2 Resolução Computacional de Problemas de Probabilidade 6

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "2 Resolução Computacional de Problemas de Probabilidade 6"

Transcrição

1 Resolução Computacional de Problemas de Probabilidade Lucio S. Fassarella DMA/CEUNES/UFES 26 de maio de 2015 Resumo Notas de aula sobre o uso do computador na resolução de problemas de probabilidade. Aqui, discuto brevemente a essência de uma proposta para resolução problemas de probabilidade através de simulações computacionais de experimentos aleatórios, tendo em perspectiva sua aplicação na educação matemática. Além das de nições básicas, apresento alguns exemplos ilustrativos da técnica e proponho exercícios/problemas. Palavras-chave. Probabilidade, Simulação Computacional, Ensino de Matemática. Sumário 0 Introdução Motivação: o problema de Monty Hall Brevíssima Introdução às Probabilidades 4 2 Resolução Computacional de Problemas de Probabilidade 6 3 Exemplos Probabilidade da soma de dois dados Probabilidade de haver aniversários coincidentes Probabilidade de um par de pessoas numa roda O problema da retirada de bolas em gavetas O problema da agulha Exercícios/Problemas 12 A Códigos no Mathematica 14 A.1 Problema A.2 Problema A.3 Problema A.4 Problema A.5 Problema

2 0 Introdução Eu acredito que os problemas são o coração da Matemática e espero que nós professores, nas aulas e seminários e nos livros e artigos que escrevermos, enfatizemos isso cada vez mais, e que treinemos nossos estudantes a serem melhores elaboradores e solucionadores de problemas do que nós mesmos somos. Paul Halmos 1 Os computadores liberam a matemática do mundo real do cálculo manual, permitindo que ela possa ir mais rápido e mais longe do que jamais se poderia imaginar. Agora, é vital que a educação matemática também incorpore essa automação. Conrad Wolfram 2 Vivemos uma era em que o uso do computador está bastante difundido em diversos setores da sociedade, e mesmo em nossas próprias vidas. 3 Dadas suas amplas potencialidades, é natural pensarmos no emprego do computador na educação, particularmente na educação matemática. De fato, o uso da informática tem sido uma das fortes tendências em Educação Matemática e vem ganhado espaço cada vez maior nas práticas pedagógicas [2]. Neste minicurso discuto a resolução de problemas de probabilidade através de simulações computacionais de experimentos aleatórios. Esta proposta constitui uma heurística para resolução de problemas de probabilidade que complementa a abordagem analítica, sendo eventualmente uma alternativa mais fácil ou mais atraente de ser realizada. Dentre suas vantagens, destaco a padronização da resolução de problemas e o fato dela contornar a necessidade de resolvermos problemas intermediários de combinatória. A ideia está fundada diretamente na interpretação frequentista da probabilidade, o que suscita a expectativa de que pode realmente ajudar os estudantes a compreender melhor a teoria das probabilidades, além de ampliar sua capacidade para interpretar e resolver problemas especí cos. Além disso, acredito que a proposta tanto ajuda a evitar equívocos na resolução de problemas quanto confronta nossas previsões intuitivas ou resultados analíticos com dados empíricos. Esta proposta utiliza o computador como instrumento cognitivo. O uso do computador na resolução de problemas matemáticos pode ocorrer de duas formas diferentes, pelo menos: (i) como ferramenta auxiliar para executar algoritmos preestabelecidos utilizados numa estratégia de resolução concebida sem o subsídio do computador ou (ii) como instrumento cognitivo que nos permite conceber estratégias de resolução alternativas. Talvez não seja essencial distinguir essas duas formas de usar o computador na prática, até porque elas podem colaborar, se sobrepor ou se confundir em diversas situações; entretanto, para exempli car, podemos dizer que a resolução numérica de uma equação de quinto grau através de um algoritmo genérico (tal como o método de Newton) ilustra a primeira forma, enquanto o recurso à geometria dinâmica para investigar as propriedades de uma con guração geométrica particular ilustra a segunda forma. Chamo de abordagem algorítmica a tentativa de resolver um problema pela elaboração de um algoritmo especí co, cuja execução gera a solução exata ou uma aproximação arbitrariamente próxima da solução exata. A abordagem algoritmica é um caso especial do uso do computador como instrumento cognitivo que geralmente também o aplica como ferramenta auxiliar (para executar os algoritmos-solução). Outro exemplo de uso do computador como ferramenta meramente auxiliar: considere o problema de determinar o número S n de interseções de n retas em posição geral no plano ( n 2 Z; n 1) 4 ; podemos 1 Paul Halmos: The Heart of Mathematics. The American Mathematical Monthly, vol. 87(7) (1980): Estas notas estão baseadas no artigo homônimo submetido ao III CMAC - Sudeste 2015 (Congresso de Matemática Aplicada e Computacional), eventualmente a ser publicado no Proceeding Series of the Brazilian Society of Computational and Applied Mathematics. Qualquer semelhança não é mera coincidência. 4 Dizemos que um conjunto de retas está em posição geral no plano quando ele não possui um par de retas paralelas e nem possui três retas que se intersectam num mesmo ponto. 2

3 obter sua solução em termos da seguinte fórmula de recorrência (provando sua validade por indução nita) e usar o computador apenas para calcular os valores de S n, para qualquer inteiro positivo n dado: 5 S 1 = 0; S n = S n 1 + n 1 8n 2 Z; n 2: Embora a abordagem algoritmica pareça mais indicada para o Ensino Médio ou Superior, uma pesquisa realizada com o objetivo de investigar as contribuições que a inserção da tecnologia pode trazer à educação estocástica e que teve como questão descobrir como os recursos tecnológicos podem ser úteis para a construção de novos conhecimentos da Estocástica no Ensino Fundamental chegou à seguinte conclusão pertinente: Tornou-se evidente que a inserção de tais recursos gera conhecimentos mais amplos e precisos, porém exige do professor um conhecimento teórico-metodológico muito mais aprofundado sobre o assunto. Além disso, os resultados destacaram a importância da simulação e do processo de interação na educação estocástica. [13, p.6] Trabalhos recentes mostram a relevância de usarmos o computador, ou da computação simbólica, no ensino de Probabilidade: Graças à abundância de computadores de baixo custo, agora temos a oportunidade de melhorar o ensino de matemática em uma frente vastamente mais ampla e interessante, que irá melhorar a importância da matemática aprendida pelos alunos. Por exemplo, com a ajuda do método de Monte Carlo, e programas como o Mathematica, a Probabilidade pode assumir um lugar proeminente na Matemática Escolar. Nesse caso, eliminamos a opressora di culdade com os cálculos combinatórios. Além disso, medidas importantes relacionadas com a distribuição normal (de Gauss) e outras distribuições exponenciais também podem ser abordadas pelo método de Monte Carlo, tornando essa parte da matemática não mais complicada do que meras contagens. [14, p.3] (Tradução livre) 0.1 Motivação: o problema de Monty Hall O problema de Monty Hall é um problema de probabilidade muito simples, mas que é especialmente interessante pelo fato da grande maioria pessoas e matemáticos errarem sua solução. Aqui, menciono este problema como motivação para a proposta de resolver problemas de probabilidade usando simulações computacionais. Problema de Monty Hall Num programa de auditório, os participantes de um jogo recebem a opção de escolher uma dentre três portas, atrás de uma das quais há um carro, enquanto atrás das outras duas há cabras e somente o apresentador sabe o que há atrás de cada porta. O participante começa o jogo escolhendo uma das portas e, depois disso, o apresentador abre uma das portas que esconde uma cabra, deixando fechadas as outras duas; então, o apresentador pergunta ao participante se ele quer manter ou trocar de escolha, para ganhar o prêmio que estivar atrás daquela porta que ele escolher por último. A nal, é vantajoso para o participante trocar sua escolha? O Problema de Monty Hall teve ampla repercussão nos EUA no ano de 1990 após um artigo publicado na coluna Ask Marilyn da revista Parade [8, pp.51-54]. 6 A razão da repercussão foi que a solução correta (dada por Marilyn) contrariava a opinião da grande maioria das pessoas, cerca de 92% daquelas que se corresponderam com a revista dentre as quais foram contados quase mil PhDs (...), muitos deles professores de matemática [8, p.53]. O raciocínio comum é algo assim: A nal, há apenas duas alternativas: uma porta com um carro e uma porta com uma cabra, de modo que as chances do participante ganhar o carro ou a cabra 5 É incidental que podemos deduzir dessa relação de recorrência uma expressão fechada para a solução do problema; eventualmente, isso não é possível e o uso do computador torna-se muito conveniente, senão obrigatório. 6 A referência [8, pp.51-54] apresenta diversos detalhes do caso que são omitidos aqui, dentre os quais a origem do nome do problema. 3

4 são ambas iguais a 50%, independentemente dele trocar ou manter sua escolha; portanto, trocar a escolha não melhora as expectativas do participante ganhar o carro, ou seja, isso não é vantajoso (nem desvantajoso). Contudo, esse raciocínio está errado, por mais natural, claro e convincente que pareça! Dentre aqueles que se equivocaram com a solução do problema, cabe destacar o eminente matemático Paul Erdös ( ) 7 : [Ao ser informado da resposta certa,] Paul Erdös, um dos maiores matemáticos do século XX, a rmou: Impossível. A seguir, quando apresentado a uma prova matemática formal da resposta correta, ainda assim não acreditou nela, e cou irritado. Somente depois que um colega preparou uma simulação computadorizada na qual Erdös assistiu a centenas de testes que geraram um resultado de 2 para 1 a favor da mudança de escolha da porta, ele admitiu estar errado. [8, p.54] O caso de Paul Erdös e dos leitores da revista Parede com o Problema de Monty Hall mostra como nossa intuição pode errar na estimativa de probabilidades, bem como ilustra que as simulações computacionais podem nos ajudar a compreender melhor o assunto. 1 Brevíssima Introdução às Probabilidades Probabilidade é um conceito matemático que de ne uma medida para a possibilidade de ocorrência de eventos aleatórios. O conceito é caracterizado de modo bastante geral e rigoroso pelos Axiomas de Kolmogorov ( ), mas numa ampla variedade de casos é su ciente considerar uma concepção mais antiga e restrita que remonta a Cardano ( ) e Laplace ( ) na qual o espaço amostral se decompõem em eventos elementares igualmente prováveis. Apresentamos aqui somente a de nição de probabilidade e sua interpretação frequentista; para detalhes, indicamos o livro elementar [9]. De nição 1.1 (Probabilidade) Uma probabilidade é uma função P : S (U)! R de nida na classe S (U) dos subconjuntos de um conjunto não-vazio U (chamado espaço amostral) que toma valores em R e cumpre as seguintes condições: P (E) 2 [0; 1] ; 8E U; P (;) = 0; P (U) = 1; Aditividade: A; B 2 U; A \ B = ; P (A [ B) = P (A) + P (B) : O conceito de probabilidade possui diversas interpretações, uma delas sendo a interpretação frequentista ou interpretação objetiva [6], a qual se baseia na noção de experimentos aleatórios: experimentos aleatórios são sequências de experimentos num sistema físico realizados sob condições relevantes idênticas, mas cujos resultados podem ser diferentes. 8 7 Paul Ho man fala sobre Paul Erdös em The Men Who Loved Only Numbers (tradução nossa): Erdös foi um prodígio matemático. Aos três anos ele multiplicava na cabeça números de três dígitos e aos quatro descobriu os números negativos ; em sua carreira acadêmica, ele escreveu ou colaborou em 1475 artigos acadêmicos, todos eles substanciais, e muitos dos quais monumentais. [7, p.11, p.6] 8 Aqui, sistema físico designa qualquer conjunto de objetos concretos que podem ser caracterizados por propriedades objetivas: partículas, uidos, moléculas, células, animais, plantas, pessoas, etc. Como exemplo, um sistema físico pode ser uma moeda e os experimentos aleatórios podem ser o lançamento da moeda sobre a superfície de uma mesa (com apenas dois resultados possíveis: cara ou coroa). 4

5 De nição 1.2 (Interpretação Frequentista da Probabilidade) Numa sequência nita de N experimentos aleatórios num sistema físico, a frequência relativa de um evento especi co E é de nida pelo quociente do número n E dos experimentos que tiveram resultados em E pelo número total de experimentos: n E N : A probabilidade do evento E é de nida pelo limite das frequências relativas de E, considerando uma sequência in nita de experimentos aleatórios no sistema físico: n E P (E) = lim N!1 N ; Observação 1.1 A interpretação frequentista é bastante intuitiva, mas não está isenta de problemas conceituais relacionados à própria noção de experimento aleatório e a existência do limite de frequências relativas. Para uma discussão aprofundada, recomendo [6]. No que segue, vou considerar somente espaços de probabilidade nitos nos quais todos os elementos são igualmente prováveis condição que determina uma única probabilidade: Proposição 1.1 Seja U um espaço amostral nito e P uma probabilidade em U com respeito a qual todos elementos são igualmente prováveis, i.e., P (fug) = p 0 ; 8u 2 U: Então: 9 p 0 = 1 #U e P (E) = #E ; 8E U: #U Prova. Segue diretamente da de nição de probabilidade. 9 O sinal # à esquerda de um conjunto designa o número de elementos desse conjunto. 5

6 2 Resolução Computacional de Problemas de Probabilidade Preliminarmente esclareço que simulação computacional de um ensaio aleatório signi ca usar um gerador de números pseudo-randômicos para selecionar um elemento de um conjunto nito dado. A resolução computacional para o caso de um problema que se resume a determinar a probabilidade de um evento E num espaço amostral nito U no qual todos os elementos são igualmente prováveis, pode ser esquematizada em quatro etapas: i. de nir o espaço amostral U de modo adequado para realizar experimentos pseudo-ramdômicos; ii. caracterizar o evento E por um conjunto nito de propriedades em U; iii. realizar uma sequência nita N de simulações de experimentos aleatórios em U, contando o número n E de vezes nos quais os experimentos aleatórios resultam num elemento do evento E; iv. calcular a probabilidade de E pelo quociente p (E) = n E N : Podemos escrever um pseudo-algoritmo para calcular a probabilidade de E utilizando a função característica de E (viz., o teste que determina se um elemento de U pertence a E): 1 ; u 2 E; " (u) = 0 ; u 2 U n E: Denotando por Random (U) a simulação computacional de um ensaio aleatório em U, podemos escrever o algoritmo-solução do problema da seguinte forma: Algoritmo-Solucão Genérico 1: Entrada: U; E; "; N; 2: n = 0 3: Para i = 1 até i = N faça 4: Se " (Random (U)) = 1 então n = n + 1; 5: Retorne: n=n (2.1) Naturalmente, um mesmo problema pode ser resolvido por diversos algoritmos-solução diferentes, sendo eventualmente mais simples e elegantes do que esse algoritmo-solução genérico. Isso será lustrado nos exemplos. Para testar a correção do algoritmo-solução e de sua codi cação no computador, podemos calcular a probabilidade total de nida por uma partição de U a qual deve sempre ser igual a 1: se fe 1 ; :::; E m g é uma partição de U em m 2 N subconjuntos disjuntos, U = E 1 [ ::: [ E m e E i \ E j = ; 8i 6= j 2 f1; :::; mg ; então (necessariamente) p (E 1 ) + ::: + p (E m ) = 1: Observação 2.1 Destacamos que o cálculo de uma probabilidade por simulações de experimentos aleatórios não resulta no valor exato da probabilidade, mas numa aproximação cujo erro pode ser arbitrariamente reduzido aumentando o número de experimentos. Usando Estatística, podemos estimar o número necessários de experimentos para que o erro da estimativa esteja abaixo de uma margem previamente estabelecida com uma probabilidade arbitrariamente alta. Contudo, não desenvolvemos esse tópico nesta breve exposição. 6

7 3 Exemplos Nos exemplos que seguem ilustramos concretamente a proposta apresentada na seção anterior, utilizando alternativas ou adaptações do algoritmo-solução genérico. Códigos dos algoritmos-soluções escritos no software Mathematica de todos os exemplos estão registrados no Apêndice A. 3.1 Probabilidade da soma de dois dados Problema 3.1 No lançamento de dois dados, qual é a probabilidade da soma dos resultados ser igual a um m 2 f1; 2; ::; 12g? Resolução Considerando que os resultados dos dados são independentes e igualmente prováveis, o espaço amostral do problema no qual todos os elementos são igualmente prováveis é dado pelo conjunto de pares ordenados (nos quais cada entrada representa um dado) U = f(a; b) ; a; b 2 f1; :::; 6gg: Com isso, podemos escrever o seguinte algoritmo-solução com estrutura similar ao algoritmo-solução genérico (2.1), onde a e b representam os dados, N é o número de simulações e k é o resultado da soma cuja probabilidade deve ser calculada: Algoritmo-Solução 1: Entrada: m; N; 2: n = 0; 3: Para i = 1 até i = N faça 4: a = Random (f1; 2; 3; 4; 5; 6g), 5: b = Random (f1; 2; 3; 4; 5; 6g), 6: Se a + b = m então n = n + 1; 7: Retorne: n=n. Este algoritmo foi programado no software Mathematica e retornou os seguintes resultados nas execuções com N = simulações, os quais correspondem aos valores exatos das probabilidades até a segunda casa decimal (pelo menos): Soma dos dados (m) = Probabilidade (p) 0:0 0:028 0:054 0:084 0:110 0:138 0:166 0:137 0:112 0:084 0:055 0:028 7

8 3.2 Probabilidade de haver aniversários coincidentes Problema 3.2 Dado um inteiro m 2, qual é a probabilidade de um grupo de m pessoas possuir duas pessoas que fazem aniversário num mesmo dia (supondo que todas as possíveis datas de aniversário sejam igualmente prováveis)? Resolução Considerando que o ano possui 365 dias, associamos biunivocamente cada dia do ano a um número entre 1 e 365. Nesse caso, de nimos o espaço amostral do problema pelo conjunto U de todas as sequências de m números entre 1 e 365 cada termo representando o dia do aniversário de uma determinada pessoa do grupo. O evento cuja probabilidade devemos calcular é o subconjunto E de todas as sequências de U que possuem pelo menos dois termos iguais. A função característica de E associa uma sequência u 2 U ao valor 0 ou 1, respectivamente, se u não possui termos iguais ou se u possui pelo menos dois termos iguais. Algoritmo-Solução 1: Entrada: m; N; 2: U = fsequências com m números entre 1 e 365g 3: n = 0; 4: " : U! f0; 1g ; " (u) = 5: Para i = 1 até i = N faça 6: Se " (Random (U)) = 1 então n = n + 1; 7: Retorne: n=n 0 ; se u não possui termos iguais, 1 ; se u possui (pelo menos) dois termos iguais; A função característica " e este algoritmo foram programados no software Mathematica e retornou os seguintes resultados para N = simulações em cada caso: para m = 2, a probabilidade computada foi 0:0022 (o valor exato é 1=365 0:0027); para m = 3, a probabilidade computada foi 0:0089 (o valor exato é 1= = :0082); para m = 10, a probabilidade computada foi 0:1119 (o valor exato ca para o leitor determinar...). Problema 3.3 Quantas pessoas deve haver num grupo para que a probabilidade de haver dois integrantes com aniversário no mesmo dia seja maior do que 50% (supondo que todas as possíveis datas de aniversário sejam igualmente prováveis)? Resolução A resolução deste problema não se resume a realizar simulações de experimentos aleatórios, mas pode ser facilmente resolvido no computador extendendo o algoritmo-solução apresentado para o Problema 1 : basta escrever um algoritmo para aplicar sucessivamente o algoritmo-solução do problema restrito para um número m de pessoas que varie automaticamente m de 2 em diante até que o resultado ultrapasse 0:5. Denotando por F (m; N) o algoritmo-solução do Problema 1 executado para um número m de pessoas com N simulações, podemos escrever o seguintes algoritmo-solução ara este problema: Algoritmo-Solução 1: Entrada: N; 2: s = : p = 0; 4: m = 1; 5: Enquanto p < 0:5 faça m = m + 1 e p = F [m; N]; 6: Retorne m 8

9 Este algoritmo foi programado no software Mathematica e retornou o número 23 quando executado com N = simulações para cada estimativa de probabilidade. Esse número coincide com a resposta exata, embora pareça demasiado baixo para a maioria das pessoas: Quantas pessoas deve ter um grupo para que haja uma probabilidade maior que 50% de que dois integrantes façam anos no mesmo dia (presumindo que todas as datas de aniversário sejam igualmente prováveis)? A maior parte das pessoas acha que a resposta é igual à metade do número de dias no ano, ou cerca de 183. Mas essa é a resposta correta para uma pergunta diferente: quantas pessoas que façam anos em dias diferentes deve haver numa festa para que exista uma probabilidade maior que 50% de que uma delas faça anos no mesmo dia do aniversariante? Se não houver nenhuma restrição quanto a quais pessoas devem fazer anos no mesmo dia, a existência de muitos pares de pessoas que poderiam fazê-lo altera drasticamente o resultado. De fato, a resposta é surpreendentemente baixa: apenas 23. [8, p.73] 3.3 Probabilidade de um par de pessoas numa roda Problema pessoas são colocadas ao acaso numa roda. predeterminadas carem juntas? Qual é a probabilidade de duas pessoas Resolução Designamos as pessoas pelos números de 1 a 10, representando por 1 e 2 as duas pessoas predeterminadas para carem juntas. Naturalmente, podemos de nir uma disposição dessas pessoas na roda por uma permutação do conjunto dos números de 1 a 10, por exemplo (3; 5; 4; 1; 10; 7; 2; 8; 9; 6) corresponde à disposição em que a pessoa 3 ca à esquerda da pessoa 5, a pessoa 5 ca à esquerda da pessoa 4 e assim sucessivamente até cheguar à pessoa 6 que ca à esquerda da pessoa 3 (fechando a roda). Desse modo, o espaço amostral do problema cujos elementos são igualmente prováveis é o conjunto das permutações dos números de 1 a 10. O evento cuja probabilidade devemos calcular corresponde às permutações em que os números 1 e 2 aparecem juntos ou que eles ocupem a primeira e décima posições. Com base nessas considerações, de nimos o seguinte algoritmo-solução onde PermutaRandom (U) denota a sequência correspondente a uma permutação randômica do conjunto U, A [k] designa o k-ésimo termo da sequencia A e N designa o número de experimentos aleatórios que serão realizados. Algoritmo-Solução 1: Entrada: N; 2: n = 0; 3: Para i = 1 até i = N faça 4: A = PermutaRandom (f1; 2; 3; 4; 5; 6; 7; 8; 9; 10g) 5: Se A [1] = 1 e A [2] = 2 ou A [10] = 2, então n = n + 1; 6: Se A [10] = 1 e A [9] = 2 ou A [1] = 2, então n = n + 1; 7: Para k = 2 até k = 9 faça 8: Se A [k] = 1 e A [k 1] = 2 ou A [k + 1] = 2, então n = n + 1; 9: Retorne: n=n. Este algoritmo foi programado no software Mathematica e retornou 0:2228 numa execução com N = simulações; ou seja, a probabilidade das duas pessoas predeterminadas sentarem juntas nas circunstâncias do problema é de 22%, aproximadamente. O resultado exato é dado por 2=9 = 0:222:::. 9

10 3.4 O problema da retirada de bolas em gavetas Problema 3.5 Um móvel tem três gavetas iguais. Em uma gaveta há duas bolas brancas, em outra há duas bolas pretas, e na terceira há uma bola branca e outra preta. Abrimos uma gaveta ao acaso e tiramos uma bola ao acaso sem olhar a outra bola. Se a bola que tiramos é branca, qual é a probabilidade de que a segunda bola na mesma gaveta também seja branca? Resolução Representando uma bola preta por 0 e uma bola branca por 1 e considerando que as três gavetas têm igual probabilidade de serem escolhidas, de nimos o espaço amostral com elementos igualmente prováveis por U = fa; b; cg ; a = f(0; 0)g ; b = f(0; 1) ; (1; 0)g ; c = f(1; 1)g : Podemos pensar nos experimentos em duas etapas (como descreve o problema): primeiro escolhemos aleatoriamente uma das gavetas a, b ou c; se a escolha resultar em a ou c, não é necessário fazer nova escolha para determinar a cor da bola que será retirada primeiro (ela será necessariamente preta no caso de a e branca no caso de c); entretanto, se o resultado da escolha da gaveta for b, então devemos realizar uma escolha aleatória em f0; 1g para determinar qual é a cor da primeira bola retirada (e também da segunda, consequentemente). Numa sequência de experimentos aleatórios em U, a informação de que a primeira retirada resultou numa bola branca é considerada simplesmente desprezando todos os casos em que os experimentos aleatórios em U resultam na gaveta a ou resultam na gaveta b com o subsequente ensaio aleatório em f0; 1g resultando em 0. Naturalmente, precisamos contar separadamente o número de experimentos válidos (aqueles que correspondem à primeira bola retirada ser branca) dos experimentos que resultam no evento cuja probabilidade pretendemos calcular (aqueles que correspondem à escolha da gaveta c). Algoritmo-Solução 1: Entrada: N; 2: n = 0; m = 0; 3: Para i = 1 até i = N faça 4: x = Random (fa; b; cg), 4: Se x = a então m = m e n = n; 6: Se x = b e Random f0; 1g = 1 então m = m + 1 e n = n; 7: Se x = c então m = m + 1 e n = n + 1; 8: Retorne: n=m. Este algoritmo foi programado no software Mathematica e retornou os seguintes resultados em execuções para N = 1000, N = e N = simulações, respectivamente: 0:655642, 0:66338 e 0: A resposta exata do problema é 2=3 = 0:6666:::. Observação 3.1 Para uma discussão detalhada deste problema, veja [12]. 10

11 3.5 O problema da agulha Problema 3.6 Num plano marcado por linhas paralelas com linhas adjacentes separadas por uma distância xa d, calcular a probabilidade de uma agulha de comprimento c tocar numa dessas linhas quando lançada aleatoriamente sobre o plano. 10 Resolução A situação possui simetria translacional contínua ao longo da direção paralela às linhas marcadas e simetria translacional discreta em múltiplos inteiros de d ao longo da direção perpendicular à essas linhas. Portanto, para realizar as simulações podemos considerar uma faixa entre duas linhas adjacentes; usando coordenadas cartesianas, identi camos uma dessas linhas com y = 0 e a outra com y = d. Por uma análise geométrica, podemos deduzir a seguinte condição necessária e su ciente para uma agulha de comprimento c intersectar uma linha da malha, considerando que ela caia no plano com base num ponto (x; y) com 0 y d e com ângulo de inclinação 2 [0; 2] em relação ao eixo-x: (sin 0 e y + c sin () d) ou (sin () 0 e y + c sin () 0) : Com base nesta condição, podemos simular o lançamento da agulha simulando as posições da sua base entre as linhas e sua orientação em relação a direção das linhas, para então veri car se a agulha corta ou não uma das linhas. Algoritmo-Solução 1: Entradas: d, c, ; 2: N = 1000 ("número de simulações") 3: d = 2 ("distância entre linhas paralelas adjacentes") 4: c = 1 ("comprimento da agula") * ("Função que identi ca se a agula intersecta uma linha:") 5: F (y; ) = Se ((sin 0 e (y + c sin () d) ou (sin () 0 e (y + c sin () 0))) então 1, senão 0; 6: n = 0 ("variável para contagem de resultados favoráveis") 7: Para k = 1 até k = N faça 8: y = Random ([0; d]), 9: = Random ([0; 2]), 10: Se F (y; ) = 1, então n = n + 1; 11: Retorne: n=n. Este algoritmo foi programado no software Mathematica e retornou para os parâmetros c = 1 e d = 2 a probabilidade 0:31718 numa execução com N = simulações; ou seja, a probabilidade de uma agulha de 1 cm lançada ao acaso no plano intersectar uma linha numa malha de linhas paralelas separadas por uma distância d = 2 cm é aproximadamente igual a 0: O valor exato é p = 2c= (d) 0:31831, para c = 1 e d = Veja em [5] fatos históricos e a solução analítica do problema, bem como outros problemas de probabilidade geométrica e uma discussão sobre o ensino-aprendizagem deste tópico. 11

12 4 Exercícios/Problemas Problema 4.1 Qual é a probabilidade de que duas pessoas escolhidas ao acaso façam aniversário no mesmo dia (supondo que todas as possíveis datas de aniversário sejam igualmente prováveis)? Problema 4.2 Alice e Bob lançam, cada um, um dado não-tendencioso. Qual é a probabilidade do resultado de Alice ser maior ou igual ao resultado de Bob? Problema 4.3 Os algarismos 1, 2, 3, 4, 5 são escritos em 5 cartões diferentes e colocados numa urna. Retira-se aleatoriamente da urna 5 cartões em sequência e escreve-se um número natural de 5 algarismos com a correspondente sequência de algarismos. i. Se houver reposição dos cartões, qual é a probabilidade de que o númereo obtido seja par? ii. Se não houver reposição dos cartões, qual é a probabilidade de que o número obtido seja par? Problema pessoas são separadas em 2 grupos de 5 pessoas cada um, uma delas se chama Alice e outra Bob. i. Qual é a probabilidade de que Alice e Bob façam parte do mesmo grupo? ii. Qual é a probabilidade de que Alice e Bob não façam parte do mesmo grupo? Problema homens e 5 mulheres sentam-se aleatoriamente em 10 cadeiras dispostas em círculo. i. Qual é a probabilidade de os homens e as mulheres se sentarem em lugares alternados? ii. Qual é a probabilidade das mulheres se sentarem juntas? Problema 4.6 Dado um inteiro n > 0, n bolas são colocadas aleatoriamente em n urnas. i. Qual é a probabilidade de que uma urna que vazia? ii. Qual é a probabilidade de que exatamente uma urna que vazia? Problema 4.7 Num armário com n pares de sapatos são retirados p pés de sapato. i. Qual é a probabilidade de que tenham sido retirados k pares de sapatos, pelo menos? ii. Qual é a probabilidade de que tenham sido retirados k pares de sapatos, exatamente? Problema 4.8 Uma prova contém 15 questões e cada questão contem 5 alternativas, com apenas uma delas sendo correta. Se um candidato chutar todas as questões, qual é sua probabilidade de zerar a prova? Veja em [4] uma resolução analítica do problema, além de outras questões relacionadas. 12

13 Problema 4.9 Dois amigos querem decidir quem pagará a conta do restaurante com uma aposta. Cada um deles escolhe uma seqüência de três caras ou coroas, e eles jogam uma moeda até que saia uma das duas seqüências: aquele que tiver escolhido a primeira seqüência a sair ganhou a aposta. Por exemplo, André (por ser o primeiro em ordem alfabética) é o primeiro a escolher e ca com a seqüência ckc (em que c representa cara e k coroa) enquanto Bernardo responde com cck. Eles jogam a moeda obtendo kckkckkkkccck, e neste momento Bernardo declarase o vencedor. Esta aposta é justa? André leva vantagem ou desvantagem por ser o primeiro a escolher? Quais são as probabilidades de vitória de cada um? 12 Problema 4.10 Num programa de auditório, Eugênio foi sorteado e tem direito a um prêmio, mas ele deve escolher entre dois envelopes lacrados aparentemente iguais. O apresentador informa que cada envelope tem um cheque e que o valor de um cheque é o dobro do outro, mas não diz nada sobre o valor dos cheques, nem indica qual envelope contém o cheque de maior valor. Eugênio escolhe e abre um envelope que contém um cheque de, digamos, R$ 100. Neste momento, o apresentador sempre faz uma proposta ao convidado: ele pode trocar de envelope mediante uma multa de 5% do valor do cheque que ele tem em mãos, no caso, R$ 5. Assim, se Eugênio aceitar, ele pode ganhar R$ 45 (se o cheque no segundo envelope for de R$ 50) ou R$ 195 (se o outro cheque for de R$ 200). Suponhamos que Eugênio (que fez um curso de Introdução à Probabilidade no período anterior) queira maximizar o valor esperado de seu prêmio. Ele deve aceitar a troca? E se o valor do primeiro cheque tivesse sido outro, de que forma deveria isto in uenciar a decisão de Eugênio? Se Eugênio trocar de envelope independentemente do valor do cheque, não vale mais a pena para ele trocar de envelope antes de abrir, evitando, assim, a multa? Para uma discussão detalhadas deste problema, veja [12]. 13 Para uma discussão detalhada veja [12]. 13

14 A Códigos no Mathematica Observações: Os algoritmos apresentados aqui foram escritos e executados no Mathematica 9.0. Como N denota uma função prede nida no Mathematica, todas as suas ocorrências nos algoritmossolução apresentados no texto foram substituidos por s nas programações. O comando Print foi usado para documentar o resultado dos cálculos, bem como para servir de comentário no corpo dos algoritmos. A.1 Problema 3.1 Código do algoritmo-solução do problema da seção 3.1: No lançamento de dois dados, qual é a probabilidade da soma dos resultados ser igual a um m 2 f1; 2; ::; 12g? Print["ENTRADA..."] Print["Soma dos dados m:"] m = 12 Print["Número de simulações:"] s = n = 0; (* variável para contar o número de resultados favoráveis *) For[k = 1, k <= s, k++, a = RandomInteger[{1, 6}]; b = RandomInteger[{1, 6}]; If[a + b == m, n = n + 1] ] Print["SAÍDA: probabilidade da soma dos dados ser m:"] n/s N[n/s] (* representação decimal *) Um algoritmo mais elaborado nos permite obter todas as probabilidades simultaneamente. Para tanto, considero duas sequências de 12 termos para contar as ocorrências dos eventos e calcular suas probabilidades, cada termo correspondendo a um determinado evento. Neste algoritmo, k-ésimo termo da sequência C conta as ocorrências do evento soma dos dados igual a k, enquanto o k-ésimo termo de P é a frequência relativa desse evento (k 2 f1; 2; :::; 12g); além disso, o algoritmo possui comandos para imprimir uma lista e um grá co dos resultados, bem como executa o teste da probabilidade total: Print["ENTRADA: número de simulações:"] s = (* número de lances dos dados A e B *) Print["Contagem das frequências absolutas dos eventos:"] Cont = Table[0, {k, 12}]; For[k = 1, k <= s, k++, A = RandomInteger[{1, 6}]; B = RandomInteger[{1, 6}]; Cont[[A + B]] = Cont[[A + B]] + 1 ] Cont Print["SAÍDA: Frequências relativas dos eventos (sequência e plotagem):"] P[k_] := Cont[[k]]/s Prob = Table[N[P[k]], {k, 1, 12}] ListPlot[Prob] Print["Teste da probabilidade total:"] Sum[Prob[[k]], {k, 1, 12}] 14

15 A.2 Problema 3.2 Código do algoritmo-solução do problema 3.2 da seção 3.2: Dado um inteiro m 2, qual é a probabilidade de um grupo de m pessoas possuir duas pessoas que fazem aniversário num mesmo dia (supondo que todas as possíveis datas de aniversário sejam igualmente prováveis)? Print[ "Função característica do evento de interesse:"] n[epsilon][l_] := Module[{v = 0}, j = 1; While[((v == 0) n[and] (j < Length[L])), i = j + 1; While[((v == 0) n[and] (i <= Length[L])), If[L[[i]] == L[[j]], v = 1]; i++]; j++]; v ] Print[ "ENTRADA..."] Print["Número de pessoas no grupo:"] m = 10 Print["Número de simulações:"] s = n = 0 (* variável que conta o número de resultados favoráveis *) For[k = 1, k <= s, k++, If[n[Epsilon][RandomInteger[{1, 365}, m]] == 1, n = n + 1] ]; Print["SAÍDA: probabilidade:"] n/s N[n/s] Código do algoritmo-solução do problema 3.3 da seção 3.2: Print["ENTRADA: número de simulações:"] s = p = 0 ;(* variável auxiliar *) m = 1; While[p < 1/2, m = m + 1; n = 0; (* variável que conta o número de resultados favoráveis *) For[k = 1, k <= s, k++, If[n[Epsilon][RandomInteger[{1, 365}, m]] == 1, n = n + 1] ]; p = n/s; ] Print["SAÍDAS"] Print["Número de pessoas num grupo:"] m Print["Correrespondente probabilidade de haver aniversários coincidentes:"] p 15

16 A.3 Problema 3.3 Código do algoritmo-solução do problema da seção 3.3: 10 pessoas são colocadas ao acaso numa roda. Qual é a probabilidade de duas pessoas predeterminadas carem juntas? Print["ENTRADA: número de simulações"] s = n = 0; (* variável que conta os resultados favoráveis *) For[k = 1, k <= s, k++, A = RandomSample[Range[10]]; If[(A[[1]] == 1 n[and] (A[[2]] == 2 n[or] A[[10]] == 2)), n = n + 1]; If[(A[[10]] == 1 n[and] (A[[9]] == 2 n[or] A[[1]] == 2)), n = n + 1]; For[i = 1, i <= 9, i++, If[(A[[i]] == 1 n[and] (A[[i-1]] == 2 n[or] A[[i+1]] == 2)), n = n+1] ] ] Print["SAÍDA: probabilidade"] n/s A.4 Problema 3.4 Código do algoritmo-solução do problema 3.4: Um móvel tem três gavetas iguais. Em uma gaveta há duas bolas brancas, em outra há duas bolas pretas, e na terceira há uma bola branca e outra preta. Abrimos uma gaveta ao acaso e tiramos uma bola ao acaso sem olhar a outra bola. Se a bola que tiramos é branca, qual é a probabilidade de que a segunda bola na mesma gaveta também seja branca? Print["ENTRADA: Número de simulações:"] s = m = 0; (* variável para contagem de experimentos válidos *) n = 0; (* variável para contagem de resultados favoráveis *) For[k = 1, k <= s, k++, G = RandomInteger[{1, 3}]; If[G == 2 n[and] RandomInteger[{0, 1}] == 1, m = m + 1]; If[G == 3, m = m + 1; n = n + 1] ] Print["SAÍDA: Probabilidade"] n/m 16

17 A.5 Problema 3.5 Código do algoritmo-solução do problema da seção 3.5: Num plano marcado por linhas paralelas com linhas adjacentes separadas por uma distância xa d, calcular a probabilidade de uma agulha de comprimento c tocar numa dessas linhas quando lançada aleatoriamente sobre o plano. Print["DADOS DE ENTRADA..."] Print["Distância entre linhas paralelas adjacentes:"] d = 2 Print["Comprimento da agulha:"] c = 1 Print["Número de simulações:"] s = (* Função que identifica se a agula intersecta uma linha *) F[y_, n[theta]_] := If[ ((Sin[n[Theta]] >= 0) n[and] (y + c*sin[n[theta]] >= d)) n[or] ((Sin[n[Theta]] <= 0) n[and] (y + c*sin[n[theta]] <= 0)), 1, 0] (* Simulações *) n = 0; For[i = 1, i <= s, i++, y = RandomReal[{0, d}]; n[theta] = RandomReal[{0, 2*n[Pi]}]; If[F[y, n[theta]] == 1, n = n + 1] ]; Print["SAÍDA: probabilidade"] n/s N[n/s] 17

18 Referências [1] C. Batanero et. al.: Using simulation to bridge teacher s content and pedagogical knowledge in probability. In: 15th International Comission ond Mathematics Instruction Study. Águas de Lindóia, Brazil. Proceedings... Águas de Lindóia: ICMI, p.1-6. URL: Acesso em 15/07/2011. [2] Marcelo de C. Borba, R.S.R. da Silva e G. Gadanidis: Fases das Tecnologias Digitais em Educação Matemática. Editora Autêntica: Belo Horizonte, [3] F. Le Calvez, H. Giroire, G. Tisseau: Design of a Learning Environment in Combinatorics based on Problem Solving: Modeling Activities, Problems and Errors. International Journal of Arti cial Intelligence in Education Vol.18, No.1, p.59-94, [4] Lúcio Fassarella: A resposta é plausível? Comentários baseados em um cálculo de probabilidades. Revista do Professor de Matemática no.70 (2009): p.1-5. [5] Hellen F. Gondin.: Probabilidade e Probabilidade Geométrica: Conceitos e Exemplos Aplicáveis no Ensino Básico. Trabalho de Conclusão de Curso. Programa de Pós-Graduação em Matemática em Rede Nacional do Centro de Ciências Exatas e Tecnologia CCET/UFMS: Campo Grande - MS, URL: Acesso em 27/03/2015. [6] Alan Hájek: Interpretations of Probability. In: Edward N. Zalta (ed.): The Stanford Encyclopedia of Philosophy (Winter 2012 Edition). URL: < [7] Paul Ho man: The Men Who Loved Only Numbers: the story of Paul Erdös and the search for mathematical truth. Fourth State Limited: Great Britain, [8] Leonard Mlodinow: O Andar do Bêbado: como o acaso determina nossas vidas. Zahar: Rio de Janeiro, [9] Augusto C.O. Morgado, João B.P. de Carvalho, Paulo C.P. Carvalho, Pedro Fernandez: Análise Combinatória e Probabilidade com as soluções dos exercícios - 7a. edição. SBM: [10] L. O. Souza: A Educação Estatística no Ensino Fundamental e os recursos tecnológicos. Dissertação de Mestrado em Ensino de Ciências e Matemática. Instituição Educacional São Miguel Paulista, Universidade Cruzeiro do Sul: São Paulo, [11] C.E. Lopes, L. de Oliverita Souza: O Uso de Simuladores e a Tecnologia no Ensino da Estocástica. Bolema v. 24, n. 40 (2011). URL: Acesso em 30/03/2015. [12] Nicolau Corção Saldanha.: Como perder amigos e enganar pessoas. Revista Eureka!, v. 1 (1998): URL: Acesso em 13/04/2015. [13] L. O. Souza: A Educação Estatística no Ensino Fundamental e os recursos tecnológicos. Dissertação de Mestrado em Ensino de Ciências e Matemática. Universidade Cruzeiro do Sul: [14] J.J. Uhl and D. Woods: The crisis we face and how to try to deal with it. In: S. Li, D. Wang, J.-Z. Zhang: Symbolic Computation and Education. Singapure: World Scienti c, 2007: Chapter 1. 18

Resolução Computacional de Problemas de Probabilidade

Resolução Computacional de Problemas de Probabilidade Trabalho apresentado no III CMAC - SE, Vitória-ES, 2015. Proceeding Series of the Brazilian Society of Computational and Applied Mathematics Resolução Computacional de Problemas de Probabilidade Lúcio

Leia mais

Resolução Computacional de Problemas de Probabilidade

Resolução Computacional de Problemas de Probabilidade Resolução Computacional de Problemas de Probabilidade Lúcio Fassarella Universidade Federal do Espírito Santo lucio.fassarella@ufes.br 26 de maio de 2015 Lúcio Fassarella (UFES) Probabilidade 26 de maio

Leia mais

Resolução Computacional de Problemas de Contagem:

Resolução Computacional de Problemas de Contagem: Resolução Computacional de Problemas de Contagem: Como o computador pode nos ajudar a resolver problemas de contagem? Lucio S. Fassarella DMA/CEUNES/UFES October 1, 01 Abstract Breve discussão e exemplos

Leia mais

Resolução Computacional de Problemas Matemáticos

Resolução Computacional de Problemas Matemáticos Resolução Computacional de Problemas Matemáticos Semana da Matemática 2016 CEUNES/UFES Novembro de 2016 Lúcio S. Fassarella (DMA & PPGEEB/UFES) & Géssica Martins (PPGEEB/UFES) 0 Preâmbulo Este minicurso

Leia mais

MA12 - Unidade 17 Probabilidade

MA12 - Unidade 17 Probabilidade MA12 - Unidade 17 Probabilidade Paulo Cezar Pinto Carvalho PROFMAT - SBM 17 de Maio de 2013 Teoria da Probabilidade Teoria da Probabilidade: modelo matemático para incerteza. Objeto de estudo: experimentos

Leia mais

Ciclo 3 Encontro 2 PROBABILIDADE. Nível 3 PO: Márcio Reis 11º Programa de Iniciação Científica Jr.

Ciclo 3 Encontro 2 PROBABILIDADE. Nível 3 PO: Márcio Reis 11º Programa de Iniciação Científica Jr. 1 Ciclo 3 Encontro 2 PROBABILIDADE Nível 3 PO: Márcio Reis 11º Programa de Iniciação Científica Jr. Probabilidade 2 Texto: Módulo Introdução à Probabilidade O que é probabilidade? parte 1 de Fabrício Siqueira

Leia mais

Probabilidade. Sumário Introdução Conceitos Básicos... 2

Probabilidade. Sumário Introdução Conceitos Básicos... 2 17 Sumário 17.1 Introdução....................... 2 17.2 Conceitos Básicos................... 2 1 Unidade 17 Introdução 17.1 Introdução Iniciamos, nesta unidade, o estudo de, cuja parte mais elementar

Leia mais

PLANO DE TRABALHO 2 1º BIMESTRE 2014

PLANO DE TRABALHO 2 1º BIMESTRE 2014 PLANO DE TRABALHO 2 1º BIMESTRE 2014 FORMAÇÃO CONTINUADA PARA PROFESSORES DE MATEMÁTICA FUNDAÇÃO CECIERJ / SEEDUC-RJ COLÉGIO: CIEP 343 PROFª EMÍLIA DINIZ LIGIÉRO PROFESSOR: ANA CRISTINA PEREIRA COSTA MATRÍCULA:

Leia mais

1.3 Outras definições de probabilidade

1.3 Outras definições de probabilidade 14 CHAPTER 1. INTRODUÇÃO 1.3 Outras definições de probabilidade Até agora definimos probabilidade de um evento segundo a definição clássica, supondo sempre resultados equiprováveis. Outros métodos de definir

Leia mais

Estatística. Probabilidade. Conteúdo. Objetivos. Definições. Probabilidade: regras e aplicações. Distribuição Discreta e Distribuição Normal.

Estatística. Probabilidade. Conteúdo. Objetivos. Definições. Probabilidade: regras e aplicações. Distribuição Discreta e Distribuição Normal. Estatística Probabilidade Profa. Ivonete Melo de Carvalho Conteúdo Definições. Probabilidade: regras e aplicações. Distribuição Discreta e Distribuição Normal. Objetivos Utilizar a probabilidade como estimador

Leia mais

Teoria da Probabilidade

Teoria da Probabilidade Teoria da Probabilidade Luis Henrique Assumpção Lolis 14 de fevereiro de 2014 Luis Henrique Assumpção Lolis Teoria da Probabilidade 1 Conteúdo 1 O Experimento Aleatório 2 Espaço de amostras 3 Álgebra dos

Leia mais

COMBINATÓRIA ELEMENTAR BASEADO EM TOWNSEND (1987), CAP. 2

COMBINATÓRIA ELEMENTAR BASEADO EM TOWNSEND (1987), CAP. 2 COMBINATÓRIA ELEMENTAR BASEADO EM TOWNSEND (1987), CAP. 2 Newton José Vieira 23 de setembro de 2007 Matemática Discreta Capítulo 2 SUMÁRIO Problemas Básicos de Combinatória As Regras da Soma e do Produto

Leia mais

Unidade I ESTATÍSTICA APLICADA. Prof. Mauricio Fanno

Unidade I ESTATÍSTICA APLICADA. Prof. Mauricio Fanno Unidade I ESTATÍSTICA APLICADA Prof. Mauricio Fanno Estatística indutiva Estatística descritiva Dados no passado ou no presente e em pequena quantidade, portanto, reais e coletáveis. Campo de trabalho:

Leia mais

AULA 08 Probabilidade

AULA 08 Probabilidade Cursinho Pré-Vestibular da UFSCar São Carlos Matemática Professora Elvira e Monitores Ana Carolina e Bruno AULA 08 Conceitos e assuntos envolvidos: Espaço amostral Evento Combinação de eventos Espaço Amostral

Leia mais

Aulas particulares. Conteúdo

Aulas particulares. Conteúdo Conteúdo Capítulo 6...2 Probabilidade...2 Exercícios...4 Restpostas...9 Capítulo 7... 12 Análise combinatória... 12 Fatorial... 12 Arranjo... 13 Combinação... 16 Exercícios... 17 Respostas... 22 1 Capítulo

Leia mais

COMBINATÓRIA ELEMENTAR BASEADO EM TOWNSEND (1987), CAP. 2 O QUE É COMBINATÓRIA

COMBINATÓRIA ELEMENTAR BASEADO EM TOWNSEND (1987), CAP. 2 O QUE É COMBINATÓRIA Matemática Discreta Capítulo 2 SUMÁRIO COMBINATÓRIA ELEMENTAR BASEADO EM TOWNSEND (1987), CAP. 2 Newton José Vieira 23 de setembro de 2007 Problemas Básicos de Combinatória As Regras da Soma e do Produto

Leia mais

Unidade III ESTATÍSTICA. Prof. Fernando Rodrigues

Unidade III ESTATÍSTICA. Prof. Fernando Rodrigues Unidade III ESTATÍSTICA Prof. Fernando Rodrigues Medidas de dispersão Estudamos na unidade anterior as medidas de tendência central, que fornecem importantes informações sobre uma sequência numérica. Entretanto,

Leia mais

1 Definição Clássica de Probabilidade

1 Definição Clássica de Probabilidade Centro de Ciências e Tecnologia Agroalimentar - Campus Pombal Disciplina: Estatística Básica - 2013 Aula 4 Professor: Carlos Sérgio UNIDADE 2 - Probabilidade: Definições (Notas de aula) 1 Definição Clássica

Leia mais

Material Teórico - Módulo Probabilidade Condicional. Probabilidade Condicional - Parte 1. Segundo Ano do Ensino Médio

Material Teórico - Módulo Probabilidade Condicional. Probabilidade Condicional - Parte 1. Segundo Ano do Ensino Médio Material Teórico - Módulo Probabilidade Condicional Probabilidade Condicional - Parte 1 Segundo Ano do Ensino Médio Autor: Prof. Fabrício Siqueira Benevides Revisor: Prof. Antonio Caminha M. Neto 1 Probabilidade

Leia mais

SULIMAR GOMES SILVA INTRODUÇÃO À PROBABILIDADE

SULIMAR GOMES SILVA INTRODUÇÃO À PROBABILIDADE SULIMAR GOMES SILVA INTRODUÇÃO À PROBABILIDADE Trabalho apresentado ao curso de Formação Continuada da Fundação CECIERJ - Consórcio CEDERJ. Orientadora: Danubia de Araujo Machado (Tutora) Grupo 2 Série:

Leia mais

Estatística: Probabilidade e Distribuições

Estatística: Probabilidade e Distribuições Estatística: Probabilidade e Distribuições Disciplina de Estatística 2012/2 Curso: Tecnólogo em Gestão Ambiental Profª. Ms. Valéria Espíndola Lessa 1 Aula de Hoje 23/11/2012 Estudo da Probabilidade Distribuição

Leia mais

ALGA - Eng. Civil e Eng. Topográ ca - ISE / Geometria Analítica 89. Geometria Analítica

ALGA - Eng. Civil e Eng. Topográ ca - ISE / Geometria Analítica 89. Geometria Analítica ALGA - Eng. Civil e Eng. Topográ ca - ISE - 011/01 - Geometria Analítica 9 Geometria Analítica A noção de recta em R e R ; tal como a noção de plano em R já foram abordados no ensino secundário. Neste

Leia mais

54 CAPÍTULO 2. GEOMETRIA ANALÍTICA ( ) =

54 CAPÍTULO 2. GEOMETRIA ANALÍTICA ( ) = 54 CAPÍTULO. GEOMETRIA ANALÍTICA.5 Cônicas O grá co da equação + + + + + = 0 (.4) onde,,,, e são constantes com, e, não todos nulos, é uma cônica. A equação (.4) é chamada de equação geral do grau em e

Leia mais

PROBABILIDADE. Luciana Santos da Silva Martino. PROFMAT - Colégio Pedro II. 01 de julho de 2017

PROBABILIDADE. Luciana Santos da Silva Martino. PROFMAT - Colégio Pedro II. 01 de julho de 2017 Sumário PROBABILIDADE Luciana Santos da Silva Martino PROFMAT - Colégio Pedro II 01 de julho de 2017 Sumário 1 Conceitos Básicos 2 Probabildade Condicional 3 Espaço Amostral Infinito Outline 1 Conceitos

Leia mais

Exercícios resolvidos sobre Teoremas de Probabilidade

Exercícios resolvidos sobre Teoremas de Probabilidade Exercícios resolvidos sobre Teoremas de Probabilidade Aqui você tem mais uma oportunidade de estudar os teoremas da probabilidade, por meio de um conjunto de exercícios resolvidos. Observe como as propriedades

Leia mais

3 NOÇÕES DE PROBABILIDADE

3 NOÇÕES DE PROBABILIDADE 3 NOÇÕES DE PROILIDDE 3.1 Conjuntos Um conjunto pode ser considerado como uma coleção de objetos chamados elementos do conjunto. Em geral denota-se conjunto por letras maiúsculas,, C,... e a sua representação

Leia mais

Contagem e Probabilidade Exercícios Adicionais. Paulo Cezar Pinto Carvalho

Contagem e Probabilidade Exercícios Adicionais. Paulo Cezar Pinto Carvalho Contagem e Probabilidade Exercícios Adicionais Paulo Cezar Pinto Carvalho Exercícios Adicionais Contagem e Probabilidade Para os alunos dos Grupos 1 e 2 1. Um grupo de 4 alunos (Alice, Bernardo, Carolina

Leia mais

AULA 5 - Independência, Combinatória e

AULA 5 - Independência, Combinatória e AULA 5 - Independência, Combinatória e permutações Susan Schommer Introdução à Estatística Econômica - IE/UFRJ Independência Um importante caso particular da probabilidade condicional surge quando a ocorrˆncia

Leia mais

3. Probabilidade P(A) =

3. Probabilidade P(A) = 7 3. Probabilidade Probabilidade é uma medida numérica da plausibilidade de que um evento ocorrerá. Assim, as probabilidades podem ser usadas como medidas do grau de incerteza e podem ser expressas de

Leia mais

54 CAPÍTULO 2. GEOMETRIA ANALÍTICA ( ) =

54 CAPÍTULO 2. GEOMETRIA ANALÍTICA ( ) = 54 CAPÍTULO. GEOMETRIA ANALÍTICA.5 Cônicas O grá co da equação + + + + + = 0 (.4) onde,,,, e são constantes com, e, não todos nulos, é uma cônica. A equação (.4) é chamada de equação geral do grau em e

Leia mais

PROBABILIDADE. Curso: Logística e Transportes Disciplina: Estatística Profa. Eliane Cabariti

PROBABILIDADE. Curso: Logística e Transportes Disciplina: Estatística Profa. Eliane Cabariti Curso: Logística e Transportes Disciplina: Estatística Profa. Eliane Cabariti PROBABILIDADE Dizemos que a probabilidade é uma medida da quantidade de incerteza que existe em um determinado experimento.

Leia mais

Sumário. 2 Índice Remissivo 12

Sumário. 2 Índice Remissivo 12 i Sumário 1 Definições Básicas 1 1.1 Fundamentos de Probabilidade............................. 1 1.2 Noções de Probabilidade................................ 3 1.3 Espaços Amostrais Finitos...............................

Leia mais

O Ensino de Probabilidade. Paulo Cezar Pinto Carvalho IMPA

O Ensino de Probabilidade. Paulo Cezar Pinto Carvalho IMPA O Ensino de Probabilidade Paulo Cezar Pinto Carvalho IMPA Probabilidade na Escola Básica Tópico de grande importância em carreiras profissionais de todas as áreas (Engenharia, Medicina, Administração,...)

Leia mais

Estatística e Modelos Probabilísticos - COE241

Estatística e Modelos Probabilísticos - COE241 Estatística e Modelos Probabilísticos - COE241 Aulas passadas Motivação Exemplos de aplicação de probabilidade e estatística Informações do curso Aula de hoje Espaço amostral Álgebra de Eventos Eventos

Leia mais

BIOESTATISTICA. Unidade IV - Probabilidades

BIOESTATISTICA. Unidade IV - Probabilidades BIOESTATISTICA Unidade IV - Probabilidades 0 PROBABILIDADE E DISTRIBUIÇÃO DE FREQUÊNCIAS COMO ESTIMATIVA DA PROBABILIDADE Noções de Probabilidade Após realizar a descrição dos eventos utilizando gráficos,

Leia mais

DESAFIO FINAL TODOS OS NÍVEIS

DESAFIO FINAL TODOS OS NÍVEIS DESAFIO FINAL TODOS OS NÍVEIS 01. (Nível 1) No planeta Zilotaskabatu, as unidades de medidas são bem diferentes das que conhecemos na Terra. A medida padrão de comprimento é o Zimetro e um de seus submúltiplos

Leia mais

Estatística. Aula : Probabilidade. Prof. Ademar

Estatística. Aula : Probabilidade. Prof. Ademar Estatística Aula : Probabilidade Prof. Ademar TEORIA DAS PROBABILIDADES A teoria das probabilidades busca estimar as chances de ocorrer um determinado acontecimento. É um ramo da matemática que cria, elabora

Leia mais

Probabilidade em espaços discretos. Prof.: Joni Fusinato

Probabilidade em espaços discretos. Prof.: Joni Fusinato Probabilidade em espaços discretos Prof.: Joni Fusinato joni.fusinato@ifsc.edu.br jfusinato@gmail.com Probabilidade em espaços discretos Definições de Probabilidade Experimento Espaço Amostral Evento Probabilidade

Leia mais

Probabilidade Condicional

Probabilidade Condicional 18 Probabilidade Condicional Sumário 18.1 Introdução....................... 2 18.2 Probabilidade Condicional............... 2 1 Unidade 18 Introdução 18.1 Introdução Nessa unidade, é apresentada mais uma

Leia mais

14/03/2014. Tratamento de Incertezas TIC Aula 1. Conteúdo Espaços Amostrais e Probabilidade. Revisão de conjuntos. Modelos Probabilísticos

14/03/2014. Tratamento de Incertezas TIC Aula 1. Conteúdo Espaços Amostrais e Probabilidade. Revisão de conjuntos. Modelos Probabilísticos Tratamento de Incertezas TIC-00.176 Aula 1 Conteúdo Espaços Amostrais e Probabilidade Professor Leandro Augusto Frata Fernandes laffernandes@ic.uff.br Material disponível em http://www.ic.uff.br/~laffernandes/teaching/2014.1/tic-00.176

Leia mais

Teoria do Controle: fundamentos teóricos e técnicas numéricas

Teoria do Controle: fundamentos teóricos e técnicas numéricas Teoria do Controle: fundamentos teóricos e técnicas numéricas Identificação: Grande área do CNPq: Ciências Exatas e da Terra Área do CNPq: Matemática Título do Projeto: Teoria do Controle de Sistemas Quânticos

Leia mais

Estatística (MAD231) Turma: IGA. Período: 2017/2

Estatística (MAD231) Turma: IGA. Período: 2017/2 Estatística (MAD231) Turma: IGA Período: 2017/2 Aula #03 de Probabilidade: 04/10/2017 1 Variáveis Aleatórias Considere um experimento cujo espaço amostral é Ω. Ω contém todos os resultados possíveis: e

Leia mais

ESTATÍSTICA EXPLORATÓRIA

ESTATÍSTICA EXPLORATÓRIA ESTATÍSTICA EXPLORATÓRIA Prof Paulo Renato A. Firmino praf62@gmail.com Aulas 07-08 Probabilidade Apanhado Geral Seguimos nossas discussões sobre a Incerteza Decidir usualmente envolve incerteza Uma presa

Leia mais

Estatística (MAD231) Turma: IGA. Período: 2018/2

Estatística (MAD231) Turma: IGA. Período: 2018/2 Estatística (MAD231) Turma: IGA Período: 2018/2 Aula #03 de Probabilidade: 19/10/2018 1 Variáveis Aleatórias Considere um experimento cujo espaço amostral é Ω. Ω contém todos os resultados possíveis: e

Leia mais

PROBABILIDADE. Aula 2 Probabilidade Básica. Fernando Arbache

PROBABILIDADE. Aula 2 Probabilidade Básica. Fernando Arbache PROBABILIDADE Aula 2 Probabilidade Básica Fernando Arbache Probabilidade Medida da incerteza associada aos resultados do experimento aleatório Deve fornecer a informação de quão verossímil é a ocorrência

Leia mais

Probabilidades- Teoria Elementar

Probabilidades- Teoria Elementar Probabilidades- Teoria Elementar Experiência Aleatória Experiência aleatória é uma experiência em que: não se sabe exactamente o resultado que se virá a observar, mas conhece-se o universo dos resultados

Leia mais

,,,,,,,, e são constantes com,,,, e, não todas nulas. Uma equação desse tipo é a equação de uma quádrica. Observe que a equação

,,,,,,,, e são constantes com,,,, e, não todas nulas. Uma equação desse tipo é a equação de uma quádrica. Observe que a equação Capítulo 5 As Superfícies O estudo das superfícies do espaço, iniciado com os planos no capítulo anterior, tem como sequência natural a classi cação das superfícies que podem ser expressas por equações

Leia mais

Teoria das Probabilidades

Teoria das Probabilidades Teoria das Prof. Eduardo Bezerra (CEFET/RJ) 23 de fevereiro de 2018 Eduardo Bezerra (CEFET/RJ) Teoria das 2018.1 1 / 54 Roteiro Experimento aleatório, espaço amostral, evento 1 Experimento aleatório, espaço

Leia mais

Estatística (MAD231) Turma: IGA. Período: 2017/2

Estatística (MAD231) Turma: IGA. Período: 2017/2 Estatística (MAD231) Turma: IGA Período: 2017/2 Aula #01 de Probabilidade: 27/09/2017 1 Probabilidade: incerteza? como medir e gerenciar a Introdução Os jornais informaram que há uma chance de 60% de chover

Leia mais

Tratamento de Incertezas TIC MINTER-IFMT

Tratamento de Incertezas TIC MINTER-IFMT Tratamento de Incertezas TIC-10.005 MINTER-IFMT Aula 1 Conteúdo Espaços Amostrais e Probabilidade Professor Leandro Augusto Frata Fernandes laffernandes@ic.uff.br Material disponível em http://www.ic.uff.br/~laffernandes/teaching/2016.2/tic-10.005

Leia mais

Probabilidade Parte 1. Camyla Moreno

Probabilidade Parte 1. Camyla Moreno Probabilidade Parte 1 Camyla Moreno Probabilidade A teoria das probabilidades é um ramo da Matemática que cria, elabora e pesquisa modelos para estudar experimentos ou fenômenos aleatórios. Principais

Leia mais

Teoria das Probabilidades

Teoria das Probabilidades 08/06/07 Universidade Federal do Pará Instituto de Tecnologia Estatística Aplicada I Prof. Dr. Jorge Teófilo de Barros Lopes Campus de Belém Curso de Engenharia Mecânica Universidade Federal do Pará Instituto

Leia mais

1 Probabilidade: Axiomas e Propriedades

1 Probabilidade: Axiomas e Propriedades 1 Probabilidade: Axiomas e Propriedades 1.1 Definição Frequentista Considere um experimento aleatório que consiste no lançamento de um dado honesto. O espaço amostral desse experimento é Ω = {1, 2, 3,

Leia mais

Processos Estocásticos

Processos Estocásticos Processos Estocásticos Primeira Lista de Exercícios de junho de 0 Quantos códigos de quatro letras podem ser construídos usando-se as letras a, b, c, d, e, f se: a nenhuma letra puder ser repetida? b qualquer

Leia mais

Escola Secundária/2,3 da Sé-Lamego Ficha de Trabalho de Matemática A Ano Lectivo 2011/12 Distribuição de probabilidades 12.º Ano

Escola Secundária/2,3 da Sé-Lamego Ficha de Trabalho de Matemática A Ano Lectivo 2011/12 Distribuição de probabilidades 12.º Ano Escola Secundária/, da Sé-Lamego Ficha de Trabalho de Matemática A Ano Lectivo 0/ Distribuição de probabilidades.º Ano Nome: N.º: Turma:. Numa turma do.º ano, a distribuição dos alunos por idade e sexo

Leia mais

Problema de Combinatória. Prof. Lúcio Fassarella

Problema de Combinatória. Prof. Lúcio Fassarella Problema de Combinatória Prof. Lúcio Fassarella DM A /CEUNES/UFES Problema: Alguém escreve n cartas para destinatários diferentes e escreve os respectivos endereços em n envelopes. Quantas maneiras diferentes

Leia mais

T o e r o ia a da P oba ba i b lida d de

T o e r o ia a da P oba ba i b lida d de Teoria da Probabilidade Prof. Joni Fusinato Teoria da Probabilidade Consiste em utilizar a intuição humana para estudar os fenômenos do nosso cotidiano. Usa o princípio básico do aprendizado humano que

Leia mais

Métodos Estatísticos Básicos

Métodos Estatísticos Básicos Aula 6 - Introdução à probabilidade Departamento de Economia Universidade Federal de Pelotas (UFPel) Maio de 2014 Experimento Experimento aleatório (E ): é um experimento que pode ser repetido indenidamente

Leia mais

Teoria das Probabilidades

Teoria das Probabilidades Universidade Federal do Pará Instituto de Tecnologia Estatística Aplicada I Prof. Dr. Jorge Teófilo de Barros Lopes Campus de Belém Curso de Engenharia Mecânica 08:8 ESTATÍSTICA APLICADA I - Teoria das

Leia mais

PROBABILIDADE. Numero de Resultados Desejado Numero de Resultados Possiveis EXERCÍCIOS DE AULA

PROBABILIDADE. Numero de Resultados Desejado Numero de Resultados Possiveis EXERCÍCIOS DE AULA PROBABILIDADE São duas as questões pertinentes na resolução de um problema envolvendo probabilidades. Primeiro, é preciso quantificar o conjunto de todos os resultados possíveis, que será chamado de espaço

Leia mais

Espaços vectoriais reais

Espaços vectoriais reais ALGA - 00/0 - Espaços Vectoriais 49 Introdução Espaços vectoriais reais O que é que têm em comum o conjunto dos pares ordenados de números reais, o conjunto dos vectores livres no espaço, o conjunto das

Leia mais

Estatística. Disciplina de Estatística 2011/2 Curso de Administração em Gestão Pública Profª. Ms. Valéria Espíndola Lessa

Estatística. Disciplina de Estatística 2011/2 Curso de Administração em Gestão Pública Profª. Ms. Valéria Espíndola Lessa Estatística Disciplina de Estatística 20/2 Curso de Administração em Gestão Pública Profª. Ms. Valéria Espíndola Lessa Estatística Inferencial Estudos das Probabilidades (noção básica) Amostragens e Distribuição

Leia mais

Coordenadas e distância na reta e no plano

Coordenadas e distância na reta e no plano Capítulo 1 Coordenadas e distância na reta e no plano 1. Introdução A Geometria Analítica nos permite representar pontos da reta por números reais, pontos do plano por pares ordenados de números reais

Leia mais

Estatística Aplicada. Prof. Carlos Alberto Stechhahn PARTE I ESPAÇO AMOSTRAL - EVENTOS PROBABILIDADE PROBABILIDADE CONDICIONAL.

Estatística Aplicada. Prof. Carlos Alberto Stechhahn PARTE I ESPAÇO AMOSTRAL - EVENTOS PROBABILIDADE PROBABILIDADE CONDICIONAL. Estatística Aplicada Administração p(a) = n(a) / n(u) PARTE I ESPAÇO AMOSTRAL - EVENTOS PROBABILIDADE PROBABILIDADE CONDICIONAL Prof. Carlos Alberto Stechhahn 2014 1. Noções de Probabilidade Chama-se experimento

Leia mais

As três definições de probabilidades

As três definições de probabilidades As três definições de probabilidades Prof. Ilydio Pereira de Sá UERJ -USS INTRODUÇÃO ÀS PROBABILIDADES Para iniciar, vamos considerar algumas hipóteses: Rita espera ansiosamente o nascimento de seu filho,

Leia mais

Se a bola retirada da urna 1 for branca temos, pelo princípio da multiplicação:

Se a bola retirada da urna 1 for branca temos, pelo princípio da multiplicação: Livro: Probabilidade - Aplicações à Estatística Paul L. Meyer Capitulo 3 Probabilidade Condicionada e Independência. 1. Probabilidade Condicionada. Definição: Definição. Dizemos que os representam uma

Leia mais

Escola Superior de Agricultura "Luiz de Queiroz", Departamento de Ciências Exatas. Probabilidades. Cristian Villegas

Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz, Departamento de Ciências Exatas. Probabilidades. Cristian Villegas Probabilidades Cristian Villegas clobos@usp.br Setembro de 2013 Apostila de Estatística (Cristian Villegas) 1 Introdução Escola Superior de Agricultura "Luiz de Queiroz", Departamento de Ciências Exatas

Leia mais

Probabilidade Condicional e Independência

Probabilidade Condicional e Independência Probabilidade Condicional e Independência Capítulo Para os eventos E e F, a probabilidade condicional de E dado que F ocorreu é representada por P(EIF) e definida como Exemplo Suponha que lancemos dois

Leia mais

Estatística e Modelos Probabilísticos - COE241

Estatística e Modelos Probabilísticos - COE241 Estatística e Modelos Probabilísticos - COE241 Aula passada Motivação Exemplos de aplicação de probabilidade e estatística Informações do curso Aula de hoje Espaço amostral Álgebra de Eventos Eventos Mutuamente

Leia mais

Exercícios de Probabilidade - Lista 1. Profa. Ana Maria Farias

Exercícios de Probabilidade - Lista 1. Profa. Ana Maria Farias Exercícios de Probabilidade - Lista 1 Profa. Ana Maria Farias 1. Lançam-se três moedas. Enumere o espaço amostral e os eventos A = faces iguais ; B = cara na primeira moeda ; C = coroa na segunda e terceira

Leia mais

Noções sobre Probabilidade

Noções sobre Probabilidade Noções sobre Probabilidade Introdução Vimos anteriormente como apresentar dados em tabelas e gráficos, e também como calcular medidas que descrevem características específicas destes dados. Mas além de

Leia mais

Aula 10 - Erivaldo. Probabilidade

Aula 10 - Erivaldo. Probabilidade Aula 10 - Erivaldo Probabilidade Experimento determinístico Dizemos que um experimento é determinístico quando repetido em condições semelhantes conduz a resultados idênticos. Experimento aleatório Dizemos

Leia mais

ACH Introdução à Estatística Conteúdo Teórico: 12 - Simulação

ACH Introdução à Estatística Conteúdo Teórico: 12 - Simulação ACH2053 - Introdução à Estatística Conteúdo Teórico: Marcelo S. Lauretto Referências: Morris DeGroot, Mark Schervish. Probability and Statistics. 4th Ed. - 4o capítulo Ilya M. Sobol. A Primer for the Monte

Leia mais

Probabilidade - aula II

Probabilidade - aula II 25 de Março de 2014 Interpretações de Probabilidade Amostras Aleatórias e Objetivos Ao final deste capítulo você deve ser capaz de: Calcular probabilidades de eventos conjuntos. Interpretar e calcular

Leia mais

Contagem e Probabilidade Soluções do Exercícios Adicionais. Paulo Cezar Pinto Carvalho

Contagem e Probabilidade Soluções do Exercícios Adicionais. Paulo Cezar Pinto Carvalho Contagem e Probabilidade Soluções do Exercícios Adicionais Paulo Cezar Pinto Carvalho 1. a) AB, AC, AD, BA, BC, BD, CA, CB, CD, DA, DB, DC b) O líder pode ser escolhido de modos; uma vez escolhido o líder,

Leia mais

Aula 10 Variáveis aleatórias discretas

Aula 10 Variáveis aleatórias discretas AULA 0 Aula 0 Variáveis aleatórias discretas Nesta aula você aprenderá um conceito muito importante da teoria de probabilidade: o conceito de variável aleatória. Você verá que as variáveis aleatórias e

Leia mais

Os experimentos que repetidos sob as mesmas condições produzem resultados geralmente diferentes serão chamados experimentos aleatórios.

Os experimentos que repetidos sob as mesmas condições produzem resultados geralmente diferentes serão chamados experimentos aleatórios. PROBABILIDADE A teoria das Probabilidades é o ramo da Matemática que cria, desenvolve e em geral pesquisa modelos que podem ser utilizados para estudar experimentos ou fenômenos aleatórios. Os experimentos

Leia mais

Prof.: Joni Fusinato

Prof.: Joni Fusinato Introdução a Teoria da Probabilidade Prof.: Joni Fusinato joni.fusinato@ifsc.edu.br jfusinato@gmail.com Teoria da Probabilidade Consiste em utilizar a intuição humana para estudar os fenômenos do nosso

Leia mais

Mais Permutações e Combinações (grupo 2)

Mais Permutações e Combinações (grupo 2) Capítulo 4 Mais Permutações e Combinações (grupo 2) Como vimos anteriormente, é possível resolver um grande número de problemas interessantes de contagem sem utilizar fórmulas, apenas empregando apropriadamente

Leia mais

PROBABILIDADE E ESTATÍSTICA PROBABILIDADES

PROBABILIDADE E ESTATÍSTICA PROBABILIDADES PROBABILIDADE E ESTATÍSTICA PROBABILIDADES Bruno Baierle Maurício Furigo Prof.ª Sheila Regina Oro (orientadora) Edital 06/2013 - Produção de Recursos Educacionais Digitais Revisando - Análise combinatória

Leia mais

Probabilidades. Wagner H. Bonat Elias T. Krainski Fernando P. Mayer

Probabilidades. Wagner H. Bonat Elias T. Krainski Fernando P. Mayer Probabilidades Wagner H. Bonat Elias T. Krainski Fernando P. Mayer Universidade Federal do Paraná Departamento de Estatística Laboratório de Estatística e Geoinformação 06/03/2018 WB, EK, FM ( LEG/DEST/UFPR

Leia mais

No início podemos propor uma discussão com os alunos para iniciar o tema o professor verá que muitas ideias aparecerão.

No início podemos propor uma discussão com os alunos para iniciar o tema o professor verá que muitas ideias aparecerão. Atividade 1 Estimação Em Estatística há alguns procedimentos que permitem estimar o tamanho de populações. Por exemplo: quantos peixes há na Represa do Jundiá? Ou em outra represa de Jaguaré? Já no século

Leia mais

Universidade Federal da Paraíba Departamento de Estatística Lista 1 - Julho de 2016

Universidade Federal da Paraíba Departamento de Estatística Lista 1 - Julho de 2016 1. Suponha que o conjunto fundamental seja formado pelos inteiros positivos de 1 a 10. Sejam A = {2, 3, 4}, B = {3, 4, 5} e C = {5, 6, 7}. Enumere os elementos dos seguintes conjuntos: (a) A c B. (b) A

Leia mais

1 O problema original

1 O problema original COMO GANHAR UM AUTOMOVEL Antonio Luiz Pereira - IME-USP O problema original Em seu artigo Como Perder Amigos e Enganar Pessoas Eureka! n 0 o Prof. Nicolau Saldanha discute quatro problemas envolvendo probabilidades,

Leia mais

Estatística e Modelos Probabilísticos - COE241

Estatística e Modelos Probabilísticos - COE241 Estatística e Modelos Probabilísticos - COE241 Aulas passadas Espaço Amostral Álgebra de Eventos Axiomas de Probabilidade Análise Combinatória Aula de hoje Probabilidade Condicional Independência de Eventos

Leia mais

Prof. Herivelto Tiago Marcondes dos Santos

Prof. Herivelto Tiago Marcondes dos Santos PROBABILIDADES Algumas ocorrências de nosso cotidiano de certos fenômenos naturais não podem ser previstos antecipadamente. Há nessas ocorrências o interesse em estudar a intensidade de chuvas em uma determinada

Leia mais

Unidade IV ESTATÍSTICA. Prof. Fernando Rodrigues

Unidade IV ESTATÍSTICA. Prof. Fernando Rodrigues Unidade IV ESTATÍSTICA Prof. Fernando Rodrigues Análise combinatória Analise combinatória é a área da Matemática que trata dos problemas de contagem. Ela é utilizada para contarmos o número de eventos

Leia mais

Revisão de Probabilidade

Revisão de Probabilidade 05 Mat074 Estatística Computacional Revisão de Probabilidade Prof. Lorí Viali, Dr. viali@mat.ufrgs.br http://www.ufrgs.br/~viali/ Determinístico Sistema Real Causas Efeito Probabilístico X Causas Efeito

Leia mais

Probabilidade combinatória

Probabilidade combinatória Capítulo 5 Probabilidade combinatória 51 Eventos e probabilidades A teoria da probabilidade é uma das áreas mais importantes da matemática do ponto de vista de aplicações Neste livro, não tentamos introduzir

Leia mais

Matemática & Raciocínio Lógico

Matemática & Raciocínio Lógico Matemática & Raciocínio Lógico para concursos Prof. Me. Jamur Silveira www.professorjamur.com.br facebook: Professor Jamur PROBABILIDADE No estudo das probabilidades estamos interessados em estudar o experimento

Leia mais

MA12 - Unidade 18 Probabilidade Condicional

MA12 - Unidade 18 Probabilidade Condicional MA12 - Unidade 18 Probabilidade Condicional Paulo Cezar Pinto Carvalho PROFMAT - SBM 4 de Abril de 2014 Um dado honesto é lançado duas vezes. a) Qual é a probabilidade de sair 1 no 1 o lançamento? b) Qual

Leia mais

Instituto de Matemática e Estatística, UFF Março de 2011

Instituto de Matemática e Estatística, UFF Março de 2011 ,,,,, Instituto de Matemática e Estatística, UFF Março de 2011 ,, Sumário,,. finitos,. conjunto: por lista, por propriedade.. Igualdade,. Propriedades básicas.. ,, Christos Papadimitriou, Autor dos livros

Leia mais

ALGA /09 - Geometria Analítica 78. Geometria Analítica

ALGA /09 - Geometria Analítica 78. Geometria Analítica ALGA - 00/09 - Geometria Analítica 7 Geometria Analítica A noção de recta em R e R ; tal como a noção de plano em R já foram abordados no ensino secundário. Neste capítulo faz-se um revisão desses conceitos

Leia mais

Métodos Quantitativos para Ciência da Computação Experimental. Jussara Almeida DCC-UFMG 2016

Métodos Quantitativos para Ciência da Computação Experimental. Jussara Almeida DCC-UFMG 2016 Métodos Quantitativos para Ciência da Computação Experimental Jussara Almeida DCC-UFMG 2016 Revisão de Probabilidade e Estatística Concentrado em estatística aplicada Estatística apropriada para medições

Leia mais

Pode ser a observação de um fenômeno natural:

Pode ser a observação de um fenômeno natural: MAE 116 Introdução à Probabilidade FEA -2º Semestre de 2017 1 Experimento Designaremos por Experimento todo processo que nos fornece dados: Pode ser a observação de um fenômeno natural: 4observação astronômica

Leia mais