SIC GINECOLOGIA GINECOLOGIA VOL. 3
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- Armando Madeira Barbosa
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1 SIC GINECOLOGIA GINECOLOGIA VOL. 3
2 Autoria e colaboração Flávia Fairbanks Lima de Oliveira Marino Graduada pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP). Especialista e mestre em Ginecologia pelo Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (HC-FMUSP), onde foi preceptora de Internos e Residentes de Ginecologia. Especialista em Endometriose e Sexualidade Humana pelo HC-FMUSP. Título de especialista em Obstetrícia e Ginecologia pela Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (FEBRASGO). Membro da Sociedade Brasileira de Endometriose (SBE), da Sociedade Brasileira de Reprodução Humana (SBRH) e da World Endometriosis Society (WES). Tatiana Pfiffer Favero Graduada pela Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo (FCMSCSP). Especialista em Ginecologia e Obstetrícia pelo Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (HC-FMUSP). Título de especialista em Ginecologia e Obstetrícia pelo Ministério da Educação (MEC). Médica preceptora do Departamento de Ginecologia e Obstetrícia do HC-FMUSP. Especialista em Oncoginecologia e Laparoscopia pelo HC-FMUSP. Especialista em Laparoscopia e Uroginecologia pelo Hospital Charité, Berlim. Médica assistente da Divisão de Uroginecologia do Departamento de Ginecologia e Obstetrícia do HC-FMUSP. Rodrigo da Rosa Filho Graduado em Medicina e especialista em Ginecologia e Obstetrícia e em Reprodução Humana pela Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP). Título de especialista em Obstetrícia e Ginecologia pela Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (FEBRASGO). Membro da Associação de Obstetrícia e Ginecologia do Estado de São Paulo (SOGESP). Médico atuante no corpo clínico das Maternidades Santa Joana e Pro Matre Paulista. Adriana Carneiro Mesquita Burlachini de Carvalho Ginecologista, Obstetra e Mastologista pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP). Ana Lúcia Beltrame de Melo Ginecologista, Obstetra e Especialista em Reprodução Humana pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP). Márcia Pereira de Araújo Graduada pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP). Especialista em Oncologia Ginecológica pela FMUSP. Marcos de Lorenzo Messina Doutor em Ginecologia pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP). Médico colaborador do setor de Mioma Uterino da Clínica Ginecológica da FMUSP e médico assistente do HU-USP. Rodrigo Rovai Bega Graduado em Medicina e especialista em Ginecologia pela Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP). Médico do Hospital São Paulo, do Hospital Geral de Pirajussara e do Hospital Estadual de Diadema. Tatiana Fortes Pedrozo Ginecologista e Obstetra pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP). Igor Leonardo Padovesi Mota Graduado pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP). Residência em Ginecologia e Obstetrícia pelo Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (HC-FMUSP), onde foi preceptor na disciplina de Ginecologia. Médico do setor de Endometriose do HC-FMUSP. Pós-graduado em Ginecologia Minimamente Invasiva pelo Hospital Sírio-Libanês. Título de especialista em Obstetrícia e Ginecologia pela Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (FEBRASGO). Membro da Associação Brasileira de Endometriose e Ginecologia Minimamente Invasiva (SBE). Jader Burtet Graduado pela Faculdade de Medicina da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUC-RS). Especialista em Ginecologia, Obstetrícia e Mastologia pelo Hospital Santa Casa de Porto Alegre (RS). Título de especialista em Obstetrícia e Ginecologia pela Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (FEBRASGO) e em Mastologia pela Sociedade Brasileira de Mastologia (SBM). Preceptor da Residência Médica de Ginecologia e Obstetrícia do Hospital Materno-Infantil Presidente Vargas, de Porto Alegre. Mestre em Ciências da Saúde pela Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre (UFCSPA). Mariana Fabbri Guazzelli de Oliveira Pereira Sartorelli Graduada pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP). Especialista em Ginecologia e Obstetrícia pelo Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (HC-FMUSP). Thiago Prudente Bártholo Graduado em Medicina pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ). Especialista em Clínica Médica e em Pneumologia pela UERJ. Pós-graduado em Medicina Intensiva pela Faculdade Redentor e em Tabagismo pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-RJ). Médico pneumologista da Federação das Indústrias do Rio de Janeiro (FIRJAN) e da UERJ. Chefe do Gabinete Médico do Colégio Pedro II (Rio de Janeiro). Mestre em Pneumologia e doutorando em Pneumologia pela UERJ, onde é coordenador dos ambulatórios de Asma e de Tabagismo. Assessoria didática Jader Burtet Atualização 2017 Mariana Fabbri Guazzelli de Oliveira Pereira Sartorelli
3 Apresentação Os desafios da Medicina a serem vencidos por quem se decide pela área são tantos e tão diversos que é impossível tanto determiná-los quanto mensurá-los. O período de aulas práticas e de horas em plantões de vários blocos é apenas um dos antecedentes do que o estudante virá a enfrentar em pouco tempo, como a maratona da escolha por uma especialização e do ingresso em um programa de Residência Médica reconhecido, o que exigirá dele um preparo intenso, minucioso e objetivo. Trata-se do contexto em que foi pensada e desenvolvida a Coleção SIC Principais Temas para Provas, cujo material didático, preparado por profissionais das mais diversas especialidades médicas, traz capítulos com interações como vídeos e dicas sobre quadros clínicos, diagnósticos, tratamentos, temas frequentes em provas e outros destaques. As questões ao final, todas comen tadas, proporcionam a interpretação mais segura possível de cada resposta e reforçam o ideal de oferecer ao candidato uma preparação completa. Um excelente estudo!
4 Índice Capítulo 1 - Anatomia e fisiologia da mama Anatomia e histologia Embriologia Anomalias do desenvolvimento Fisiologia Exame das mamas Resumo Capítulo 2 - Doenças benignas da mama Doenças infecciosas da mama Lesões benignas da mama Mastalgia Alteração da fisiologia mamária: galactorreia Derrames papilares Eczema areolar Investigação de nódulos mamários Resumo Capítulo 3 - Doenças malignas da mama Introdução Histórico Epidemiologia Fatores de risco Análise do risco Estratégias de prevenção Diagnóstico Tipos histológicos Classificação molecular do câncer de mama Fatores prognósticos Estadiamento Tratamento Tratamento de metástases Complicações após tratamento cirúrgico da mama Resumo...60 Capítulo 4 - Exames complementares em Mastologia Métodos de imagem Métodos de biópsia Resumo...72 Capítulo 5 - Distopias genitais D e fi n i ç ã o Epidemiologia Etiopatogenia Diagnóstico e classificação Diagnósticos diferenciais Tratamento Outras formas de distopias Resumo...84 Capítulo 6 - Incontinência urinária Introdução Conceitos de neurofisiologia miccional Quadro clínico Exame físico Exames subsidiários Classificação Causas e diagnósticos diferenciais Diagnóstico e condutas Resumo Capítulo 7 - Ética em Ginecologia e Obstetrícia, abortamento legal e abuso sexual Introdução Atos profissionais danosos Princípios bioéticos Princípios fundamentais recomendados pela International Federation of Gynecology and Obstetrics em 1994 para tocoginecologistas Consentimento esclarecido Prontuário médico Segredo médico Abortamento Violência sexual Resumo...118
5 Flávia Fairbanks Lima de Oliveira Marino Adriana Carneiro Mesquita Burlacchini de Carvalho Neste capítulo, será discutido o papel dos principais exames complementares utilizados na Mastologia. Trata-se de um assunto complementar para a compreensão das doenças malignas e benignas das mamas, que são os assuntos de Mastologia que de fato aparecem nas provas. Para auxiliar a compreensão, faremos uma explanação breve desses exames. Começando pelo mais usual, temos a mamografia, usada no rastreio do câncer de mama. Esse exame apresenta uma sensibilidade de 85% (menor para mamas densas). Não há consenso na literatura sobre o rastreio, mas o Ministério da Saúde recomenda mamografias realizadas entre 50 e 69 anos bienalmente. O autoexame não é mais recomendado e o exame clínico anual das mamas não é mais formalmente recomendado, podendo ser realizado caso o profissional julgue-se apto a realizá-lo adequadamente. Para a classificação dos achados, usa-se o BI-RADS, que acaba por determinar a conduta. Já a ultrassonografia é o exame mais usado como maneira complementar ao rastreio mamográfico, bem como a diferenciação entre nódulos sólidos e císticos. O laudo deve seguir a classificação de BI-RADS. A ressonância nuclear magnética é inicialmente utilizada na avaliação de pacientes com implantes mamários e, atualmente, apresenta benefícios em várias outras situações, avaliando não só a morfologia das lesões, mas também o padrão de captação do contraste. A Punção Aspirativa por Agulha Fina (PAAF) é indicada no esvaziamento de lesões císticas das mamas ou na avaliação de nódulos sugestivos de fibroadenomas. A core biopsy, por sua vez, é indicada em caso de nódulos. Para microcalcificações, seu valor preditivo negativo é muito baixo, não devendo ser empregado nesse caso. A mamotomia, por fim, permite a retirada de nódulos de 1 a 1,5cm de diâmetro, estando indicada para biópsia de microcalcificações e pequenos nódulos. 4 Exames complementares em Mastologia
6 64 sic ginecologia 1. Métodos de imagem Figura 1 - Procedimento mamográfico Figura 2 - Mamografia normal (BI- -RADS 1) Pergunta SUS-BA 1. Em uma mulher de 60 anos, o exame mais indicado para rastreamento do câncer de mama é: a) palpação das mamas b) ultrassonografia mamária c) mamografia convencional d) mamografia digital e) ressonância magnética das mamas Resposta no final do capítulo A - Mamografia A mamografia é o único exame comprovadamente eficaz para o rastreamento de lesões da mama. Apresenta sensibilidade em torno de 85%, sobretudo para mamas lipossubstituídas, e um pouco menor para as mamas densas. Com os programas de rastreamento, houve diminuição de até 30% da mortalidade por câncer de mama. Atualmente, a mamografia digital apresenta maior acurácia na identificação de microcalcificações, sobretudo em mamas densas. A mamografia é dita diagnóstica quando realizada em pacientes sintomáticas, enquanto a mamografia de rastreamento é realizada em assintomáticas, devendo ser realizada em 4 incidências (2 em cada mama): craniocaudal e oblíqua mediolateral. Quando necessário, podem ser utilizadas incidências adicionais, compressão localizada e/ou magnificação de determinada área. A Sociedade Brasileira de Mastologia (SBM) e o Colégio Brasileiro de Radiologia e Diagnóstico por Imagem (CBR) preconizam a realização de uma 1ª mamografia por volta dos 35 anos e, então, anualmente, a partir dos 40. No caso de pacientes consideradas de alto risco, o rastreamento deve ser iniciado 10 anos antes da idade em que o parente de 1º grau apresentou a doença, mas não antes dos 30 anos. Assim, uma mulher cuja mãe teve câncer de mama aos 42 anos deverá iniciar seu rastreamento aos 32. Entre portadoras de mutação do BRCA-1, o exame deve ser realizado a partir de 20 a 25 anos e, nas portadoras de mutação de BRCA-2, entre 25 e 30 anos. Já as mulheres submetidas a radiação no tórax ou na axila devem iniciar rastreamento 8 anos após o término do tratamento ou se atingir os 40 anos. Pacientes com diagnóstico de lesões de risco, como hiperplasias atípicas, papilomas com atipias, carcinoma lobular in situ ou cicatriz radial, devem iniciar o rastreamento após o diagnóstico. Já o Ministério da Saúde brasileiro apresenta uma recomendação bem diferente. A orientação é iniciar o rastreamento somente aos 50 anos, visto que alguns estudos populacionais mostraram que a mamografia dos 40 aos 50 anos não foi eficaz na diminuição da mortalidade por câncer de mama. A recomendação oficial do Ministério é realizar a mamografia de rastreamento dos 50 aos 69 anos, com intervalo de pelo menos 2 anos entre os exames, sendo esta a recomendação que deve ser considerada em questões de prova. Mulheres pertencentes ao grupo de alto risco para desenvolvimento de câncer de mama devem iniciar o ras- treamento mais cedo (a partir dos 35 anos de idade). Os dados clínicos que alertam para este aumento do risco para câncer de mama hereditário são: histórico de câncer de mama ou ovário antes dos 50 anos em parente de 1º grau e histórico de câncer de mama em homens na família. Figura 3 - Mamografia com mamas densas (BI- -RADS 0)
7 Flávia Fairbanks Lima de Oliveira Marino Thais Peterson 5 Neste capítulo serão abordadas as distopias genitais. Trata-se de deslocamentos caudais, totais ou parciais de qualquer seguimento ou órgão pélvico de sua localização habitual, atingindo principalmente mulheres idosas e multíparas. Muitas delas se queixam da sensação de bola na vagina, peso ou desconforto perineal. O diagnóstico é feito com anamnese e exame físico ginecológico, sendo o tratamento preferencialmente cirúrgico. Distopias genitais
8 74 sic ginecologia 1. Definição O prolapso genital é definido como o deslocamento caudal, total ou parcial de qualquer segmento ou órgão pélvico da sua localização habitual, resultado de suporte anatômico defeituoso, consequente a uma falha no sistema de suspensão e sustentação do útero e das paredes vaginais. Os órgãos que podem sofrer distopias são, principalmente: --Bexiga: prolapso de parede anterior (antigamente chamado cistocele); --Reto: prolapso de parede posterior (antigamente chamado retocele); --Intestino delgado: prolapso de intestino delgado; --Vagina: prolapso de cúpula vaginal; --Útero (na dependência do grau de distopia): prolapsos uterinos de 1º, 2º ou 3º graus. Os órgãos pélvicos são mantidos, em sua topografia, pela ação de 2 sistemas ligamentares e musculares (Tabela 2): o aparelho de suspensão, composto por paramétrios, ligamentos uterossacros e ligamento pubovesicouterino; e o aparelho de sustentação (ou assoalho pélvico), composto por diafragma pélvico (músculo levantador do ânus + músculo coccígeo), diafragma urogenital (músculo transverso profundo do períneo + músculo esfíncter da uretra + músculo bulboesponjoso) e fáscia endopélvica. O aparelho de suspensão localiza-se entre o assoalho pélvico e o peritônio parietal. O suporte dos órgãos pélvicos em mulheres é fornecido por uma interação entre os músculos do assoalho pélvico e as ligações do tecido conjuntivo com a pelve óssea. O músculo levantador do ânus, composto pelos músculos pubococcígeo, puborretal e ileococcígeo, fornece o suporte principal para a sustentação desses órgãos. Condensações da fáscia endopélvica formam os ligamentos uterossacros e cardinais, que auxiliam na estabilização dos órgãos pélvicos na posição correta. Tabela 1 - Sistema de 3 níveis integrados de sustentação, descrito por DeLancey Tema frequente de prova Os aparelhos de suspensão e sustentação aparecem com frequência nas provas de concursos médicos. Nível 1 Nível 2 Nível 3 É formado pelo complexo dos ligamentos uterossacros/ cardinais e pelo colo uterino ou cúpula vaginal, que formam o anel pericervical. Essas estruturas são responsáveis pela suspensão do útero e da vagina. A perda desse nível de suporte contribui para o prolapso uterino e/ou da cúpula vaginal. Provém da fixação lateral da fáscia pubocervical ao arco tendíneo da fáscia pélvica anterior e posteriormente da fixação do septo retovaginal à fáscia do músculo ileococcígeo, garantindo a fixação da parte média da vagina. A perda desse nível de suporte ocasiona prolapso de parede anterior e/ou prolapso de parede posterior. É formado por corpo perineal, membrana perineal e músculos perineais superficiais e profundos, que suportam o terço distal da vagina. Anteriormente, a perda desse nível de suporte pode resultar em hipermobilidade uretral. Posteriormente, a perda de nível 3 de suporte pode conduzir a um prolapso de parede posterior distal ou descenso perineal.
9 SIC GINECOLOGIA VOL. 3 QUESTÕES E COMENTÁRIOS
10 Índice QUESTÕES COMENTÁRIOS Cap. 1 - Anatomia e fisiologia da mama Cap. 2 - Doenças benignas da mama Cap. 3 - Doenças malignas da mama Cap. 4 - Exames complementares em Mastologia Cap. 5 - Distopias genitais Cap. 6 - Incontinência urinária Cap. 7 - Ética em Ginecologia e Obstetrícia, abortamento legal e abuso sexual Outros temas Cap. 1 - Anatomia e fisiologia da mama Cap. 2 - Doenças benignas da mama Cap. 3 - Doenças malignas da mama Cap. 4 - Exames complementares em Mastologia Cap. 5 - Distopias genitais Cap. 6 - Incontinência urinária Cap. 7 - Ética em Ginecologia e Obstetrícia, abortamento legal e abuso sexual Outros temas...195
11 Questões Ginecologia Anatomia e fisiologia da mama SUS-RR 1. A amastia refere-se a: a) ausência congênita de 1 ou ambas as mamas b) mamas supranumerárias c) aumento das mamas d) confluência medial das mamas e) paciente mastectomizada Tenho domínio do assunto Reler o comentário Refazer essa questão Encontrei dificuldade para responder SUS-SP 2. O fluxo papilar funcional é caracterizado por ser: a) espontâneo, uniductal, bilateral e esverdeado b) não espontâneo, multiductal, unilateral e seroso c) não espontâneo, multiductal, bilateral e multicolorido d) provocado por expressão, uniductal, unilateral e seroso e) espontâneo, poliductal, unilateral e translúcido Tenho domínio do assunto Reler o comentário Refazer essa questão Encontrei dificuldade para responder UFPR 3. Uma paciente de 30 anos apresenta queixa mamária que começa na fase lútea do ciclo menstrual, com ingurgitação mamária, dor, peso e dor à palpação bilateral. Para melhor diagnosticar e tratar essa paciente, antes se devem classificar esses sintomas em qual dos seguintes tipos de mastalgia? a) cíclica, anticíclica e extramamária b) cíclica, alteração fibrocística e extramamária c) cíclica, displasia mamária e intramamária d) cíclica, acíclica e extramamária e) cíclica, alteração fibrocística e intramamária Tenho domínio do assunto Reler o comentário Refazer essa questão Encontrei dificuldade para responder UERN 4. Uma mulher, no 3º pós-operatório de mastectomia radical modificada, refere dificuldade para abdução do braço do lado operado e elevação da escápula ipsilateral. Qual é a provável estrutura lesada e qual é o tratamento imediato? a) nervo intercostobraquial; movimentação livre b) plexo grande dorsal; movimentação c) nervo torácico longo; fisioterapia d) nervo intercostobraquial; restrição de movimento Tenho domínio do assunto Reler o comentário Refazer essa questão Encontrei dificuldade para responder Doenças benignas da mama HSPE 5. Um dos tumores de mama mais prevalentes em mulheres entre 18 e 30 anos é o fibroadenoma. Sobre esse tumor, assinale a alternativa correta: a) é de origem conjuntiva, porém é benigno b) em jovens, é contraindicado o uso de contraceptivos hormonais combinados c) a conduta é sempre cirúrgica, pois é considerado fator de risco para o câncer de mama d) a presença de carcinoma em seu interior é muito rara, e a forma mais comum é o carcinoma lobular in situ e) quando presente, deve-se solicitar de rotina a ressonância magnética da mama para diagnóstico diferencial de malignidade Tenho domínio do assunto Reler o comentário Refazer essa questão Encontrei dificuldade para responder FMABC 6. Uma paciente de 45 anos apresenta dor mamária e achado súbito de nódulo na mama, na fase pós-menstrual. Assinale a alternativa correta: a) o exame físico normal do especialista afasta o diagnóstico de neoplasia maligna b) tumor sólido sem sombra acústica à ultrassonografia requer controle clínico c) o achado de cisto simples não complicado à ultrassonografia de mama requer controle clínico e imagem caso não haja maior desconforto d) a presença de dor mamária associada recomenda o analgésico como tratamento adequado e controle Tenho domínio do assunto Reler o comentário Refazer essa questão Encontrei dificuldade para responder UFRJ 7. Em mulheres que apresentam descarga papilar unilateral, espontânea, sanguinolenta e oriunda de um único ducto, o diagnóstico mais frequente é: a) câncer de mama Ginecologia Questões
12 Comentários Ginecologia Anatomia e fisiologia da mama Questão 1. Analisando as alternativas: a) Correta. Amastia é a ausência de tecido mamário; que pode ser uni ou bilateral. Trata-se de uma condição rara que ocorre devido a obliteração da linha mamária durante a embriogênese. Quando bilateral, em geral se associa a outras anomalias congênitas. Quanto unilateral, pode ser parte da síndrome de Poland (amastia un ilateral, aplasia/hipoplasia unilateral do músculo peitoral e anomalias da mão ipsilateral). b) Incorreta. Mamas supranumerárias recebem a denominação de polimastia. c) Incorreta. O aumento do tecido mamário é designado como hipertrofia mamária. d) Incorreta. A confluência medial das mamas é denominada simastia e) Incorreta. A amastia refere-se apenas à ausência congênita das mamas, e a mastectomia é a retirada cirúrgica do tecido mamário. Gabarito = A Questão 2. Analisando as alternativas: a) Incorreta. O fluxo papilar funcional é multiductal. b) Incorreta. O fluxo papilar funcional é espontâneo e não é seroso. c) Correta. O fluxo papilar funcional (ou fisiológico) caracteriza-se por ser espontâneo, bilateral e multiductal e compreender diversas colorações que variam de amarelado, esverdeado e acinzentado ao acastanhado. d) Incorreta. O fluxo papilar funcional é espontâneo, multiductal, bilateral e não seroso. e) Incorreta. Em geral, o fluxo papilar funcional não é unilateral e translúcido. Gabarito = C Questão 3. A mastalgia é um diagnóstico ginecológico subclassificado em cíclica, acíclica e de origem extramamária. Mastalgia anticíclica não é um termo existente; displasia mamária é uma alteração benigna das mamas, atualmente denominada alteração fibrocística (ou funcional) benigna das mamas. Gabarito = D Questão 4. Analisando as alternativas: a) Incorreta. A lesão do nervo intercostobraquial resulta em parestesia da parte superior e medial do braço. b) Incorreta. A escápula alada é causada pela lesão do nervo torácico longo. c) Correta. Uma das complicações possíveis da abordagem axilar no tratamento do câncer de mama é a lesão do nervo torácico longo, ou nervo de Bell, que causa elevação da escápula ipsilateral, a qual pode ser denominada escápula alada. O tratamento dessa lesão é realizado por meio de fisioterapia, a ser iniciada em 2 semanas após a cirurgia, acarretando melhora da mobilidade e redução da dor. d) Incorreta. A escápula alada é causada pela lesão do nervo torácico longo. Gabarito = C Doenças benignas da mama Questão 5. O fibroadenoma é de origem glandular e estromal, além de benigno. Em jovens, não é contraindicado o uso de contraceptivos hormonais combinados. A conduta não é sempre cirúrgica, pois não é fator de risco para o câncer de mama. A presença de carcinoma em seu interior é muito rara, e a forma mais comum é o carcinoma lobular in situ. Quando presente, não é necessária a solicitação de ressonância magnética da mama para diagnóstico diferencial de malignidade. Gabarito = D Questão 6. Analisando as alternativas: a) Incorreta. A existência de tumores não palpáveis da mama indica a realização de exames de imagem para complementação diagnóstica do caso em questão. b) Incorreta. A presença de tumor sólido, sem sombra acústica posterior, caracteriza lesão suspeita que deve ser avaliada histologicamente. c) Correta. O achado de cisto simples se enquadra na categoria BI-RADS 3, cujo manejo recomendado é seguimento ecográfico em 6 meses quando assintomático. d) Incorreta. e) Incorreta. A mastalgia associada pode indicar a utilização de analgésicos, entretanto o controle deve ser realizado por meio de exame de imagem. Gabarito = C Ginecologia Comentários
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