Índice. Introdução. Passo 1 - Conhecer os. O que é capital de risco. Manual
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- Maria dos Santos da Rocha Domingues
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1 Manual O que é capital de risc Índice Intrduçã Pass 1 - Cnhecer s cnceits-base Pass 2 - Cnhecer as frmas de atuaçã Pass 3 - Elabrar um plan de negócis Pass 4 - Apresentar plan de negócis a ptenciais SCR Pass 5 - Estudar a viabilidade ecnômica Pass 6 - Efetuar a negciaçã final Intrduçã O capital de risc é um instrument financeir que cnsiste na participaçã temprária e minritária de uma Sciedade de Capital de Risc (SCR) u de um investidr individual (business angel) n capital scial de uma empresa. Trata-se de uma entidade que tma parte ns riscs d negóci, dispnibilizand funds e trnand-se sócia u acinista da empresa financiada. É precis nã cnfundir capital de risc cm endividament. Num empréstim, s financiadres têm direits a jurs e reembls d capital quer negóci tenha êxit u nã. N capital de risc, s investidres ficam sujeits à perfrmance financeira d negóci. Para muits empreendedres, recurs a capital de risc é a primeira experiência cm um investidr extern que partilha a gestã da empresa. De rest, a relaçã empreendedr/scr é um tema que tem sid muit debatid. Para uns, a participaçã na gestã deve ser reduzida, para utrs essa participaçã deve ser incrementada através de um mair api à gestã. Esta pde ser uma das explicações para fat de as empresas ainda recrrerem em primeir lugar a crédit. Ora, ist implica a existência de idéias pré-cncebidas acerca desta parceria. Assim, capital de risc nã é: Um incentiv a empresas em dificuldades. Ou seja, capital de risc nã é a "tábua de salvaçã" para s prblemas decrrentes da má gestã d negóci, entre utrs fatres; Um subsídi a fund perdid. A idéia de que capital de risc é uma espécie de subsídi atribuíd sem necessidade de remuneraçã nã é crreta. O que se estabelece é uma parceira entre empresa e SCR que vai muit para além d financiament; Uma frma de api financeir. O seu bjetiv nã é "injetar" capital na empresa, mas sim, aprveitál para delinear uma estratégia de revitalizaçã que passa pr tds s setres envlvids. Vantagens O bjetiv d capital de risc é a valrizaçã d negóci. Daí que esta relaçã entre investidr e empresa deva ser encarada cm uma parceria na qual as partes têm bjetivs cmuns. A entrada de um capitalista de risc pde ser fnte de várias vantagens para a empresa, tais cm: Acnselhament à gestã; Sugestões para desenvlviment d negóci; Implementaçã de sistemas de infrmaçã Estabeleciment de canais de cntat nacinais e internacinais para estabeleciment de parcerias, jintventures u transferência de tecnlgia. Pssibilidade de elabrar a estratégia futura da empresa sem afetar a gestã crrente. Pass 1 - Cnhecer s
2 cnceits-base O Capital de Risc é um recurs dispnível a um empreendedr que pretenda redirecinar negóci u implementar uma nva estratégia de desenvlviment. N fund, é um imprtante instrument de financiament para PME, pis ajuda à sua mdernizaçã e reestruturaçã, cm benefícis a nível da cmpetitividade e rentabilidade. N Capital de Risc existem três tips de investidres: Venture Capitalists, essencialmente sciedades cuj bjetiv é participar n capital de utras empresas para bter mais-valias cm a psterir alienaçã da participaçã adquirida; Business Angels, investidres que atuam pr cnta própria. O seu capital prprcina baixas taxas de financiament nmeadamente a prjets de seed capital e start-ups; Crprate venturing, investidres (nrmalmente empresas), que realizam investiments em empresas que encaixem nas suas estratégias, e que acabam mais tarde pr pertencer as respectivs cnglmerads. Nte-se que este cas é um puc diferente ds anterires já que a participaçã nã é adquirida para uma psterir alienaçã, cm mais-valias, mas é uma aquisiçã estratégica. Além destes existem ainda entidades cm a Firsttuesday, que prmvem cntat entre investidres e empreendedres, e que pdem ser também uma alternativa. Trata-se de uma rede de 49 cidades em 29 países que junta s principais intervenientes n setr tecnlógic: s empreendedres e s financiadres. Pass 2 - Cnhecer as frmas de atuaçã A par das Sciedades de Capital de Risc, existem também s Funds de Capital de Risc (FCR) e s Funds de Reestruturaçã e Internacinalizaçã Empresarial (FRIE), gerids pr empresas de capital de risc. Sciedades de Capital de Risc: Têm cm principal bjet api e prmçã a investiment e à invaçã tecnlógica em prjets u empresas através da participaçã temprária n respectiv capital scial. As SCR pdem ainda prestar assistência na gestã das sciedades participadas assim cm realizar estuds de viabilidade de empresas, prjets de investiment, cndições e mdalidades d respectiv financiament. Funds de capital de risc: Trata-se de uma mdalidade de funds de investiment mbiliári cuja principal característica é de que seu patrimôni deverá ser preferencialmente cmpst pr qutas de capital e ações e brigações nã admitidas à ctaçã na Blsa. O patrimôni ds FCR destina-se a ser investid na aquisiçã de participações n capital de sciedades nã ctadas em Blsa. Funds de Reestruturaçã e Internacinalizaçã Empresarial: O seu principal bjetiv é as empresas que pretendem desenvlver um prcess interativ de reestruturaçã u internacinalizaçã. Sã funds de investiment mbiliári abert. O seu patrimôni destina-se a ser investid na aquisiçã de participações n capital de sciedades que pertençam a setres declarads em reestruturaçã pr resluçã d Cnselh de Ministrs, cntribuam para refrç da cmpetitividade da ecnmia nacinal e da eficácia empresarial e estejam envlvidas na cncretizaçã de investiments direts n exterir. Pass 3 - Elabrar um plan de negócis A prpsta de negóci necessita de ser prmvida junt d ptencial financiadr e parceir. A elabraçã de um plan de negócis é fundamental para: Apresentar prjet, Dar credibilidade e visibilidade às pessas que prpõem, Demnstrar a sua rentabilidade.
3 O plan frnece imediatamente uma primeira aprximaçã da qualidade da gestã, fatr essencial para atrair a cnfiança d capitalista de risc. Pr iss, deve ser preparad pela gestã da empresa embra a pssibilidade de participaçã de cnsultres externs seja uma hipótese a pnderar. Essencialmente, plan deve: Cbrir áreas cm a gestã ecnômica e financeira, uma vez que estas serã enfque fundamental de uma futura parceria; Prever s riscs inerentes a negóci, para diminuir a mínim a margem de insucess; Pssuir uma estratégia de implementaçã delineada para pder ser rapidamente pst em prática e que prprcinam um cresciment rentável; Descrever cuidadsamente enquadrament da indústria, u seja, definir mercad em que a empresa pera, perspectivas, desenvlviment, enquadraments da empresa, principais cmpetidres, quta de mercad e psicinament. Assim, s elements essenciais que nã pdem nunca faltar num plan de negócis sã: Características d prdut u serviç a lançar, Necessidade d mercad que s prduts u serviçs vêm preencher, Psicinament d prdut n mercad nacinal e pssibilidades de internacinalizaçã, Vantagens cmpetitivas, Linhas mestras que levarã à rentabilidade d prjet, Equipe de gestã, Dcuments financeirs prvisinais e indicadres. O plan de negócis deve ser apresentad a algumas SCR previamente selecinadas e que se aprximem das características da empresa prpnente. A prpsta é cuidadsamente analisada e estudada. Tda a equipe que elabru plan deve estar preparada para apresentar. A priridade agra é cntatar a SCR, entregar cópias d plan e aguardar. Trata-se de uma decisã imprtante, em que a SCR vai analisar três pnts-chave: Ptencial de cresciment; Vantagens cmpetitivas; Remuneraçã financeira em funçã d risc. Partind d princípi de que há um parecer psitiv, prpnente deve preparar-se para apresentar seu plan de negócis. Aqui, aplicam-se tdas as técnicas para fazer apresentações públicas, junt das SCR u de investidres individuais, s business angels. Alguns pnts sã essenciais: Nã fazer uma expsiçã demasiad lnga, Ter um cnheciment perfeit d negóci, Dar uma imagem de cnfiança, mas nã de arrgância, Respnder a tdas as perguntas. Se a apresentaçã crrer bem, a discussã das cndições da peraçã deverá centrar-se n estabeleciment d valr d negóci.
4 ecnômica O próxim pass, que será penúltim antes da negciaçã final, vai estabelecer valr da participaçã. É aqui que a SCR estuda a viabilidade ecnômica, cmercial e financeira d negóci. Nesta altura, sã crrentes as auditrias e s pareceres técnics quand se trata de prpstas para prduts u prcesss invadres. Ambs têm cm bjetiv a cnstituiçã de uma "segunda leitura" que pretende cnfirmar as infrmações d Plan e preparar a "base" d acrd sujeita à última fase deste prcess. Assim, s ptenciais investidres vã recrrer a uma série de especialistas e cnsultres para avaliar s mais variads elements da prpsta: Aspects legais (cntencis, garantias, cauções, autrizações, licenças, patentes, etc.). Aspects financeirs (funds necessáris, endividament, fund peracinal, necessidades de tesuraria, etc.). Aspects ligads à prduçã (equipaments, sub-cntrats, lgística, etc.). Aspects ligads à prpriedade (capital, estatuts, privilégis, etc.). Aspects de gestã (cndições de mercad, marketing, frça de vendas, gama de prduts, etc.). Refira-se que aqui sã pssíveis várias frmas de atuaçã d financiadr. Freqüentemente nã se trata smente de vender uma participaçã n capital da empresa a criar, mas de estabelecer uma relaçã. Vale a pena indicar dis instruments: Acrds para-sciais: acrds negciads que estabelecem claramente s direits e deveres das duas partes, s financiadres (SCR u business angel) e s empreendedres. Estabelecem-se as cndições cas a cas, que têm que ver cm: Terms de entrada, permanência e saída da SCR, nde se definem s timings para a clabraçã cnjunta de empresa e SCR. Distribuiçã de lucrs. É precis nã esquecer que uma SCR participa efetivamente ns ganhs e perdas da empresa. Este é um pnt fundamental que deve ser cuidadsamente analisad. Api financeir e técnic. Há cass de empresas que requerem api mais experiente de uma SCR na gestã financeira e técnica. Os mldes em que essa clabraçã é feita devem estar perfeitamente definids. Eleiçã e cmpsiçã ds crps sciais. Cm fi referid anterirmente, muitas empresas decidem incluir as SCR ns seus crps sciais. Este é um pnt fundamental, uma vez que é através dele que a parceria se vai efetivar. Definiçã da estratégia empresarial. A empresa pde ter delinead uma estratégia nã cndizente cm recurs a capital de risc. Lg, tda a estratégia deve ser definida em parceria, que também é uma cnseqüência das alíneas anterires. Ações preferenciais: sã ações que dã as seus titulares preferência na distribuiçã de dividends. Pass 6 - Efetuar a negciaçã final Cm tds s elements em mã, chega a fase da negciaçã prpriamente dita. Se tdas as etapas anterires se tiverem passad bem, u seja, s elements técnics tiverem sid elabrads de frma prfissinal e cm ba-fé de ambs s lads, esta fase pde ser rápida e relativamente cnsensual. Em face de tud que fi analisad, é pssível chegar a um acrd que satisfaça tdas as partes envlvidas. É precis nã esquecer que se trata d estabeleciment de uma parceria e, assim, uma relaçã de cnfiança é essencial. Na fase da negciaçã final é imprtante ser abert, cperativ e flexível, nmeadamente quant às cndições de participaçã. Um empreendedr que decida avançar para capital de risc e que nã tenha em cnta estes e utr item pde enfrentar séris prblemas na gestã e na cnduçã da estratégia empresarial d negóci. O capital de risc implica uma relaçã de trabalh cnjunta cm uma SCR e a mentalidade empresarial talvez esteja ainda um puc "fechada" a este nível, que a leva a encarar capital de risc cm algumas reservas. Talvez seja pr iss que a mair parte das empresas ainda prefira endividament a médi e lng praz cm frma de financiament. Bibligrafia
5 Banha, Francisc; Capital de Risc - O Impact da Fiscalidade; Ediçã Vida Ecnómica, Banha, Francisc; Capital de Risc - Os Temps estã a Mudar; Bertrand Editra, Acerplan Treinament e Aperfeiçament Prfissinal Adaptad Prtal Executiv
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