MONITORAMENTO FISIOLÓGICO DO EXERCÍCIO: O FUTURO DO CAVALO ATLETA

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1 MONITORAMENTO FISIOLÓGICO DO EXERCÍCIO: O FUTURO DO CAVALO ATLETA INTRODUÇÃO O cavalo de esporte atualmente apresenta resultados impressionantes e cada vez mais poderá melhorar a sua performance atlética recebendo métodos de treinamento, alimentação e suplementação adequados, além de um acompanhamento clínico-laboratorial constante. O cavalo atleta é um esportista nato. São animais que apresentam fibras musculares esqueléticas apropriadas para o desenvolvimento de altas velocidades. Desde que adequadamente treinado, o cavalo também pode percorrer corridas de média e longa distância e alcançar resultados fantásticos. FISIOLOGIA DO CAVALO ATLETA O sistema muscular esquelético é formado por células multinucleadas, denominadas fibras musculares. Músculos esqueléticos são basicamente constituídos de: 75% de água, 18 a 22% de proteína, 1% de carboidratos, 1% de sais minerais e um teor lipídico variável. Durante o trabalho muscular, a adenosina trifosfato (ATP) é hidrolisada em difosfato de adenosina (ADP) no músculo esquelético, com a liberação de fosfato inorgânico e energia, pela miosina-atpase. Esta miosina-atpase tem sua atividade em ph 9,4 e, com base nesta, foram identificados dois tipos distintos de fibras: tipo I e tipo II. Há fibras que possuem uma baixa atividade nesse ph, classificadas como fibras do tipo I ou de contração lenta (vermelha). Estas fibras têm tempos de contração e relaxamento lentos, são altamente oxidativas e resistentes à fadiga. Para a manutenção da postura e em baixas intensidades de exercício, são recrutadas, basicamente, as fibras do tipo I.

2 As fibras do tipo I possuem uma alta capacidade de difusão (pequenas fibras rodeadas por vários capilares). Isto se deve a sua maior capacidade de obter energia através do metabolismo aeróbico da glicose e de ácidos graxos para a obtenção de energia. Estas fibras possuem uma grande capacidade de reserva energética, tornando-se mais adequadas para a realização de uma atividade prolongada. Existem fibras com alta atividade de contração muscular, sendo classificadas como do tipo II ou de contração muscular (brancas). As fibras do tipo II podem ser subdivididas em subtipos: IIA, IIB e IIC. As do tipo IIA representam fibras mais oxidativas e atuam em parceria com as fibras do tipo I, no que se refere à manutenção da postura e em baixas intensidades de exercício. À medida que a carga de trabalho é aumentada, é necessário o desenvolvimento de mais tensão, e mais fibras do tipo IIA são recrutadas por serem mais resistentes à fadiga. As fibras do tipo IIA possuem uma maior reserva energética quando comparadas aos outros subtipos. As do tipo IIB são mais glicolíticas, tendo o glicogênio como o substrato principal. São observadas em altas proporções em atletas corredores de curtas distâncias. As contrações muito potentes exigidas para a aceleração rápida e geração de força resultam do recrutamento de fibras do tipo II e se tornam fatigadas muito rapidamente. A proporção entre as fibras irá variar de acordo com a genética, o tempo de repouso e o tipo de treinamento ao qual o cavalo será submetido, sendo, portanto variável de acordo com o tipo de esforço exigido do animal. Um cavalo de lazer (cavalo de fim de semana) desenvolverá bem menos fibras que poderão ser prontamente utilizadas que cavalos de corrida, por exemplo. EFEITOS DO EXERCÍCIO INTENSO SOBRE O CORPO Quando o cavalo inicia a atividade física, há um aumento da atividade muscular. Os músculos precisam de energia para contraírem. Inicialmente, esta energia é fornecida pela metabolização de combustíveis estocados no interior das células musculares. Quando estes estoques de energia estiverem insuficientes, o combustível passará a ser fornecido por outras áreas do corpo, tais como o fígado, e serão trazidos às miofibrilas através da corrente sangüínea, sob forma de glicose e de ácidos graxos livres. Para que a energia necessária para a contração muscular seja liberada destes combustíveis com a máxima eficiência, é preciso haver oxigênio. Este é fornecido pelos pulmões através das hemácias, e transportado por elas numa forma associada à hemoglobina.

3 Fonte: Retirado do site CK. Quanto mais o cavalo trabalha, mais rapidamente seus músculos se contraem e mais oxigênio passa a ser necessário. O coração, responsável pela distribuição do sangue por todo o organismo, precisa aumentar a velocidade e capacidade de bombeamento, à medida que o exercício aumenta. Também a velocidade e profundidade dos movimentos respiratórios precisam aumentar, para que mais oxigênio seja colocado no corpo. Em conjunto, o aumento das freqüências cardíaca e respiratória asseguram o necessário aumento do fornecimento de oxigênio para as células musculares. Durante o exercício muito intenso, quando os músculos estiverem contraindo em sua capacidade máxima, a necessidade por oxigênio dos músculos em questão será maior do que a quantidade de oxigênio passível de ser fornecida pelo sangue. Um esforço breve e brutal, por exemplo a prova de corrida quarto de milha (que utiliza o cavalo cuja raça recebe o mesmo nome da prova) pode causar um hipercatabolismo anaeróbico do glicogênio desencadeando uma grande liberação de acido láctico que se acumula no músculo podendo atingir níveis tão elevados quanto 53 mmol/kg. Antes de entrar na circulação sanguínea pode levar a uma acidose láctica cujos efeitos são: redução do fluxo sanguínea (anoxia celular), redução da gliconeogenese, impedimento da utilização energética dos ácidos graxos e por último causar hemólise (anemia de atleta). Provas de esforço sub-máximo prolongado, como por exemplo provas de enduro, geram uma depleção lipídica e conseqüente utilização dos Ácidos Graxos como energia livre. A utilização dos Ácidos Graxos tem como primeiro mérito economizar glicogênio muscular, obtendo assim um melhor desempenho. Para encarar diferentes intensidades de esforços, velocidades e duração de exercícios, os cavalos e os veterinários por eles responsáveis devem aplicar técnicas básicas inspiradas na medicina esportiva humana e na fisiologia dos exercícios. Mas também deve-se considerar as especificidades da fisiologia dos eqüinos e desenvolver métodos adaptados e individualizados de treinamento para cada tipo de cavalo atleta. Entre as principais particularidades do cavalo atleta, podemos citar:

4 1) Grande capacidade anaeróbica, graças ao grande acúmulo de lactato nos músculos e corrente sangüínea durante e após exercícios extenuantes (cerca de 25 mmol/l ou mais). Isso pode resultar em acidose metabólica, rabdomiólise e contribuir para overtraining. 2) Alta sensibilidade à desidratação e desequilíbrios eletrolíticos, devido à importante perda de volume de suor (até 10 litros/h) e sais (50 a 100 g/h) durante exercícios prolongados. Enfim, há que se considerar que um cavalo atleta é um animal frágil, cuja performance e bem-estar são dependentes das habilidades de seu treinador, mas também do aconselhamento do veterinário e do apropriado acompanhamento diagnóstico. EXAMES PARA ACOMPANHAMENTO O desempenho atlético requer a transdução do potencial energético para a produção de energia cinética. O metabolismo e o sistema hematológico em geral integram-se, coordenadamente, mobilizando energia para a contração muscular. A avaliação desta integração é ferramenta imprescindível para o monitoramento do treinamento de atletas da espécie eqüina. Amostras de sangue são freqüentemente obtidas durante testes para avaliação do desempenho atlético. Variáveis hematológicas e metabólicas podem ser utilizadas para avaliação dos efeitos, tanto do exercício como do treinamento já que quando a produção de lactato excede sua utilização e eliminação, ocorre difusão do excesso para o sangue e o estabelecimento deste ponto é conhecido como limiar de lactato, que é fundamental para avaliação do condicionamento físico. A elevação no hematócrito pode ser explicada pela contração esplênica esforço-dependente que ocorre nos eqüinos. A avaliação de componentes ligados ao equilíbrio ácido-base sangüíneo durante e após uma prova de enduro por exemplo, fornece dados importantes sobre a condição atlética do animal e mostra ainda a eficiência dos mecanismos homeostáticos durante exercícios de longa duração, sendo também uma ferramenta importante para o monitoramento da condição física do animal. EXAME RECIPIENTE P/ COLETA PRAZOS HEMOGRAMA COMPLETO Tubo Tampa Roxa c/ EDTA 1 dia ACIDO LÁTICO - LACTATO Tubo Tampa Roxa c/ EDTA 6 dias ÁCIDO ÚRICO Tubo Tampa Vermelha 1 dia CÁLCIO Tubo Tampa Vermelha 1 dia GLICOSE/GLICEMIA Tubo Tampa Preta 1 dia FÓSFORO Tubo Tampa Vermelha 1 dia SÓDIO Tubo Tampa Vermelha 1 dia POTÁSSIO Tubo Tampa Vermelha 1 dia URÉIA Tubo Tampa Vermelha 1 dia CPK - CREATINOFOSFOQUINASE Tubo Tampa Vermelha 1 dia PERFIL CHECK UP GLOBAL DE FUNÇÕES Tubo Tampa Vermelha e Tubo Tampa Preta Referencias disponíveis com autor, se necessário consulte-nos." 1 dia

5 EQUIPE DE VETERINÁRIOS - TECSA Laboratórios Primeiro Lab. Veterinário certificado ISO9001 da América Latina. Credenciado no MAPA. PABX: (31) ou FAX: (31) tecsa@tecsa.com.br RT - Dr. Luiz Eduardo Ristow CRMV MG 3708 Siga-nos no Facebook: Tecsa Laboratorios INDIQUE ESTA DICA TECSA PARA UM AMIGO Você recebeu este Informativo Técnico, pois acreditamos ser de seu interesse. Caso queira cancelar o envio de futuros s das DICAS TECSA ( Boletim de Informações e Dicas ), por favor responda a esta mensagem com a palavra CANCELAMENTO no campo ASSUNTO do .

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