hoje precisa ter uma visão do futuro. Estes lideres irão se adaptar melhor aos acontecimentos. Diante disso os lideres cristãos precisam compreender a importância de serem lideres que olham não somente no hoje, mas também no amanha, pois sendo assim ele também irá se adaptar melhor aos acontecimentos. Estes lideres cristãos precisam ter visão interna e externa dos acontecimentos, portanto o presente artigo tem como objetivo abordar a importância da visão de liderança tanto do hoje como do futuro. No primeiro tópico será apresentado o tópico sobre a liderança hoje e no futuro, onde será abordado um pouco sobre as mudanças ocorridas no mundo e a necessidade Do preparo do líder para no futuro acompanhar o ocorrido. Já no segundo tópico será apresentada a importância da visão do futuro para a Igreja. E no terceiro tópico falaremos sobre os estilos de lideranças, seus 1 Bacharelando em Teologia pela Faculdade Cristã de Curitiba;

2 valores e mostraremos um pouco sobre as tendências das administrações atuais. I- A LIDERANÇA HOJE E NO FUTURO Na visão Clássica o líder tinha apenas que dizer para seus congregados, o que deveria ser feito e, depois, cobrar os resultados. Hoje, pastores com essas características não são consideradas líderes, mas, chefes. Com as constantes mudanças ocorridas no mundo, mudou também o comportamento das pessoas. Isso faz com que as igrejas devem estar sempre se adaptando ao cenário do momento, e com o passar do tempo às formas de liderança evoluíram também, fazendo com que as congregações procurem líderes com um novo perfil. O líder não deve apenas definir tarefas e cobrar resultados, ele dever também influenciar mentalidades e comportamentos. O novo perfil do líder é ser um agente de mudanças, acreditar nas pessoas, serem orientados por valores e visionários. A evolução do conceito de liderança tem se transformado assim como as mudanças ocorridas no comportamento do ser humano, liderança é o uso da influência não coercitiva para dirigir as atividades dos membros de um grupo e levá-los à realização dos objetivos do grupo. Percebemos também que nesses novos conceitos o líder tem que identificar e satisfazer as necessidades de pessoas ou grupos. Todo líder deve ser visionário, precisa saber para onde está indo. A visão do líder sugere senso de direção, clareza de propósito e responsabilidade com o futuro. O líder deve ter em mente a liderança, e não o gerenciamento ou a chefia. A principal diferença entre esses papéis está na forma da abordagem de assuntos delicados e da utilização da persuasão. Os chefes tendem a persuadir e a desafiar as pessoas a mudar suas prioridades e valores, para atingir o objetivo a qualquer custo. Já os líderes utilizam-se da empatia e da atenção despertada em seus liderados para atingir os seus objetivos. II- A IMPORTANCIA DA VISÃO DO FUTURO PARA A IGREJA Passamos a partir dai compreender qual é o conceito de visão, que é a habilidade para criar uma imagem do futuro, realista e atrativa que com empenho virá e se concretizará. Podemos defini-la também como a habilidade de visualizar uma boa situação ou posição no futuro, antecipando acontecimentos e idealizando caminhos para alcançá-lo, mesmo vivendo num cenário contrário. A visão do futuro é importante porque ela aponta a direção que a igreja deseja seguir. De uma maneira geral, os pastores brasileiros não têm consciência do poder que a Visão de Futuro tem de direcionar e motivar o desenvolvimento de suas igrejas.

3 Líderes visionários tem a capacidade de reconhecer padrões quando os outros só enxergam o caos nas igrejas. A visão de futuro faz com que os líderes tenham uma visão ampla do cenário em que vive, mesmo passando por circunstâncias adversas, eles olham para frente conseguem enxergar o que acontecerá no futuro e passam a viver pelo futuro. Quando o líder olha para o futuro cria novas ideias que são relacionadas com as situações que os envolvem atualmente. Elas criam possibilidades que aumentam as probabilidades tornando-os otimistas e esperançosos. Probabilidade tem a ver com o estabelecimento de pressupostos e possibilidade são ideias não concretas. A visão de futuro é importante porque ela é à base do planejamento estratégico, direciona as atividades cotidianas da empresa, permite que a organização invista em projetos de longo prazo. Nos dias de hoje, devemos ser também como agricultores, eles plantão hoje, mas, já imaginam como será a colheita. Antes de construir a visão, o pastor deve conhecer bem os cenários que o cercam, através de leitura de livros, jornais, pesquisas, revistas especializadas em assuntos específicos, enfim, em todas as fontes de pesquisas possíveis para saber qual a tendência do momento atual. III- ESTILOS DE LIDERANÇAS Provavelmente, o futuro da igreja dependerá da habilidade dos administradores em utilizar construtivamente os conhecimentos do passado, ajustar rapidamente o presente e preparar a igreja em direção ao futuro com a adoção de novos procedimentos compatíveis com os desafios do século XXI. Com isso, percebemos como os líderes devem se preocupar mais em conhecer e conquistar a confiança de seus liderados. As igrejas bem-sucedidas valorizam a ação, o fazer e o acontecer. Elas contam com pessoas que fazem, tentam e também praticam erros. Dai o líder que tem uma boa leitura deste século percebe que precisa ajudar o seu liderado e não apenas criticá-lo, dizendo que se não melhorar ele está condenado. O líder que tem um estilo de liderança aberto ao diálogo este sim irá permanecer mais tempo diante da congregação. O que esta ficando ultrapassado é o líder estilo Maquiavel. Os congregados buscam lideres com estilo mais bíblico e responsável administrativamente do que líderes com estilo completamente irresponsável. As igrejas com busca de estilo de excelência são muito claras quanto aos seus valores. Os pastores, obreiros e congregados sabem o que a igreja pretende. Os líderes proporcionam uma visão do que dever ser feito e dão aos empregados um senso de propósito e de significado. Para que o líder tenha um bom desempenho de suas funções, ele necessitará ter algumas habilidades, dentre elas podemos destacar á habilidade humana. Esta habilidade está relacionada com o trabalho com pessoas e refere-se à facilidade de relacionamento interpessoal e grupal. Envolvem a capacidade de comunicar, motivar, coordenar, liderar e resolver conflitos individuais ou coletivos. As

4 habilidades humanas estão relacionadas a interação entre pessoas. O desenvolvimento da cooperação dentro da equipe, o encorajamento da participação sem receios e o envolvimento das pessoas. Outra habilidade é a conceitual, essa habilidade envolve a visão da organização eclesiástica como um todo, a facilidade de trabalhar com ideias e conceitos, teorias e abstrações. Um líder com habilidades conceituais está preparado para compreender as várias funções da igreja e complementá-las entre si. As habilidades conceituais estão relacionadas ao pensamento, o raciocínio, o diagnóstico das situações e a formulação de alternativas de solução dos problemas. Representam as capacidades cognitivas mais sofisticadas do administrador e que lhe permitem planejar o futuro, interpretar a missão, desenvolver a visão e perceber oportunidades onde ninguém vê. CONCLUSÃO Pode-se constatar que a igreja esta num mundo onde as mudanças têm ocorrido de maneira muito rápida e que para se adaptar e conseguir sobreviver, às igrejas devem buscar novos caminhos, e para isso, ela terá que ter uma visão de futuro. Conclui-se que a visão de futuro é importante, pois, ela aponta o caminho a ser tomado pelas administrações eclesiásticas. Viu-se como os líderes descobrem novas oportunidades e enxergam o futuro de maneira diferente. O líder só é líder se tiver liderados, e para conseguir formar um grupo que atenda suas expectativas ele tem que conhecê-lo bem, estando sempre perto, dar vida a visão para comunicá-la de forma que todos se sintam motivados a conquistar os objetivos. Viu-se que as igrejas têm mudado de acordo com o mundo e as pessoas. Há uma preocupação em liderar baseada em valores, dando mais importância aos seus congregados e sua procura por pastores que possam levá-las a um posicionamento de destaque na sociedade. Pode-se perceber que para ter sucesso o líder necessita desenvolver habilidades e competências que o façam ser diferenciado, pois, ele é o responsável pelas mudanças. O líder precisar ter um raciocínio crítico para que suas tomadas de decisão tenham maior qualidade e sempre fazer feedback para estar constantemente evoluindo e avaliando sua liderança. REFERÊNCIAS MEYER, Joyce, A formação de um líder, Belo Horizonte: Belo Publicações, JONES, Laurie Beth. Jesus, o Maior Líder que já Existiu. Tradução de Luiz Orlando Lemos. Rio de Janeiro: Sextante, KOTTER, John P. Liderando Mudança. 3 ed. Rio de Janeiro: Campus, 2000.

5 KOUZES, J; POSNER, B. O Desafio da Liderança. 2. ed. - Rio de Janeiro: Campus, BUCKLAND, Colin. O Líder de carne e osso: como lidar com a pressão e as expectativas do ministério / Colin D. Buckland; tradução Bruno Destefani. - São Paulo: Edições Vida Nova, 2003.