COMPORTAMENTO SEMANAL DE MERCADO

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1 Atividade ainda desaponta O avanço de 0,29% na série dessazonalizada do IBC- BR foi ligeiramente mais alta do que as estimativas de mercado. Na margem, houve uma desaceleração de 0,04 p.p. no crescimento anualizado para 1,44% a.a.. Há uma acomodação do indicador, sinalizando as dificuldades para uma retomada mais intensa. A mesma série para PMS indicou estabilidade no volume de serviços, enquanto a PMC mostrou alta de 2,90% para o comércio restrito e de 1,52% para o ampliado. O índice do nível de emprego na indústria paulista recuou 0,21% em dezembro, com variação anual dos empregos acumulados em 12 meses de - 1,4% a.a.. Por fim, a mediana das projeções do Boletim Focus para o crescimento do PIB caiu 0,04 p.p. para 2,53% em O resultado reflete o elevado nível de ociosidade das empresas e do trabalho. Apesar desses números, a redução nos prêmios de risco se traduz em uma expectativa positiva quanto à evolução da atividade em Expectativas IPCA Próximos 12 meses Inflação 4,2% 4,1% IPCA (%) Mediana - agregado 4,0% 3,9% 3,8% 3,7% 4,02% 18/01/2019 Há 1 semana Há 4 semanas 0,40 0,37 0,38 fev/19 0,42 0,43 0,44 3,6% ,01 4,02 4, ,00 4,00 4,00 Fonte: Focus BC Fonte: Focus BC Inflação Implícita Em 12 meses 5,5% 5,0% 4,5% 4,0% 3,5% Fonte: Anbima 4,19% No Boletim Focus dessa semana, a mediana das projeções para a variação do IPCA em janeiro mostrou alta de 0,03 p.p. para 0,40%. Com baixa de 0,01 p.p., a mediana para fevereiro ficou em 0,42%. A expectativa para 2019 caiu 0,01 p.p. para 4,01% e ficou estável em 4,00% para Já a inflação esperada para os próximos 12 meses caiu 0,03 p.p. fechando em 4,02%. Com redução mais intensa (-0,09 p.p.) a inflação implícita na negociação de títulos públicos indexados a preço fechou em 4,19%. A projeção para o crescimento do PIB caiu 0,04 p.p para 2,53% em 2019, contudo, avançou 0,10 p.p. em 2020 para 2,60% a.a. A taxa de câmbio esperada para o fim de 2019 e 2020 registraram quedas para R$ 3,75 e R$ 3,78, respectivamente. Comportamento Semanal de Mercado Página 01

2 Taxa de Juros Swaps DI Pré a.a. 8,7% Taxa Real de Juros Ex- ante a.a. 4,5% 8,2% 4,0% 7,7% 3,5% 7,2% 3,0% 6,7% 2,5% 6,2% 6,45% 2,0% 2,34% Fonte: B3 Fonte: B3 Spread da Taxa de Juros Diferença entre as taxas de 1 e 5 anos (p.p.) 4,00 3,50 3,00 Apesar de alguma volatilidade, a taxa de juros do swap DI prefixado de 360 dias apresentou queda de 0,08 p.p. na semana, fechando em 6,45% a.a.. Porém, com a retração de 0,03 p.p. na inflação esperada para os próximos 12 meses, a taxa de juros real ex-ante caiu 0,04 p.p. para 2,34% a.a. Outra medida de risco, o spread das taxas de juros de um e cinco anos mostrou elevação de 0,07 p.p. encerrando em 2,25 p.p.. Entretanto, o nível permanece bem abaixo do observado no fechamento de 2018 (2,44 p.p.). 2,50 2,25 2,00 Fonte: Anbima Comportamento Semanal de Mercado Página 02

3 Câmbio Real/US$ Dollar Index 4,30 4,20 4,10 4,00 3,90 3,80 3,70 3,60 3,50 3, ,34 Fonte: Bloomberg Fonte: Bloomberg Índice Emergentes* ,35 Em movimento de recuperação, o dólar mostrou apreciação frente a seus principais pares. Em relação ao real, a divisa norte-americana registrou alta 1,2%, encerrando cotada a R$ 3,75. Vale registrar o final do movimento de remessa de dólares para o exterior que em pressionou a cotação no mercado à vista. O Banco Central continua a rolagem dos derivativos cambiais com vencimento em fevereiro. O Dollar Index, que mede a variação do dólar em relação a uma cesta de moedas de países desenvolvidos, valorizou-se 0,70% para 96,34 pts.. Praticamente estável, o índice que mede a variação de uma cesta de moedas de países emergentes em relação ao dólar ficou em 63,35 pts. (+0,02%). 60 Fonte: J.P. Morgan *Cesta de Moedas: Lira turca, Rublo russo, Rand sul-africano, Florim húngaro, Real, Peso mexicano, Peso chileno, Reminbi chinês, Rupia indiana e Dólar de Singapura. Comportamento Semanal de Mercado Página 03

4 Aversão ao Risco Credit Default Swap (CDS) Pontos-base T-Note 10 Anos (%) 3, ,2 3,1 3,0 2,9 2,8 2,7 2, ,81 2,6 2,5 Fonte: Bloomberg Fonte: Bloomberg Petróleo Brent última cotação US$ Fonte: Bloomberg 62,70 Na semana, o risco soberano brasileiro, calculado pelo prémio do CDS de cinco anos, reduziu-se, fechando em 174 pts (-10 p.p.). Em linha, o EMBI, que mede o spread dos retornos de títulos soberanos de países emergentes, cedeu 18 p.p. para 396 pts. Por sua vez, o retorno das T-Notes, com vencimento em 10 anos, avançou 0,08 p.p. para 2,79% a.a.. Beneficiou para isso a divulgação dos dados positivos para o mercado de trabalho no livro Bege. Por fim, a cotação do petróleo tipo Brent fechou em forte alta de 3,6% a US$ 62,70, impulsionado pelo otimismo com a China e às perspectivas de que as autoridades norte-americanas estariam inclinadas a retirar a sobretaxa sobre os produtos importados da China. Do seu lado, a China se comprometeu em aumentar as importações dos EUA. Por outro lado, o Departamento de Energia dos EUA apontou o aumento do estoque da commodity e derivados, o que aumenta os temores quanto ao descasamento de oferta e demanda. Comportamento Semanal de Mercado Página 04

5 IGP-10 - Abertura IPA EP Índices Variação mensal INCC IPC IPA -1,83% IGP-10-1,23% -0,59% -0,09% -0,26% 0,29% 0,12% 0,45% -0,78% MATÉRIAS PRIMAS BRUTAS -2,02% -1,55% BENS INTERMEDIÁRIOS -2,75% BENS FINAIS -0,68% -0,59% IPA - EP -1,83% 0,57% Fonte: FGV Fonte: FGV Evolução Anual 13% 11% 9% 7% 5% 6,80% 3% 1% -1% -3% jan/15 jan/16 jan/17 Em janeiro, a queda do Índice Geral de Preços - 10 (IGP-10) desacelerou para 0,26% após recuar 1,23% no mês anterior. Com peso de 60% na composição, o Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA), passou de uma deflação de 1,83% para 0,59% neste mês. Já os índices de Preços ao Consumidor (IPC) e o Nacional da Construção Civil (INCC) registraram, respectivamente, crescimento de 0,45% e 0,29%. Na análise por estágios de processamento do IPA, os bens finais subiram 0,57% na margem, enquanto que os bens intermediários e matérias primas brutas registraram crescimento de 1,55% e 0,78%, na ordem. Considerando-se a evolução em 12 meses, o IGP-10 desacelerou de 7,92% em dezembro para 6,80%. Na mesma base comparativa, o IPA acumulou um crescimento de 8,21%, seguido pelo IPC com uma alta de 4,08% e o INCC com elevação de 4,03%. Fonte: FGV Comportamento Semanal de Mercado Página 05

6 nov/15 mai/16 nov/16 mai/17 jun/18 IBC-Br Série com ajuste sazonal Crescimento Acumulado (janeiro a novembro) 3,41% 0,97% 1,38% 0,17% 1,02% 0,63% 0,38% 0,56% 0,29% 0,02% -0,04% -0,51% -0,30% -0,12% -3,36% -4,16% Fonte: BCB Fonte: BCB Acumulado em 12 Meses 2% 1% 0% -1% -3% -4% -5% -6% 1,44% Em novembro, a série dessazonalizada do índice de atividade econômica do Banco Central exibiu crescimento de 0,29% após avançar apenas 0,02% em. O indicador ficou levemente acima da mediana das projeções de mercado. No mês, o resultado é decorrente do avanço de 2,9% das vendas no varejo, enquanto a produção industrial cresceu somente 0,1% e os serviços ficaram estáveis. Na série com a variação acumulada em 12 meses, o mês fechou com uma alta de 1,44% a.a., com uma desaceleração de 0,04 p.p. em relação ao mês anterior. Há uma clara acomodação do indicador, sinalizando as dificuldades para uma retomada mais intensa da atividade econômica, em meio a um amplo nível de ociosidade das empresas e do trabalho. Há, entretanto, uma expectativa positiva quanto à evolução futura. Fonte: BCB Comportamento Semanal de Mercado Página 06

7 nov/16 jan/17 mar/17 mai/17 jul/17 set/17 jun/18 PMS - Por segmento - com ajuste sazonal Variação Dessazonalizada Geral 0,00% 0,00% 6% Prestados à família -0,87% Informação e comunicação Profissionais, adm e compl. -1,81% Transp., auxiliares e correio -0,22% -0,24% Outros 0,44% 0,85% 0,11% 0,12% 0,33% 5,75% 4% 2% 0% -4% -0,11% Mensal Trimestral Crescimento do Volume Acumulado em 12 meses 1% -4% -6% -0,02% O índice de volume dos serviços manteve-se estável em novembro pelo segundo mês consecutivo, na série com ajuste sazonal. A evolução anual do volume acumulado em 12 meses mantém-se em campo negativo, confirmando a desaceleração do ritmo de queda. Em novembro fechou com baixa de 0,02% ante uma retração de 0,15% em. Na abertura por segmento, os serviços profissionais e administrativos acumulam queda de 1,82% em 12 meses, seguido pela baixa de 0,47% dos serviços de informação e comunicação e pela retração de 0,44% dos serviços prestados à família. Em contrapartida, os transportes e correios mostram alta de 1,60% e os outros serviços avançam 1,10%. A série ajustada com a variação trimestral encerrou novembro em queda de 0,11%. Comportamento Semanal de Mercado Página 07

8 nov/16 fev/17 mai/17 ago/17 PMC Série com ajuste sazonal Por segmento - série com ajuste sazonal 6% 4% 2% Restrito Ampliado 2,90% 1,52% Com. Varejista ampliado Com. Varejista Mat. Construção Veículos -0,74% -2,17% 1,52% 2,90% 0% Outros artigos Mat. Escritório -0,24% 6,93% Papelaria -1,88% -4% Art. Farmacêuticos Eletrodomésticos 2,80% 4,99% -6% Vestuário Supermecados 1,71% 1,72% Combustíveis 0,13% Evolução das Vendas Reais Acumulado em 12 meses 7% 5% 3% 1% -1% -3% -5% -7% -9% -11% Restrito Ampliado 5,49% 2,62% Em novembro, o volume do comércio restrito cresceu 2,9% após recuar 1,1% no mês anterior, na série com ajuste sazonal. O resultado do mês foi influenciado pela forte alta das vendas de outros artigos de uso pessoal (6,9%), móveis e eletrodomésticos (4,9%) diante das promoções típicas do período. Em ritmo mais lento o comércio ampliado, que leva em consideração veículos e materiais para construção, apontou alta de 1,5% na margem (-0,3% em ). Considerando-se a evolução anual acumulada em 12 meses, o comércio ampliado segue com o maior nível de crescimento (5,4%), alavancado pelas vendas de veículos (+15%), enquanto o restrito encerrou com uma alta de 2,6%. No mesmo período de 2017, registravam elevações de 2,6% e 1,1%, na ordem. A estabilidade na massa de rendimento real da população ocupada é um empecilho para um avanço mais robusto. Segundo a Pnad contínua, o indicador acumula alta de 4,2% nos últimos 12 meses. Comportamento Semanal de Mercado Página 08

9 nov/12 mai/13 nov/13 mai/14 nov/14 mai/15 nov/15 mai/16 nov/16 mai/17 jun/18 jun/18 Indicador de Formação Bruta de Capital Fixo Com ajuste sazonal Variação Trimestral Abertura com ajuste sazonal 18% 3,7% 2,0% 0,7% 1,7% 5,0% 1,7% 13% 8% -1,8% -2,9% -2,8% -0,7% -0,1% 3% -7% -12% Construção Civil CAME -0,5% -1,4% Fonte: IPEA Fonte: IPEA Variação Anual Acumulado em 12 Meses 7% 2% -3% -8% -13% -18% Fonte: IPEA 4,9% Em novembro, o indicador de Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF), elaborado pelo Ipea, apresentou alta na margem de 1,7%, após recuar por três meses seguidos, na série com ajuste sazonal. O resultado é decorrente do forte crescimento de 8,7% do indicador de Consumo Aparente de Máquina e Equipamentos (CAME), influenciado pelas mudanças no regime de contabilização do regime aduaneiro especial para comércio internacional de petróleo e gás (REPETRO). O indicador da construção civil, por sua vez, recuou 1,6% na margem. Na série dessazonalizada, a variação trimestral, em novembro, mostrou uma queda da ordem de 0,5% para a construção civil e de 1,4% para a CAME. O resultado sugere um comportamento mais fraco dos investimentos no 4T18. Considerando-se o acumulado em 12 meses, os investimentos avançaram 4,9% a.a., mantendo sua trajetória de recuperação. Comportamento Semanal de Mercado Página 09

10 dez/15 abr/16 ago/16 dez/16 abr/17 ago/17 dez/16 jan/17 fev/17 mar/17 abr/17 mai/17 jun/17 jul/17 ago/17 set/17 out/17 jun/18 Nível de Emprego Variações Série com ajuste sazonal 0,3% 0,0% -0,3% -0,6% -0,41% -0,9% -1,2% -1,5% Fonte: Fiesp Mensal Trimestral Variação Anual Acumulado em 12 meses 0% -1% -3% -4% -5% -6% -7% -8% -9% -10% -1,40% O índice do nível de emprego na indústria paulista, elaborado pela FIESP, manteve a tendência cadente e recuou 0,21% em dezembro 13º retração consecutiva na série com ajuste sazonal. No mês, houve perda de 34,5 mil postos de trabalho, mantendo o indicador no menor nível da série histórica iniciada em jun/05. Considerando-se a variação anual acumulado em 12 meses, observa-se uma contração de 1,40%, próximo ao patamar do mês anterior (-1,39%). Em houve queda de 3,60%. Fonte: Fiesp Comportamento Semanal de Mercado Página 10

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