Volume 01, nº 1, p. 1-58

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1 Volume 01, nº 1, p GRUPO DE PESQUISA, ENSINO E EXTENSÃO EM EQUIDEOCULTURA htpp:// Revista Acadêmica de Ciência Equina (RACE)

2 Sumário O PAPEL MULTIFUNCIONAL DA EQUINOCULTURA EM AMBIENTES URBANIZADOS João Paulo Gomes de Carvalho, Raisa Larcher Fantin, João Ricardo Dittrich Páginas FISIOLOGIA DO EXERCÍCIO E A PERFORMANCE EQUINA Guilherme de Camargo Ferraz Páginas ESTADOS COMPORTAMENTAIS DE EQUINOS SUBMETIDOS ÀS PROVAS DE TAMBOR E BALIZA Erika Zanoni, Barbara Hilgemberg, Nei Moreira Páginas PLANEJAMENTO ALIMENTAR E NUTRICIONAL DA CRIAÇÃO DE POTROS João Ricardo Dittrich Páginas Revista Acadêmica de Ciência Equina (RACE)

3 Grupo de Pesquisa e Ensino em Equideocultura Revista Acadêmica de Ciência Equina v. 01, n. 1 (2016) O PAPEL MULTIFUNCIONAL DA EQUINOCULTURA EM AMBIENTES URBANIZADOS João Paulo Gomes de Carvalho 1, Raisa Larcher Fantin 2, João Ricardo Dittrich 3 1 Programa de Pós-Graduação em Ciências Veterinárias da UFPR. 2 Programa de Pós-Graduação em Zootecnia da UFPR. 3 Professor Doutor do Departamento de Zootecnia da Universidade Federal do Paraná. RESUMO O intenso processo de urbanização, ocorrido com pouco planejamento prévio, compromete a qualidade da vida nas grandes metrópoles em relação ao ambiente. A poluição do ar, temperatura atmosférica elevada, limitado escoamento da água das chuvas e enchente, são consequências deste processo. Este quadro se agrava com a redução de praças, bosques e outras formas de áreas verdes urbanas, diante da pressão imobiliária. A equinocultura possui um papel multifuncional, ao interagir com os centros urbanos no uso da terra e diversificando a paisagem urbana com componentes naturais e rurais, capazes de produzir serviços ecossistêmicos e melhorar a qualidade ambiental da vida urbana, além de oferecer serviços relacionados ao lazer, terapia e bem-estar humano, com forte apelo à educação e consciência ambiental. O objetivo desta revisão é explorar as formas de interação das atividades relacionadas à equinocultura com os centros urbanos e a responsabilidade da atividade em relação à qualidade de vida humana. Palavras chave: áreas verdes, equinocultura, multifuncionalidade, paisagem urbana Revista Acadêmica de Ciência Equina v. 01, n. 1, p.1-18 (2016)

4 2 INTRODUÇÃO O intenso processo de urbanização, ocorrido com pouco planejamento prévio, compromete a qualidade de vida nas grandes metrópoles em relação às condições ambientais. A poluição do ar, temperatura atmosférica elevada, limitado escoamento da água das chuvas e enchente, são consequências deste processo. Este quadro se agrava com a falta de infraestrutura verde, responsável pela qualidade ambiental no ambiente urbano, com a transformação de praças, bosques e outras formas de áreas verdes urbanas remanescentes de domínio público e privado diante da pressão imobiliária. Casos recentes ganharam notoriedade pelas manifestações populares contrárias a supressão das áreas verdes dos seus bairros em construções ou ampliação das vias para melhorar as condições de trânsito. As atividades agropecuárias avançaram em produtividade, com aumento do uso de insumos e energia, buscando eficiência econômica. Atualmente, com a proposta de valorizar o papel sócioecológico destes sistemas produtivos, o desafio se torna maior: atender demandas crescentes por produtos e serviços com competitividade e ainda oferecer serviços ecossistêmicos (Doré et al., 2011), importantes para o resgate da qualidade de vida no ambiente urbano. A agricultura, em especial as pastagens, tem posição de destaque e contribuições relacionadas, por exemplo, à biodiversidade, ao ciclo da água e à mitigação do efeito estufa (Boval & Dixon, 2012). O livro Grassland Productivity and Ecosystem Services (Lamaire et al, 2011) se dedica à discutir detalhadamente o papel das pastagens, enquanto ecossistemas, para o interesse humano no sentido amplo, e suas relações com a produção. Revista Acadêmica de Ciência Equina v. 01, n. 1, p.1-18 (2016)

5 3 A relevância e complexidade do agronegócio do cavalo foram exploradas por Lima (2006) no que se refere à esfera econômica. Porém, enquanto atividade pecuária, a equinocultura também possui um papel mais amplo relacionado às esferas social e ecológica. Por ser uma atividade com características particulares, principalmente pela localização muitas vezes urbana, e pela relação com seus clientes, que acessam as propriedades como forma de lazer, torna a importância multifuncional desta atividade uma discussão relevante no momento atual. Por este ponto de vista, a equinocultura é desvalorizada pelos próprios envolvidos e nem sempre é pensada como uma atividade com potencial de prover ampla gama de serviços e contribuições (Wilton, 2008). Reconhecer a multifuncionalidade das atividades é uma forma de promovê-las (Deelstra, 2001). A equinocultura é um setor com importância subestimada em relação ao número crescente de animais, e o tamanho da área que ocupam nas áreas urbanizadas, onde existe crescente demanda pelas áreas rurais remanescentes (Bomans et al., 2011). Esta tendência foi observada na Suécia, por Elgaker (2010), que relatou aumento na população equina, de para , nos últimos 30 anos, e 75% destes animais estão localizados no entorno das maiores cidades, em áreas periurbanas. O Brasil possui hoje, segundo os dados do MAPA (2012), o terceiro maior rebanho equino do mundo e o maior da América Latina, com oito milhões de cabeças e acompanha a tendência mundial de crescimento do número de cavalos relacionados a atividades de lazer, constatada inclusive com o crescimento do número de eventos esportivos (Lima et al., 2006). O objetivo desta revisão é explorar o papel amplo da equinocultura, nas formas de interação positivas ou negativas, no contexto urbano. Revista Acadêmica de Ciência Equina v. 01, n. 1, p.1-18 (2016)

6 4 Infraestrutura verde nas grandes cidades As grandes cidades enfrentam consequências negativas do crescimento e urbanização com impacto na qualidade de vida dos habitantes. A diminuição da qualidade do ar (Fenger, 1999) e da água (Göbel, Dierkes e Coldewey, 2007), temperatura atmosférica (Yuan e Bauer, 2007), são alguns exemplos. A presença de áreas verdes nas cidades atenua os efeitos da urbanização e com base no reconhecimento destas funções, a ONU preconiza 12 m 2 por habitante de área verde nas cidades. A multifuncionalidade é um conceito que diz respeito à possibilidade de obtenção de diversas funções e serviços que as áreas agrícolas possuem quando assumem um papel de, além da produção, realizar outros serviços importantes, que contribuem para qualidade ambiental (Marsden & Sonnino, 2008; Hansen & Francis, 2007). Áreas urbanas como bosques, campos, jardins ou matas, praças, parques, unidades de conservação, áreas de mananciais e canteiros, desempenham funções ambientais, econômicas, sociais e recreacionais (Tzoulas, 2007; Konijnendijk & Gauthier, 2006; Caspersen et al., 2006).. Atividades rurais são capazes de, quando presentes em áreas urbanas, principalmente de forma associada a programas sociais e educacionais, oferecer benefícios diversos do uso destas áreas (Deelstra, 2001; Tixier & Bon, 2006). Esta definição pode incluir também as atividades agrícolas desenvolvidas nas cidades, que enriquecem a qualidade ecológica da vida urbana e esta importância pode ser atribuída à equinocultura. As pastagens desempenham, além das funções produtivas, um papel de importância, se bem manejadas, para o funcionamento dos ecossistemas, através de serviços ambientais no que diz respeito à manutenção da Revista Acadêmica de Ciência Equina v. 01, n. 1, p.1-18 (2016)

7 5 biodiversidade animal e vegetal, necessários para o fluxo de nutrientes, água e energia, além da função produtiva (Kemp & Michalk, 2005; Cuttle, 2008) e assim deve ser considerada uma forma de infraestrutura verde. O papel multifuncional das pastagens é cada vez mais reconhecido como essencial entre as atividades econômicas, pela importância ecossistêmica e pela diversidade biológica (Bencke, 2009). Segundo Wilton (2008), o papel da equinocultura se estende entre três esferas: serviços ecossistêmicos, de produção e à comunidade. Os serviços ecossistêmicos são exemplificados pela filtração da água, preservação de espaços abertos e de fazendas, de habitat natural e da biodiversidade. A atividade exerce serviços produtivos relacionados às pastagens e feno, esporte e turismo. E, finalmente, em relação à sociedade, as contribuições da atividade envolvem educação, serviços sociais, recreação, saúde e estética. Como exemplo do efeito benéfico do incremento da qualidade do ambiente urbano, De Vries et al. (2003) demonstraram que ambientes naturais são mais saudáveis para as pessoas que neles vivem, mesmo em diferentes graus de urbanização. Para estes autores, a qualidade ambiental possui correlação positiva com indicadores de saúde, principalmente para as mulheres e idosos ou pessoas com menor grau de educação. A manutenção de áreas verdes nas cidades depende de planejamento e investimento, uma vez que a tendência natural do crescimento das cidades é urbanizar áreas agrícolas, resultando em regiões residenciais ou industriais (Caspersen et al., 2006). Portanto, por meio das propriedades onde são mantidos cavalos nas cidades, a equinocultura pode ser reconhecida como uma forma importante de área verde urbana, com todas as suas funções, principalmente pela Revista Acadêmica de Ciência Equina v. 01, n. 1, p.1-18 (2016)

8 6 presença das pastagens. A equinocultura consiste de uma atividade essencialmente rural que permeia áreas urbanizadas pela forte relação com a população urbana. Para Elgaker (2010), a complexidade deste setor esta relacionada à essência do uso multifuncional da terra em uma interface urbana e rural, levantando questões ambientais, sociais e econômicas com interesses quase sempre conflitantes. Esta autora define a equinocultura, neste contexto, como uma grande forma de uso da terra, não necessariamente visível nas estatísticas, emergente a nível mundial, marcado pelas tradições locais, para outros fins que não produzir alimentos e fibras. Também como um novo e importante fator econômico que não se ajusta aos modelos de desenvolvimento econômico rural. Diversificação da paisagem urbana O conceito de paisagem se refere a uma composição de fatores naturais e culturais, ou uma área como ela é percebida pelas pessoas e possuem valor cultural, econômico e ecológico (Moran, 2005). Em termos práticos, a paisagem é a aparência de uma área e inclui sua forma, texturas e cores, onde a interação destes componentes cria uma identidade distinta, resultante da topografia, geologia, ecologia, uso da terra e arquitetura (Shetland Islands Council, 2006). As paisagens naturais e rurais diversificadas constituem, Segundo Kane (1981), um recurso tão vital quanto à água ou ao solo que deve ser manejado para manter o equilíbrio entre os aspectos naturais e humanos (Bulut & Yilmaz, 2008). Os centros de treinamentos equestres são compostos de componentes naturais, na forma de bosques, reserva legal, corpos d água, componentes rurais, tais como pastagens e outros cultivos para os animais, hortas e cavalos, e ainda componentes culturais, como casas, cocheiras, Revista Acadêmica de Ciência Equina v. 01, n. 1, p.1-18 (2016)

9 7 pistas e outras instalações. Todos estes componentes contribuem com a diversificação e incremento da qualidade da paisagem urbana. A beleza cênica de uma paisagem é, por si só, capaz de promover melhoria na qualidade de vida e na saúde das pessoas. Conforme Velarde, Fry e Tveit (2007) apontam em sua revisão, os benefícios de paisagens naturais para a saúde humana abrangem a redução do estresse, aumento na capacidade de concentração, mais rápida recuperação de doenças, mudanças comportamentais, melhora do humor e bem-estar, pela simples apreciação visual da paisagem, seja em uma caminhada ou pela janela. A qualidade da paisagem está associada à preferencia e sua atratividade, do ponto de vista das pessoas (Kane, 1981). Pode também ser pontuada em função da participação relativa de classes de qualidade visual presentes na área, onde os componentes naturais, como água, mata ou afloramentos rochosos, constituem as classes de maior valor, atividades produtivas, tais como agricultura, campos e pastagens ou reflorestamento, recebem valor intermediário e, finalmente, áreas degradadas, ou com solo exposto, recebem a menor pontuação (Landovsky et al., 2006). Ribe (2002) acrescentou o conceito de aceitabilidade do uso de uma área, que junto à percepção estética da paisagem, sofre influência dos valores culturais e do perfil de cada indivíduo, diferindo entre indivíduos produtivistas e protecionistas, e define até que ponto a sociedade considera aceitável a degradação da paisagem pelo uso da terra. Os esforços para restaurar e preservar a biodiversidade nos meios rurais e urbanos, com objetivo de criar novos habitats que atraem insetos e pássaros, explorando o uso de vegetação nativa levaram à criação do conceito de paisagismo natural. Neste sentido, Schiere et al (2006) discutem o resgate da criação de animais dentro e em torno das cidades, Revista Acadêmica de Ciência Equina v. 01, n. 1, p.1-18 (2016)

10 8 também como ferramenta de diversificação das atividades e uso da terra. Ledin & Jonasson (2006) relatam o caso sueco da utilização de herbívoros, principalmente ovelhas, no manejo áreas verdes urbanas, por exemplo, em parques. Segundo os autores, a interação destes animais com o ambiente, através de pisoteio e pastejo, cria condições para enriquecer a fauna e flora. Além disso, a opinião pública foi avaliada e mostrou aceitação à iniciativa, com comentários positivos a respeito do efeito do enriquecimento da paisagem. Em relação aos parques, Ozguner (2011) avaliou a percepção de frequentadores de parques na Turquia e aponta que os fatores que levam as pessoas a frequentar estes locais são atividades sociais em ambiente natural, e os componentes mais apreciados neste ambiente são a naturalidade, ar fresco, as árvores e áreas verdes. Segundo este autor, o fator que mais comprometeu a satisfação dos entrevistados foi a falta de limpeza e manutenção. Estas pessoas relataram que neste ambiente experimentam sensações de relaxamento, paz e calma. Assim, o estudo da paisagem integra-se ao planejamento do uso das áreas e participa da implantação de projetos (Lambe & Smardon, 1985) pela preocupação com o impacto de empreendimentos na composição da paisagem (Landovsky, 2006). Estes exemplos ilustram as possibilidades de benefícios possíveis pela manutenção, ou pelo contato com animais e a responsabilidade dos centros de treinamento em relação à sociedade, aos animais e ao ambiente. A manutenção de equinos nos centros de treinamento e a destinação de áreas para esta atividade contribuem, portanto, para a composição da paisagem urbana, inserindo componentes rurais e áreas verdes dentro de áreas urbanas, distantes de áreas de agricultura, florestas ou de pastagens (Bomans et al., 2011). Revista Acadêmica de Ciência Equina v. 01, n. 1, p.1-18 (2016)

11 9 Consequências para os animais Os pontos críticos de bem-estar animal em equinos neste contexto abordado são as restrições impostas em relação ao espaço, de acesso à pastagem, dietas desbalanceadas (com baixa inclusão de volumosos e alto teor de energia) e privação social, que geralmente levam a quadros de estereotipias. Também são comuns algumas práticas que restringem o bemestar animal, como mutilações e o manejo precoce dos potros (Nicosia, 2011, Broom, 2007). A composição da dieta, rica em alimentos concentrados comerciais, e as práticas de arraçoamento não são compatíveis com o comportamento ingestivo e com o bem-estar dos cavalos (Dittrich, 2010). As condições típicas dos centros de treinamento e o manejo adotado raramente atendem às necessidades dos animais no que se refere ao ambiente, comportamento, alimentação e bem-estar. Pelo preço da terra e pressão imobiliária, as propriedades são relativamente pequenas. Além disso, a quantidade de animais estabulados tende a ser maior do que a área da propriedade poderia acomodar, em função do retorno financeiro. Outro ponto limitante é o custo e disponibilidade de mão-de-obra adequada. Tanto a higienização das cocheiras, cochos e dos animais, como o fracionamento das refeições e o manejo das pastagens são restringidos pela escassez da mão-de-obra. Como resultado, as condições são restritivas aos animais pela dificuldade em atendê-las. Por outro lado, faltam conhecimentos a respeito das complexas relações do cavalo com o ambiente. Impacto ambiental da manutenção de equinos em ambiente urbano Pode-se dizer que, em grande parte dos casos, as mesmas causas dos pontos críticos de bem-estar animal nos centros de treinamento causam Revista Acadêmica de Ciência Equina v. 01, n. 1, p.1-18 (2016)

12 10 também o impacto ambiental gerado pela atividade, pois ambos estão relacionados à concentração de animais, tamanho da propriedade, manejo adotado, disponibilidade de mão-de-obra e conhecimento. Um fator que favorece a falta de sensibilidade dos produtores com o ambiente é o foco no animal isoladamente, é possível manter os animais e a atividade, mesmo após a degradação do ambiente (Lodge, 1998). Como o foco dos produtores tende a se restringir ao componente animal (Kemp & Michalk, 2005), o uso de alta pressão de pastejo leva à degradação do ambiente, mas a atividade produtiva se mantém dependente do uso de suplementação nutricional e controle farmacológico de doenças para manutenção da atividade. Ao ponto em que se percebe declínio na produtividade ou ineficiência econômica, já houve degradação dos outros componentes do sistema: o solo e a vegetação. Em termos de tempo, a recuperação do componente animal também é a mais simples, seguida pelo componente vegetal, ou pastagens cultivadas. A diversidade de espécies vegetais e, principalmente, o solo levam mais tempo para recuperação (Lodge, 1998). Os danos causados ao solo alteram sua estrutura e diminuem sua capacidade de manter cobertura vegetal (Fiorellino, 2010), havendo perda progressiva de matéria orgânica, através da emissão de CO2 para atmosfera (Paulino & Teixeira, 2002). Com a cobertura vegetal é degradada, o desenvolvimento de espécies invasoras é favorecido, a composição botânica é alterada e apenas as espécies mais rústicas ou não pastejadas permanecem (Fiorellino, 2010; Moraes, 1995). Os sintomas visíveis neste caso são a exposição e compactação do solo, erosão e diminuição da produtividade (Dias-Filho e Ferreira, 2009). O estado de degradação das pastagens é considerado por Albernaz (2007) um dos principais problemas da pecuária no Brasil. Revista Acadêmica de Ciência Equina v. 01, n. 1, p.1-18 (2016)

13 11 A falta da visão do sistema é ilustrada pelos dados apresentados por Lima et al. (2006), que demonstram a grande dependência do setor em insumos. 73,8% dos animais recebem fármacos e ração, que são os dois segmentos de maior movimentação econômica, com R$ 54 e 53 milhões/ano, respectivamente. Nos centros de treinamento, o grande número de animais em cocheiras e o mau manejo dos dejetos acumulados, muitas vezes a céu aberto, são fonte de poluição de rios, lençóis freáticos e atmosfera com minerais provenientes da dieta, princípios ativos de medicamentos e hormônios administrados aos animais e patógenos diversos, quem contribuem principalmente para a poluição difusa (Martin, 1997). As cavalgadas são atividades que buscam áreas com forte apelo turístico, principalmente áreas com a paisagem mais preservada. Os impactos decorrentes desta atividade equestre se dão pelo intenso tráfego de animais, causando principalmente erosão, compactação, pisoteio, perda de cobertura vegetal e disseminação de espécies invasoras (Abbott et al., 2010). Assim, os proprietários dos animais, gerentes das propriedades e técnicos envolvidos nos processos da atividade devem estar cientes de suas responsabilidades no descarte dos materiais, tratamento e destino de dejetos, planejamento do percurso das trilhas e difusão de informações e conscientização. Equinocultura no lazer e bem-estar humano Uma particularidade da equinocultura, enquanto atividade pecuária, é possuir um ramo que se concentra junto às grandes cidades, nas quais a prática dos esportes equestres é popular (Elgåker, 2011). Os centros de Revista Acadêmica de Ciência Equina v. 01, n. 1, p.1-18 (2016)

14 12 treinamento, centros hípicos, centros equestres e ranchos, de acordo com a classificação de Marins & Leschonski (2005), concentram animais destinados à prática de esportes equestres. Tais estabelecimentos oferecem serviços relacionados à prática de esportes, bem-estar, lazer, educação e terapia, com apelo à educação e consciência ambiental, pelo resgate da relação das pessoas com a natureza (Mesquita, 2006). As atividades de equoterapia e equitação lúdica oferecem à sociedade a oportunidade de alcançar ganhos físicos, psicológicos e educacionais (Copetti, 2007), especialmente quando praticados ao ar livre, propiciando ao paciente ligação íntima com a natureza (Silva, 2006). Bomans et al. (2011) relatam também que 46% destes proprietários de cavalos se veem ligados à natureza através destas atividades, para 25% é uma ligação com agricultura e para outros 36% existe uma ligação com tradições. Segundo dados deste autor, em ambientes urbanizados na Bélgica, 86% dos cavalos são mantidos para lazer e apenas 12% para uso profissional. O uso em esporte e para recreação somam 99% e 96% respectivamente. No Brasil, pelo contexto social onde os cavalos ainda possuem outras funções, como fonte de tração dentro de áreas urbanas, a parcela da tropa ligada à esportes e lazer provavelmente ainda represente um percentual menor dentro da população. Mesmo assim, o processo de crescimento da concentração de animais nos centros urbanos no Brasil deve seguir a mesma tendência de crescimento que a observada na Europa. Equitação e educação ambiental A educação ambiental tem como desafio formar indivíduos com consciência do papel do ser humano nas interações do meio natural e o Revista Acadêmica de Ciência Equina v. 01, n. 1, p.1-18 (2016)

15 13 social (Jacobi, 2003), enquanto e a vida urbana distancia as crianças do convívio com a natureza e dos animais. O ecoturismo é visto como uma ferramenta de educação ambiental não formal que, por meio de visitas à parques e reservas, podem desenvolver a sensibilidade humana para a questão ambiental (Lopes, 2004). A cavalgada ecológica, inclusive, é considerada uma modalidade de ecoturismo, mas todas as outras formas de atividades equestres podem ser consideradas oportunidades de desenvolver a consciência ambiental e de reforçar o vínculo dos indivíduos com a natureza e os animais. Cavalgadas são atividades disponíveis às crianças que vivem em centros urbanos e permite a elas terem contato com animais e explorar áreas verdes, observando espécies de plantas e animais silvestres durante uma atividade lúdica. Para explorar este potencial ao máximo, os instrutores devem ter esta visão e apresentar o cavalo como indivíduo e como componente de um ambiente rico, para aproveitar a curiosidade das crianças em explorar o ambiente e conhecer a propriedade e seus arredores, o bioma a que pertence, fauna, flora e topografia. CONSIDERAÇÕES FINAIS A equinocultura possui um papel multifuncional e contribui em questões atualmente valorizadas pela sociedade, ao interagir com os centros urbanos no uso da terra e incorporando à paisagem urbana áreas verdes e componentes rurais, que possuem o potencial de produzir serviços ecossistêmicos, importantes para a qualidade de vida neste ambiente, que beneficiam tanto os clientes quanto a população vizinha. A importância da atividade também se estende a serviços relacionados ao bem-estar, lazer e terapia oferecidos. É indispensável, no entanto, o adequado manejo das Revista Acadêmica de Ciência Equina v. 01, n. 1, p.1-18 (2016)

16 14 áreas e dos animais, dado o potencial de degradação pela concentração de animais e produção e acúmulo de dejetos nos centros equestres. REFERÊNCIAS ABBOTT, E., NEWSOME, D. e PALMER, S. A case study analysis of horse ridiing and its management in a peri-urban setting. Sustainable tourism, BENCKE, G. A. Diversidade e conservação da fauna dos Campos do Sul do Brasil. Campos Sulinos: conservação e uso sustentável da biodiversidade. Brasília: MMA, BOMANS, K., DEWAELHEYNS, V. e GULINCK, H., Pasture for horses: An underestimated land use class in a urbanized multifunctional area. International journal of sustainable development and planning. v. 6, n. 2 p , BOVAL, M. e DIXON, R.M. The importance of grasslands for animal production and other functions: a review on management and methodological progress in the tropics. Animal. v. 5, p , BROOM, D.M., FRASER, A.F. Comportamento e bem-estar de animais domésticos. 4. ed. Barueri/SP: Manole, BULUT, Z. & YILMAZ, H. Determination of landscape beauties through visual quality assessment method: a case study for Kemaliye (Erzincan/Turkey), Environmental Monitoring Assessment p. 141: , CARSPERSEN, O.H., KONIJNENDIJK, C.C. e OLAFSSON, A.S., Green space planning and land use: An assessment of urban regional and green structure planning in Greater Copenhagen. Danish Journal of Geography. v. 106, p. 7-20, COPETTI, F., MOTA, C.B., GRAUP, S. et al. Comportamento angular do andar de crianças com síndrome de down após intervenção com equoterapia. Revista Brasileira de Fisioterapia. v. 11, n. 6, p , CUTTLE, S. P. Impacts of pastoral grazing on soil quality. Environmental Impacts of Pasture-based on Farming. Ed. R.W. McDowell, CAB International, Revista Acadêmica de Ciência Equina v. 01, n. 1, p.1-18 (2016)

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20 18 VELARDE, Mª. D., FRY, G., TVEIT, M. Health effects of viewing landscapes Landscapes types in environmental psycology. Urban Forestry & Urban Greening, v. 6, p , WILTON, B.L. Tese de doutorado, Universidade de Guelph, YUAN, F., e BAUER, M. E. Comparison of impervious surface area and normalized difference vegetation index as indicators of surface urban heat island effects in Landsat imagery. Remote Sensing of Environment. v. 106 p , Revista Acadêmica de Ciência Equina v. 01, n. 1, p.1-18 (2016)

21 Grupo de Pesquisa, Ensino e Extensão em Equideocultura Revista Acadêmica de Ciência Equina v. 01, n. 1 (2016) FISIOLOGIA DO EXERCÍCIO E A PERFORMANCE EQUINA Guilherme de Camargo Ferraz 1 1 Professor da Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho UNESP Jaboticabal. INTRODUÇÃO Atualmente o complexo do agronegócio cavalo configura-se como uma potência econômica tanto para o mercado interno por meio da geração de empregos, diretos e indiretos, como para as exportações. Segundo a Comissão Nacional do Cavalo, o Brasil possui 23 associações de produtores de cavalos sendo que a atividade equestre movimenta R$ 7,3 bilhões anuais. Desta maneira, a busca de novas soluções tecnológicas e execução de pesquisas devem considerar a utilização sustentável dos animais. Assim, itens relacionados à prevenção do excesso de treinamento que, invariavelmente provocam lesões, principalmente músculo-esqueléticas, acarretam em perdas tanto da vida útil do atleta quanto financeira. Para enfrentar esses desafios emergentes, o meio acadêmico deve integrar as atividades de ensino, pesquisa e extensão, gerando conhecimento técnico para médicos veterinários, zootecnistas e agrônomos que atuam no campo. Estes precisam integrar profissionais, treinadores, criadores e proprietários nesta visão sustentável. Isto posto, a fisiologia do exercício, por meio da utilização de testes de esforço, realizados no campo para avaliação do desempenho, torna-se ferramenta fundamental no estabelecimento da intensidade do treinamento e avaliação de atletas da espécie equina. Revista Acadêmica de Ciência Equina v. 01, n. 1, p (2016)

22 20 FISIOLOGIA DO EXERCÍCIO Dentre as subdivisões da fisiologia do exercício, destaca-se a parte que avalia o desempenho atlético por meio de testes físicos realizados tanto em esteiras (FERRAZ et al., 2006) como a campo (LINDNER et al., 2006; ERCK et al., 2007), que determinam a dinâmica de variáveis fisiológicas, como o limiar de lactato e a frequência cardíaca (FC). O emprego de testes para a avaliação do desempenho atlético realizados a campo (pista), juntamente com as respostas fisiológicas obtidas pela ação do exercício e do treinamento, pode ser uma valiosa ferramenta para maximização dos resultados obtidos nas competições. O programa de treinamento deixa de ser realizado somente de maneira empírica tornando-se um processo técnico, com embasamento clínico e fisiológico (LINDNER et al., 2006; ERCK et al., 2007). Além disso, os testes a campo possuem utilidade clínica no monitoramento de enfermidades respiratórias e musculoesqueléticas (COUROUCÉ, 1998). BIOENERGÉTICA Como ressaltou MUÑOZ et al. (1999), o sucesso do cavalo atleta está intimamente ligado à relação entre a capacidade oxidativa e glicolítica do indivíduo. Sendo assim, o estudo da fisiologia e do metabolismo muscular durante o exercício torna-se necessário para o melhor treinamento dos atletas, passando obrigatoriamente pela compreensão dos mecanismos de geração de energia no músculo por meio de variáveis fisiológicas como a lactatemia (FERRAZ et al., 2008) e hemogasometria (FERRAZ et al., 2010). Todo exercício depende da biodisponibilidade de adenosina trifosfato (ATP). Embora a ATP não seja a única molécula transportadora de energia celular, ela é a mais importante, e sem quantidades suficientes de ATP a maioria das células morre rapidamente. Quando a ATP é hidrolisada pela ação enzimática da ATPase ocorre a formação de adenosina difosfato (ADP) e do fosfato inorgânico (Pi). O ADP e o Pi são unidos por uma ligação Revista Acadêmica de Ciência Equina v. 01, n. 1, p (2016)

23 21 de alta energia e quando a enzima ATPase rompe essa ligação, a energia é liberada e pode ser utilizada para realização de trabalho, como a contração muscular. As fibras musculares dos equinos armazenam quantidades limitadas de ATP. Setenta e cinco por cento da energia gerada pela hidrólise da ATP é liberada na forma de calor. Portanto, o restante desta energia é utilizado nos processos que envolvem a contração muscular, como o deslocamento dos filamentos de miosina na célula muscular e o bombeamento do cálcio de volta para seus sítios de estocagem celular. Por esta razão, como o exercício muscular requer um suprimento constante de ATP para fornecer a energia necessária à contração, deve-se existir vias metabólicas celulares com capacidade de produção rápida de ATP. Uma avaliação das reações bioquímicas que sustentam o catabolismo no músculo revela que o equilíbrio de próton na fibra muscular é influenciado pelos sistemas energéticos que produzem a ATP como as vias creatina fosfato, glicolítica e a respiração mitocondrial (ROBERGS et al., 2004). O sistema fosfagênio, representado pelos estoques de creatina fosfato, fornece um grupamento fosfato para produção de ATP durante o início e nos primeiros segundos de contração muscular. Esta reação é catalisada pela enzima creatina cinase (CK), sendo esta via conhecida como alática na produção anaeróbia de energia. Inicialmente estes estoques de ATP são restabelecidos pela via glicolítica e posteriormente pela via aeróbia, sendo que esta última utiliza primeiramente glicogênio e em seguida lipídeos como substratos (SPURWAY, 1992). A predominância da via energética dependerá tanto da intensidade do exercício como da sua duração. Deve-se considerar que a única forma de se obter elevação em curto período de tempo da produção de energia, é por meio da glicólise anaeróbia concomitante à produção de lactato, o que não parece ser deletério para a saúde ou indutor de fadiga, como tem sido postulado, por vezes. Atualmente, aceita-se que o lactato seja um substrato energético para o coração e musculatura esquelética durante o exercício. Sendo assim, parte do lactato produzido pelos músculos esqueléticos é transportado ao fígado através do sangue. Ao entrar no fígado, o lactato pode ser Revista Acadêmica de Ciência Equina v. 01, n. 1, p (2016)

24 22 convertido em glicose pela gliconeogênese. O ciclo do lactato à glicose entre os músculos e o fígado é denominado ciclo de Cori. TESTES PARA AVALIAÇÃO DA APTIDÃO FÍSICA FREQUÊNCIA CARDÍACA Uma avaliação que pode ser realizada é a resposta do coração e vasos sanguíneos de um cavalo que é submetido a um treinamento intensivo. A frequência cardíaca (FC) é facilmente aferida durante o exercício, fornecendo um índice indireto da capacidade e função cardiovasculares. Esta avaliação pode ser realizada durante a prática de exercício, por meio da utilização de um frequencímetro digital específico para cavalos. A relação entre a velocidade e a FC costuma ser utilizada na avaliação do potencial atlético. Respectivamente, a V160, V180 e V200 representam as velocidades que a FC atinge 160, 180 e 200 batimentos/min (LELEU et al., 2005; HADA et al., 2006; FERRAZ et al. 2007) Adicionalmente, testes a campo, monitorados por GPS e frequencímetro digital mostraram que a relação entre a velocidade máxima (Vmáx) e a velocidade observada durante a frequência cardíaca máxima (VFCMÁX) pode auxiliar na predição de desempenho nas diversas modalidades esportivas equestres (GRAMKOW e EVANS, 2006). LIMIAR DE LACTATO O ponto da curva lactato-velocidade, também conhecido como deflexão, representa o início do desequilíbrio entre a produção e a remoção e/ou metabolização de lactato (FERRAZ et al., 2008). Este ponto é comumente conhecido como início do acúmulo de lactato no sangue (em inglês, OBLA - onset of blood lactate accumulation) ou simplesmente limiar de lactato (LL). Com menos precisão, outro termo, o limiar anaeróbio, que representa um momento de interrupção entre o metabolismo predominantemente aeróbio aquele com participação significativa da via anaeróbia também tem sido utilizado (LINDNER 2010). Revista Acadêmica de Ciência Equina v. 01, n. 1, p (2016)

25 23 Segundo SIMÕES et al. (1999), TRILK et al. (2002) e ERCK et al. (2007) a concentração de lactato sanguíneo [Lac - ]s é utilizada tanto para avaliação do condicionamento físico como para prescrever a intensidade de treinamento e detectar adaptações decorrentes da prática de exercício crônico. A determinação do limiar de lactato, que pode por vezes ser denominado limiar anaeróbio, é empregada intensivamente para o diagnóstico da capacidade aeróbia que está correlacionada com a resistência ( endurance ). Existem vários testes com incrementos gradativos da intensidade de esforço (teste incremental) que utilizam a resposta da lactacidemia para o diagnóstico aeróbio. O limiar anaeróbio individual (LAI) (SIMÕES et al., 1999), e o ponto estacionário entre a produção e remoção de Lac - min, teste incremental precedido de um exercício intenso para indução de hiperlactacidemia (GONDIM et al., 2007) são protocolos que usam a [Lac - ]s para avaliar a capacidade aeróbia. No método do V4 se assume como LL a velocidade em que a lactacidemia é igual a 4 mmol/l. Na espécie humana, embora haja controvérsias, a velocidade que produz esta concentração é reconhecida quando o ponto estacionário dinâmico entre a produção e a remoção do lactato se rompe, significando o LL. Entretanto, essa metodologia vem sofrendo críticas, pois ela desconsidera diferenças individuais, estado de treinamento e disponibilidade de glicogênio (SVENDAHL e MACINTOSH, 2003; GONDIM et al., 2007). Ademais, outras pesquisas citam casos em que indivíduos treinados foram incapazes de sustentar intensidades de exercícios na qual se alcançavam lactacidemias de 4 mmol/l (FOXDAL et al, 1996). Em equinos, embora não se encontre na literatura nenhum artigo que a justifique, a interpretação de que o LL ocorre na velocidade que determina 4mmol/L de lactacidemia também é considerada verdadeira por vários pesquisadores e treinadores (COUROUCÉ, 1998; EVANS, 2000; TRILK et al., 2002; LELEU et al., 2005; ERCK et al., 2007). A deflexão observada na curva lactato-velocidade ocorre em equinos em [Lac-]s que variam entre 1,5 a 4 mmol/l sendo observado a utilização frequente da uma Revista Acadêmica de Ciência Equina v. 01, n. 1, p (2016)

26 24 unidade arbitrária de 4 mmol/l tanto para a prescrição e avaliação como para comparação de programas de condicionamento físico (LINDNER, 2010; CAMPBELL, 2011). Em equinos, embora não se encontre na literatura nenhum artigo que a justifique, a interpretação de que o LL ocorre na velocidade que determina 4mmol/L de lactatemia também é considerada verdadeira por vários pesquisadores e treinadores (COUROUCÉ, 1999; EVANS, 2000; TRILK et al., 2002; LELEU et al., 2005; ERCK et al., 2007; CAMPBELL, 2011). Neste sentido um estudo essencial para esta discussão foi realizado por Lindner (2010) que determinou a V1,5 (velocidade que determina 1,5mmol/L de lactatemia) como aquela que está mais próxima de predizer o limiar de lactato. É indiscutível a importância da determinação do LL, tanto para a definição de esquemas e treinamento para cavalos atletas, como para a própria avaliação da eficácia de um determinado treinamento. No pain, no gain é uma frase muito utilizada entre profissionais de fisiologia do exercício humano para justificar o fato de muitos fisiologistas e treinadores indicarem o treinamento no limiar de lactato para atletas fundistas, com o objetivo de desenvolver ao máximo a sua capacidade aeróbica e muscular. Tratando-se de atletas da espécie equina, entretanto, o que se observa é muito diferente. Tem sido sugerido programa de treinamento à velocidade correspondente ao V2 (velocidade do cavalo em que sua lactacidemia atinge 2 mmol/l) por 45 minutos, três vezes por semana (TRILK et al., 2002). Não é incomum a preconização de treinamentos apenas ao passo. Esta postura, para alguns, conservadora, traz alguns benefícios, particularmente no que se refere à prevenção de injúrias músculo-esqueléticas, porém, com certeza, não é a melhor decisão no que se refere à melhora da capacidade aeróbia e anaeróbia dos cavalos atletas. Em nosso Laboratório de Fisiologia do Exercício (LAFEQ), por exemplo, trabalhamos os animais em esteira rolante na V3 por 60 minutos, três vezes por semana e obtivemos bons resultados, sem nenhum caso de injúria musculoesquelética (Ferraz, 2003). Revista Acadêmica de Ciência Equina v. 01, n. 1, p (2016)

27 25 Acreditamos que parte dessas aparentes incongruências seja devida ao pouco estudo, em equinos, dos métodos para determinação do LL, fazendo com que imperfeições na interpretação dos resultados obtidos pelos métodos utilizados possam estar levando animais a um sobretreinamento, favorecendo a ocorrência de injúrias músculo-esqueléticas. CONCLUSÃO Finalizando, o sucesso nas competições equestres depende de vários fatores que influenciam o desempenho. Estes incluem a vontade de ganhar, intrínseca de cada cavalo, da força, potência e velocidade, que estão diretamente relacionadas com a capacidade metabólica de cada atleta. Os resultados obtidos nos testes que avaliam o desempenho atlético, como a frequência cardíaca e o lactato sanguíneo podem ser utilizados como guia, auxiliando proprietários e treinadores das mais diversas modalidades, na elaboração de protocolos de treinamento sustentáveis, que contribuem para manutenção da integridade física dos cavalos atletas. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS CAMPBELL, E.H. Lactate-driven equine conditioning programmes. The Veterinary Journal, v.190, n.2, , COUROUCÉ, A. Field exercise testing for assessing fitness in French Standardbred Trotters. The Veterinary Journal. v.157, p , ERCK et al. Evaluation of oxygen consumption during field exercise tests in Standardbred trotters. Equine and Comparative Exercise Physiology, v.4, p , EVANS, D. Training and fitness in athletic horses. Sydney: RIRDC., p. 64, FERRAZ, G, C. Avaliação da suplementação crônica com creatina sobre o desempenho atlético de equinos. 65f. Dissertação (Mestrado em Clínica Médica Veterinária) Faculdade de Ciências Agrárias e Veterinárias, Universidade Estadual Paulista, Jaboticabal, FERRAZ, G. C. et al. Effect of acute administration of clenbuterol on athletic performance in horses. Journal of Equine Veterinary Science v. 27, n. 10, Revista Acadêmica de Ciência Equina v. 01, n. 1, p (2016)

28 26 FERRAZ, G. C. Respostas endócrinas, metabólicas, cardíacas e hematológicas de equinos submetidos ao exercício intenso e à administração de cafeína, aminofilina e clembuterol. Tese (doutorado) - Universidade Estadual Paulista, Faculdade de Ciências Agrárias e Veterinárias, FERRAZ, G.C.; DANGELIS, F.H.F.; TEIXEIRA-NETO, A.R.; FREITAS, E.V.V.; LACERDA-NETO, J.C.; QUEIROZ-NETO, A. Blood lactate threshold reflects glucose responses in horses submitted to incremental exercise test. Arquivo Brasileiro de Medicina Veterinária e Zootecnia, v. 60, n. 1, p , FERRAZ, G.C. et.al. Alterações hematológicas e cardíacas em cavalos Árabes submetidos ao teste de esforço crescente em esteira rolante. Brazilian Journal Veterinary Research Animal Science, v.46, n.6, p , FERRAZ, G. C.; SOARES, O. A. B.; FOZ, N. S. B.; PEREIRA, M. C.; QUEIROZ- NETO, A. The workload and plasma ion concentration in a training match session of high-goal (elite) polo ponies. Equine Veterinary Journal, v. 42, p , GONDIM, F. J.; ZOPPI, C. C.; PEREIRA-DA-SILVA, L.; MACEDO, D. V. Determination of the anaerobic threshold and maximal lactate steady state speed in equines using the lactate minimum speed protocol Comparative Biochemistry and Physiology Part A: Molecular & Integrative Physiology, v.142, p , GRAMKOW, H. L.; EVANS, D. L. Correlation of race earnings with velocity at maximal heart rate during a field exercise test in thoroughbred racehorses. Equine Veterinary Journal, Supplement, v. 36, p , HADA, T.; OHMURA, H.; MUKAI, K.; ETO, D.; TAKAHASHI, T.; HIRAGA, A. Utilisation of the time constant calculated from heart rate recovery after exercise for evaluation of autonomic activity in horses. Equine Veterinary Journal. Supplement, v. 36, p , LELEU, C.; COTREL, C.; COUROUCE-MALBLANC, A. Relationships between physiological variables and race performance in French standardbred trotters The Veterinary Record, London, v. 156, n. 11, p , LINDNER, A.; SIGNORINI, R.; BRERO, L.; ARN, E.; MANCINI, R.; ENRIQUE, A. Effect of conditioning horses with short intervals at high speed on biochemical variables in blood. Equine veterinary journal. Supplement, v. 36, p , LINDNER AE. Maximal lactate steady state during exercise in blood of horses. Journal of Animal Science v. 88, p , MUÑOZ, A.; RIBER, C.; SANTISTEBAN, R., RUBIO, M. D.; AGÜERA, E. I.; CASTEJÓN, F. M. Cardiovascular and metabolic adaptations in horses competing in cross-country events. The Journal of Veterinary Medical Science, v. 61, n. 1, p , ROBERGS, R.A.; GHIASVAND, F.; PARKER, D. Biochemistry of exercise-induced metabolic acidosis. American journal of physiology. Regulatory, integrative and comparative physiology. v. 287, n. 3, p. R502-R516, Revista Acadêmica de Ciência Equina v. 01, n. 1, p (2016)

29 27 SIMÕES, H.G.; CAMPBELL, C.S.G.; KOKUBUM, E. et al. Blood glucose responses in humans mirror lactate responses for individual anaerobic threshold and for lactate minimum in track tests. European journal of applied physiology and occupational physiology, v.80, p.34-40, SPURWAY, N. C. Aerobic exercise, anaerobic exercise and the lactate threshold. British Medical Bulletin, v.48, n.3, p , SVEDAHL, K. e MACINTOSH, B. R. Anaerobic threshold: the concept and methods of measurement. Canadian Journal of Applied Physiology, v.28, n.2, p , TRILK, J. L.; LINDNER, A. J.; GREENE, H. M.; ALBERGHINA, D. e WICKLER, S. J. A lactate-guided conditioning programme to improve endurance performance. Equine Veterinary Journal. Supplement, n.34, p.122-5, Revista Acadêmica de Ciência Equina v. 01, n. 1, p (2016)

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