Análise de Sensibilidade

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "Análise de Sensibilidade"

Transcrição

1 Análise de Risco de Projetos Análise de Risco Prof. Luiz Brandão Métodos de Avaliação de Risco Análise de Cenário Esta metodologia amplia os horizontes do FCD obrigando o analista a pensar em diversos futuros possíveis distintos. Análise de Sensibilidade A análise de sensibilidade dá uma indicação da importância de cada uma das variáveis do projeto na determinação do VPL, e quanto o VPL se altera em resposta a uma mudança no valor de cada variável Árvores de Decisão São representações gráficas das relações entre várias alternativas de decisão e seus possíveis resultados que permitem o exame das diversas alternativas de uma decisão e seus efeitos. Modelos de Simulação Modelos de simulação são modelos computadorizados de projetos que incorporam incerteza, realizam cálculos e registram os resultados com o objetivo de determinar estatísticas de variáveis escolhidas. 2 Análise de Sensibilidade Motochoque A MotoChoque S.A. analisa um projeto de investimento em uma fábrica de motocicletas elétricas. Estima-se que a empresa obtenha 10% de um mercado de um milhão de unidades por ano. O preço de venda será de $3,750 por motocicleta. O pessoal da engenharia informa que o custo fixo anual de produção deverá ficar em torno de $30 milhões, e o custo variável está estimado em $3,000 por motocicleta. A construção da nova fábrica implicará num investimento imediato de $150 milhões. A fábrica será depreciada em 10 anos, e a alíquota do imposto de renda da empresa é 50%. A taxa de desconto utilizada pela empresa para projetos com esse nível de risco é de 10% ao ano, e que o horizonte econômico do projeto é de 10 anos. 4

2 Motochoque Ltda. MotoChoque: Tabela de Variáveis Novo mercado potencial para motocicletas elétricas: A tabela a seguir mostra os valores que as variáveis do projeto podem tomar Dados: Mercado de um milhão de unidades por ano Fatia de 10% do mercado Preço de $3,750 por motocicleta. Custo variável de $3,000 por motocicleta Custo fixo anual de produção de $30 milhões Investimento de 150 milhões. Vida útil 10 anos, IR = 50%, Taxa de desconto de 10% a.a. 5 6 Simulação Simulação Simulação é um processo que envolve a criação de um modelo em computador de um problema da vida real, realizar os cálculos e armazenar e tabular os resultados. O objetivo de uma simulação é determinar a distribuição estatística de um resultado. O processo de simulação envolve: Definição da distribuição de cada uma das variáveis relevantes do projeto. Realizar uma série de cálculos repetitivos para obter um resultado esperado (lucro, custo, valor, etc.) Utilização dos valores computados para determinar a distribuição estatística dos resultados desejados Brandão 8

3 Simulando Distribuições As incertezas são modeladas como uma distribuição de probabilidades. A escolha da distribuição dependerá das características da variável aleatória que queremos modelar. Podem ser utilizados dados históricos, avaliações subjetivas, ou conhecimento prévio do processo estocástico em análise Uma vez escolhida a distribuição de probabilidades, é necessário obter valores aleatórios desta distribuição. Isso pode ser feito através das funções internas do Excel ou através de programas e Crystal Ball. Neste curso adotaremos o Mostraremos a seguir um exemplo que utiliza as funções 9 Simulação de um Passeio Aleatório Steps Simulação de um Passeio Aleatório Distribuições Steps

4 Distribuições Contínuas: Uniforme Distribuições Contínuas: Triangular RiskUniform (Mínimo, Máximo) Todos os valores no intervalo tem a mesma probabilidade de ocorrência. Ex: RiskUniform (1;4), RiskUniform (10;20) RiskTriang (Mínimo, Mais Provável, Máximo) Fácil de usar, requer apenas três dados de entrada: valor mínimo, valor mais provável e valor máximo. A probabilidade do valor mais provável é determinada automaticamente de tal forma que a área total seja equivalente a 1 (100%) Distribuições Contínuas: Histograma Distribuições Contínuas: Normal RiskHistogrm (Mínimo, Máximo, {p}) Usado para entrar com dados gerados por um histograma. RiskNormal (Média, Desvio Padrão). Fácil de usar, requer apenas dois parâmetros. RiskNormal (30,10) e RiskNormal (30,20) 15 16

5 Distribuição Discreta RiskDiscrete ({x}, {p}), onde {x} são os valores que a variável aleatória pode tomar, e {p} são as suas respectivas probabilidades. Usado quando a variável aleatória pode assumir somente valores discretos. Exemplo 17 PetroRio A PetroRio quer estimar a quantidade de petróleo que pode ser recuperado de um campo (Produção). A Produção depende de: O tamanho do reservatório (em km2) A espessura (em metros) da camada que contém petróleo. A taxa de recuperação primária (em barris por metro por km2). A quantidade de petróleo recuperável depende do volume do reservatório e também da taxa de recuperação. Alguns estudos preliminares foram realizados, mas existe ainda uma grande incerteza a respeito de cada uma destas variáveis. Prospectando Petróleo Os geólogos da empresa fizeram algumas estimativas que serão utilizadas para modelar o problema Estas estimativas estão na planilha em anexo. Começamos modelando cada uma destas variáveis usando as distribuições A área é modelada como um histograma Para a modelagem da espessura adotamos uma distribuição triangular Para a taxa de recuperação adotamos distrib uniforme A produção será dada por Área x Espessura x Taxa de Recuperação Utilizaremos iterações para a simulação Qual a probabilidade da produção ser pelo menos 200 milhoes de barris? 19 20

6 Resultados: Produção Exercício: Motochoque Ltda 21 MotoChoque: Distribuições Motochoque: Resultados da Simulação Distribuições das variáveis aleatórias Estes resultados são aproximados e irão variar a cada nova simulação. Mercado = Distrib Triangular: 900 1,000 1,100 Fatia de Mercado = Distrib Triangular: Custo Variável = Distrib Normal: 3, Custo Fixo = Distrib Uniforme: 20,000 40,000 Distribuição de Preço (Discreto) Preço Prob

7 Motochoque Suponha que os gerentes da MotoChoque estejam preocupados com a possibilidade do projeto ter um VPL negativo. Qual é a probabilidade disso ocorrer? O que isto nos diz sobre o risco do projeto? Exercícios Suponha que você decide esperar 6 meses para resolver a incerteza sobre a tecnologia da bateria. Ao final deste período verifica que o custo variável unitário será de R$ Qual é agora o risco do projeto ter um resultado negativo? Considere agora que além de adiar o projeto, que a empresa investiu numa pesquisa de mercado, que indicou que a Fatia de Mercado deverá ficar entre 8% e 12% do total. Como isso altera o risco do projeto? 25 A Maldição do Vencedor A Maldição do Vencedor Considere um leilão onde o bem leiloado tem aproximadamente o mesmo valor para todos os participantes, mas nenhum deles sabe exatamente qual é este valor quando fazem os seus lances. Cada participante estima o valor do item de forma independente antes do leilão, onde o vencedor é aquele que oferece o maior lance. Como o bem leiloado tem aproximadamente e mesmo valor para todos os participantes, podemos assumir que o seu valor correto é o valor médio dos lances. Assim, o vencedor do leilão pagou mais do que o valor do bem. Leilão de um campo petrolífero licitado pela ANP Se o valor real for de $100 milhões as empresas petrolíferas podem estimar que o seu valor seja qualquer número entre $50 milhões e $200 milhões. A empresa que erroneamente estimou o valor em $200 milhões irá vencer o leilão, descobrirá depois que o campo não vale tanto Leilão de Espectro de Freqüência para empresas de Telecom Dificuldade das empresas em estimar o potencial futuro do mercado de celulares IPO Os investidores precisam estimar o valor de mercado da empresa baseado em projeções futuras de fluxos de caixa que são incertos 27 28

8 A Maldição do Vencedor Tridente S.A. Assuma que o preço estimado de um bem a ser leiloado é de R$ 1.000,00 O bem será leiloado e há dez pessoas interessadas em adquiri-lo Assuma que os interessados tem estimativas diversas sobre o real valor do bem que pode ser modelada como uma distribuição normal com média de $1000 e desvio padrão de R$100. Assuma agora que os as expectativas sobre o real valor do bem que variam entre $900 e $1100, onde o valor mais provável é $1000 Assuma agora que a distribuição é uniforme entre $900 e $1100. Determine o ágio médio pago pelo vencedor para cada um dos casos A empresa Tridente S.A. quer estimar qual será a sua margem operacional bruta para o próximo ano. Segundo os técnicos da empresa, a receita mínima esperada para o próximo ano é de $18 milhões, a mais provável $ 25 milhões e a máxima de $ 35 milhões. O CMV (Custo de Material Vendido) da Tridente é de 70% a 80% da receita. Qual é a margem operacional bruta esperada para o ano que vem? Qual é a probabilidade da margem ser menor do que R$ 5.5 milhões? O problema com as médias... Planejando uma viagem 31 Você combina com um grupo de amigos de viajarem para Tiradentes, MG, para aproveitar o feriado. São oito amigos ao todo e vocês irão juntos em uma van que sairá da sua casa as 8h da manha. Considerando o trânsito da hora do rush da manhã, o tempo para chegar na sua casa é incerto, mas estima-se que, em média, cada amigo demore 30min para chegar. Suponha que esta incerteza do tempo até a sua casa possa ser modelada como uma distribuição uniforme com média de 30min, com mínimo de 15min e max de 45min, e que todos sairão de casa exatamente às 7:30. Qual é o horário mais provável de saída da van? Qual é a probabilidade da van sair no horário? Qual o tempo médio de atraso? E se a distribuição do tempo de chegada for uma normal com média de 30 min e desvio padrão de 10? 32

9 Estimando Prazos Estimando Prazos Um problema recorrente para empresas e governos são os atrasos em grandes projetos. Projetos são compostos de inúmeras etapas, muitas das quais ocorrem simultaneamente. No entanto, o prazo de conclusão de cada uma destas etapas é afetado por incertezas como falta de mao de obra, alterações no projeto, demora nas licenças legais, falta de insumos, etc., que podem levar a atrasos. Suponha um projeto que envolve cinco serviços distintos que ocorrerão simultaneamente. O projeto somente termina quando todos os serviços terminam Assim, o prazo do projeto é igual ao prazo do serviço mais demorado. Prazo Projeto = max (prazo S 1, prazo S 2,..., prazo S 5 ) Simulando a incerteza dos prazos dos serviços podemos achar o prazo médio do projeto. Conclusão: Cuidado com médias! Caso os serviços tenham que ser realizados de forma sequencial, qual seria o prazo esperado do projeto todo? O prazo de cada um destes serviços é incerto, podendo variar de um mínimo de 4 meses a um máximo de 8 meses, segundo o gerente de cada um. Qual o prazo esperado do projeto? Modele o prazo como uma distribuição triangular Planejamento da Produção Planejamento da Produção O Presidente da empresa pede ao Diretor de Vendas que faça uma projeção da demanda de smart phones da empresa para o próximo ano. É difícil de prever, pois vai depender dos novos produtos que a Apple e a Samsumg irão lançar no ano que vem. Eu diria que a demanda pelo nosso smartphone ficará entre e unidades diz o Diretor de Vendas. Eu não posso construir uma fábrica com capacidade entre e Ou é um ou é o outro. Preciso de um único número! diz o Presidente. A empresa então constrói uma fábrica para unidades. Considere que o preço unitário de venda é de R$ 400 e o custo variável unitário de produção é de R$ 300. Assuma que não há custos fixos. Dessa forma, se as vendas forem de 1 milhão de unidades, o lucro será 1 milhão x ( ) = R$ 100 milhões. Suponha que a demanda seja incerta, variando de a com uma distribuição triangular. Qual o valor esperado do lucro? É R$ 100 milhões? Se é para ter um único número, use o valor esperado, que é , diz o Diretor

10 NetJet S.A. A NetJet está analisando um investimento de R$ 10,0 milhões que irá gerar um fluxo de caixa livre de R$ 4 milhões já no primeiro ano de operação com uma taxa de crescimento g a partir daí. O projeto tem uma vida útil de três anos, e os acionistas da empresa esperam receber um retorno de 15% sobre o seu investimento. a) Análise de Ponto de Equilíbrio: Qual a taxa de crescimento anual mínima necessária para que o projeto seja viável? b) Construa um modelo de simulação deste projeto onde o fluxo de caixa do primeiro ano tem uma distribuição normal com média de $ 4,5M e desvio padrão de $ 0,45M, assumindo uma taxa de crescimento zero para os anos seguintes. Qual a probabilidade do projeto ter VPL negativo? c) Construa um modelo de simulação onde o fluxo de caixa em cada ano tem uma distribuição normal com média de $ 4,5M e desvio padrão de $ 0,45M. Qual a probabilidade do projeto ter VPL negativo? d) Explique qualquer diferença entre as probabilidades encontradas entre os itens b) e c) 37 NetJet S.A. e) Considere agora que: A distribuição do fluxo de caixa do ano 1 pode ser representada por uma lognormal com valor esperado de $4,0 M e desvio padrão de $ A taxa de crescimento do ano 1 para o ano 2 seja de 10% com uma distribuição triangular onde o valor mínimo é 5% e o máximo é 20%. A taxa de crescimento do ano 2 para o ano 3 seja também uma distribuição triangular com parâmetros que são a metade, igual e o dobro do valor ocorrido no ano anterior, respectivamente. Determine a distribuição do VPL e da TIR deste projeto. Qual a sua recomendação sobre a decisão de investir? 38 Ecoplan II Considere e modele as seguintes incertezas no projeto: Risco do câmbio sofrer variações de ± 20% Variações no valor do projeto (receitas) de ± 25% Variação nos custos de ± 30%. Determine qual o risco do projeto apresentar um resultado negativo. Análise de Risco de Projetos Análise de Risco Prof. Luiz Brandão 39

Finanças Corporativas. Análise de Sensibilidade. Métodos de Avaliação de Risco. Motochoque Ltda. Análise de Risco

Finanças Corporativas. Análise de Sensibilidade. Métodos de Avaliação de Risco. Motochoque Ltda. Análise de Risco Finanças Corporativas Análise de Risco Prof. Luiz Brandão brandao@iag.puc-rio.br IAG PUC-Rio Métodos de Avaliação de Risco Análise de Cenário Esta metodologia amplia os horizontes do FCD obrigando o analista

Leia mais

Análise de Sensibilidade

Análise de Sensibilidade Análise de Risco de Projetos Análise de Risco Prof. Luiz Métodos de Avaliação de Risco Análise de Cenário Esta metodologia amplia os horizontes do FCD obrigando o analista a pensar em diversos futuros

Leia mais

Análise de Sensibilidade

Análise de Sensibilidade Métodos de Avaliação de Risco Opções Reais Análise de Risco Prof. Luiz Brandão brandao@iag.puc-rio.br IAG PUC-Rio Análise de Cenário Esta metodologia amplia os horizontes do FCD obrigando o analista a

Leia mais

Análise de Sensibilidade

Análise de Sensibilidade Análise de Risco de Projetos Análise de Risco Prof. Luiz Brandão Métodos de Avaliação de Risco Análise de Cenário Esta metodologia amplia os horizontes do FCD obrigando o analista a pensar em diversos

Leia mais

Métodos para Avaliar Flexibilidade

Métodos para Avaliar Flexibilidade Métodos para Avaliar Flexibilidade Métodos superiores ao DCF porque captam explicitamente o valor das flexibilidades Árvores de Decisão Opções Reais 1 Métodos para Avaliar Flexibilidade Baixa Alta Análise

Leia mais

3 Modelo Teórico. 3.1 Mercados Incompletos

3 Modelo Teórico. 3.1 Mercados Incompletos 32 3 Modelo Teórico O modelo teórico adotado neste estudo está baseado em duas premissas principais. A primeira é o uso do Valor Presente do projeto sem flexibilidade como melhor estimador do seu valor

Leia mais

Opções Reais. Modelagem do Ativo Básico. Processos Estocásticos. Modelando Incerteza. Processos Estocásticos. IAG PUC-Rio

Opções Reais. Modelagem do Ativo Básico. Processos Estocásticos. Modelando Incerteza. Processos Estocásticos. IAG PUC-Rio Opções Reais Modelagem do Ativo Básico Prof. Luiz Brandão brandao@iag.puc-rio.br IAG PUC-Rio Processos Estocásticos Modelando Incerteza Processos Estocásticos A incerteza em um projeto pode ter mais do

Leia mais

Simulação Monte Carlo

Simulação Monte Carlo Simulação Monte Carlo Nome do Prof. Fernando Saba Arbache Email do prof. fernando@arbache.com Definição Análise de risco faz parte da tomada de decisão Surgem constantemente incertezas, ambiguidades e

Leia mais

Reunião 10. Análise Financeira

Reunião 10. Análise Financeira Reunião 10 Análise Financeira Pauta Respostas às perguntas sobre o plano financeiro, ou seja, análise do negócio: É um bom negócio? É um bom investimento? A Análise Intuitiva Investimento Inicial R$ 47.500,00

Leia mais

2 Tipos de Opções Reais

2 Tipos de Opções Reais Tipos de Opções Reais 20 2 Tipos de Opções Reais Neste capítulo, iremos abordar os principais tipos de opções reais existentes, com suas características e semelhanças com relação às opções financeiras.

Leia mais

UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO ESCOLA DE ENGENHARIA DE LORENA. ENGENHARIA ECONÔMICA Exercícios Propostos Prof. Dr. Francisco Chaves

UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO ESCOLA DE ENGENHARIA DE LORENA. ENGENHARIA ECONÔMICA Exercícios Propostos Prof. Dr. Francisco Chaves ENGENHARIA ECONÔMICA Exercícios Propostos Prof. Dr. Francisco Chaves 1. (P1) Surgiu a oportunidade de se investir em uma pequena fábrica de carne e crustáceos. O volume máximo de produção anual é estimado

Leia mais

ao longo do tempo. Dessa forma, é necessário que a administração possa flexibilizar suas decisões de acordo com os movimentos dos mercados, ou seja,

ao longo do tempo. Dessa forma, é necessário que a administração possa flexibilizar suas decisões de acordo com os movimentos dos mercados, ou seja, 13 1 Introdução Ao longo dos últimos anos, tem-se observado uma forte tendência por parte das empresas em dar foco preponderante na geração de valor para acionistas e investidores. Estudos conduzidos por

Leia mais

4 Metodologia Proposta 4.1. Introdução

4 Metodologia Proposta 4.1. Introdução 4 Metodologia Proposta 4.1. Introdução A metodologia proposta para a valoração da flexibilidade decorrente da existência de uma sonda dedicada para intervenção numa plataforma de petróleo consiste no cálculo

Leia mais

3.1. Primeira Premissa: valor presente sem flexibilidade é o melhor estimador do valor de mercado

3.1. Primeira Premissa: valor presente sem flexibilidade é o melhor estimador do valor de mercado 3 Modelo teórico O modelo teórico utilizado para o desenvolvimento deste estudo é baseado em duas premissas. A primeira é que o Valor Presente do projeto sem flexibilidade é o melhor estimador do seu valor

Leia mais

UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO ESCOLA DE ENGENHARIA DE LORENA. ENGENHARIA ECONÔMICA Exercícios Propostos Prof. Dr. Francisco Chaves

UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO ESCOLA DE ENGENHARIA DE LORENA. ENGENHARIA ECONÔMICA Exercícios Propostos Prof. Dr. Francisco Chaves UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO ESCOLA DE ENGENHARIA DE LORENA ENGENHARIA ECONÔMICA Exercícios Propostos Prof. Dr. Francisco Chaves 1. (P1) Surgiu a oportunidade de se investir em uma pequena fábrica de carne

Leia mais

6 Aplicação do modelo proposto ao caso do TAV

6 Aplicação do modelo proposto ao caso do TAV 6 Aplicação do modelo proposto ao caso do TAV 6.1. Modelo financeiro Definidos os parâmetros da evolução do número de passageiros do TAV, projetamos os níveis de tráfego anuais para o período da concessão.

Leia mais

Simulação com Modelos Teóricos de Probabilidade

Simulação com Modelos Teóricos de Probabilidade Simulação com Modelos Teóricos de Probabilidade p. 1/21 Algumas distribuições teóricas apresentam certas características que permitem uma descrição correta de variáveis muito comuns em processos de simulação.

Leia mais

Coleta e Modelagem dos Dados de Entrada

Coleta e Modelagem dos Dados de Entrada Coleta e Modelagem dos Dados de Entrada Capítulo 2 Páginas 24-52 Este material é disponibilizado para uso exclusivo de docentes que adotam o livro Modelagem e Simulação de Eventos Discretos em suas disciplinas.

Leia mais

Universidade Federal de Itajubá

Universidade Federal de Itajubá Universidade Federal de Itajubá Engenharia Econômica Critérios para Análise: Pay - Back CUI DA DO Valor Presente Líquido (VPL) Valor Anual (VA) Taxa Interna de Retorno (TIR) E X A T O S 2 1 02/11/97 Túnel

Leia mais

LISTA DE EXERCÍCIOS 2 VARIÁVEIS ALEATÓRIAS

LISTA DE EXERCÍCIOS 2 VARIÁVEIS ALEATÓRIAS Universidade Federal de Ouro Preto Instituto de Ciências Exatas e Biológicas Departamento de Matemática MTM 5 Estatística Turma 22 Professor: Rodrigo Luiz Pereira Lara LISTA DE EXERCÍCIOS 2 VARIÁVEIS ALEATÓRIAS

Leia mais

7. Análise do Risco e da Incerteza

7. Análise do Risco e da Incerteza 7. Análise do Risco e da Incerteza 7 7.1 Incerteza e Risco: Noções de Incerteza e Risco Linguagem corrente A noção de risco está associada a uma situação de incerteza que pode envolver custos ou penalizações

Leia mais

Universidade Federal de Itajubá

Universidade Federal de Itajubá Universidade Federal de Itajubá Engenharia Econômica II Análise de Sensibilidade 21/08/2012 Prof. José Arnaldo B. Montevechi 1 Fluxo de Caixa ( + ) 0 1 2 3 n Parcela compostas por: ( - ) Investimento Receitas,

Leia mais

CÁLCULO DO PREÇO DE VENDA NA FORMA DE UM PROJETO DE INVESTIMENTO

CÁLCULO DO PREÇO DE VENDA NA FORMA DE UM PROJETO DE INVESTIMENTO CÁLCULO DO PREÇO DE VENDA NA FORMA DE UM PROJETO DE INVESTIMENTO! Revisão de conceitos importantes! O preço como variável em projetos de investimentos! Como eliminar o método de tentativa e erro na definição

Leia mais

4.Aplicação. 4.1.O Projeto

4.Aplicação. 4.1.O Projeto 62 4.Aplicação 4.1.O Projeto O projeto em questão envolve uma empresa fabricante de soluções inovadoras de adesivos e selantes, que está oferecendo participação para um fundo de venture capital. Atualmente,

Leia mais

Otimização de Portfólio de Novos Empreendimentos de Energia Através de Leilões Combinatórios

Otimização de Portfólio de Novos Empreendimentos de Energia Através de Leilões Combinatórios Otimização de Portfólio de Novos Empreendimentos de Energia Através de Leilões Combinatórios Debora Yamazaki Lacorte Orientador: Paulo de Barros Correia Planejamento de Sistemas Energéticos Universidade

Leia mais

Bioestatística CE001 Prof. Fernando de Pol Mayer Departamento de Estatística DEST Exercícios: inferência Nome: GABARITO

Bioestatística CE001 Prof. Fernando de Pol Mayer Departamento de Estatística DEST Exercícios: inferência Nome: GABARITO Bioestatística CE001 Prof. Fernando de Pol Mayer Departamento de Estatística DEST Exercícios: inferência Nome: GABARITO GRR: Observação: em todos os problemas que envolvem teste de hipótese, é necessário

Leia mais

Unidade: Risco e Retorno. Unidade I:

Unidade: Risco e Retorno. Unidade I: Unidade I: 0 Unidade: Risco e Retorno A análise de investimentos está baseada nas estimativas dos fluxos de caixa de um projeto. Nem sempre essas previsões de fluxo de caixa coincidem com os resultados

Leia mais

Prova 2 - FEELT Valor: 25 pontos 14/11/2018. Data limite para entregar a prova: 22/11/2018 (quinta-feira).

Prova 2 - FEELT Valor: 25 pontos 14/11/2018. Data limite para entregar a prova: 22/11/2018 (quinta-feira). Instrucões Utilize um método randômico 1 para selecionar 5 das 20 questões que irão compor sua prova. Por exemplo, simule o lançamento de um dado de 20 faces (www.roll-dice-online.com) para obter 5 números

Leia mais

LISTA DE EXERCÍCIOS 1 VARIÁVEIS ALEATÓRIAS DISCRETAS

LISTA DE EXERCÍCIOS 1 VARIÁVEIS ALEATÓRIAS DISCRETAS Universidade Federal de Ouro Preto Instituto de Ciências Exatas e Biológicas Departamento de Matemática MTM 151 Estatística e Probabilidade Turma 76 Professor: Rodrigo Luiz Pereira Lara LISTA DE EXERCÍCIOS

Leia mais

3 Metodologia para Avaliação Probabilística de Reservas

3 Metodologia para Avaliação Probabilística de Reservas 3 Metodologia para Avaliação Probabilística de Reservas Este trabalho tem o objetivo de propor uma metodologia para a avaliação probabilística de reservas de óleo e gás. Conforme exposto no capítulo introdutório,

Leia mais

Capítulo 2. Distribuições de Probabilidade Estimativas de parâmetros e tempos-atéfalha. Flávio Fogliatto

Capítulo 2. Distribuições de Probabilidade Estimativas de parâmetros e tempos-atéfalha. Flávio Fogliatto Capítulo 2 Distribuições de Probabilidade Estimativas de parâmetros e tempos-atéfalha Flávio Fogliatto 1 Ajustes de distribuições Em estudos de confiabilidade, dados são amostrados a partir de uma população

Leia mais

2 O Processo de Avaliação de Recursos de Petróleo Não Descobertos

2 O Processo de Avaliação de Recursos de Petróleo Não Descobertos 2 O Processo de Avaliação de Recursos de Petróleo Não Descobertos Antes do processo de exploração de recursos não descobertos, são as atividades de prospecção de petróleo que identificam regiões que pela

Leia mais

Estatística e Modelos Probabilísticos - COE241

Estatística e Modelos Probabilísticos - COE241 Estatística e Modelos Probabilísticos - COE241 Aula passada Análise da dados através de gráficos Introdução a Simulação Aula de hoje Introdução à simulação Geração de números aleatórios Lei dos Grandes

Leia mais

2. EXERCÍCIOS PROPOSTOS SOBRE V.A. E DISTRIB.PROBAB.

2. EXERCÍCIOS PROPOSTOS SOBRE V.A. E DISTRIB.PROBAB. 2. EXERCÍCIOS PROPOSTOS SOBRE V.A. E DISTRIB.PROBAB. 1) Classifique as seguintes variáveis aleatórias como discretas ou contínuas. X : o número de acidentes de automóvel por ano na rodovia BR 116. Y :

Leia mais

Capitulo 6 Viabilidade Econômica em Situação de Incerteza

Capitulo 6 Viabilidade Econômica em Situação de Incerteza 1 Capitulo 6 Viabilidade Econômica em Situação de Incerteza Nos capítulos anteriores, ao construir o fluxo de caixa de um projeto de investimento, supusemos que os valores eram conhecidos com certeza.

Leia mais

Engenharia Econômica. Prof. Fernando Deschamps

Engenharia Econômica. Prof. Fernando Deschamps Engenharia Econômica Prof. Fernando Deschamps fernando.deschamps@ufpr.br Pergunta #1 Você tem R$100.000,00 aplicados em uma caderneta de poupança que tem uma expectativa de render, mensalmente, em torno

Leia mais

MODELOS E APLICAÇÕES EM ANÁLISE DE DECISÃO Regras para o trabalho individual

MODELOS E APLICAÇÕES EM ANÁLISE DE DECISÃO Regras para o trabalho individual MODELOS E APLICAÇÕES EM ANÁLISE DE DECISÃO 2011 Regras para o trabalho individual Conteúdo Este trabalho consiste na resolução de 3 exercícios usando, sempre que apropriado, ferramentas de software que

Leia mais

Estatística e Modelos Probabilísticos - COE241

Estatística e Modelos Probabilísticos - COE241 Estatística e Modelos Probabilísticos - COE241 Aula passada Análise da dados através de gráficos Introdução a Simulação Aula de hoje Introdução à simulação Geração de números aleatórios Lei dos Grandes

Leia mais

Fernando Nogueira Simulação 1

Fernando Nogueira Simulação 1 Simulação a Eventos Discretos Fernando Nogueira Simulação Introdução Simulação não é uma técnica de otimização: estima-se medidas de performance de um sistema modelado. Modelos Contínuos X Modelos Discretos

Leia mais

Teleconferência de resultados

Teleconferência de resultados Teleconferência de resultados 2 Aviso importante Este material foi preparado pela Linx S.A. ( Linx ou Companhia ) e pode incluir declarações que representem expectativas sobre eventos ou resultados futuros.

Leia mais

25/09/2018. Financiamento e viabilidade do projeto. Viabilidade. A análise econômico-financeira

25/09/2018. Financiamento e viabilidade do projeto. Viabilidade. A análise econômico-financeira Financiamento e viabilidade do projeto Viabilidade econômico-financeira do projeto Cálculo de payback VPL Valor presente líquido TIR Taxa interna de retorno Principais indicadores financeiros de um projeto

Leia mais

2014 RJ Gestão de riscos como geração de valor e defesa contra crises

2014 RJ Gestão de riscos como geração de valor e defesa contra crises 2014 RJ Gestão de riscos como geração de valor e defesa contra crises Visão do Financiador e Investidor Institucional Renê Sanda Membro do Conselho de Administração da CPFL e do FGC Comunidade de Conselheiros

Leia mais

A Project is Not A Black Box

A Project is Not A Black Box A Project is Not A Black Box Análise de Projetos: Incerteza Análise de Sensibilidade Análise dos efeitos de mudanças em vendas, custos etc. no projeto. Análise de Cenários Análise de diferentes combinações

Leia mais

IND Análise de Investimentos com Opções Reais

IND Análise de Investimentos com Opções Reais IND 2072 - Análise de Investimentos com Opções Reais PROA P1 1 o Semestre de 2007-10/05/2007 OBS: 1) A prova é SEM CONSULTA. A nota da prova é = mínimo{10; pontuação da P1} 2) Múltipla escolha: responder

Leia mais

Disciplina: Análise de Investimentos Prof. Lélis Pedro de Andrade. Problemas sobre Análise de Investimentos

Disciplina: Análise de Investimentos Prof. Lélis Pedro de Andrade. Problemas sobre Análise de Investimentos Disciplina: Análise de Investimentos Prof. Lélis Pedro de Andrade Problemas sobre Análise de Investimentos Problema 1 O Posto de Gasolina Tanque Cheio pensa em montar uma pequena unidade destinada a serviços

Leia mais

5 Aplicação da metodologia com Análise de Risco

5 Aplicação da metodologia com Análise de Risco 5 Aplicação da metodologia com Análise de Risco Suponhamos agora que o projeto tenha sido avaliado com a abordagem de análise de risco. Para a simulação do VPL probabilístico é necessário definir distribuições

Leia mais

Estatística e Modelos Probabilísticos - COE241

Estatística e Modelos Probabilísticos - COE241 Estatística e Modelos Probabilísticos - COE241 Aula passada Somas aleatórias Aula de hoje Introdução à simulação Geração de números aleatórios Lei dos Grandes Números Simulação de Sistemas Discretos É

Leia mais

Universidade Federal de Itajubá

Universidade Federal de Itajubá Universidade Federal de Itajubá Engenharia Econômica Critérios para Análise: Pay - Back CUI DA DO Valor Presente Líquido (VPL) Valor Anual (VA) Taxa Interna de Retorno (TIR) E X A T O S 19/02/2013 Prof.

Leia mais

x P(X = x) 0,1 0,7 0,2

x P(X = x) 0,1 0,7 0,2 GET001 Fundamentos de Estatística Aplicada Lista de Exercícios Módulo IV Parte a Profa. Ana Maria Farias 2017-1 CAPÍTULOS 1 e 2 1. Com objetivo de planejamento, um banco determinou a distribuição de probabilidade

Leia mais

Resposta da Lista de exercícios com data de entrega para 27/04/2017

Resposta da Lista de exercícios com data de entrega para 27/04/2017 Resposta da Lista de exercícios com data de entrega para 27/04/2017 1. Considere um custo de capital de 10% e admita que lhe sejam oferecidos os seguintes projetos: a) Considerando que os dois projetos

Leia mais

Coleta e Modelagem dos Dados de Entrada

Coleta e Modelagem dos Dados de Entrada Slide 1 Módulo 02 Coleta e Modelagem dos Dados de Entrada Prof. Afonso C. Medina Prof. Leonardo Chwif Três Etapas Coleta Tratamento Inferência Coleta dos Dados 1. Escolha adequada da variável de estudo

Leia mais

RELEMBRANDO ALGUNS ASPECTOS IMPORTANTES NA MONTAGEM DO FLUXO DE CAIXA - PARTE III

RELEMBRANDO ALGUNS ASPECTOS IMPORTANTES NA MONTAGEM DO FLUXO DE CAIXA - PARTE III RELEMBRANDO ALGUNS ASPECTOS IMPORTANTES NA MONTAGEM DO FLUXO DE CAIXA - PARTE III! O que é análise de sensibilidade?! O que é análise de cenários?! Identificando e simulando premissas críticas. Francisco

Leia mais

FLUXO DE CAIXA OPERACIONAL (FCO) X FLUXO DE CAIXA DO ACIONISTA (FCA)

FLUXO DE CAIXA OPERACIONAL (FCO) X FLUXO DE CAIXA DO ACIONISTA (FCA) FLUXO DE CAIXA OPERACIONAL (FCO) X FLUXO DE CAIXA DO ACIONISTA (FCA)! Qual a diferença entre o FCO e o FCA?! Quando utilizar o FCO e o FCA?! Taxa de desconto a ser utilizada para descontar o FCO e o FCA!

Leia mais

Redes Complexas Aula 7

Redes Complexas Aula 7 Redes Complexas Aula 7 Aula retrasada Lei de potência Distribuição Zeta Propriedades Distribuição Zipf Exemplo Wikipedia Aula de hoje Distribuição de Pareto Medindo lei de potência Estimando expoente Exemplos

Leia mais

Taxa Interna de Retorno

Taxa Interna de Retorno Pontifícia Universidade Católica de Goiás Departamento de Engenharia Curso de Graduação em Engª de Produção Taxa Interna de Retorno Fonte: Adaptado de Avaliação de Projetos de Invest., J.C. Lapponi, 2000

Leia mais

5 Os Resultados do Modelo

5 Os Resultados do Modelo 5 Os Resultados do Modelo A partir do modelo descrito no capítulo 4, a avaliação do projeto foi estruturada utilizando árvore de decisão no software Decision Programing Language (DPL TM ) para se chegar

Leia mais

Avaliação e Gestão de Risco em Projectos Mestrado em Engenharia e Gestão Industrial Departamento de Engenharia e Gestão, Instituto Superior Técnico

Avaliação e Gestão de Risco em Projectos Mestrado em Engenharia e Gestão Industrial Departamento de Engenharia e Gestão, Instituto Superior Técnico NOME: Nº IST: Avaliação e Gestão de Risco em Projectos Mestrado em Engenharia e Gestão Industrial Departamento de Engenharia e Gestão, Instituto Superior Técnico Ano académico 2008/2009 2º Semestre 2º

Leia mais

RISCO E INCERTEZA CONCEITOS DE RISCO 08/11/2013

RISCO E INCERTEZA CONCEITOS DE RISCO 08/11/2013 RISCO E INCERTEZA CAPÍTULO 8 em: ANDRADE, Eduardo L. de; INTRODUÇÃO À PESQUISA OPERACIONAL. 4 a. ed. Rio de Janeiro: Editora LTC CONCEITOS DE RISCO Risco é a probabilidade de haver variações nos resultados

Leia mais

Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais - INPE. Divisão de Processamento de Imagens - DPI

Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais - INPE. Divisão de Processamento de Imagens - DPI 1 Sumário 2 Introdução Distribuição de Pontos Caracterização de Distribuição de Pontos Estimador de Kernel Método do Vizinho Mais Próximo Função K Exemplos Práticos com o Sistema SPRING Introdução 3 Consideramos

Leia mais

Determinando o Valor de um Ativo. Opções Reais. Exemplo. Exemplo. Portfólio Replicante. IAG PUC-Rio 0.5(200) + 0.5(80) (40) + 0.

Determinando o Valor de um Ativo. Opções Reais. Exemplo. Exemplo. Portfólio Replicante. IAG PUC-Rio 0.5(200) + 0.5(80) (40) + 0. Opções Reais Portfólio Replicante Prof. Luiz Brandão brandao@iag.puc-rio.br IAG PUC-Rio 2011 Determinando o Valor de um Ativo O valor de um ativo de mercado pode ser obtido simplesmente observando o preço

Leia mais

Programas de simulação

Programas de simulação Conceitos Por que SIMULAR? Objetivos da simulação Avaliar a precisão de modelos analíticos Comparar estratégias distintas Avaliar o desempenho de sistemas 1 Processo de simulação Desenvolvimento de um

Leia mais

8 Análise utilizando a teoria das opções reais

8 Análise utilizando a teoria das opções reais 8 Análise utilizando a teoria das opções reais Uma opção é um derivativo (aquele cujo fluxo de caixa depende funcionalmente de um outro ativo, chamado de ativo base) escrito sobre um ativo base. Quando

Leia mais

Métodos Quantitativos para Ciência da Computação Experimental

Métodos Quantitativos para Ciência da Computação Experimental Métodos Quantitativos para Ciência da Computação Experimental Revisão Virgílio A. F. Almeida Maio de 2008 Departamento de Ciência da Computação Universidade Federal de Minas Gerais FOCO do curso Revisão

Leia mais

Distribuições Amostrais e Estimação Pontual de Parâmetros

Distribuições Amostrais e Estimação Pontual de Parâmetros Distribuições Amostrais e Estimação Pontual de Parâmetros - parte I 19 de Maio de 2011 Introdução Objetivos Ao final deste capítulo você deve ser capaz de: Entender estimação de parâmetros de uma distribuição

Leia mais

Estatística e Modelos Probabilísticos - COE241

Estatística e Modelos Probabilísticos - COE241 Estatística e Modelos Probabilísticos - COE241 Aula passada Introdução à simulação Geração de números aleatórios Lei dos Grandes Números Aula de hoje Geração de variáveis aleatórias: Transformada Inversa

Leia mais

3 Definições. 3.1 Processos Estocásticos e Processo de Wiener

3 Definições. 3.1 Processos Estocásticos e Processo de Wiener 25 3 Definições 3.1 Processos Estocásticos e Processo de Wiener Um processo estocástico corresponde a uma variável que evolui no decorrer do tempo de forma incerta ou aleatória. O preço de uma ação negociada

Leia mais

Modelagem e Análise de Sistemas de Computação Aula 20

Modelagem e Análise de Sistemas de Computação Aula 20 Modelagem e Análise de Sistemas de Computação Aula 20 Aula passada Lei dos grandes números Calculando integrais Gerando outras distribuições Método da transformada inversa Aula de hoje Simulando uma fila

Leia mais

FEA- USP, 30 de setembro de AVALIAÇÃO INTERMEDIÁRIA: EAE 422 Análise e Elaboração de Projetos Prof. Dr. Eduardo Luzio. Nome:

FEA- USP, 30 de setembro de AVALIAÇÃO INTERMEDIÁRIA: EAE 422 Análise e Elaboração de Projetos Prof. Dr. Eduardo Luzio. Nome: AVALIAÇÃO INTERMEDIÁRIA: EAE 422 Análise e Elaboração de Projetos Prof. Dr. Eduardo Luzio FEA- USP, 30 de setembro de 2015 Nome: PROVA INDIVIDUAL, SEM CONSULTA. SOMENTE SERÁ PERMITIDO O USO DE CALCULADORAS

Leia mais

6 Estudo de Casos: Valor da Opção de Investimento em Informação por Aproximação com Números Fuzzy 6.1. Introdução

6 Estudo de Casos: Valor da Opção de Investimento em Informação por Aproximação com Números Fuzzy 6.1. Introdução 6 Estudo de Casos: Valor da Opção de Investimento em Informação por Aproximação com Números Fuzzy 6.1. Introdução Este capítulo apresenta o segundo estudo de casos, no qual também são empregados números

Leia mais

Simulação de Monte Carlo na Análise da Estrutura de Custos dos Produtos

Simulação de Monte Carlo na Análise da Estrutura de Custos dos Produtos Simulação de Monte Carlo na Análise da Estrutura de Custos dos Produtos Marcelo Soares Cartacho Sander Oliveira de Freitas Antônio Artur De Souza Resumo: A análise tradicional da estrutura de custos permite

Leia mais

EAD Simulação. Aula 5 Parte 2: Geração de Variável Aleatória com Distribuição Normal. Profa. Dra. Adriana Backx Noronha Viana

EAD Simulação. Aula 5 Parte 2: Geração de Variável Aleatória com Distribuição Normal. Profa. Dra. Adriana Backx Noronha Viana EAD0652 - Simulação Aula 5 Parte 2: Geração de Variável Aleatória com Distribuição Normal Profa. Dra. Adriana Backx Noronha Viana Tipo de Variável x Tipo de Distribuição Distribuição Tipo de Variável Discreta

Leia mais

EAD Simulação. Aula 2 Parte 2: Tipos de Simulação. Profa. Dra. Adriana Backx Noronha Viana

EAD Simulação. Aula 2 Parte 2: Tipos de Simulação. Profa. Dra. Adriana Backx Noronha Viana EAD0652 - Simulação Aula 2 Parte 2: Tipos de Simulação Profa. Dra. Adriana Backx Noronha Viana Tipos de Simulação Pergunta relacionada ao que se está simulando): O problema a ser considerado na simulação

Leia mais

I = 50% do custo da planta de geração termelétrica (I ) + 100% do custo de aquisição da área de plantio (I á ) + 100% do custo de formação (I çã );

I = 50% do custo da planta de geração termelétrica (I ) + 100% do custo de aquisição da área de plantio (I á ) + 100% do custo de formação (I çã ); 7. Resultados O VPL da estratégia 1 é de fácil cálculo, visto que este não possui flexibilidades e incertezas que possam alterar os fluxos de caixa futuros. A grande questão reside em como obter o VPL

Leia mais

4 Avaliação das Faixas de Frequência

4 Avaliação das Faixas de Frequência 39 4 Avaliação das Faixas de Frequência 4.1.O Projeto 4.1.1.Modelagem Para os lotes nacionais, antes de uma modelagem personalizada por lote, foi feita uma modelagem de mercado no nível de municípios que

Leia mais

i. f Y (y, θ) = 1/θ... 0 y θ 0... y < 0 ou y > θ Se a amostra selecionada foi ( ), qual será a estimativa para θ?

i. f Y (y, θ) = 1/θ... 0 y θ 0... y < 0 ou y > θ Se a amostra selecionada foi ( ), qual será a estimativa para θ? Fundação Getulio Vargas Curso: Graduação Disciplina: Estatística Professor: Moisés Balassiano Lista de Exercícios Inferência. Seja (Y, Y 2,..., Y n ) uma amostra aleatória iid, de tamanho n, extraída de

Leia mais

Inferência Estatística: DEEST/UFOP Prof.: Spencer Barbosa da Silva

Inferência Estatística: DEEST/UFOP Prof.: Spencer Barbosa da Silva Inferência Estatística: Prof.: Spencer Barbosa da Silva Amostragem Estatística Descritiva Cálculo de Probabilidade Inferência Estatística Estimação Teste de Hipótese Pontual Por Intervalo Conceitos básicos

Leia mais

Tabela Unidades de Processo Candidatas

Tabela Unidades de Processo Candidatas 7 Resultados Neste capítulo serão apresentados os resultados obtidos a partir das abordagens descritas nos capítulos 5 e 6. No item 7.1 são apresentados os resultados referentes à abordagem com 12 cenários

Leia mais

Contabilometria. Prof.: Patricia Maria Bortolon, D. Sc.

Contabilometria. Prof.: Patricia Maria Bortolon, D. Sc. Contabilometria Prof.: Patricia Maria Bortolon, D. Sc. Intervalos de Confiança Fonte: LEVINE, D. M.; STEPHAN, D. F.; KREHBIEL, T. C.; BERENSON, M. L.; Estatística Teoria e Aplicações, 5a. Edição, Editora

Leia mais

Estratégia e análise no uso do VPL

Estratégia e análise no uso do VPL Estratégia e análise no uso do VPL Roberto Guena de Oliveira 19 de outubro de 2014 Roberto Guena de Oliveira VPL Estratégia e análise 19 de outubro de 2014 1 / 24 Potenciais fontes de VPL positivo (entre

Leia mais

Probabilidade e Estatística

Probabilidade e Estatística Probabilidade e Estatística Aula 7: Intervalos de Confiança com uma amostra Leitura obrigatória: Devore, cap 7 ou Montgomery e Runger, cap 8 Chap 8-1 Objetivos Como inferir sobre um parâmetro da população,

Leia mais

Estatística e Modelos Probabilísticos - COE241

Estatística e Modelos Probabilísticos - COE241 Estatística e Modelos Probabilísticos - COE241 Aula passada Função Distribuição Condicional Calculando Probabilidades condicionando Esperança Condicional Aula de hoje Análise de Comandos de Programação

Leia mais

Universidade Federal de Itajubá

Universidade Federal de Itajubá Universidade Federal de Itajubá Análise de Viabilidade Econômica de Empreendimentos Análise de Alternativas de Investimentos Análise de Alternativas de Investimentos Critérios para Análise: Pay - Back

Leia mais

ENTENDENDO OS CONCEITOS DE RISCO E RETORNO - (Parte II)

ENTENDENDO OS CONCEITOS DE RISCO E RETORNO - (Parte II) ENTENDENDO OS CONCEITOS DE RISCO E RETORNO - (Parte II)! Como calcular o retorno usando dados históricos?! Como calcular a variância e o desvio padrão?! A análise do retorno através da projeção de retornos

Leia mais

Atualmente uma das maiores preocupações do Sr. Macedo é com o nível de estoque do coco

Atualmente uma das maiores preocupações do Sr. Macedo é com o nível de estoque do coco 1 GERENCIANDO SISTEMAS DE ESTÁGIO ÚNICO O Caso do Quiosque O CASO DO QUIOSQUE O Sr. Macedo possui autorização da prefeitura do Rio de Janeiro para explorar comercialmente um particular quiosquenaorladacidadeondeo

Leia mais

Problemas 1. Determine o valor esperado das seguintes variáveis aleatórias: a. A varável aleatória definida no Probl. 4.1.

Problemas 1. Determine o valor esperado das seguintes variáveis aleatórias: a. A varável aleatória definida no Probl. 4.1. Livro: Probabilidade - Aplicações à Estatística Paul L. Meyer Capitulo 7 Caracterização Adicional de Variáveis Aleatórias. Problemas 1. Determine o valor esperado das seguintes variáveis aleatórias: a.

Leia mais

Estruturando o Fluxo Puxado O Caso do Quiosque

Estruturando o Fluxo Puxado O Caso do Quiosque 1 O CASO DO QUIOSQUE GERENCIANDO SISTEMAS DE ESTÁGIO ÚNICO O Caso do Quiosque O Sr. Macedo possui autorização da prefeitura do Rio de Janeiro para explorar comercialmente um particular quiosque na orla

Leia mais

CONTEÚDO DA AULA DE HOJE

CONTEÚDO DA AULA DE HOJE CONTEÚDO DA AULA DE HOJE DECISÕES FINANCEIRAS DE LONGO PRAZO: VISÃO GERAL DO CUSTO DE CAPITAL CUSTO DO CAPITAL DE TERCEIROS CUSTO DAS AÇÕES PREFERENCIAIS CUSTO DAS AÇÕES ORDINÁRIAS CUSTO MÉDIO PONDERADO

Leia mais

Estratégia e análise no uso do VPL

Estratégia e análise no uso do VPL Estratégia e análise no uso do VPL Roberto Guena de Oliveira 19 de outubro de 2014 Roberto Guena de Oliveira VPL Estratégia e análise 19 de outubro de 2014 1 / 24 Potenciais fontes de VPL positivo (entre

Leia mais

PERT PERT PERT PERT PERT PERT. O CPM assume que as estimativas de tempo para um projeto são certas (determinísticas);

PERT PERT PERT PERT PERT PERT. O CPM assume que as estimativas de tempo para um projeto são certas (determinísticas); O CPM assume que as estimativas de tempo para um projeto são certas (determinísticas); A duração de cada atividade na prática, contudo, pode ser diferente daquela prevista no projeto; Existem muitos fatores

Leia mais

Simulação de Sistemas. Adaptado de material de Júlio Pereira Machado (AULA 17)

Simulação de Sistemas. Adaptado de material de Júlio Pereira Machado (AULA 17) Simulação de Sistemas Adaptado de material de Júlio Pereira Machado (AULA 17) Análise dos Dados de Saída Além das tarefas de modelagem e validação, devemos nos preocupar com a análise apropriada dos resultados

Leia mais

Análise dos Resultados da Simulação

Análise dos Resultados da Simulação Análise dos Resultados da Simulação Prof. Paulo José de Freitas Filho, Dr. Eng. Universidade Federal de Santa Catarina Dep. Informática e Estatística PerformanceLab freitas@inf.ufsc.br Tópicos Introdução

Leia mais

EAC 0570 Avaliação de Empresas. Professor Pós-doutorando Eduardo Flores. Lista I de Preparação para P2

EAC 0570 Avaliação de Empresas. Professor Pós-doutorando Eduardo Flores. Lista I de Preparação para P2 EAC 0570 Avaliação de Empresas Professor Pós-doutorando Eduardo Flores Lista I de Preparação para P2 1. Fundamentos de avaliação DCF A avaliação do fluxo de caixa descontado baseia-se na noção de que o

Leia mais

Módulo 6 Gestão Econômica e Financeira

Módulo 6 Gestão Econômica e Financeira Módulo 6 Gestão Econômica e Financeira Gestão do Pipeline Projeção de Vendas MBA GESTÃO COMERCIAL Estratégia e Inteligência Universo Competitiva Geração Suspects e Qualificação de Leads Prospects Argumentação

Leia mais

Metodologia de simulação

Metodologia de simulação Metodologia de simulação OBJETIVOS E DEFINIÇÃO DO SISTEMA FORMULAÇÃO DO MODELO ANÁLISE E REDEFINIÇÃO MODELO ABSTRATO RESULTADOS EXPERIMENTAIS (Capítulo 6) MODELO CONCEITUAL (Capítulo 3) REPRESENTAÇÃO DO

Leia mais

Métodos Computacionais em Física

Métodos Computacionais em Física Métodos Computacionais em Física Tatiana G. Rappoport tgrappoport@if.ufrj.br 2014-1 Integração usando o método da rejeição Queremos calcular a integral Definimos um retângulo de altura H que contenha a

Leia mais

)XQGDPHQWRVGHSUREDELOLGDGHHHVWDWtVWLFD

)XQGDPHQWRVGHSUREDELOLGDGHHHVWDWtVWLFD )XQGDPHQWRVGHUREDELOLGDGHHHVWDWtVWLFD,QWURGXomR A história da estatística pode ser dividida em três fases. De acordo com PEANHA (00), a estatística inicialmente não mantinha nenhuma relação com a probabilidade,

Leia mais

CE008 Introdução à Bioestatística INFERÊNCIA ESTATÍSTICA

CE008 Introdução à Bioestatística INFERÊNCIA ESTATÍSTICA CE008 Introdução à Bioestatística INFERÊNCIA ESTATÍSTICA Silvia Shimakura Estimação Amostras são usadas para estimar quantidades desconhecidas de uma população. população Exemplo: prevalência de doenças,

Leia mais

Avaliação Final Gestão Financeira de Organizações Trabalho em Grupo

Avaliação Final Gestão Financeira de Organizações Trabalho em Grupo Avaliação Final Gestão Financeira de Organizações Trabalho em Grupo Exercício 1: Calcular o valor da taxa externa de retorno do seguinte fluxo de caixa. Considere k1 (taxa de refinanciamento, que remunera

Leia mais