Bovinocultura de Leite

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1 V e t e r i n a r i a n D o c s Bovinocultura de Leite Introdução Historia da pecuária leiteira Até o início dos anos 90, o preço de leite era controlado pelo governo, e o produtor achava o preço do leite ruim, quando na verdade olhando internacionalmente era elevado, a grande reivindicação do produtor era que fosse liberado o preço e isso ocorreu junto com a liberação da exportação do leite, o que gerou uma crise, pois os exportadores tomaram conta do mercado do leite que era controlado pelo governo. Então, começou a se importar muito leite pelos sem fábrica devido ao baixo preço do leite. A pecuária leiteira vinha represada em relação as demais atividades, o que gerava desestímulo nos produtores. Santa Catarina é um local desconhecido da pecuária leiteira, pois quem divulga as informações é a mídia, e a mídia se encontra no eixo RJ-SP. Santa Catarina só passou a ter destaque quando a sua produção de leite superou São Paulo. E desde então Santa Catarina é visada por investidores. Produção mundial de leite (bilhões de kg) 1

2 Relatório diz que entre 2010 e 2020 a demanda vai crescer 30% devido a demanda da população. A China tem uma perspectiva de 2010 a 2013 de crescer o consumo de lactos percapta de 20 a 26 litros de leite. O consumo de leite tem um crescimento constante, principalmente nos países emergentes (Brasil, China, Índia). Esse crescimento não ocorre tanto nos países tradicionais de produção de leite, como na Europa e nos EUA. Produção e consumo de leite mundialmente -Leite: 85% do leite consumido é de vaca -Leite de búfala: tem uma participação considerável na pecuária, e a maior produtora nesse caso é a Índia. Se incluirmos a índia na contagem, o país passa a ser o maior produtor de leite do mundo. -Leite de cabra: ocorre em regiões mais desertas. -Leite de ovelha: pouca produção. Produção de leite -Em termos de continente a Ásia é o maior produtor de leite com 36,6 % da produção mundial -Europa: maior densidade de produção de leite com 30,4%, principalmente a Alemanha sendo a maior produtora. -America central: sem importância na produção sendo de 2,5% -America do sul: 8,3% -América do norte: 13,4% -África: 5,2% 2

3 Principais países produtores de leite -Considerando a Comunidade Européia em conjunto se torna a maior produtora de leite, com 154,4 bilhões de Kg de leite produzidos por ano. -EUA: segundo maior produtor -Índia: terceiro maior produtor. -Rússia: 30 bilhões de Kg produzidos e possui tradição em consumir os lácteos. -Brasil: é o quinto maior produtor com 30,5 bilhões de Kg produzidos em China: tem-se um crescimento de produção e um crescimento de consumo. Na produção, a china não consegue ir longe devido ao espaço e as condições ambientais. A exportação na china é forte. -Nova Zelândia: possui uma pequena população e a grande produção leiteira é para a exportação. -Argentina: no sul é a que tem uma pecuária leiteira mais desenvolvida, com alta tecnologia em um pequeno espaço territorial. Assim como o Uruguai. -Austrália: em termo de produção de leite pode ser dividida em dois -Norte: produção mais intensiva com gado confinado; -Sul: mesmo sistema de produção da Nova Zelândia, onde a produção de leite é baseada no período de pastagem (produção de vaca de leite a pasto na primavera e verão com quase todas as vacas parindo na primavera) Fluxo/Comércio -União Européia: comercializa queijos finos e com alto valor agregado, com grande volume para EUA, Rússia e também para o Japão. -Nova Zelândia: comércio de leite em pó, queijo e manteiga. Exporta leite em pó para todos os países. *Os principais fluxos saem da Nova Zelândia e da União Européia ; -EUA: exporta principalmente para o México. Produtividade dos principais produtores -EUA: maior produção individual do mundo, usando vacas confinadas. Atualmente a produção leiteira tem migrado para a região do Texas, devido as questões ambientais. -Japão: gado confinado também. 3

4 país); -Austrália: tem um sistema misto de produção (diferença entre norte e sul do -União Européia: a UE não é a maior produtora de leite, pois algumas regiões produzem raças mistas, fazendo com que a produtividade de leite seja mais baixa, e a produção leiteira é mais heterogênea do que no EUA -Argentina: sistema baseado em pastagem e outros com animais confinados. -China: há restrição de espaço. -Nova Zelândia: possui sistema de produção onde não tem objetivo aumentar a produção, e sim continuar trabalhando com os animais menores com a mesma produção e trabalhar sem suplementação, pois não produzem grãos e a exportação não é viável. São muito eficientes e técnicos: são os melhores produtores de pasto do mundo. -Brasil: possui produção menor que 2tonelada/vaca/ano. A produtividade é baixa, devido aos problemas tecnológicos, criação extensiva e também por que as vacas são mistas (corte e leite), onde se tira leite em uma época do ano. Algumas regiões do Brasil, tem produção leiteira semelhante ao EUA (Ex.: no Paraná), e outras regiões baixa produção leiteira com pouca tecnologia. A produtividade Brasileira varia por região, algumas produzem muito e outras muito pouco. Tendências para o Brasil Aumento de produção e produtividade: devido a aumento da tecnologia. O numero de rebanhos especializados para a produção de leite vem aumentando. Instrução normativa numero 51 de 2002 que se refere a qualidade do leite; Aspectos regionais na produção de leite do Brasil Originalmente os grandes produtores de leite no Brasil eram SP e MG. Em SP a partir dos anos 70/80 ocorreu um grande aumento no numero de rebanhos em confinamento, e todos eram de empresários que não eram do ramo. Com a crise financeira nos anos 90 tornou-se difícil continuar criando bovinos em confinamento e alguns rebanhos tornaram-se inviáveis. E nesse momento os grandes leilões de gado direcionaram-se para Goiás e se imaginava que em 10 anos o Brasil central ia dominar a pecuária leiteira. O Brasil central apresenta problemas como a erosão, solos pouco férteis e falta de mão de obra. A partir do inicio da ultima década, teve um novo `boom` de liquidação de rebanhos em SP e MG, e boa parte do gado foi para Alagoas e Sergipe. Trazer o leite do Sul para o Nordeste é muito complicado, tendo um alto valor, por isso foi interessante a produzir localmente no nordeste o leite. 4

5 As regiões quentes vêm crescendo bastante na pecuária, porem é preciso investir em novas tecnologias. Uma das regiões que mais cresceu na pecuária de leite é o sul do Brasil, em especial SC. Alterações no mapa de produção com migração para o Sul e Nordeste -Sul : A pecuária leiteira cresceu muito em SC na ultima década Nos últimos anos, produtores que não eram de bovino de leite e sim produtores de suíno, avicultura, da agricultura, aderiram a produção leiteira, porém sem muito conhecimento. Ocorreu também a entrada de criadores de gado de corte o que se observa/observou muito em Chapecó. Pessoas investindo grandes quantidades na pecuária e também pequenos produtores crescendo dentro da atividade. -Nordeste : -Atualmente SC tem em torno de produtores de leite. Na região da costa cresceu a pecuária leiteira. A maior parte foi para Alagoas, Pernambuco e Sergipe, pois trazer leite do nordeste ou levar do sul para o nordeste seria muito caro, por isso a produção local se torna muito interessante -Participação por Região: -39,4% Sudeste; -26,6% Sul; -15,4% Centro-Oeste; -11,5% Norte; -7,1% Nordeste; -Participação por Estado -Minas Gerais: 27,65%; -Rio grande do sul: 12,02%; -Goiás: 10,42%; -Paraná: 10,25%; SP. -Santa Catarina: 7, 71% a densidade de produção em SC é maior do que 5

6 -São Paulo: 5,73%; -Bahia: 3,45%; -Pernambuco: 2,63%; -Mato grosso: 2,38%; *Uma região pequena, mas de alta densidade de produção de leite é a dos Campos Gerais no Paraná (região de Ponta Grossa). **A mais importante nova mesorregião em termos de desenvolvimento é a que envolve o noroeste do Rio grande do sul, o oeste de Santa Catarina e o sudoeste do Paraná. *** Originalmente na produção de leite do estado a região mais importante era o Vale do Itajaí região de predomínio de Jersey. E esta produção foi migrando de tal maneira que na região oeste representa 72% da produção de leite de SC. O que faz com que essas regiões sejam as maiores produtoras: -Tradição agrícola: hoje a pecuária leiteira é bem diferente da pecuária de corte, o que não ocorria a 30 anos atrás e é necessário o produtor ter experiência agrícola e se adequar a rotina da pecuária de leite, aonde o trabalho é árduo e 7 dias por semana sem interrupção. 6

7 -A presença de varias indústrias na região auxilia muito o crescimento (Ex.: Tirol, Aurora e Brasil Foods). -Competitividade do mercado leiteiro que estimula o crescimento. Evolução da produção de leite no Brasil -Crescimento de 135%, sendo um crescimento constante desde 1981 a 2010; -Temos uma sazonalidade de produção com produção mais baixa no período de marco e abril, e volta a crescer em Julho, e isso ocorre devido a falta de alimentação Mas existem alternativas, principalmente na região Sul aonde temos as pastagens anuais de inverno (aveia e azevém). Preços Preço médio do leite posto na plataforma em SC de acordo com a época do ano. -O preço médio de 5 anos é de cerca de 0,55 centavos. -Período de preços altos: abril a julho. -Período de preço ruim: outubro, novembro, dezembro. *A não ser o ano de 2010 que faltou leite e o preço foi bom. -Essa relação é importante porque o produtor esta aprendendo a fazer a pastagem mais cedo para pegar o preço do leite melhor. **O ideal é fazer o pagamento do leite por qualidade (contagem bacteriana, contagem de células somáticas, contagem do teor de gordura). SC é o ultimo estado a aderir o pagamento por qualidade, esta em fase de acordo. 7

8 -CONSELEITE: conselho da indústria e dos técnicos, calculando um preço de referencia a cada mês. I : Leite acima do padrão: maior valor de referencia R$ 0,78; II: leite padrão: preço de referencia R$ 0,68; III: leite abaixo do padrão: menor valor de referencia R$ 0,62; -Preço globais ao produtor: O preço em dólar do Brasil esta semelhante ao preço europeu, sendo impossível competir internacionalmente com o mercado europeu, principalmente porque a qualidade do nosso leite é inferior. A Argentina e o Uruguai são mais eficientes na produção leiteira, e ambos têm alta competitividade. Mercado de Lácteos -Consumo e lácteos (leite, manteiga, queijo) no brasil. -137,6L de leite por habitante por ano: nesse calculo engloba-se queijo, iogurte e manteiga. -A FAO tem dados de 270L de leite por criança ano, e na faixa de 176L por adulto ano. -Os dados oficiais de 2010 falam em 149L/hab/ano. -O gasto familiar mensal em queijo aumenta com o aumento da renda familiar, famílias mais ricas gastam mais comendo queijo. -O principal produto de exportação, é o leite em pó porque a temperatura e validade não acarretam problemas, e o preço do Kg tem um valor elevado sendo que o impacto no frete é menor. Vários produtos manufaturados utilizam leite em pó, como o chocolate. Brasil no mercado Internacional Historicamente o Brasil sempre importou leite, ate que 2004 a exportação foi maior do que a importação. Em 2007 o Brasil começou a aparecer na lista de exportadores, mas o dólar caiu e tornou-se melhor importar. Os principais produtos exportados são: leite em pó (48%), leite condensado (29%), queijos, manteigas e iogurtes. O principal país que recebe estes produtos é a Venezuela. 8

9 Raças Leiteiras 01-Holandesa: principal raça para a produção de leite a nível mundial. Caracteriza-se pela elevada produção de leite, com teores relativamente baixos de constituintes do leite (gordura e proteína). Devido à sua elevada produção, a mesma apresenta exigência relativamente alta (alimentação, manejo, clima e condições sanitárias). Originária de região plana e de solos férteis. Origem: Holanda setentrional; Pelagem: preta e branca ou vermelha e branca; *Pelagem branca e vermelha é mais resistente ao calor. **Entrou no Brasil por volta de 1700; 02-Jersey: originária de região de solos pobres e pedregosa. Caracteriza-se por menor produção de leite em relação à Holandesa e maior teor de sólidos, especialmente gordura. Geralmente produzem 70% da quantidade de leite produzida por vacas Holandesas (devido à sua concentração de sólidos). Origem: Ilha de Jersey (canal da mancha); Pelagem: creme e machos são mais escuros. 03-Outras: Suiço Leiteiro, Guernsey (em 1910 era a raça mais criada para produção de leite), Sueca Vermelha, Ayrshire (ponto forte é a conformação de úbere) e Shorton Leiteiro. Comparativo de Leite: Holandês, Jersey e Suiço Leiteiro Holandês Jersey Suiço Leiteiro Proteína (%) 3,11 3,68 3,37 Gordura (%) 3,23 4,49 3,65 *Jersey apresenta leite mais amarelado pois possui uma disfunção genética levando ao defeito na transformação da provitamina A em vitamina A. Comparativos Entre Holandês e Jersey Alimentos e Eficiência Alimentar -Consumo de MS em relação ao PV: geralmente maior na raça Jersey; -Eficiência Alimentar: 9

10 -Kg de leite corrigido à 4% de gordura/kg de MS: Jersey é superior; -Kg de leite/kg MS: Holandesa é superior; Resistência à Mastite Não há diferenças entre as raças. Febre Vitular (Hipocalcemia) Em vacas Jersey há o risco de 2,25 vezes maior que em Holandesas. Fertilidade Raça Dias em Aberto Ayrshire 143 Suíço Leiteiro 143 Guernsey 151 Holandês 148 Jersey 127 Longevidade Geralmente as vacas Jersey apresentam-se mais longevas. 3,2 lactações para a raça Jersey e 2,8 para a raça Holandesa. Consangüinidade: metade do grau de parentesco dos pais População de Holandês apresenta maior taxa de consangüinidade que a população de Jersey pois está presente em maior número. Até 6% é considerado bom. Avaliação da Conformação de Vacas Leiteiras O programa de classificação linear consiste em avaliar as características biológicas isoladas. A contagem da pontuação final é calculada com base na avaliação de quatro principais categorias: força leiteira, pernas e pés, garupa e sistema mamário. Cada categoria tem sua participação na classificação final do animal. 01-Força Leiteira (25%) 10

11 01.1-Angulosidade: observa-se principalmente a abertura das costelas anteriores e posteriores, quanto maior o espaçamento, mais anguloso é o animal. Característica que apresenta elevada correlação genética com produção leiteira. Vacas mais descarnadas são mais susceptíveis a problemas metabólicos. Além disso, correlação genética negativa entre angulosidade e fertilidade também tem sido detectada. 9 - Extremamente angulosa, descamada. 7 - Angulosa. 5 - Angulosidade mediana, moderadamente musculosa. 3 - Pouca angulosidade, ossos arredondados, tosca. 1 - Extremamente tosca, sem angulosidade. Busca-se animais mais anguloso. Mas devido a correlação genética desta característica com a fertilidade e ocorrência de doenças metabólicas, existe uma tendência de se buscar animais intermediários (próximo a 5 ou um pouco acima) Largura de Peito: animais com abertura estreita recebem 1 ponto e animais com largura de peito extremamente aberta recebem 9 pontos. 9 - Peito extremamente profundo, narinas amplas e ossatura consistente. 7 - Forte e boa largura de peito. 5 - Largura de peito e força medianas. 11

12 3 - Carência de força e abertura de peito. 1 - Extremamente fina e débil. Busca-se animais entre 5 e 7 pontos Profundidade Corporal: 9 - Costelas extremamente profundas, arqueadas e grande capacidade corporal. 7 - Corpo profundo. 5 - Profundidade média. 3 - Pouca profundidade. 1 - Muito pouca profundidade. Busca-se a pontuação 7: costelas largas, espaçadas entre si, bem arqueadas, com profundidade determinando equilíbrio e harmonia entre as partes do animal. 02-Garupa (10%) 02.1-Largura de Garupa: distância entre as pontas dos ísquios. 9 - Extremamente larga. 7 - Larga. 5 - Medianamente larga. 3 - Apertada. 12

13 1 - Extremamente apertada. Busca-se pontuação 9 (garupa extremamente larga) Ângulo de Garupa: inclinação da ponta dos ísquios para as pontas dos ílios 9 - Extremamente caída (garupa escorrida). 7 - Moderadamente caída. 5 - Nivelada. 3 - Moderadamente levantada. 1 - Extremamente levantada (garupa invertida). Busca-se pontuação intermediária (5 pontos). 03-Pernas e Pés (25%): tem-se baixa herdabilidade (difícil de fazer o aumento da correlação genética) Pernas Posteriores Vista Lateral: 9 - Extremamente curvas, jarrete. 7 - Moderadamente curvas. 5 - Ângulo do jarrete levemente curvado. 3 - Moderadamente retas. 1 - Extremamente retas (pernas de frango) 13

14 Busca-se pontuação intermediária (5 pontos), ângulo buscado para facilitar a locomoção, quando as forças são bem distribuídas pelos membros e o animal não sofrerá desconforto para suportar seu peso Pernas Posteriores Vista Posterior (mais importante dentro de pernas e pés) 9 - Caminha com os jarretes certos sem colocar o casco para fora. 7 - Jarretes para dentro, casco levemente para fora. 5 - Jarrete medianamente para dentro, casco também. 3 - Jarrete raspando no úbere, casco para fora. 1 - Jarrete extremamente fechado, casco para fora. Busca-se pontuação 9 (pernas em paralelo). *Não é avaliado em Jerseys Ângulos de Cascos: ângulo formado entre a frente do casco (pinça do casco) e o solo. 9 - Extremamente encastelados (talões altos). 7 - Levemente encastelado. 5 - Muralha 45 graus. 14

15 3 - Levemente achinelados. 1 - Extremamente achinelados. Busca-se pontuação intermediária (5 a 7), cerca de 56º. 04-Sistema Mamário (40%): 04.1-Inserção de Úbere Anterior: 9 - Firme, fortemente ligado à parede abdominal. 7 - Bem ligado. 5 - Medianamente ligado, um pouco bojudo. 3 - Solto e bojudo. 1 - Extremamente solto. Busca-se úbere firme e suave com o abdômen, comprimento e largura moderados, quartos bem balanceados Altura Úbere Posterior: é um indicador da capacidade potencial da vaca para a produção de leite. É a altura da inserção do úbere posterior em relação a ponta da vulva da vaca. 15

16 9 - Extremamente alto (10cm) acima de um ponto médio entre o jarrete e o ísquio. 7 - Alto (+5cm). 5 - Medianamente alto. 3 - Baixo (-5cm). 1 - Extremamente baixo (-10cm). Busca-se pontuação máxima (9 pontos) Largura Úbere Posterior: possui correlação positiva com a capacidade potencial de produção de leite. 9 - Extremamente largo no ponto de insersão com perna (22cm) ou mais. 7 - Largo (19cm). 5 - Largura mediana (14cm). 3 - Estreito (8cm). 1 - Extremamente. Busca-se pontuação máxima (9 pontos) Ligamento Central: constitui a principal estrutura de sustentação do úbere. Um ligamento forte é vital para a ordenha já que, além de auxiliar a manter a altura do úbere em relação ao jarrete, ele mantém os tetos bem colocados, reduzindo, assim, o potencial de injúrias e risco de contaminação por mastite. 16

17 9 - Extremamente repartido, ligamento forte, fenda 7,5cm. 7 - Claramente repartido, bom ligamento (5cm). 5 - Quase não tem repartição (2,5cm). 3 - Base do úbere sem repartição (1,5cm). 1 - Sem repartição, assoalho convexo (2,5cm). Busca-se pontuação máxima (9 pontos). Um ligamento forte forma um sulco no centro do úbere Profundidade de Úbere 9 - Base extremamente alta (15cm) acima do jarrete. 7 - Base alta (10cm) acima do jarrete. 5 - Base acima do jarrete (5cm). 3 - Base na altura do jarrete. 1 - Muito profundo, bem abaixo do jarrete (+5cm). 17

18 É medida do piso do úbere (não leva em consideração a teta) em relação a ponta dos jarretes. É inverso à produção, pois com o aumento da produção tem-se o aumento do tamanho do úbere e maior frouxidão dos ligamentos. Busca-se pontuação intermediária (5 pontos) Colocação de Tetos Anteriores e Posteriores 9 - Extremamente fechados, base do teto para dentro. 7 - Localização interna do quarto. 5 - Localização no centro do quarto. 3 - Localização na periferia do quarto. 1 - Extremamente aberto, base do teto na periferia. Busca-se pontuação intermediária (5 pontos) Comprimento dos Tetos: 9 - Medindo da base à ponta do teto anterior (7,5cm). 7 - Medindo da base à ponta do teto anterior (6,5cm). 5 - Medindo da base à ponta do teto anterior (5,0cm). 3 - Medindo da base à ponta do teto anterior (3,5cm). 1 - Medindo da base à ponta do teto anterior (2,5cm). Busca-se pontuação intermediária (5 pontos). 18

19 Pontuação Final É calculada com base na avaliação das quatro principais categorias e cada categoria possui sua participação na classificação do animal. É importante que o animal só receberá uma classificação excelente a partir do terceiro parto. Classificação Pontuação Código Excelente 90 a 97 EX Muito Boa 85 a 89 MB Boa para mais 80 a 84 B+ Boa 75 a 79 B Regular 65 a 74 R Fraca <65 F Recursos Genéticos para a Região Sul do Brasil O sul do Brasil por seu clima subtropical possui condições climáticas que favorecem a exploração leiteira a partir de raças especializadas de origem européia (Bos taurus). Deve-se escolher a raça mais adequada aos objetivos de produção. Além da escolha dos recursos genéticos, deve-se levar em consideração as condições climáticas, sistema de produção adotado, nível de produção esperado, tipo de propriedade leiteira e fonte de renda dos produtores. Deve-se considerar que o processo de melhoramento genético se dá por ganhos relativamente modestos em um curto espaço de tempo. Destaque especial precisa ser dado à remuneração por sólidos do leite e a raça Jersey possui elevado potencial para teor de sólidos. No Brasil o esforço para melhoramento genético tem-se direcionado para a produção de leite, enquanto em outros países de pecuária desenvolvida a ênfase tem sido o melhoramento genético de sólidos (gordura e proteína). 1,5%. O ganho genético anual para a produção de leite tem sido de aproximadamente Os ganhos em produção de leite também têm levado a uma maior eficiência alimentar, devido à correlação genética entre ambos, porém com correlação genética moderada entre produção de leite e consumo. Isto significa que o aumento na produção de leite não determina um aumento também no consumo, o que tem determinado um déficit energético cada vez maior (mais no período de transição pós-parto). 19

20 A seleção direcionada de forma extrema para características produtivas tem levado a problemas como: problemas de eficiência reprodutiva, longevidade e resistência à doenças. Mas juntamente a isso, tem-se dado ênfase a características de conformação, o que tem ajudado a amenizar alguns destes problemas mencionados (Ex.: resistência à mastite através da seleção para conformação do úbere). Em contraste com os ganhos em produção de leite, a taxa de parição tem caído constantemente. A elevada produção de leite tem afetado a reprodução de vacas leiteiras através de diferentes mecanismos como: redução substancial da duração do cio, dificultando a observação do mesmo. Esta baixa fertilidade ocorre em todos os países de pecuária leiteira. A reprodução não é conseqüência direta de seleção para produção, mas a falta de seleção para fertilidade. Outro fator que contribui para baixa fertilidade é a extrema angulosidade das vacas de alta produção. O aumento da produção também tem levado a uma menor resistência à doenças. Estes problemas acima citados, tendem a reduzir a longevidade, com conseqüente aumento nos custos de reposição dos rebanhos. Comparativo entre Holandês e Jersey 01-Consumo de alimentos e eficiência da conversão alimentar: O consumo de matéria seca em relação ao PV é maior na raça Jersey em relação à Holandesa. Vacas Jersey ingerem 14,2% a mais que o Holandês em porcentagem de PV. A explicação disto se dá em função do maior peso do trato gastrointestinal em relação ao PV, principalmente rúmen e retículo. A eficiência alimentar visto Kg de leite corrigido para 4% de gordura/kg de MS a Jersey é melhor e visto Kg de leite/kg de MS a Holandesa é melhor. O balanço energético negativo no início da lactação é menos pronunciado em vacas Jersey. A digestibilidade de MS é similar para as duas raças, mas com maior digestibilidade de FDN para Jersey, o que é importante quando se utiliza subprodutos ricos em FDN. Vacas Jersey tem maior tempo de ruminação. 02-Resistência à Doenças: As duas raças possuem semelhança, possuem mecanismos de defesa semelhante, tanto para Staphylococcus aureus como para Escherichia coli. Vacas Jersey possuem menor prevalência de laminite. Mas a febre vitular (hipocalcemia) é mais pronunciado em vacas Jersey. 03-Fertilidade: 20

21 A raça Jersey supera a Holandesa em fertilidade. A vaca Jersey também tem menor idade ao primeiro parto e também possui menor intervalo entre os primeiros partos. Isto pode estar relacionado a condição corporal superior da Jersey durante toda a lactação, com é a facilidade ao parto e também com maior duração do cio na raça Jersey. 04-Estresse Térmico: Jersey é superior à Holandesa, sendo mais resistente. 05-Longevidade: Jersey é superior à Holandesa, com diferença de quase 6 meses de vida produtiva. 06-Retorno Econômico: Isto é afetado por diversas variáveis como: sistema de produção (estressem fertilidade, produtividade e longevidade), variáveis que afetam o preço do leite e custos de mão de obra. No sistema de produção estacional à pasto a raça Jersey é superior em termos de retorno econômico/ha/ano. 07-Outras Raças: Dentre os novos recursos genéticos, a raça Sueca Vermelha merece destaque, principalmente devido ao programa de melhoramento genético aplicado nos países escandinavos, nos quais as características funcionais têm recebido importância maior e a muito mais tempo que nos países dos quais o Brasil importa seu material genético. Outra opção é a rala Flamenga, raça mista mais voltada a produção de leite. A limitação desta raça é que sua população é pequena, o que dificulta o ganho genético. Populações dentro de uma mesma Raça Dentre as poucas opções de genética diferenciada para a raça Holandesa, existe populações diferentes, principalmente na Nova Zelândia. As vacas NZ são menores, produzem menos leite e proteína, porém com maior concentração de sólidos, apresentando também maior fertilidade e longevidade. Tem-se um certo nível de heterose no cruzamento das linhagens norte americanas com NZ. Cruzamento entre Raças Especializadas Observa-se um maior retorno econômico por área e por vaca nos mestiços em relação à raças puras. 21

22 Muitos produtores aderem a esta técnica e os fatores que motivam isto incluem principalmente a melhoria na fertilidade, longevidade, componentes do leite, facilidade do parto e redução dos problemas de consangüinidade. O cruzamento entre raças oferece duas vantagens potenciais: complementaridade entre raças e vigor híbrido. O principal cruzamento exercido é entre a raça Holandesa e Jersey. Temos menor quantidade de leite e maior teor de sólidos em comparação à Holandesa e maior quantidade e menor teor de sólidos em comparação à Jersey. Com o cruzamento de vacas Holandesas com touros Jersey se obtêm bezerros de menor peso ao nascer, o que pode facilitar o parto. E vacas Jersey tem problemas em manter os bezerros vivos nos primeiros dias e isso é melhorado com este cruzamento, por maior concentração de imunoglobulinas (IgG). Também é observado redução na incidência, duração e severidade das diarréias em relação à animais puros. Vacas cruzadas têm úberes mais profundos que as vacas Holandesas e Jersey. Tem-se indicação de heterose em todas as características de fertilidade no caso do cruzamento de Holandês com o Pardo Suíço e menos dias em tratamento de mastite. Seleção dentro de uma mesma Raça A decisão mais importante para o produtor é o tipo de animal que ele vai utilizar e não propriamente a raça, sendo que o programa de seleção dentro de uma mesma raça, devido aos programas de melhoramento genético adotados, pode ser mais importante que a escolha da raça. Desta forma, é possível, por exemplo, selecionar para elevada longevidade na raça Holandesa, sem necessitar trocar de raça. Quando se quer selecionar uma determinada característica, existem touros específicos para cada característica desejável ou um conjunto de características. Melhoramento Genético aplicado à produção de Leite Tem-se observado um progresso genético considerável para características como produção de leite e seus componentes em países/regiões de pecuária desenvolvida. Já no Brasil o ganho é menor, pois há intensa importação de sêmen e ausência de um programa de seleção mais estruturado e isto não promoveu um ganho genético elevado. Os programas de seleção também precisam levar em consideração o tipo de propriedade leiteira e também a fontes de renda dos produtores. As estratégias de melhoramento devem ser voltadas para características que tenham reflexo imediato sobre a renda do produtor e eficiência da propriedade ou para a redução de custos de produção. Deve-se destacar: aumento da produção, melhorias na sanidade, fertilidade do rebanho, maior longevidade das vacas, diminuição dos casos de distocia e um adequado tipo funcional. 22

23 Características a serem selecionadas 01-Características Produtivas: são os maiores determinantes da propriedade leiteira. Tradicionalmente o produtor brasileiro vem selecionando para produção de leite (quantidade). Em virtude disto, foram utilizado touros com avaliações genéticas altamente positivas para produção de leite, conformação e outros, porém com deficiência para composição do leite. Mas atualmente há mudanças deste pensamento, e com a Instrução Normativa 51/2022 oficializou-se o fato de qualidade do leite ser interessante. Este melhoramento para aumento de sólidos deve-se dar maior atenção à vacas Holandesas, as quais possuem naturalmente baixo teor de sólidos. Há correlação genética negativa de produção de leite com concentração de sólidos. Geralmente seleciona-se para teor de gordura e proteína no leite. 02-Longevidade: possui baixa herdabilidade (0,08). Pode-se fazer a seleção direta que é feita com base em características como o tempo de vida produtiva ou a seleção indireta com base em características correlacionadas como a resistência a doenças, fertilidade e tipo. Deve-se definir a vida produtiva de uma vaca, como todos os meses de lactação, com maior créditos para os meses iniciais da fase de lactação, Duas lactações com duração normal têm maior crédito que uma lactação longa. A primeira lactação também passa a ter menor peso que as demais. Dentre as características de tipo observa-se elevada correlação das características de úbere, seguida das características de perna e pés e baixa correlação com condições corporais. Características corporais (estatura, força e caracterização leiteira) e de garupa (inclinação e largura) exercem influência relativamente pequena sobre o risco de descarte enquanto as características de úbere (profundidade e clivagem) influenciam fortemente o risco de descarte. Características de úbere, pernas e pés devem ser incluídas em um índice de longevidade para a raça Holandesa. Vacas com CCS maior que tiveram risco de descarte maior que vacas entre e células/ml. É interessante manter as vacas na propriedade mais que 1 cria, pois há o aumento gradativo da produção de leite conforme o passar das lactações e partos. A longevidade possui forte impacto sobre a rentabilidade da propriedade leiteira. 03-Fertilidade: o ganho genético para a produção de leite e conformação foi muito intenso, mas a performance para características como: longevidade, fertilidade e resistência à doenças tendeu a diminuir. Fertilidade apresenta baixa herdabilidade (<0,05). 23

24 A seleção direta para produção de leite provoca aumento do número de dias em aberto. A correlação antagônica entre condição corporal e fertilidade é maior do que fertilidade produção de leite. -DPR (taxa de prenhes das filhas): o aumento de 1% em DPR corresponde a diminuição de 4 dias em aberto e vice-versa. Esta característica é influenciada pela capacidade de filhas de um touro em retornar a função produtiva normal após o parto. *A vaca Jersey supera a Holandesa em DPR em 4,6%. -ERCR (taxa de concepção relativa estimada): avalia a fertilidade dos touros. Avaliando a habilidade do sêmen em gerar prenhes (capacidade do espermatozóide atingir o local de fertilização, fertilizar o ovócito e ativar o desenvolvimento embrionário). A maioria dos touros fica entre -3% e 3%. Tanto a seleção para longevidade como para fertilidade devem ser considerados na escolha de um sêmen. 04-Resistência à Mastite: filhas de touros melhoradores de células somáticas e para vida produtiva também apresentaram episódios mais brandos e mais curtos de mastite clínica ambiental. Vacas Jersey e Holandesa com elevada CCS tem risco de descarte de 6,62 e 4,95 vezes maior do que vacas com nível médio de células somáticas. 05-Facilidade de Parto: a facilidade de parto envolve o efeito direto do touro utilizado para inseminar (facilidade de parto) e o efeito materno (facilidade de parto das filhas). A facilidade de parto apresenta alta correlação negativa com a mortalidade dos bezerros, de modo que maior facilidade de parto tende a diminuir a mortalidade. 06-Conformação: *A profundidade de úbere é a característica que mais afeta a lucratividade Sistema Mamário: há relação entre conformação de úbere com prevalência de mastite e vida produtiva. Úberes profundos e ligamento central deficiente aumentam o risco de descarte Pernas e Pés: importante para a saúde dos cascos e dos membros posteriores. Touros que transmitem cascos com ângulos elevados e pernas vista posterior retas têm filhas com menos claudicação. Há correlação genética positiva com claudicação com: caracterização leiteira, profundidade corporal e largura de garupa, sendo que touros que transmitem vacas mais descarnadas, profundas e com garupas largas tendem a apresentar filhas com maior incidência de claudicação. Também há alta correlação genética entre incidência de afecções de casco e conformação de pernas e pés Garupa: não é possível identificar influência biológica da conformação de garupa e de pernas posteriores sobre a fertilidade das vacas. Mas observa-se que a 24

25 seleção para ísquios mais baixos que ílios podem levar a uma menor propensão à retenção de placenta Caracterização Leiteira: vacas mais descarnadas são mais suscetíveis a problemas metabólicos. Há também correlação genética negativa entre caracterização leiteira e fertilidade (podendo ter aumento do intervalo entre partos). A seleção negativa para caracterização leiteira é mais eficiente como seleção indireta para dias em aberto do que seleção positiva para escore corporal. Os efeitos negativos da caracterização leiteira sobre a fertilidade podem ainda ser explicados pelo fato de que as vacas com elevada pontuação para esta característica ficam ainda mais magras e angulosas durante o pico de lactação Componentes Corporais: a seleção para produção de leite tem determinado um aumento no tamanho das vacas. Estatura e tamanho são facilmente obtidos (alta herdabilidade). Não é observado nenhum ganho significativo de produção em vacas grandes, porém a vida produtiva das vacas grandes é menor. Procura-se então vacas de estatura média. Seleção de Touros através de Índices de Seleção Historicamente os índices de seleção evoluíram de índices de produção, adicionando ao longo do tempo: características de composição, tipo, longevidade, saúde da glândula mamária, facilidade de parto e fertilidade. Entretanto, estes índices de seleção têm aplicação limitada para outros países, em especial para o Brasil, visto que os pesos econômicos empregados são oriundos de realidades diferentes. Desta forma, a utilização destes índices para seleção de sêmen deve ser cautelosa, visto que os objetivos de seleção poderão não estar de acordo com os animais selecionados. -Mérito Líquido (NM$): este índice reflete a diferença em lucro vitalício esperado das filhas de um touro, comparada as demais vacas do mesmo rebanho. Este índice sofre profundas modificações na avaliação genética, onde se destacam a redução substancial no peso de produção de proteína e aumento dos pesos para longevidade, fertilidade e facilidade de parto. Consangüinidade Deve-se levar em consideração a escolha dos touros, para evitar consangüinidade excessiva. O aumento da consangüinidade diminui a produção de leite, afeta características relacionadas à saúde e diminui a longevidade dos animais. Pode-se verificar redução de 35Kg de leite para o aumento de 1% da consangüinidade. Na raça Jersey, a consangüinidade de até 7% não afeta a produção de leite e concentração de sólidos. Coeficientes acima de 10% para Jersey aumentam o risco de descarte (EUA) e a partir de 12,5% para Holandês e Jersey (Canadá). 25

26 O uso indiscriminado de linhagens próximas ao longos dos anos pode levar a níveis elevados de consangüinidade. Deve se ter um adequado registro da genealogia dos animais para evitar este tipo de erro. Pode-se até usar ferramentas como Inbreeding Calculator. Avaliação Genética de Touros A base da seleção esta nos touros, porque devido ao elevado diferencial de seleção a maior parte do ganho genético se da em cima dos touros. Na avaliação genética a ênfase é dada para avaliações de touros para que se possa interpretar os resultados dos catálogos de sêmen, que é uma rotina comum. Porque avaliações de touros pela progênie? Em bovinocultura de leite ainda se faz avaliação genética pelo teste de progênie. Provável que em poucos anos, o teste de progênie não seja mais uma rotina para ser feita em todos os touros, e sim, em condições experimentais, em parte da população, para validar os resultados das avaliações genéticas. Hoje a avaliação genética é feita de toda a população, e não somente da progênie (descendentes de um touro). Teste de progênie: avalia os descedentes de um individuo, afim de estimar o valor genético do indivíduo. Um valor genético é sempre estimado (não é um valor genético real), e esse teste é relativo (comparativo) a outros. O resultado é sempre: touro positivo ou negativo para uma determinada característica, porque o valor genético é sempre relativo, o ambiente influencia também nas características. O teste da progênie é caro financeiramente, cooperativas fazem testes com o sêmen de touros de 15/16 meses, distribuindo para propriedades participantes do programa, leva até quatro anos para serem provados os resultados e a logística desse processo esta por volta de dez a vinte mil dólares por touro. Isso aumenta o intervalo de gerações porque quando sai o resultado da primeira prova desse touro ele já esta com cerca de 5/6 anos e um touro no geral vai pra monta natural com 2,5 anos. O teste de progênie é usado, porque não se pode fazer a seleção massal como se faz nas outras culturas. Das características de tipo nada pode ser avaliado no touro, e sim, somente na sua progênie. A prova genômica pode substituir o teste de progênie num futuro próximo. Se observar dois irmãos completos estes não são iguais geneticamente, por isso não dá para avaliar no individuo. 26

27 Resultados das avaliações genéticas 01-Valor Genético: compara grupos de manejo para ver os resultados. Ajustando depois os dados. -Grupo de manejo: vacas paridas no mesmo rebanho, que pariram no mesmo ano, estação do ano. -Lógica: comparar o desempenho filhas (desempenho grupo de manejo). *Valor genético estimado do touro é a média das filhas. -USA/Brasil: PTA (Predicted Transmiting Ability habilidade prevista para transmissão do touro) -O PTA representa ½ valor genético. -PTA: quanto que se espera que as filhas do touro tenham acima ou abaixo do valor da população, é a superioridade ou inferioridade das filhas. -Como transformar PTA em valor genético: multiplica-se por Confiabilidade da Avaliação Genética -Número de filhas e outros parentes: quanto mais informações tivermos, mais próximo da realidade será. -Número de rebanhos: quanto maior o numero de rebanhos, mais confiável será a avaliação genética. -Herdabilidade das caracteristicas: quanto mais baixa a herdabilidade maior a chance de erro. Necessita-se de mais dados. -A confiabilidade é dada de 0 a 0,99 % * orque não tem confiabilidade de 100%? Porque a confiabilidade deixa de ser uma estimativa se for 100% e passa a ser uma afirmação. Interpretação dos resultados de testes de progênies

28 *2 touros: 1 touro com 500 Kg de leite da média e outro touro com Kg da média com valor genético para leite. A probabilidade das filhas serem boas são maiores no touro com +500 Kg do que o touro 500 Kg. Ambos os touros terão filhas muito boas e filhas muito ruins. Brasil -Diferenciar as raças especializadas das raças zebuínas. -Temos o melhor serviço de avaliação genética de raças leiteiras zebuínas, porque não tem para importar, por isso foi necessário desenvolver. -Aqui no Brasil as empresas de sêmen não tem interesse em investi, porque são empresas filiadas de outros países. -Não temos teste de progene para características funcionais (Ex.: longevidade), pela falta de melhorisra animal no Brasil. -Em função de tudo isso, somos grande importadores de sêmen. Avaliação Genética nos Estados Unidos -Modelo de avaliação: modelo animal, é feita uma sub população de vacas. -Base genética fixa: -Vacas nascidas em Idade: 3ª lactação no ano de A cada 5 anos o valor genético de todos os touros tende a cair, porque todos as medias tendem a subir ao longo de 5 anos, e essa diferença tende a ser o ganho genético nos 5 anos. -Como estamos fazendo uma avaliação genética relativa, é necessário que sejam relativas a uma média. Quando usamos uma população para fazer teste de progênie, é usado várias gerações nessa população, porque são as avós, tataravós, etc. Portanto, é escolhido uma subpopulação ( base genética). -Resultado: PTA o qual é medido em libras (cerca de 0,454 kg). Média dos PTA s da população de touros ativos: -A média da elite dos touros não é zero. -Para quase todas as características, o PTA esta acima de 0 (Ex.: número de touros, leite, gordura, proteína, vida produtiva e CCS) exceto a fertilidade que -0,3. 28

29 -A elite dos touros é negativo para a fertilidade: os touros tem uma ênfase muito grande nas características produtivas as quais tem correlação negativa forte com fertilidade, e por isso a elite dos touros é negativa para fertilidade. Escore de Condição Corporal (ECC) A escala mais utilizada para gado de leite é a que vai de 1 a 5, sendo 1 para a vaca extremamente magra e 5 para a vaca extremamente gorda. Dependendo do grau de experiência do avaliador a escala pode ser quebrada em 0,50 ou 0,25 pontos. ECC recomendado Secagem e Pré-Parto: a vaca não deve estar gorda. O ECC deve permitir uma suplementação moderada durante o período seco para preparar a vaca para uma lactação subseqüente. No período seco a redução da ECC deve ser evitada. 29

30 Ao parto: a vaca não deve parir gorda. Provável problema metabólico (Ex.: fígado gorduroso e Cetose). Início da Lactação: fase de balanço energético negativo e a alimentação adequada é necessária e essencial para não haver grande perda de peso. Vaca muito magra também é problema. Período de Serviço: as vacas não devem estar em balanço energético negativo, isso resultaria em baixa taxa de ciclicidade e fertilidade. 30

31 Referências Bibliográficas ROBERTA ARAÚJO. Avaliação da Conformação de Vacas Leiteiras. CAV/UDESC. ANDRÉ THALER NETO. Melhoramento Genético Aplicado à Produção de Leite. CAV/UDESC, ANDRÉ THALER NETO. Recursos Genéticos para a Região Sul do Brasil. CAV/UDESC. 31

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