Lógica, Regras e Inferência

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "Lógica, Regras e Inferência"

Transcrição

1 Lógica, Regras e Inferência André Desessards Jardim Universidade Católica de Pelotas Centro Politécnico Mini Curso Web Semântica Representação de conhecimento A lógica é a base para a maioria dos formalismos de representação de conhecimento, seja de forma explícita, como nos sistemas especialistas baseados na linguagem Prolog, seja disfarçada na forma de representações específicas que podem facilmente ser interpretadas como proposições ou predicados lógicos. No entanto, problemas de eficiência, facilidade de uso e a necessidade de expressar conhecimento incerto e incompleto levaram ao desenvolvimento de diversos tipos de formalismos de representação de conhecimento. Cadeias Semânticas Há vários esquemas para se representar conhecimento. Dois deles, que capturam melhor o conhecimento relativo a objetos e as suas propriedades, são as cadeias semânticas e frames. O primeiro desses esquemas, as cadeias semânticas, originou-se na psicologia como resultado da modelagem de sistemas para a memória associativa humana. Mais recentemente, vários investigadores de ciência da computação estenderam o conceito original de cadeias semânticas para facilitar a manipulação de objetos mais complexos e suas relações. Basicamente, uma cadeia semântica é um grafo no qual os nós representam objetos (ou uma classe), e os vínculos mostram uma relação, geralmente binária, entre objetos ou classes conectadas pelo vínculo. Os nós podem ser de dois tipos: individuais ou genéricos. Os primeiros representam descrições ou afirmações relativas a uma instância individual de um objeto, enquanto os segundos são relacionados a uma classe ou categoria de objetos. As classes são pré-ordenadas em uma taxonomia, e há vínculos que representam relações binárias especiais como isa - é um (do inglês is a) - e ako - um tipo de (do inglês a kind of). O primeiro tipo de vínculo conecta um nó individual a um nó genérico e identifica um indivíduo como pertencendo a certa classe. O segundo une dois nós genéricos entre eles e mostra que determinada classe é subdivisão de outra classe. Exemplo: Analogamente à representação lógica, o formalismo de cadeias semânticas conta com comandos de armazenamento e consulta, e pode ser acessado a partir das regras através 1

2 de padrões. A cadeia semântica associada ao exemplo da cor de Clyde pode ser definida através do seguinte comando: > (snet-store '(color (clyde real e-um) (real elefante e-um) (elefante cinza e-um) (clyde elefante e-um) (real cinza (not. e-um)))) Observe como foi introduzido o arco negado, com a construção de um dotted-pair onde o primeiro elemento é o símbolo not. A visualização do conteúdo da base pode ser feita através do comando list: > (snet-list) =================== graph : color ---- node : clyde * edge : e-um --- > node : elefante * edge : e-um --- > node : cinza * edge : e-um --- > node : real * edge : (not. e-um) --- > node : cinza * edge : e-um --- > node : elefante Pode-se agora determinar toda a teoria hierárquica definida através da rede color, utilizando as expressões de consulta adequadas: > (snet-query '(color (x y e-um))) ([ Substituicao : ((x. elefante) (y. cinza)) ] [ Substituicao : ((x. real) (y. elefante)) ] [ Substituicao : ((x. clyde) (y. elefante)) ] [ Substituicao : ((x. clyde) (y. real)) ]) > (snet-query '(color (x y (not. e-um)))) ([ Substituicao : ((x. real) (y. cinza)) ] [ Substituicao : ((x. clyde) (y. cinza)) ]) Frames A segunda representação de conhecimento - frames - ficou popular nos anos 70 devido ao aparecimento da teoria dos frames, que surgiu inicialmente como resultado de um artigo escrito por M. Minsky. É a forma de representar o conhecimento de um objeto através da "observação visual", ou seja, tendo uma idéia do objeto pré-definida na memória faz a comparação desta idéia, ou conjunto de idéias, com aquelas propriedades que podemos observar visualmente. Na ocasião, o uso de frames foi recomendado como básico para se entender a percepção visual, os diálogos em linguagem natural e outros conceitos complexos. Frame é uma representação de um objeto complexo. Ele é identificado por um nome e consiste em conjunto de slots. Cada frame possui ao menos um frame hierarquicamente superior e, portanto, constitui uma base com mecanismo de herança. Um frame especial é a raiz desta hierarquia de herança. 2

3 Sistemas baseados em cadeias semânticas e sistemas baseados em frames podem ser considerados semelhantes com respeito às suas estruturas, mas diferem no que representam. Quer dizer, enquanto cadeias semânticas representam objetos simples, um sistema de frames pode representar objetos complexos. Exemplo de frame: Frame: Course in KB University MemberSlot: enrolls ValueClass: Student Cardinality.Min: 2 Cardinality.Max: 30 MemberSlot: taughtby ValueClass: (UNION GradStudent Professor) Cardinality.Min: 1 Cardinality.Max: 1 Frame: AdvCourse in KB University SuperClasses: Course MemberSlot: enrolls ValueClass: (INTERSECTION GradStudent (NOT Undergrad)) Cardinality.Max: 20 Frame: BasCourse in KB University SuperClasses: Course MemberSlot: taughtby ValueClass: Professor Frame: Professor in KB University Frame: Student in KB University Frame: GradStudent in KB University SuperClasses: Student MemberSlot: degree ValueClass: String Cardinality.Min: 1 Cardinality.Max: 1 Frame: Undergrad in KB University SuperClasses: Student Redes Neurais Paralelamente à construção de sistemas especialistas ou sistemas baseados em conhecimento, como também são denominados, a área de Inteligência Artificial (IA) também avançou em outra direção, ou seja, na área conexionista. Esta linha de ação baseia-se na crença de que o comportamento inteligente só pode ser obtido através do maciço processamento paralelo, tal qual ocorre nas conexões neurais do Sistema Nervoso Central dos seres humanos. Esta linha conexionista é implementada através da construção de sistemas baseados em redes neurais artificiais. Resumidamente, as redes neurais artificiais podem ser descritas como modelos matemáticos que recebem um conjunto de evidências de entrada (camada de entrada), possuem várias camadas intermediárias de nós que se conectam amplamente às camadas adjacentes e, finalmente uma camada de saída que evidencia os resultados do processamento desta rede. A principal característica dos sistemas conexionistas é sua capacidade de aprendizado automático, a partir de um conjunto de exemplos, também chamado conjunto de treinamento. As redes neurais artificiais são, portanto, capazes de aprender, todavia não explicam como o 3

4 fizeram. Isto se deve ao fato que neste tipo de representação o conhecimento corresponde a pesos nos arcos de conexão entre os nós de entrada, intermediários e os nós de saída da rede. Desta forma, pode-se treinar um sistema conexionista para reconhecer caracteres, visualizar bordas em imagens ou, até mesmo, reconhecer voz. Os sistemas conexionistas têm sido largamente utilizados no desenvolvimento de aplicações para reconhecimento de padrões, tais como: voz, imagens, linguagem natural e identificação de arritmias no eletrocardiograma. Outras aplicações de redes neurais: Reconhecimento de voz; Reconhecimento de texto (OCR); Avaliação de risco de financiamento; Detector de bombas; Auxílio na identificação de reservas de petróleo; Algoritmo de aprendizado supervisionado para redes de uma camada: rede := rede com pesos aleatórios entre [-0.5, 0.5] repita para cada e conjunto de treinamento O := saída da rede para e T := saída esperada para e Erro := T - O para i de 1 até número de saídas se Erro[i] 0 para j de 0 até números entradas W[i,j] := W[i,j] + á * I[j] * Erro[i] // á > 0, taxa de aprendizado // I, valores entrada, I[0]=1 fim tudo até atingir uma taxa aceitável de erro Cláusula de Horn Em lógica, uma cláusula de Horn é uma cláusula (disjunção de literais) com no máximo um literal positivo. Uma cláusula de Horn com exatamente um literal positivo é dita uma cláusula definida (ou regra); uma cláusula de Horn sem literais positivos é às vezes dita cláusula objetivo (ou fato), especialmente no contexto da programação lógica. Uma fórmula de Horn é uma fórmula na forma normal conjuntiva cujas cláusulas são todas de Horn; em outras palavras, é uma conjunção de cláusulas de Horn. Uma cláusula de Horn dual é uma cláusula com no máximo um literal negativo. As cláusulas de Horn têm um papel essencial na programação lógica e são importantes na lógica construtiva. A seguinte fórmula é um exemplo de cláusula de Horn (definida): Em Prolog isto se escreve como: 4

5 u :- p, q,..., t Usando a lógica clássica proposicional, tal fórmula pode ser reescrita ainda, de forma equivalente, da seguinte forma: A relevância das cláusulas de Horn para demonstrações de teoremas através do princípio da resolução reside no fato de que a resolução de duas cláusulas de Horn é uma cláusula de Horn. Além disso, a resolução de uma cláusula objetivo e uma cláusula definida dá origem a uma nova cláusula objetivo, e resoluções deste gênero dão base à programação lógica e à linguagem de programação Prolog. No contexto da demonstração automática de teoremas, resoluções envolvendo cláusulas de Horn podem ser usadas para a definição de algoritmos eficientes para a verificação de teoremas (representados como uma cláusulas objetivos). As cláusulas de Horn são também de interesse no estudo da complexidade computacional, onde o problema de encontrar um conjunto de valorações para as variáveis de modo a satisfazer uma conjunção de cláusulas de Horn é um problema P-completo, às vezes chamado HORNSAT. Este problema é a versão P do problema de satisfatibilidade booleana, um problema NP-completo fundamental. Vale a pena mencionar ainda que um estudo recente ("An evaluation of the effect of the brainoriented organized knowledge map (Bookmap) for improving school results", Twan Brouwers & Hans Morélis, 2003) mostrou que diagramas baseados em cláusulas de Horn podem ter um efeito positivo na compreensão do conhecimento científico complexo por parte de estudantes de nível secundário. Lógicas de Descrição Lógicas de Descrição (DL) é uma família de formalismos para representar conhecimento que pode ser usada para representar taxonomias de um domínio formalmente. Lógicas de descrição, por um lado possuem uma sintaxe boa para descrever conceitos, por outro lado possuem uma semântica bem definida por uma tradução para lógica de primeira ordem. Lógicas foram desenvolvidas como uma extensão dos frames e das redes semânticas que não possuem semântica bem-definida. Regra de inferência Introdução Inferência é o processo pelo qual se chega a uma proposição, firmada na base de uma ou outras mais proposições aceitas como ponto de partida do processo. O Argumento é chamado 5

6 de premissa e o valor de conclusão. As conclusões são deduzidas a partir das premissas. Caso o estado das premissas esteja vazio, então a conclusão é dita ser o axioma da lógica. Uma propriedade desejável de uma regra de inferência é que esta seja efetiva, isto é, existe um procedimento efetivo para determinar se uma dada fórmula é inferível de um dado conjunto de fórmulas. Regras de inferência têm as seguintes características: 1. Se a Hipótese for verdadeira, então a Conclusão é verdadeira 2. Verificação de tipos é baseada em inferência. Se E1 e E2 tem certos tipos, então E3 tem um certo tipo. 3. Regras de inferência são uma notação compacta para comandos de implementação. 4. Inicia-se com um sistema simplificado de regras ao qual adiciona-se novas características gradualmente 5. As premissas são regras sem hipóteses Uma regra de inferência não precisa preservar qualquer propriedade semântica como verdadeira, já que não existe nenhuma regra que garanta que uma caracterização lógica sintática tenha uma semântica. Uma regra pode preservar, por exemplo, a propriedade da conjunção de uma sub-fórmula da uma fórmula mais extensa do conjunto de premissas. Note que existem diferentes sistemas de lógicas formais, cada qual com seus próprios conjuntos de fórmulas bem-formadas, regras de inferências, e algumas vezes, semânticas. Tome como exemplo as lógicas temporal, modal ou intuicionista. Na lógica de primeira ordem, é necessária uma regra de inferência adicional, conhecida como generalização. Na lógica formal, as regras de inferência são normalmente determinadas nas seguinte forma: premissa #1 premissa #2... premissa #n conclusão Esta expressão indica, que sempre que as premissas dadas forem obtidas durante alguma derivação lógica, a conclusão especificada pode ser provada. A linguagem formal que é usada para descrever ambas premissas e conclusões depende do atual contexto das derivações. Por exemplo, pode ser usada como uma fórmula lógica, assim como em A B A B ao qual é justamente a regra modus ponens da lógica proposicional. Regras de inferência são freqüentemente formuladas como regras esquematizadas pelo uso de variáveis universais. Na regra (esquemática) acima. A e B podem ser substituídas por algum elemento do universo (ou 6

7 as vezes, por convenção, alguns sub-conjuntos restritos como as proposições) um conjunto infinito de regras de inferência. Um sistema de prova é formado por um conjunto de regras, as quais podem ser interligadas para formar provas, ou derivações. Uma derivação tem apenas uma conclusão, a qual é um enunciado provado ou derivado. Se a premissa for verdadeira, então a conclusão também o será. Admissibilidade e Derivabilidade Em um conjunto de regras, uma regra de inferência pode ser redundante no sentido de que ela pode ser admissível ou derivável. Uma regra derivável é aquela que a conclusão pode ser derivada de suas premissas usando outras regras. Uma regra admissível é aquela que a conclusão é verdadeira sempre que as premissas também o forem. Todas as regras deriváveis são admissíveis. Para observar a diferença, considere os seguintes conjuntos de regras para definir os números naturais (tome como n pertencendo ao conjunto dos números naturais). A primeira regra indica que 0 é um número natural, e o segundo indica que s(n) é um número natural se n também o for. Em um sistema de provas, a regra a seguir demonstra que o segundo sucessor de um número natural é também um número natural, é derivável: Estas derivações são apenas composições de dois usos da regra de sucessão acima. A regra a seguir para a afirmação da existência de um antecessor para algum número diferente de zero é meramente admissível: Este é um fato dos números naturais, como pode ser provado por indução (para provar que esta regra é admissível, uma delas deve assumir uma derivação da premissa, e induzir para produzir uma derivação de ). Entretanto, ele não é derivável, porque ele depende de uma estrutura da derivação da premissa. Pelo fato desta derivabilidade ser estável sob adições para um sistema de provas, a admissibilidade não o é. Para ver a diferença, suponha que a seguinte regra sem sentido fosse adicionada para o sistema de provas: Neste novo sistema, a regra da dupla sucessão ainda é derivável. Entretanto, a regra para achar o antecessor já não é admissível, pois não há como derivar. A fragilidade da admissibilidade vem da maneira como é provada: desde que a prova possa induzir na estrutura 7

8 das derivações das premissas, extensões para o sistema adicionam novos casos para esta prova, a qual pode já não ser mais válida. Regras admissíveis podem ser pensadas como teoremas de sistemas de provas. Por exemplo, no cálculo seqüencial onde o teorema do corte é válido, a regra do corte é admissível. Outras Considerações Regras de inferências podem também ser indicadas desta forma: 1. algumas (talvez nenhuma) premissas. 2. o símbolo "infere", "prova" ou "conclui". 3. uma conclusão. Isto geralmente uma visão relacional (oposto de funcional) de uma regra de inferência, onde o mantém uma relação de dedução entre premissas e conclusões. Regras de inferência devem ser distinguidas de axiomas de uma teoria. Em termos de semântica, axiomas são asserções válidas. Axiomas são considerados pontos iniciais para a aplicação de regras de inferência e geração de um conjunto de conclusões. Ou em termos informais: Regras são enunciados SOBRE o sistema, axiomas são enunciados no sistema. Por exemplo: A regra que de você pode inferir que Derivável(p) é um enunciado que diz que se você pode provar p, então é provável que p seja derivável. Isto é usado na aritmética de Peano, por exemplo. O axioma Derivável(p) pode significar que todo enunciado verdadeiro é derivável. Isto, entretanto, não é usado na aritmética de Peano. Regras de inferência possuem um papel vital na especificação do cálculo lógico tanto na teoria de prova quanto no cálculo seqüencial e na dedução natural. Bibliografia Anexo:Lista de regras de inferência 8

Sistemas Inteligentes

Sistemas Inteligentes Sistemas Inteligentes Aula 21/10 Agentes Lógicos Agente Baseado em Conhecimento Agentes Baseados em Conhecimento ou Agentes Lógicos. Podem lidar mais facilmente com ambientes parcialmente observáveis.

Leia mais

MAC425/5739 Inteligência Artificial 6. Agentes lógicos

MAC425/5739 Inteligência Artificial 6. Agentes lógicos MAC425/5739 Inteligência Artificial 6. Agentes lógicos Denis Deratani Mauá (largamente baseado no material de aula dos Profs. Edileri de Lima e Leliane de Barros) REPRESENTAÇÃO DE CONHECIMENTO Busca (cega,

Leia mais

Dedução Natural e Sistema Axiomático Pa(Capítulo 6)

Dedução Natural e Sistema Axiomático Pa(Capítulo 6) Dedução Natural e Sistema Axiomático Pa(Capítulo 6) LÓGICA APLICADA A COMPUTAÇÃO Professor: Rosalvo Ferreira de Oliveira Neto Estrutura 1. Definições 2. Dedução Natural 3. Sistemas axiomático Pa 4. Lista

Leia mais

Sistemas Especialistas

Sistemas Especialistas Agenda Sistemas Especialistas Revisão Conceitos Básicos Entender uma ferramenta para S.E. Sistemas de Informação Inteligentes Prof. Esp. MBA Heuber G. F. Lima Aula2 Page 2 Conceitos I.A. Sistemas Especialistas

Leia mais

Conhecimento e Raciocínio Agente Lógicos Capítulo 7. Leliane Nunes de Barros

Conhecimento e Raciocínio Agente Lógicos Capítulo 7. Leliane Nunes de Barros Conhecimento e Raciocínio Agente Lógicos Capítulo 7 Leliane Nunes de Barros leliane@ime.usp.br Agentes Lógicos Agentes que podem formar representações do mundo, usar um processo de inferência para derivar

Leia mais

Cálculo proposicional

Cálculo proposicional O estudo da lógica é a análise de métodos de raciocínio. No estudo desses métodos, a lógica esta interessada principalmente na forma e não no conteúdo dos argumentos. Lógica: conhecimento das formas gerais

Leia mais

INF 1771 Inteligência Artificial

INF 1771 Inteligência Artificial INF 1771 Inteligência Artificial Aula 07 Agentes Lógicos Edirlei Soares de Lima Introdução Humanos possuem conhecimento e raciocinam sobre este conhecimento. Exemplo: João jogou

Leia mais

Conhecimento e Raciocínio Lógica Proposicional

Conhecimento e Raciocínio Lógica Proposicional Conhecimento e Raciocínio Lógica Proposicional Agente Baseado em Conhecimento ou Sistema Baseado em Conhecimento Representa conhecimento sobre o mundo em uma linguagem formal (KB) Raciocina sobre o mundo

Leia mais

Lógica Proposicional. LEIC - Tagus Park 2 o Semestre, Ano Lectivo 2007/08. c Inês Lynce c Luísa Coheur

Lógica Proposicional. LEIC - Tagus Park 2 o Semestre, Ano Lectivo 2007/08. c Inês Lynce c Luísa Coheur Capítulo 2 Lógica Proposicional Lógica para Programação LEIC - Tagus Park 2 o Semestre, Ano Lectivo 2007/08 c Inês Lynce c Luísa Coheur Programa Apresentação Conceitos Básicos Lógica Proposicional ou Cálculo

Leia mais

Lógica Proposicional (Consequência lógica / Dedução formal)

Lógica Proposicional (Consequência lógica / Dedução formal) Faculdade de Tecnologia Senac Pelotas Curso Superior de Tecnologia em Análise e Desenvolvimento de Sistemas Matemática Aplicada Prof. Edécio Fernando Iepsen Lógica Proposicional (Consequência lógica /

Leia mais

CURRÍCULO DO CURSO TECNOLOGIAS DA INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÃO (noturno) [Campus Araranguá] 20171

CURRÍCULO DO CURSO TECNOLOGIAS DA INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÃO (noturno) [Campus Araranguá] 20171 Documentação: Objetivo: Titulação: Diplomado em: Reconhecimento do Curso - Port.nº 122, de 05/07/2012/MEC Autorizado Portaria nº 322/SESU/2011, de 02/08/2011. Resolução nº 022/CEG/2008 de 10/12/2008,(Criação

Leia mais

Introdução ao Curso. Área de Teoria DCC/UFMG 2019/01. Introdução à Lógica Computacional Introdução ao Curso Área de Teoria DCC/UFMG /01 1 / 22

Introdução ao Curso. Área de Teoria DCC/UFMG 2019/01. Introdução à Lógica Computacional Introdução ao Curso Área de Teoria DCC/UFMG /01 1 / 22 Introdução ao Curso Área de Teoria DCC/UFMG Introdução à Lógica Computacional 2019/01 Introdução à Lógica Computacional Introdução ao Curso Área de Teoria DCC/UFMG - 2019/01 1 / 22 Introdução: O que é

Leia mais

INF 1771 Inteligência Artificial

INF 1771 Inteligência Artificial Edirlei Soares de Lima INF 1771 Inteligência Artificial Aula 06 Lógica Proposicional Lógica Proposicional Lógica simples. A sentenças são formadas por conectivos como: e, ou, então.

Leia mais

Fundamentos de Lógica Matemática

Fundamentos de Lógica Matemática Webconferência 5-22/03/2012 Prova por resolução Prof. L. M. Levada http://www.dc.ufscar.br/ alexandre Departamento de Computação (DC) Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) 2012/1 Introdução É possível

Leia mais

Métodos de Verificação

Métodos de Verificação Método de Na construção de derivações no sistema de cálculo de sequentes: Na aplicação de cada regra, só a manipulação referente à fórmula principal é informativa. A cópia dos contextos revela-se assim

Leia mais

Cálculo proposicional

Cálculo proposicional O estudo da lógica é a análise de métodos de raciocínio. No estudo desses métodos, a lógica esta interessada principalmente na forma e não no conteúdo dos argumentos. Lógica: conhecimento das formas gerais

Leia mais

Lógica Proposicional Parte 3

Lógica Proposicional Parte 3 Lógica Proposicional Parte 3 Nesta aula, vamos mostrar como usar os conhecimentos sobre regras de inferência para descobrir (ou inferir) novas proposições a partir de proposições dadas. Ilustraremos esse

Leia mais

Semântica Operacional

Semântica Operacional Semântica Conceitos Semântica é o estudo do significado. Incide sobre a relação entre significantes, tais como palavras, frases, sinais e símbolos, e o que eles representam, a sua denotação. Semântica

Leia mais

Inteligência Artificial

Inteligência Artificial Universidade Federal de Campina Grande Unidade Acadêmica de Sistemas e Computação Curso de Pós-Graduação em Ciência da Computação Inteligência Artificial Representação do Conhecimento (Parte I) Prof. a

Leia mais

Linguagens Lógicas. Aluno: Victor Rocha

Linguagens Lógicas. Aluno: Victor Rocha Linguagens Lógicas Aluno: Victor Rocha Roteiro Introdução Cálculo de Predicados Proposições Conectores Lógicos Variáveis Tipos de Cláusulas fatos regras Banco de Dados Prolog Fatos em Prolog Questões Unificação

Leia mais

4 AULA. Regras de Inferência e Regras de Equivalência LIVRO. META: Introduzir algumas regras de inferência e algumas regras de equivalência.

4 AULA. Regras de Inferência e Regras de Equivalência LIVRO. META: Introduzir algumas regras de inferência e algumas regras de equivalência. 1 LIVRO Regras de Inferência e Regras de Equivalência 4 AULA META: Introduzir algumas regras de inferência e algumas regras de equivalência. OBJETIVOS: Ao fim da aula os alunos deverão ser capazes de:

Leia mais

Inteligência Artificial. Sistemas Baseados em Conhecimento. Representação de Conhecimento (continuação)

Inteligência Artificial. Sistemas Baseados em Conhecimento. Representação de Conhecimento (continuação) Universidade Estadual do Oeste do Paraná Curso de Bacharelado em Ciência da Computação http://www.inf.unioeste.br/~claudia/ia2018.html Inteligência Artificial Sistemas Baseados em Conhecimento Representação

Leia mais

Programação em Lógica. UCPEL/CPOLI/BCC Lógica para Ciência da Computação Luiz A M Palazzo Maio de 2010

Programação em Lógica. UCPEL/CPOLI/BCC Lógica para Ciência da Computação Luiz A M Palazzo Maio de 2010 Programação em Lógica UCPEL/CPOLI/BCC Lógica para Ciência da Computação Luiz A M Palazzo Maio de 2010 Roteiro Introdução Conceitos Básicos Linguagens Lógicas Semântica de Modelos Semântica de Prova Programação

Leia mais

Inteligência Artificial. Conceitos Gerais

Inteligência Artificial. Conceitos Gerais Inteligência Artificial Conceitos Gerais Inteligência Artificial - IA IA é um campo de estudo multidisciplinar e interdisciplinar, que se apóia no conhecimento e evolução de outras áreas do conhecimento.

Leia mais

INF 1771 Inteligência Artificial

INF 1771 Inteligência Artificial INF 1771 Inteligência Artificial Aula 06 Lógica Proposicional Edirlei Soares de Lima Lógica Proposicional Lógica muito simplificada. A sentenças são formadas por conectivos como:

Leia mais

Lógica e prova de resolução Marco Henrique Terra

Lógica e prova de resolução Marco Henrique Terra Lógica e prova de resolução Marco Henrique Terra Introdução à Inteligência Artificial Introdução n Este capítulo trata de lógica. l Inicialmente discute-se se a notação empregada em lógica. l Depois mostra-se

Leia mais

Linguagem com sintaxe e semântica precisas: lógica. Mecanismo de inferência: derivado da sintaxe e da

Linguagem com sintaxe e semântica precisas: lógica. Mecanismo de inferência: derivado da sintaxe e da istemas de Apoio à Decisão Clínica, 09-1 1 Linguagem com sintaxe e semântica precisas: lógica. Mecanismo de inferência: derivado da sintaxe e da semântica. Importante: distinguir entre os fatos e sua representação

Leia mais

MD Lógica de Proposições Quantificadas Cálculo de Predicados 1

MD Lógica de Proposições Quantificadas Cálculo de Predicados 1 Lógica de Proposições Quantificadas Cálculo de Predicados Antonio Alfredo Ferreira Loureiro loureiro@dcc.ufmg.br http://www.dcc.ufmg.br/~loureiro MD Lógica de Proposições Quantificadas Cálculo de Predicados

Leia mais

O Estudo do Conhecimento

O Estudo do Conhecimento O Estudo do Conhecimento Aprender - ato que produz um comportamento diferente a um estímulo externo devido a excitações recebidas no passado e é, de uma certa forma, sinônimo de aquisição de conhecimento.

Leia mais

Sistema dedutivo. Sistema dedutivo

Sistema dedutivo. Sistema dedutivo Sistema dedutivo Estudaremos um sistema dedutivo axiomático axiomas lógicos e axiomas não lógicos (ou esquemas de axiomas) e regras de inferência (ou esquemas de regra) do tipo de Hilbert para a lógica

Leia mais

Mecanismos de Interrupção e de Exceção, Barramento, Redes e Sistemas Distribuídos. Sistemas Operacionais, Sistemas

Mecanismos de Interrupção e de Exceção, Barramento, Redes e Sistemas Distribuídos. Sistemas Operacionais, Sistemas Arquitetura de Computadores, Arquitetura de Computadores Organização de Computadores, Conjunto de Instruções, Sistemas Operacionais, Sistemas Operacionais, Sistemas Mecanismos de Interrupção e de Exceção,

Leia mais

3.4 Fundamentos de lógica paraconsistente

3.4 Fundamentos de lógica paraconsistente 86 3.4 Fundamentos de lógica paraconsistente A base desta tese é um tipo de lógica denominada lógica paraconsistente anotada, da qual serão apresentadas algumas noções gerais. Como já foi dito neste trabalho,

Leia mais

Lógica Proposicional. LEIC - Tagus Park 2 o Semestre, Ano Lectivo 2007/08. c Inês Lynce c Luísa Coheur

Lógica Proposicional. LEIC - Tagus Park 2 o Semestre, Ano Lectivo 2007/08. c Inês Lynce c Luísa Coheur Capítulo 2 Lógica Proposicional Lógica para Programação LEIC - Tagus Park 2 o Semestre, Ano Lectivo 2007/08 c Inês Lynce c Luísa Coheur Programa Apresentação Conceitos Básicos Lógica Proposicional ou Cálculo

Leia mais

Compiladores Análise de Tipos

Compiladores Análise de Tipos Compiladores Análise de Tipos Fabio Mascarenhas 2015.1 http://www.dcc.ufrj.br/~fabiom/comp Tipos Um tipo é: Um conjunto de valores Um conjunto de operações sobre esses valores Os tipos de uma linguagem

Leia mais

Lógica e Computação. Uma Perspectiva Histórica

Lógica e Computação. Uma Perspectiva Histórica Lógica e Computação Uma Perspectiva Histórica Alfio Martini Facin - PUCRS A Lógica na Cultura Helênica A Lógica foi considerada na cultura clássica e medieval como um instrumento indispensável ao pensamento

Leia mais

Lógica Proposicional

Lógica Proposicional Lógica Proposicional Lógica Proposicional As notações lógicas formais representam proposições em forma simbólica fbf Lembrando: fbf: fórmula bem formulada; Essas fbfs também são chamadas de fbfs proposicionais

Leia mais

Lógica Computacional DCC/FCUP 2017/18

Lógica Computacional DCC/FCUP 2017/18 2017/18 Raciocínios 1 Se o André adormecer e alguém o acordar, ele diz palavrões 2 O André adormeceu 3 Não disse palavrões 4 Ninguém o acordou Será um raciocínio válido? Raciocínios Forma geral do raciocínio

Leia mais

NHI Lógica Básica (Lógica Clássica de Primeira Ordem)

NHI Lógica Básica (Lógica Clássica de Primeira Ordem) NHI2049-13 (Lógica Clássica de Primeira Ordem) página da disciplina na web: http://professor.ufabc.edu.br/~jair.donadelli/logica O assunto O que é lógica? Disciplina que se ocupa do estudo sistemático

Leia mais

Formas Normais para Lógicas Modais

Formas Normais para Lógicas Modais GoBack Formas Normais para Lógicas Modais Cláudia Nalon http://www.cic.unb.br/docentes/nalon nalon@{cic.unb.br, unb.br} Universidade de Brasília Instituto de Ciências Exatas Departamento de Ciência da

Leia mais

Lógica Proposicional

Lógica Proposicional Lógica Proposicional Lógica Computacional Carlos Bacelar Almeida Departmento de Informática Universidade do Minho 2007/2008 Carlos Bacelar Almeida, DIUM LÓGICA PROPOSICIONAL- LÓGICA COMPUTACIONAL 1/28

Leia mais

Lógica de primeira ordem (Capítulo 8 - Russell) Inteligência Artificial

Lógica de primeira ordem (Capítulo 8 - Russell) Inteligência Artificial Lógica de primeira ordem (Capítulo 8 - Russell) Inteligência Artificial Estrutura 1- Contextualização 2- Definições 3- Lista de exercício 4- Prolog 5- Regras em Prolog - Mundo Wumpus 6- Aplicação do Mundo

Leia mais

Paradigma Simbólico. Sistemas de Informação UNISUL Aran Bey Tcholakian Morales, Dr. Eng. (Apostila 2)

Paradigma Simbólico. Sistemas de Informação UNISUL Aran Bey Tcholakian Morales, Dr. Eng. (Apostila 2) Paradigma Simbólico Sistemas de Informação UNISUL Aran Bey Tcholakian Morales, Dr. Eng. (Apostila 2) Revisão da aula anterior: definição de IA Podemos associar o termo IA com: Parte da ciência da computação

Leia mais

LÓGICA PARA COMPUTAÇÃO

LÓGICA PARA COMPUTAÇÃO LÓGICA PARA COMPUTAÇÃO Engenharia de Computação Professor: Rosalvo Ferreira de Oliveira Neto Apresentação Conteúdo Programático Referência bibliográfica Avaliações Dados pessoais Rosalvo Ferreira de Oliveira

Leia mais

LÓGICA I ANDRÉ PONTES

LÓGICA I ANDRÉ PONTES LÓGICA I ANDRÉ PONTES 4. Lógica Proposicional A Linguagem da Lógica Proposicional Letras Proposicionais: P, Q, R, S, T,... Conectivos Lógicos: Símbolos auxiliares: (, ), = Conectivo Leitura Símbolo Símbolos

Leia mais

Agentes Lógicos. Os agentes baseados no conhecimento:

Agentes Lógicos. Os agentes baseados no conhecimento: Agentes Lógicos A inteligência dos seres humanos é alcançada, não somente por mecanismos puramente reflexos, mas, por processos de raciocínio que operam em representações internas do conhecimento. Em IA,

Leia mais

Lógica Proposicional Parte II. Raquel de Souza Francisco Bravo 25 de outubro de 2016

Lógica Proposicional Parte II. Raquel de Souza Francisco Bravo   25 de outubro de 2016 Lógica Proposicional Parte II e-mail: raquel@ic.uff.br 25 de outubro de 2016 Argumento Válido Um argumento simbólica como: pode ser ser representado em forma P 1 P 2 P 3 P n Q Onde P 1, P 2,,P n são proposições

Leia mais

Todos os pássaros têm pena. Nem todos os passáros voam. Todo inteiro primo maior que dois é ímpar

Todos os pássaros têm pena. Nem todos os passáros voam. Todo inteiro primo maior que dois é ímpar O que procuramos? Todos os pássaros têm pena. Nem todos os passáros voam. Todo inteiro primo maior que dois é ímpar Pode ser tratado no cálculo sentencial, o qual não captura toda estrutura da sentença.

Leia mais

Introdução. Programação em Lógica. Resolução na Lógica Proposional. Resolução na Lógica Proposional. Resolução na Lógica Proposional.

Introdução. Programação em Lógica. Resolução na Lógica Proposional. Resolução na Lógica Proposional. Resolução na Lógica Proposional. Ciência da Computação Introdução Programação em Lógica Prof. Sergio Ribeiro Sistemas dedução da Lógica: Estabelecem estruturas que permitem a representação e dedução do conhecimento. Vários tipos: Sistema

Leia mais

Lógica Computacional

Lógica Computacional Aula Teórica 9: Forma Normal Conjuntiva Departamento de Informática 21 de Março de 2011 O problema Como determinar eficazmente a validade de uma fórmula? Objectivo Determinar a validade de raciocínios

Leia mais

Lógica Proposicional Parte 2

Lógica Proposicional Parte 2 Lógica Proposicional Parte 2 Como vimos na aula passada, podemos usar os operadores lógicos para combinar afirmações criando, assim, novas afirmações. Com o que vimos, já podemos combinar afirmações conhecidas

Leia mais

Agentes Lógicos. Capítulo 7 (online)

Agentes Lógicos. Capítulo 7 (online) Agentes Lógicos Capítulo 7 (online) Sumário Agentes baseados em conhecimento O mundo do Wumpus Lógica em geral Lógica proposicional (Booleana) Equivalência, validade, satisfação Regras de inferência e

Leia mais

Representação de Conhecimento

Representação de Conhecimento Universidade Federal do Espírito Santo Centro de Ciências Agrárias CCA UFES Departamento de Computação Representação de Conhecimento Inteligência Artificial Site: http://jeiks.net E-mail: jacsonrcsilva@gmail.com

Leia mais

JOÃO NUNES de SOUZA. LÓGICA para CIÊNCIA da COMPUTAÇÃO. Uma introdução concisa

JOÃO NUNES de SOUZA. LÓGICA para CIÊNCIA da COMPUTAÇÃO. Uma introdução concisa JOÃO NUNES de SOUZA LÓGICA para CIÊNCIA da COMPUTAÇÃO Uma introdução concisa 2 de junho de 2009 1 A linguagem da Lógica Proposicional Errata Caso você encontre algum erro nesse capítulo ou tenha algum

Leia mais

Lógica Computacional

Lógica Computacional Aula Teórica 13: Dedução Natural em Lógica Proposicional António Ravara Simão Melo de Sousa Departamento de Informática, Faculdade de Ciências e Tecnologia, Universidade Nova de Lisboa Departamento de

Leia mais

Representação do Conhecimento

Representação do Conhecimento Representação do Conhecimento O Estudo do Conhecimento Aprender - ato que produz um comportamento diferente a um estímulo externo devido a excitações recebidas no passado e é, de uma certa forma, sinônimo

Leia mais

Redes Neurais Artificial. Inteligência Artificial. Professor: Rosalvo Ferreira de Oliveira Neto

Redes Neurais Artificial. Inteligência Artificial. Professor: Rosalvo Ferreira de Oliveira Neto Redes Neurais Artificial Inteligência Artificial Professor: Rosalvo Ferreira de Oliveira Neto Estrutura 1. Definições 2. Histórico 3. Conceitos Básicos 4. Aprendizado em RNA 5. Exemplo de Aprendizado com

Leia mais

Introdu c ao ` a L ogica Matem atica Ricardo Bianconi

Introdu c ao ` a L ogica Matem atica Ricardo Bianconi Introdução à Lógica Matemática Ricardo Bianconi Capítulo 4 Dedução Informal Antes de embarcarmos em um estudo da lógica formal, ou seja, daquela para a qual introduziremos uma nova linguagem artificial

Leia mais

Compiladores Análise de Tipos

Compiladores Análise de Tipos Compiladores Análise de Tipos Fabio Mascarenhas - 2013.2 http://www.dcc.ufrj.br/~fabiom/comp Tipos Um tipo é: Um conjunto de valores Um conjunto de operações sobre esses valores Os tipos de uma linguagem

Leia mais

Lógica Computacional

Lógica Computacional Lógica Computacional 3.ano LCC e LERSI URL: http://www.ncc.up.pt/~nam/aulas/0304/lc Escolaridade: 3.5T e 1P Frequência:Semanalmente serão propostos trabalhos aos alunos, que serão entregues até hora e

Leia mais

PORTUGUÊS ESTRUTURADO: INTRODUÇÃO INTRODUÇÃO À PROGRAMAÇÃO PROF. ALEXANDRO DOS SANTOS SILVA

PORTUGUÊS ESTRUTURADO: INTRODUÇÃO INTRODUÇÃO À PROGRAMAÇÃO PROF. ALEXANDRO DOS SANTOS SILVA PORTUGUÊS ESTRUTURADO: INTRODUÇÃO INTRODUÇÃO À PROGRAMAÇÃO PROF. ALEXANDRO DOS SANTOS SILVA SUMÁRIO Introdução Conceitos básicos Formato básico Tipos primitivos Variáveis Constantes Operadores Operações

Leia mais

MAC Trabalho de Formatura Supervisionado Proposta de Trabalho de Conclusão de Curso

MAC Trabalho de Formatura Supervisionado Proposta de Trabalho de Conclusão de Curso MAC0499 - Trabalho de Formatura Supervisionado Proposta de Trabalho de Conclusão de Curso July 3, 2006 Aluno: Fabio Alexandre Campos Tisovec Supervisor: Marcelo Finger Tema do trabalho: Um provador automático

Leia mais

INE5403 FUNDAMENTOS DE MATEMÁTICA DISCRETA

INE5403 FUNDAMENTOS DE MATEMÁTICA DISCRETA INE5403 FUNDAMENTOS DE MATEMÁTICA DISCRETA PARA A COMPUTAÇÃO PROF. DANIEL S. FREITAS UFSC - CTC - INE Prof. Daniel S. Freitas - UFSC/CTC/INE/2007 p.1/81 1 - LÓGICA E MÉTODOS DE PROVA 1.1) Lógica Proposicional

Leia mais

3.3 Cálculo proposicional clássico

3.3 Cálculo proposicional clássico 81 3.3 Cálculo proposicional clássico 3.3.1 Estrutura dedutiva Neste parágrafo serão apresentados, sem preocupação com excesso de rigor e com riqueza de detalhes, alguns conceitos importantes relativos

Leia mais

Compiladores Análise de Tipos

Compiladores Análise de Tipos Compiladores Análise de Tipos Fabio Mascarenhas - 2013.1 http://www.dcc.ufrj.br/~fabiom/comp Tipos Um tipo é: Um conjunto de valores Um conjunto de operações sobre esses valores Os tipos de uma linguagem

Leia mais

Lógica Computacional

Lógica Computacional Lógica Computacional Lógica de Operadores Booleanos Interpretações Tautológicas, Lógicas e Analíticas Funcionalidade / Tabelas de Verdade dos Operadores Booleanos Consequências Tautológica, Lógica e Analítica

Leia mais

SCC Capítulo 2 Lógica de Predicados

SCC Capítulo 2 Lógica de Predicados SCC-630 - Capítulo 2 Lógica de Predicados João Luís Garcia Rosa 1 1 Departamento de Ciências de Computação Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação Universidade de São Paulo - São Carlos http://www.icmc.usp.br/~joaoluis

Leia mais

2 Preliminares. (ii) α é uma subfórmula de α; (iii) Se γ β é uma subfórmula de α então também são γ, β para =,,.

2 Preliminares. (ii) α é uma subfórmula de α; (iii) Se γ β é uma subfórmula de α então também são γ, β para =,,. 2 Preliminares Com intuito de fixar a notação, apresentaremos, neste capítulo, resultados e definições essenciais que serão utilizados ao longo da tese. Para indicar identidade de duas expressões, usaremos.

Leia mais

Modelo Entidade Relacionamento

Modelo Entidade Relacionamento Programa DCC011 Introdução a Banco de Dados Modelo Entidade Relacionamento Mirella M. Moro Departamento de Ciência da Computação Universidade Federal de Minas Gerais mirella@dcc.ufmg.br Introdução Conceitos

Leia mais

TGR BCC Representação Computacional de Grafos. Prof. Ricardo José Pfitscher

TGR BCC Representação Computacional de Grafos. Prof. Ricardo José Pfitscher TGR BCC Representação Computacional de Grafos Prof. Ricardo José Pfitscher Cronograma Representação Matriz de djacências Lista de djacências Matriz de Incidências Representação Como podemos representar

Leia mais

Conceitos Básicos. LEIC 2 o Semestre, Ano Lectivo 2012/13. c Inês Lynce

Conceitos Básicos. LEIC 2 o Semestre, Ano Lectivo 2012/13. c Inês Lynce Capítulo 1 Conceitos Básicos Lógica para Programação LEIC 2 o Semestre, Ano Lectivo 2012/13 c Inês Lynce Bibliografia Martins J.P., Lógica para Programação, Capítulo 1. Ben-Ari M., Mathematical Logic for

Leia mais

Lógica para Computação

Lógica para Computação Lógica para Computação Prof. Celso Antônio Alves Kaestner, Dr. Eng. celsokaestner (at) utfpr (dot) edu (dot) br Sistemas Dedutivos Um Sistema Dedutivo (SD) tem por objetivo obter, a partir de um conjunto

Leia mais

Inteligência Artificial IA II. LÓGICA DE PREDICADOS PARA REPRESENTAÇÃO DO CONHECIMENTO

Inteligência Artificial IA II. LÓGICA DE PREDICADOS PARA REPRESENTAÇÃO DO CONHECIMENTO Inteligência Artificial IA Prof. João Luís Garcia Rosa II. LÓGICA DE PREDICADOS PARA REPRESENTAÇÃO DO CONHECIMENTO 2004 Representação do conhecimento Para representar o conhecimento do mundo que um sistema

Leia mais

Lógica Proposicional. Prof. Dr. Silvio do Lago Pereira. Departamento de Tecnologia da Informação Faculdade de Tecnologia de São Paulo

Lógica Proposicional. Prof. Dr. Silvio do Lago Pereira. Departamento de Tecnologia da Informação Faculdade de Tecnologia de São Paulo Lógica Proposicional Prof. Dr. Silvio do Lago Pereira Departamento de Tecnologia da Informação aculdade de Tecnologia de São Paulo Motivação IA IA estuda estuda como como simular simular comportamento

Leia mais

Lógica. Cálculo Proposicional. Introdução

Lógica. Cálculo Proposicional. Introdução Lógica Cálculo Proposicional Introdução Lógica - Definição Formalização de alguma linguagem Sintaxe Especificação precisa das expressões legais Semântica Significado das expressões Dedução Provê regras

Leia mais

Análise e Síntese de Algoritmos. Problemas NP-Completos CLRS, Cap. 34

Análise e Síntese de Algoritmos. Problemas NP-Completos CLRS, Cap. 34 Análise e Síntese de Algoritmos Problemas NP-Completos CLRS, Cap. 34 Contexto Revisões [CLRS, Cap. 1-10] Algoritmos em Grafos [CLRS, Cap. 22-26] Algoritmos elementares Árvores abrangentes Caminhos mais

Leia mais

Lógica proposicional

Lógica proposicional Lógica proposicional Sintaxe Proposição: afirmação que pode ser verdadeira ou falsa Proposições podem ser expressas como fórmulas Fórmulas são construídas a partir de símbolos: De verdade: true (verdadeiro),

Leia mais

Compiladores Análise de Tipos

Compiladores Análise de Tipos Compiladores Análise de Tipos Fabio Mascarenhas 2018.1 http://www.dcc.ufrj.br/~fabiom/comp Tipos Um tipo é: Um conjunto de valores Um conjunto de operações sobre esses valores Os tipos de uma linguagem

Leia mais

Lógica Computacional

Lógica Computacional Aula Teórica 8: Forma Normal Conjuntiva António Ravara Simão Melo de Sousa Departamento de Informática, Faculdade de Ciências e Tecnologia, Universidade Nova de Lisboa Departamento de Informática, Faculdade

Leia mais

Inteligência Artificial. Sistemas Baseados em Conhecimento. Técnicas para Representação de Conhecimento Continuação

Inteligência Artificial. Sistemas Baseados em Conhecimento. Técnicas para Representação de Conhecimento Continuação Universidade Estadual do Oeste do Paraná Curso de Bacharelado em Ciência da Computação Inteligência Artificial Sistemas Baseados em Conhecimento Técnicas para Representação de Conhecimento Continuação

Leia mais

Dedução Natural LÓGICA APLICADA A COMPUTAÇÃO. Professor: Rosalvo Ferreira de Oliveira Neto

Dedução Natural LÓGICA APLICADA A COMPUTAÇÃO. Professor: Rosalvo Ferreira de Oliveira Neto Dedução Natural LÓGICA APLICADA A COMPUTAÇÃO Professor: Rosalvo Ferreira de Oliveira Neto Estrutura 1. Definições 2. Dedução Natural 3. Lista Um dos objetivos principais da lógica é o estudo de estruturas

Leia mais

AULA TEÓRICA RESOLUÇÃO DE PROBLEMAS 4ª

AULA TEÓRICA RESOLUÇÃO DE PROBLEMAS 4ª AULA TEÓRICA RESOLUÇÃO DE PROBLEMAS 4ª Aula por Helder Coelho IIA 1 REPRESENTAÇÃO E INTELIGÊNCIA QUESTÕES PARA DISCUSSÃO: Transformação do problema compreender o problema reflectir/pensar o problema lógica,

Leia mais

Lógica Computacional DCC/FCUP 2017/18

Lógica Computacional DCC/FCUP 2017/18 2017/18 Funcionamento da disciplina Docentes: Teóricas: Sandra Alves Práticas: Sandra Alves e Nelma Moreira Página web http://www.dcc.fc.up.pt/~sandra/home/lc1718.html (slides de aulas e folhas de exercícios,

Leia mais

Descrição do Mundo de Wumpus. Inteligência Artificial

Descrição do Mundo de Wumpus. Inteligência Artificial Descrição do Mundo de Wumpus Mundo de Wumpus Mundo de Wumpus -1 Mundo de Wumpus - 2 Mundo de Wumpus - 3 Mundo de Wumpus - 4 Wumpus Outros Pontos Críticos Descrição Lógica do Mundo de Wumpus Identidades

Leia mais

Lógica Proposicional Sintaxe

Lógica Proposicional Sintaxe Lógica Proposicional Sintaxe José Gustavo de Souza Paiva Lógica Proposicional Forma mais simples da lógica Fatos do mundo real representados por sentenças sem argumento proposições Proposição Sentença

Leia mais

Análise e Síntese de Algoritmos

Análise e Síntese de Algoritmos Análise e Síntese de Algoritmos Problemas NP-Completos CLRS, Cap. 34 Contexto Algoritmos em Grafos Estruturas de Dados para Conjuntos Disjuntos Programação Linear Programação Dinâmica Algoritmos Greedy

Leia mais

SEMÂNTICA. Rogério Rocha. rode = program simples = var x : int := 3 in x := x + 5 end.

SEMÂNTICA. Rogério Rocha. rode = program simples = var x : int := 3 in x := x + 5 end. SEMÂNTICA program simples = var x : int := 3 in x := x + 5 end. rode =? Rogério Rocha Roteiro Introdução Sintaxe Semântica Dinâmica (Métodos formais) Operacional Axiomática Denotacional Estática Conclusão

Leia mais

Unidade II. A notação de que a proposição P (p, q, r,...) implica a proposição Q (p, q, r,...) por:

Unidade II. A notação de que a proposição P (p, q, r,...) implica a proposição Q (p, q, r,...) por: LÓGICA Objetivos Apresentar regras e estruturas adicionais sobre o uso de proposições. Conceituar implicação lógica, tautologias, e as propriedade sobre proposições. Apresentar os fundamentos da dedução,

Leia mais

Fórmulas da lógica proposicional

Fórmulas da lógica proposicional Fórmulas da lógica proposicional As variáveis proposicionais p, q, são fórmulas (V P rop ) é fórmula (falso) α e β são fórmulas, então são fórmulas (α β), (α β), (α β) e ( α) DCC-FCUP -TAI -Sistemas Dedutivos

Leia mais

Aula 1: Introdução ao curso

Aula 1: Introdução ao curso Aula 1: Introdução ao curso MCTA027-17 - Teoria dos Grafos Profa. Carla Negri Lintzmayer carla.negri@ufabc.edu.br Centro de Matemática, Computação e Cognição Universidade Federal do ABC 1 Grafos Grafos

Leia mais

A linguagem da Lógica de Predicados. (Capítulo 8) LÓGICA APLICADA A COMPUTAÇÃO. Professor: Rosalvo Ferreira de Oliveira Neto

A linguagem da Lógica de Predicados. (Capítulo 8) LÓGICA APLICADA A COMPUTAÇÃO. Professor: Rosalvo Ferreira de Oliveira Neto A linguagem da Lógica de Predicados (Capítulo 8) LÓGICA APLICADA A COMPUTAÇÃO Professor: Rosalvo Ferreira de Oliveira Neto Estrutura 1. Contextualização 2. Definições 3. Exemplos 4. Lista 3 O que não é

Leia mais

Planejamento em IA. Blackbox Graphplan + SATplan. Leliane Nunes de Barros

Planejamento em IA. Blackbox Graphplan + SATplan. Leliane Nunes de Barros Planejamento em IA Blackbox Graphplan + SATplan Introdução SATplan métodos para compilar problemas de planejamento em fórmulas proposicionais (CNF) resolvidas por algoritmos SAT sistemáticos e estocásticos.

Leia mais

Introdução à Modelagem Conceitual 1. Conceitos Básicos

Introdução à Modelagem Conceitual 1. Conceitos Básicos Universidade Católica de Pelotas Centro Politécnico Bacharelado em Ciência da Computação Introdução à Modelagem Conceitual 1. Conceitos Básicos Luiz A M Palazzo Agosto, 2010 Roteiro A disciplina Noção

Leia mais

INF 1771 Inteligência Artificial

INF 1771 Inteligência Artificial INF 1771 Inteligência Artificial Aula 05 Introdução à Lógica Edirlei Soares de Lima Introdução Humanos possuem conhecimento e raciocinam sobre este conhecimento. Exemplo: João jogou

Leia mais

Programação de Computadores:

Programação de Computadores: Instituto de C Programação de Computadores: Introdução a Linguagens de Programação Luis Martí Instituto de Computação Universidade Federal Fluminense lmarti@ic.uff.br - http://lmarti.com Seis Camadas Problema

Leia mais

Apostila de Sistemas Digitais e Computadores MÓDULOS I & II: REVISÃO ÁLGEBRA DE BOOLE.

Apostila de Sistemas Digitais e Computadores MÓDULOS I & II: REVISÃO ÁLGEBRA DE BOOLE. INSTITUTO SUPERIOR POLITÉCNICO METROPOLITANO DE ANGOLA DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS TECNOLÓGICAS E ENGENHARIAS Apostila de Sistemas Digitais e Computadores MÓDULOS I & II: REVISÃO ÁLGEBRA DE BOOLE. SDC LCC1N

Leia mais

Lógica predicados. Lógica predicados (continuação)

Lógica predicados. Lógica predicados (continuação) Lógica predicados (continuação) Uma formula está na forma normal conjuntiva (FNC) se é uma conjunção de cláusulas. Qualquer fórmula bem formada pode ser convertida para uma FNC, ou seja, normalizada, seguindo

Leia mais

A evolução natural deu ao cérebro humano muitas características desejáveis que não estão presentes na máquina de von Neumann:

A evolução natural deu ao cérebro humano muitas características desejáveis que não estão presentes na máquina de von Neumann: Faculdade de Engenharia de Computação Centro de Ciências Exatas, Ambientais e de Tecnologias PUC-Campinas João Luís Garcia Rosa 2004 2 A evolução natural deu ao cérebro humano muitas características desejáveis

Leia mais

LÓGICA I. André Pontes

LÓGICA I. André Pontes LÓGICA I André Pontes 1. Conceitos fundamentais O que é a Lógica? A LÓGICA ENQUANTO DISCIPLINA Estudo das leis de preservação da verdade. [Frege; O Pensamento] Estudo das formas válidas de argumentos.

Leia mais