Gestão da empresa pecuária

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1 Gado de Corte Gestão da empresa pecuária Princípios para uma exploração lucrativa Daniel Suzigan Mano

2 C A P Í T U L O 5 5. Análise de negócios 5.1 Avaliação de Investimentos Diversos indicadores estão disponíveis na metodologia contábil para avaliar a resposta econômica do investimento. Entre eles estão: a taxa simples de retorno, a taxa interna de retorno (TIR), a razão benefício/custo (RBC), o período de restituição, a análise do valor presente líquido (VPL), entre outros. Discutiremos a seguir alguns destes indicadores. Valor presente líquido (VPL): VPL = ΣVF (1+r) t onde: VF= Valor futuro (final) R = Taxa de juros t = período de análise

3 Gestão da empresa pecuária Princípios para uma exploração lucrativa O VPL objetiva a correção dos resultados (saldos) do projeto para o final do período de planejamento. Isso de acordo com a aplicação da taxa de juros. Normalmente utilizamos a VPL para conhecermos o valor real de receitas ou despesas atualizado para mesma data de ocorrência. Taxa interna de retorno (TIR): Σ fluxo líquido (1+i) n = 0 onde: i = Taxa interno de retorno n = período de análise A taxa interna de retorno (TIR) representa a eficiência marginal do capital e corresponde, em última análise, à taxa de lucratividade nos projetos de investimento. Esta taxa se relaciona com os juros compostos e com o fluxo de caixa. Desta forma, define-se a TIR como a taxa de juros compostos que torna a soma dos valores atuais das receitas líquidas do fluxo em uma data determinada, igual à soma dos valores atuais dos investimentos e custos nesta mesma data. 86 IEPEC

4 Capítulo 5 Análise de negócios Razão benefício/custo: 1 ΣBn[( (1+i))] n ΣB/ΣC = 1 ΣCn (1+i) n [( )] onde: B = Benefícios C = Custos i = Taxa de juros composta n = Período de análise A análise da razão benefício/custo é fornecida pela divisão entre a receita total e o total de custos operacionais. Ela indica quantas unidades de capital recebido como benefícios são obtidos para cada unidade de capital investido. Retorno sobre o investimento operacional (RIO): trata-se de um instrumento de grande utilidade para a criação de um esquema de análise e controle baseado em indicadores de gestão. Basicamente o RIO é a percentagem do lucro obtido em determinado período sobre o investimento efetuado para consegui-lo, ou seja, o desembolso utilizado para produzir. Lucro Operacional RIO = Investimento Operacional O portal do agroconhecimento 87

5 Gestão da empresa pecuária Princípios para uma exploração lucrativa 5.2 Avaliação de parcerias e arrendamentos Destacamos que as simulações apresentadas neste tópico servem apenas para as condições que foram calculadas. Não servem como referência e parametrização de negócios. O processo de parceria está cada vez mais comum em todos os tipos de empresa, na pecuária não é diferente. Este tipo de negócio se dá pela busca por viabilizações, as quais talvez não se conseguissem sem a parceria ou arrendamento. Como por exemplo, destacamos o volume de pastagens degradadas em empresas pecuárias sem estrutura agrícola. Configura-se a necessidade de renovação de pastagens, porém a falta de estrutura agrícola impede a execução deste tipo de renovação. A parceria agrícola representa a possibilidade de efetivação desta renovação. Além disso, um grande volume de negócios estão comuns, tais como o arrendamento de pastagens, parceria na engorda, arrendamento de matrizes, terceirização de confinamentos, entre inúmeros outros. O que se pretende estabelecer neste tópico não se resume em detectar a necessidade de parceria, mas o quanto e de que forma podemos pagar ao nosso parceiro. Antes de discutirmos os mecanismos de cálculo, ressaltamos o incrível volume de variáveis que assola o negócio pecuário. Dentre elas, destacamos os seguintes itens: Fatores de mercado: neste item destacam-se os valores de comercialização e insumos. Em todo tipo de parceria pecuária, a variação deste fator traduz um melhor ou pior negócio, dependendo do acordo que foi estabelecido. Fatores produtivos: os fatores aqui chamados de produtivos retratam o potencial de produção, seja da empresa pecuária ou dos animais. Um pasto de baixa produção representa um negócio de arrendamento distinto de um com elevada produtividade. Além das características da empre- 88 IEPEC

6 Capítulo 5 Análise de negócios sa, tem grande destaque o potencial genético animal. Facilmente encontramos animais geneticamente inferiores que representam até 1 ano a mais no processo produtivo, e consequentemente um custo de produção diferente. Não podemos deixar de destacar as variáveis climáticas, que muitas vezes determinam o nível de produção agrícola ou forrageira e afetam qualquer tipo de negócio nesta área. Fatores operacionais: referem-se à operacionalidade do negócio. A localização da empresa do parceiro pode elevar de forma significativa às despesas administrativas, assim como a condição comercial da região, ou até mesmo as condições financeiras e morais que o parceiro tem de honrar seus compromissos. Destacamos que todos os fatores possíveis devem ser considerados na avaliação da parceria. Quanto mais variáveis são previstas, menos surpresas existem no decorrer do negócio. O portal do agroconhecimento 89

7 Gestão da empresa pecuária Princípios para uma exploração lucrativa Material Complementar.xls Exercícios do Capítulo 5 - capitulo-5-arquivo-1.xls 90 IEPEC

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