DIREITO DO TRABALHO MÓDULO I - PARTE GERAL. Prof. Antero Arantes Martins AULA 1 27/02/2018

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1 DIREITO DO TRABALHO MÓDULO I - PARTE GERAL. Prof. Antero Arantes Martins AULA 1 27/02/2018

2 DIREITO DO TRABALHO AULA 1 HISTÓRIA. Prof. Antero Arantes Martins

3 Princípios... são verdades fundantes de um sistema de conhecimento, como tais admitidas, por serem evidentes ou por terem sido comprovadas, mas também por motivos de ordem prática de caráter operacional, isto é, como pressupostos exigidos pelas necessidades da pesquisa e da práxis. (Reale, Miguel. Lições preliminares de Direito. 22ª ed. São Paulo: Saraiva, 1995, p )

4 Princípios Em nossa cultura jurídica, há uma tendência em relegar os Princípios a um segundo plano, como fonte subsidiária do direito, elegendo a norma jurídica como fonte primária: Art. 8º - As autoridades administrativas e a Justiça do Trabalho, na falta de disposições legais ou contratuais, decidirão, conforme o caso, pela (...) e outros princípios e normas gerais de direito, principalmente do direito do trabalho, e, (...)

5 Princípios Se os Princípios são verdades fundamentais que sustentam este ramo de ciência (Direito do Trabalho), evidente que estas verdades não podem ser confrontadas por normas legais ou contratuais. Daí se concluir que os Princípios devem ser as fontes primárias do Direito do Trabalho e, por conseqüência, fundamental é o seu estudo.

6 Princípios O maior Princípio do Direito do Trabalho é o Princípio Protetor que enuncia: Nas relações de trabalho subordinado o empregado é hipossuficiente e precisa de proteção. Esta é uma verdade. Resta saber se esta verdade é evidente ou foi empiricamente constatada. Para tanto, veremos alguns dados históricos:

7 Dados Históricos 1ª Fase: Causas do surgimento: Revolução Francesa. Liberdade, igualdade e fraternidade. Não intervenção. Liberdade e igualdade ao contratar. Revolução Industrial: Novo modelo de relação de trabalho. Surge o denominado Capitalismo Selvagem. Visa-se o lucro. Piora gradativa das condições da classe proletariada: Desemprego; Baixos salários; utilização da mão-de-obra feminina e infantil; acidentes de trabalho, extensas jornadas.

8 Dados Históricos 1ª Fase: Causas do surgimento: Primeira reação: Grêmios Manifesto Comunista (1848) Enciclica Rerum Novarum (1891) Retratam a chamada questão social que resulta da não intervenção do Estado Liberal nestas relações.

9 Dados Históricos 2ª Fase: Surgimento: Estado intervém através da edição de leis que limitam a liberdade de contratar. Reação ao comunismo proposto por Marx (1848) e aos apelos da Igreja (1891). Primeiras Leis: Legislação Industrial Dificuldade de classificação doutrinária deste contrato nos moldes da Lei Civil (compra e venda, locação, mandato, etc). Necessidade de destacar do Direito Civil.

10 Dados Históricos 3ª Fase: Consolidação: Proliferação de legislação específica no campo do trabalho e no campo previdenciário. Constitucionalismo Trabalhista: México (1.917) e Alemanha (1.919) Criação da OIT (1.919) Grande interesse para o Brasil: Carta del lavoro (Itália, 1.927). CLT (1.943) Constituição Federal (1.988).

11 Dados Históricos 4ª Fase: Mudança de paradigmas 1.980: Alteração do pensamento político Mundial. EUA e Inglaterra. Neoliberalismo. URSS: Fim do regime (e da ameaça) comunista. Globalização. Circulação de capital. Busca de condições mais favoráveis à produção. Revolução Tecnológica: Desemprego estrutural. Enfraquecimento dos Sindicatos. Flexibilização.

12 Quadro Geral Estado Liberal Pensamento Liberalismo Político Estado do Bem Estar Social Estado Neoliberal (em transição) Intervencionismo Neoliberalismo Pensamento Capitalismo Capitalismo Globalização Econômico Selvagem Social Pressuposto Igualdade Desigualdade Igualdade Coletiva Instrumento Contrato Lei Contrato Coletivo

13 Brasil. Situação jurídica atual. A CF vigente estabelece : A pessoa humana no centro da ordem jurídica; A primazia do valor do trabalho em seus fundamentos. Vejamos:

14 Introdução Art. 1º (Fundamentos da República Art. 3º Fundamentos Políticos Art. 5º Garantias Individuais Art. 7º Garantias Trabalhistas Art. 170 Fundamentos da ordem Econômica. Art. 193 Fundamentos da ordem Social Garantias Individuais Dignidade da pessoa (A pessoa como Centro da ordem Jurídica) Garantias processuais Liberdade Isonomia Boa-fé Devido processo legal

15 Introdução. Art. 1º A República Federativa do Brasil, formada pela união indissolúvel dos Estados e Municípios e do Distrito Federal, constitui-se em Estado Democrático de Direito e tem como fundamentos: [...] IV - os valores sociais do trabalho e da livre iniciativa; Art. 3º Constituem objetivos fundamentais da República Federativa do Brasil: [...] III - erradicar a pobreza e a marginalização e reduzir as desigualdades sociais e regionais; Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes:

16 Introdução. Art. 7º São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem à melhoria de sua condição social: Art A ordem econômica, fundada na valorização do trabalho humano e na livre iniciativa, tem por fim assegurar a todos existência digna, conforme os ditames da justiça social, observados os seguintes princípios: [...] III - função social da propriedade; [...] VII - redução das desigualdades regionais e sociais; VIII - busca do pleno emprego; Art A ordem social tem como base o primado do trabalho, e como objetivo o bem-estar e a justiça sociais.

17 Brasil. Situação jurídica atual. Estas são as diretrizes constitucionais básicas da sociedade brasileira. O art. 7º da CF é considerado cláusula pétrea, não suscetível de alteração via emenda. Assim, ainda que os ares do neoliberalismo soprem para o nosso país, não é possível a alteração do modelo intervencionista vigente sem a promulgação de nova Constituição. Ademais, o Brasil é signatário do Pacto de San José, a Convenção Interamericana de Direitos Humanos que estabelece que os regimes jurídicos são sempre progressivos em relação aos direitos humanos concedidos aos cidadãos dos países signatários.

18 DIREITO DO TRABALHO TRABALHADOR EMPREGADO. Prof. Antero Arantes Martins AULA 2 01/03/2018

19 Trabalhadores. Geral Quadro TRABALHADOR EMPREGADO NÃO EMPREGADO CLT. (Art. 3º) Autônomo Teletrabalho Eventual Trabalho intermitente Cooperado Tempo Parcial AVULSO Estagiário LEIS ESPECIAIS Voluntário Doméstico (Lei 5.589/72) Funcionário Público Rural (Lei 5.889/73) Temporário (Lei 6.019/74)

20 PRIMEIRA PARTE EMPREGADOS. CLT

21 Empregado Típico. Introdução. Não obstante este ramo do direito seja denominado de Direito do Trabalho, já vimos que este é voltado para apenas um tipo específico de trabalhador, que é o trabalhador empregado. Este trabalhador distingue-se dos demais exatamente por ser subordinado, o que o torna hipossuficiente e atrai a aplicação do Princípio Protetor, basilar do Direito do Trabalho.

22 Empregado Típico. Introdução. O trabalhador empregado deve ter o seu contrato de trabalho registrado na sua Carteira de Trabalho e Previdência Social (CTPS), como determina o art. 29 da CLT. Grande, entretanto, é a incidência do chamado trabalho informal, ou seja, aquele prestado sem o registro em CTPS. Daí porque é de fundamental importância aprender a distinguir a figura do empregado dos demais tipos de trabalhadores.

23 Empregado Típico. Características Legais Estabelece o art. 3º da CLT: Art. 3º - Considera-se empregado toda pessoa física que prestar serviços de natureza não eventual a empregador, sob a dependência deste e mediante salário. Estabelece, ainda, o art. 2º da CLT. Art. 2º - Considera-se empregador a empresa, individual ou coletiva, que, assumindo os riscos da atividade econômica, admite, assalaria e dirige a prestação pessoal de serviço. A prestação de serviços é do empregado e não do empregador. Logo, a característica pessoal refere-se ao empregado e não ao empregador.

24 Empregado Típico. Características Doutrinárias. As expressões legais foram substituídas pela doutrina, da seguinte forma: Dependência Subordinação jurídica Não eventualidade Habitualidade Salário Onerosidade Pessoalidade Pessoalidade Pessoa Física Pessoa Física

25 Empregado Típico. Subordinação jurídica. Quando o art. 3º da CLT se refere à dependência do empregado para com o empregador, a primeira idéia que se tem é que esta dependência seria econômica. Isto não é correto. Não se ignora que, no mais das vezes, o empregado é, de fato, dependente economicamente do empregador, mas, não necessariamente. A questão é que, por força do contrato, o empregado transfere ao empregador o modus operandi do seu trabalho e, por conseqüência, submete-se à direção do empregador.

26 Empregado Típico. Subordinação jurídica. O poder diretivo do empregador previsto no art. 2º da CLT coloca o empregado numa condição de subordinado. Esta condição de subordinado é prevista na Lei (art. 2º, CLT) e se materializa por força do contrato de trabalho, que é um instrumento jurídico. Decorre daí a expressão cunhada pela doutrina: Subordinação jurídica. A dependência econômica é irrelevante para caracterizar a figura do empregado. O empregado deve obedecer ordens do empregador, sendo ou não dependente econômico deste.

27 Empregado Típico. Subordinação jurídica. É a condição de subordinado que faz do empregado hipossuficiente e, por conseqüência, atrai a incidência do Princípio Protetor. Daí porque esta é a característica mais marcante do empregado. Implica, no caso concreto discutido judicialmente, em verificar se o empregador estabelecia o modus operandi da prestação de serviços.

28 Empregado Típico. Habitualidade Trabalho não eventual ou trabalho habitual é aquele que reitera no tempo com uma certa previsibilidade. Não é trabalho necessariamente diário. Normalmente não se admite trabalho eventual quando inserido na atividade-fim do empreendimento, mas, excepcionalmente tal pode ocorrer se o fato causador da contratação for, de fato, um evento.

29 Empregado Típico. Onerosidade A expressão legal salário induz em erro. Para haver contrato é preciso que o serviço prestado seja em função de uma contraprestação prometida, ou seja, que exista intencionalidade de pagamento. Salário por ser: Por unidade de tempo (hora, dia, semana, quinzena, mês). Por unidade de produção (comissão, peças produzidas, etc). Logo, não precisa ser, necessariamente, uma importância fixa mensal.

30 Empregado Típico. Pessoalidade O contrato de trabalho é personalíssimo na figura do empregado, ou seja, é intuitu personae. Não o empregador contrata um empregado, não visa apenas a prestação de um trabalho qualquer, mas, sim, daquele trabalho específico que o empregado pode oferecer dadas as suas características pessoais (capacidade, conhecimento, diligência, etc). O empregado não pode se fazer substituir por outro, salvo se houver autorização expressa do empregador.

31 Empregado Típico. Pessoa Física Somente a pessoa natural tem o bem da vida que o Direito do Trabalho quer proteger (dignidade humana). Trabalhador (gênero). é, necessariamente, a pessoa humana. Assim, empregado (espécie) também o será. Há muitas contratações fraudulentas de pessoas jurídicas constituídas para mascarar a relação de emprego. Há que se observar o Princípio da Verdade Real. Se a prestação de serviços for por pessoa física, irrelevante que esta tenha, formalmente, constituído uma pessoa jurídica.

32 Empregado Típico. Exclusividade Exclusividade não é requisito para caracterização do vínculo de emprego. É absolutamente possível que um trabalhador tenha dois ou mais empregos simultaneamente, desde que exista compatibilidade de horários. Logo, a falta de exclusividade não descaracteriza o vínculo de emprego. De igual forma, é possível que determinado trabalhador autônomo, por exemplo, tenha um único cliente (e, portanto, trabalhe exclusivamente para este), sem que isto o transforme em empregado. Em outras palavras, exclusividade é um requisito absolutamente irrelevante para o tema.

33 Contratos Teletrabalho. Especiais. Redação anterior Nova redação NIHIL X Art. 75-A. A prestação de serviços pelo empregado em regime de teletrabalho observará o disposto neste Capítulo. NIHIL X Art. 75-B. Considera-se teletrabalho a prestação de serviços preponderantemente fora das dependências do empregador, com a utilização de tecnologias de informação e de comunicação que, por sua natureza, não se constituam como trabalho externo. NIHIL X Parágrafo único. O comparecimento às dependências do empregador para a realização de atividades específicas que exijam a presença do empregado no estabelecimento não descaracteriza o regime de teletrabalho.

34 Contratos Especiais. Teletrabalho. Regulamenta uma situação que já acontecia na prática por conta da evolução tecnológica e que era tratada, na Justiça do Trabalho, com base em dispositivos antigos, voltados para o trabalho em domicílio. O Trabalho deve ser preponderantemente fora das dependências do empregador, embora algumas atividades internas sejam aceitas, desde que para atividades específicas, ou seja, não pode ser generalizado; Com a utilização de tecnologias de informação e comunicação;

35 Contratos Especiais. Teletrabalho. Redaçã o anterior Nova redação NIHIL X Art. 75-C. A prestação de serviços na modalidade de teletrabalho deverá constar expressamente do contrato individual de trabalho, que especificará as atividades que serão realizadas pelo empregado. NIHIL X 1 o Poderá ser realizada a alteração entre regime presencial e de teletrabalho desde que haja mútuo acordo entre as partes, registrado em aditivo contratual. NIHIL X 2 o Poderá ser realizada a alteração do regime de teletrabalho para o presencial por determinação do empregador, garantido prazo de transição mínimo de quinze dias, com correspondente registro em aditivo contratual.

36 Contratos Especiais. Teletrabalho. Exige contrato escrito. O contrato deve especificar as atividades a serem desenvolvidas. Os atuais empregados que trabalhem no regime convencional (internos) podem passar para o regime de teletrabalho por acordo escrito, que constará em aditivo contratual (aqui tem sentido porque é por mútuo acordo). O empregado que trabalhar em regime de teletrabalho pode retornar ao regime presencial por determinação (unilateral) do empregador, o que também deverá constar em aditivo contratual (o que não tem sentido, porque aqui não há contrato, ou seja, é unilateral).

37 Contratos Especiais. Teletrabalho. Redação anterior Nova redação NIHIL X Art. 75-D. As disposições relativas à responsabilidade pela aquisição, manutenção ou fornecimento dos equipamentos tecnológicos e da infraestrutura necessária e adequada à prestação do trabalho remoto, bem como ao reembolso de despesas arcadas pelo empregado, serão previstas em contrato escrito. NIHIL X Parágrafo único. As utilidades mencionadas no caput deste artigo não integram a remuneração do empregado. NIHIL X Art. 75-E. O empregador deverá instruir os empregados, de maneira expressa e ostensiva, quanto às precauções a tomar a fim de evitar doenças e acidentes de trabalho. NIHIL X Parágrafo único. O empregado deverá assinar termo de responsabilidade comprometendo-se a seguir as instruções fornecidas pelo empregador.

38 Contratos Especiais. Teletrabalho. Contrato deve tratar de: Aquisição, manutenção e fornecimento de equipamentos; Criação e manutenção de infraestrutura; Reembolso de despesas (luz, internet, etc). Entretanto, por óbvio que a responsabilidade deve ser do empregador, que assume o risco do negócio, na sua definição (art. 2º, CLT). Logo, o contrato vai tratar apenas da forma de cálculo destas parcelas, de sorte que o empregado seja integralmente restituído pelo que gastar. Como são mesmo fornecidos para o trabalho e não pelo trabalho, não constitui salário ao empregado. O Empregado deve seguir as instruções de segurança fornecidas pelo seu empregador (correto uso de equipamentos, pausas, etc). Constitui, aqui, exceção ao dever de fiscalizar. Permanece o dever de instruir.

39 TELETRABALHO. Redação anterior Art. 62 Não são abrangidos pelo regime previsto neste capítulo: Nova redação X Art Nihil OBS: Como os gerentes e trabalhadores externos, o empregado neste regime está excluído do Capítulo II da CLT que trata da jornada de trabalho. X III os empregados em regime de teletrabalho.

40 Contratos Especiais. Trabalho intermitente. Redação anterior Nova redação Art O contrato individual de trabalho poderá ser acordado tácita ou expressamente, verbalmente ou por escrito e por prazo determinado ou indeterminado. X Art O contrato individual de trabalho poderá ser acordado tácita ou expressamente, verbalmente ou por escrito, por prazo determinado ou indeterminado, ou para prestação de trabalho intermitente. Nihil X 3º Considera-se como intermitente o contrato de trabalho no qual a prestação de serviços, com subordinação, não é contínua, ocorrendo com alternância de períodos de prestação de serviços e de inatividade, determinados em horas, dias ou meses, independentemente do tipo de atividade do empregado e do empregador, exceto para os aeronautas, regidos por legislação própria.

41 Contratos Especiais. Trabalho intermitente. Trabalho não contínuo = com alternância entre períodos de atividade e inatividade; Designação de trabalho por horas, dias ou meses; Independentemente da atividade do empregado e do empregador (pode ser em atividade fim); Exceção feita aos aeronautas que têm lei própria

42 Contratos Especiais. Trabalho intermitente. Redaçã o anterior NIHIL Nova redação X Art. 452-A. O contrato de trabalho intermitente deve ser celebrado por escrito e deve conter especificamente o valor da hora de trabalho, que não pode ser inferior ao valor horário do salário mínimo ou àquele devido aos demais empregados do estabelecimento que exerçam a mesma função em contrato intermitente ou não. NIHIL X 1 o O empregador convocará, por qualquer meio de comunicação eficaz, para a prestação de serviços, informando qual será a jornada, com, pelo menos, três dias corridos de antecedência. NIHIL X 2 o Recebida a convocação, o empregado terá o prazo de um dia útil para responder ao chamado, presumindo-se, no silêncio, a recusa. NIHIL X 3 o A recusa da oferta não descaracteriza a subordinação para fins do contrato de trabalho intermitente.

43 Contratos Especiais. Trabalho intermitente. Contrato de trabalho escrito; Garantia do valor/hora equivalente ao salário mínimo ou àquele pago na empresa por trabalhador que exerça função equivalente. Convocação com antecedência (3 dias corridos); Resposta com antecedência (1 dia útil). Silêncio = recusa. Recusa não implica insubordinação; O trabalhador terá uma multiplicidade de tomadores. Logo, nem sempre estará à disposição de um ou de outro.

44 Contratos Especiais. Trabalho intermitente. Redação anterior Nova redação Nihil X 4 o Aceita a oferta para o comparecimento ao trabalho, a parte que descumprir, sem justo motivo, pagará à outra parte, no prazo de trinta dias, multa de 50% (cinquenta por cento) da remuneração que seria devida, permitida a compensação em igual prazo. Nihil X 5 o O período de inatividade não será considerado tempo à disposição do empregador, podendo o trabalhador prestar serviços a outros contratantes. Nihil X 6 o Ao final de cada período de prestação de serviço, o empregado receberá o pagamento imediato das seguintes parcelas: I - remuneração; II - férias proporcionais com acréscimo de um terço; III - décimo terceiro salário proporcional; IV - repouso semanal remunerado; e V - adicionais legais.

45 Contratos Especiais. Trabalho intermitente. 4º - Auto-explicativo. Multa em caso de descumprimento após firmado o pacto. 5º - Reforça a noção de intermitência. Se ficasse à disposição, então não seria intermitente. Possibilita a multiplicidade de tomadores. 6º - Reforça a precariedade do vínculo, com o pagamento das verbas contratuais ao término de cada prestação de serviços. Dúvida fica quanto às verbas rescisórias: Não há direito? Ou; Há direito após XXX tempo sem convocação?

46 Contratos Especiais. Trabalho intermitente. Redação anterior Nova redação Nihil X 7 o O recibo de pagamento deverá conter a discriminação dos valores pagos relativos a cada uma das parcelas referidas no 6 o deste artigo. Nihil X 8 o O empregador efetuará o recolhimento da contribuição previdenciária e o depósito do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço, na forma da lei, com base nos valores pagos no período mensal e fornecerá ao empregado comprovante do cumprimento dessas obrigações. Nihil X 9 o A cada doze meses, o empregado adquire direito a usufruir, nos doze meses subsequentes, um mês de férias, período no qual não poderá ser convocado para prestar serviços pelo mesmo empregador.

47 Contratos Especiais. Trabalho intermitente. 7º - Reforça o entendimento de que o Direito do Trabalho não admite pagamento complessivo. 8º - Auto-explicativo. 9 Parece ser um pouco demagógico, pois não trata da remuneração das férias e nem do abono constitucional de 1/3. Seria férias um direito de não trabalhar sem receber? Ou a doutrina e jurisprudência construirão o dever de remunerar como consequência lógica do direito?

48 Contrato a tempo parcial Redação anterior Art. 58-A - Considera-se trabalho em regime de tempo parcial aquele cuja duração não exceda a vinte e cinco horas semanais. 1º - O salário a ser pago aos empregados sob o regime de tempo parcial será proporcional à sua jornada, em relação aos empregados que cumprem, nas mesmas funções, tempo integral. 2º - Para os atuais empregados, a adoção do regime de tempo parcial será feita mediante opção manifestada perante a empresa, na forma prevista em instrumento decorrente de negociação coletiva. X X X Nova redação Art. 58-A. Considera-se trabalho em regime de tempo parcial aquele cuja duração não exceda a trinta horas semanais, sem a possibilidade de horas suplementares semanais, ou, ainda, aquele cuja duração não exceda a vinte e seis horas semanais, com a possibilidade de acréscimo de até seis horas suplementares semanais IDEM IDEM

49 Contrato a tempo parcial Não é novidade no Brasil. O limite era de 25 horas semanais. A reforma altera o limite para 30 horas semanais, sem possibilidade de prorrogação de jorada ou 26 horas normais com possibilidade de 06 horas extras. O salário é proporcional ao número de horas traalhadas, mas, deve ser equiparado ao empregado que cumpre a mesma função em tempo integral. (Mantido) A modificação do regime de trabalho integral para trabalho em tempo parcial deve ser feita por norma coletiva (Mantido)

50 Contrato a tempo parcial Redação anterior Nova redação Nihil X 3 o As horas suplementares à duração do trabalho semanal normal serão pagas com o acréscimo de 50% (inqüenta por cento) sobre o salário-hora normal. Nihil X 4 o Na hipótese de o contrato de trabalho em regime de tempo parcial ser estabelecido em número inferior a vinte e seis horas semanais, as horas suplementares a este quantitativo serão consideradas horas extras para fins do pagamento estipulado no 3 o, estando também limitadas a seis horas suplementares semanais. Nihil X 5 o As horas suplementares da jornada de trabalho normal poderão ser compensadas diretamente até a semana imediatamente posterior à da sua execução, devendo ser feita a sua quitação na folha de pagamento do mês subsequente, caso não sejam compensadas. Nihil X 6 o É facultado ao empregado contratado sob regime de tempo parcial converter um terço do período de férias a que tiver direito em abono pecuniário. Nihil X 7 o As férias do regime de tempo parcial são regidas pelo disposto no art. 130 desta Consolidação.

51 Contrato a tempo parcial 3º - A novidade é poder fazer horas extras. O adicional de 50% é uma decorrência lógica da própria Constituição Federal; 4º - É óbvio que o limite normal é o contratual. Se o contrato for por tempo inferior a 26 horas, este será o limite normal e o excedente continua sendo 06 horas extras por semana. Em outras palavras, o limite não será, sempre, 32 horas semanais (26 normais + 06 extras); 5º - Sistema de compensação semanal. Pelo visto, dispensado acordo (já está autorizado). Novidade. Na semana seguinte ao labor e não na própria semana. 6º e 7º - Igualou o regime geral de férias para o trabalhador a tempo parcial.

52 DIREITO DO TRABALHO TRABALHADOR NÃO EMPREGADO. Prof. Antero Arantes Martins AULA 3 08/03/2018

53 Trabalhador não empregado. Introdução. Trabalhadores não empregados devem ser estudados, principalmente, sob o aspecto de suas características e diferenças em relação aos empregados. Como vimos anteriormente, são trabalhadores não empregados: Autônomos; Eventuais; Avulsos; Cooperados; Estagiários; Voluntário; Funcionários públicos

54 Trabalhador não empregado. Autônomo. O trabalhador autônomo é pessoa física, pode ser habitual e até pessoal, normalmente é oneroso. O que o autônomo não pode ter é subordinação jurídica. A presença da subordinação jurídica é o traço diferenciador entre um trabalhador autônomo e um trabalhador empregado. Subordinação jurídica é a transferência do modus operandi do trabalho para o tomador de serviços. O autônomo não a transfere. O empregado transfere. Representante comercial: Deve ter contrato escrito e deve estar registrado no respectivo Conselho Regional, nos termos da Lei 4.886/65.

55 Autônomo exclusivo e Permanente. Redação anterior Nova redação INEXISTENTE X Art. 442-B. A contratação do autônomo, cumpridas por este todas as formalidades legais, com ou sem exclusividade, de forma contínua ou não, afasta a qualidade de empregado prevista no art. 3 o desta Consolidação.

56 Autônomo exclusivo e Permanente. O que este artigo diz, literalmente? Que se houver a contratação do trabalhador sob a forma de autônomo, desde que cumpridas por este (o trabalhador) todas as formalidades legais, não terá a qualidade de empregado mesmo que trabalhe de forma contínua e com exclusividade. A intenção é clara! Faça um contrato escrito. Registre o trabalhador no órgão ou conselho competente. Cumpra a legislação tributária. Pronto! Ele é autônomo e não empregado. Se a interpretação for esta, sequer precisaria de outros itens para reforma. Bastaria este artigo para acabar com o direito do trabalho no Brasil porque, qualquer um sabe fazer um contrato formal e cumprir todas as formalidades legais para que, na aparência, todos os trabalhadores fossem autônomos, ou seja, não empregados, e assim, não tivessem direitos trabalhistas.

57 Autônomo exclusivo e Permanente. Entretanto, na interpretação conforme com a Constituição Federal, concluo que este dispositivo diz o seguinte: a) Se não cumprir as formalidades legais não é autônomo, logo, é empregado; b) Se cumprir as formalidades legais, então vamos analisar se havia subordinação jurídica, já que esta condição, afasta a qualidade de autônomo e, portanto, o movimento é de fraude e, assim, rechaçado pelo art. 9º da CLT que ainda está em vigor. E mesmo que o legislador tivesse a audácia de revogar o art. 9º da CLT, a conclusão não seria outra. Isto porque é princípio da ciência jurídica que o direito não agasalha a fraude e não festeja a malícia. Ninguém pode discordar desta afirmação! Ninguém pode, em sã consciência, validar um artigo que afirma que um contrato fraudulento, desde que formal, produza efeito jurídico posto que tal seria consolidar a fraude. Fraude que o direito não admite nem em favor do vulnerável e, muito menos, contra este.

58 Autônomo exclusivo e Permanente. Então não mudou nada? Claro que mudou. Embora o dano não seja aquele maquiavelicamente pretendido, haverá dano. Este dispositivo acaba com as teorias da subordinação objetiva e da subordinação estrutural, que faziam presumir subordinação se o trabalhador estivesse inserido na estrutura do empregador de forma permanente e exclusiva. Hoje, se o autônomo estiver inserido na estrutura empresarial, principalmente na atividade essencial, presume-se subordinado. Com a reforma, a prova deverá ser produzida.

59 Trabalhador não empregado. Eventual. O trabalhador eventual é pessoa física, pode ser subordinado e até pessoal, normalmente é oneroso. O que o eventual não pode ter é habitualidade. A presença da habitualidade é o traço diferenciador entre um trabalhador eventual e um trabalhador empregado. habitualidade é a reiteração do trabalho no tempo com certa previsibilidade. O trabalho habitual não está relacionado com um evento.

60 Trabalhador não empregado. Avulso. Portaria 3.107/71 do Ministério do Trabalho e Previdência social define: Entende-se como trabalhador avulso, no âmbito do sistema geral da previdência social, todo trabalhador sem vínculo empregatício que, sindicalizado ou não, tenha a concessão de direitos de natureza trabalhista executada por intermédio da respectiva entidade de classe O trabalhador Avulso tem como características: Interposição de mão-de-obra pelo sindicato ou associação de classe; Remuneração por rateio O art. 7º, inciso XXXIV estabelece: XXXIV - igualdade de direitos entre o trabalhador com vínculo empregatício permanente e o trabalhador avulso.

61 Trabalhador não empregado. Avulso. No Brasil, apenas os portuários estão organizados sob esta modalidade de trabalho. Os direitos trabalhistas garantidos aos avulsos devem ser satisfeitos pelo sindicato. A Lei do Trabalho Portuário (Lei nº 8.630/93) criou o OGMO Órgão Gestor de Mão-de-obra que faz a gestão da mão-de-obra portuária. Tem todos os direitos trabalhistas, inclusive o reconhecimento das convenções e acordos coletivos. Mesmo antes da Constituição Federal, o STF já havia fixado jurisprudência no sentido de que os conflitos envolvendo o trabalhador avulso deveriam ser dirimidos pela Justiça do Trabalho.

62 Trabalhador não empregado. Cooperados. As cooperativas são regidas pela Lei 5.764/70. A condição de cooperado exige: A dupla qualidade: de prestador de serviços e destinatário dos serviços. Em outras palavras, a cooperativa presta serviços ao cooperado e também pelo cooperado; Autonomia na prestação de serviços; Retribuição equivalente ao trabalho prestado (remuneração por unidade de produção); Rateio de sobras e lucros entre os cooperados; Participação efetiva na destinação da sociedade, com a plena capacidade de votar e ser votado.

63 Trabalhador não empregado. Cooperados. As cooperativas nunca foram objeto de grande aplicabilidade prática até o advento da Lei 8.949/94 que acrescentou o parágrafo único ao art. 442 da CLT: Parágrafo único - Qualquer que seja o ramo de atividade da sociedade cooperativa, não existe vínculo empregatício entre ela e seus associados, nem entre estes e os tomadores de serviços daquela. Este dispositivo, entretanto, não pode ser analisado isoladamente. Há que ser interpretado em consonância com os requisitos da cooperativa válida (já vistos), o art. 3º da CLT (características do empregado) e, em especial, com o art. 9º da CLT.

64 Trabalhador não empregado. Cooperados. Estabelece o art. 9º da CLT: Art. 9º - Serão nulos de pleno direito os atos praticados com o objetivo de desvirtuar, impedir ou fraudar a aplicação dos preceitos contidos na presente Consolidação. O Direito não festeja a malícia e não dá asas à fraude. A adesão a uma cooperativa é uma verdade formal. A verdade material (ou real, como preferem os doutos) é que deve ser investigada, a fim de verificar que este ato não foi praticado apenas com o objetivo de desvirtuar, impedir ou fraudar a aplicação da CLT.

65 Trabalhador não empregado. Estagiário. Contrato de Estágio estabelece uma relação de trabalho atípica, posto que o objeto principal da relação não é o trabalho e nem a remuneração, mas, sim, o aprendizado. Esta situação já estava bastante caracterizada na Lei nº 6.494/77: Art. 1º º º - O estágio somente poderá verificar-se em unidades que tenham condições de proporcionar experiência prática na linha de formação do estagiário, devendo o aluno estar em condições de realizar o estágio, segundo o disposto na regulamentação da presente Lei. 3º - Os estágios devem propiciar a complementação do ensino e da aprendizagem e ser planejados, executados, acompanhados e avaliados em conformidade com os currículos, programas e calendários escolares.. (Sem destaques no original)

66 Trabalhador não empregado. Estagiário. E assim continuou na nova Lei: Art. 1o Estágio é ato educativo escolar supervisionado, desenvolvido no ambiente de trabalho, Daí porque o foco inicial nesta relação é o aprendizado e não a mão-de-obra barata que se obtém em decorrência do estágio. O Trabalho, assim, é o meio, o instrumento, para alcançar o fim, que é o aprendizado.

67 Trabalhador não empregado. Estagiário. A vantagem que a parte concedente (empresas, órgãos públicos, etc) obtém ao conceder o estágio é a possibilidade de formatar a mão-de-obra do modo que lhe melhor pareça para aproveitamento futuro deste material humano e este o foco que deve ser emprestado. A vantagem do estagiário, por sua vez, não é a bolsa auxílio e, sim, o aprendizado complementar que lhe tornará um profissional melhor. Um contrato de estágio válido não cria vínculo de emprego. Entretanto, para que seja válido é necessário que (Art. 3º):

68 Trabalhador não empregado. Estagiário. I matrícula e freqüência regular do educando em curso de educação superior, de educação profissional, de ensino médio, da educação especial e nos anos finais do ensino fundamental, na modalidade profissional da educação de jovens e adultos e atestados pela instituição de ensino; II celebração de termo de compromisso entre o educando, a parte concedente do estágio e a instituição de ensino; III compatibilidade entre as atividades desenvolvidas no estágio e aquelas previstas no termo de compromisso.

69 Trabalhador não empregado. Estagiário. O primeiro requisito é óbvio e não merece maiores comentários. Quem não é aluno não pode ser estagiário. O segundo requisito estabelece que esta é uma relação formal. O contrato é escrito e trilateral, com intervenção obrigatória da instituição de ensino. Trata-se de forma prevista em Lei sem a qual o ato jurídico não se aperfeiçoa (art. 104, III do Código Civil) e por conseqüência é nulo (art. 166, IV do Código Civil). O terceiro requisito é de natureza material e retrata o que até aqui foi exposto. É a compatibilidade entre o que se estuda e o que se faz no estágio que asseguro que este trabalho é, na verdade, o meio e não a finalidade do contrato de estágio

70 Trabalhador não empregado. Estagiário. A novidade, entretanto, está no 1º do art. 3º da Lei: É a criação das figuras do supervisor da parte concedente e do professor orientador na instituição de ensino tudo comprovado por vistos nos relatórios periódicos de atividades do estagiário e por menção de aprovação final. Não obstante, como visto, o objetivo do contrato de estágio não seja o trabalho e a remuneração, verifica-se uma excessiva utilização desvirtuada do contrato de estágio, houve necessidade de alteração da legislação anterior, estabelecendo novos parâmetros que, de certa forma, procuram aproximar a relação de estágio da relação de emprego. Estas modificações, entretanto, não tem o condão de alterar a natureza jurídica da relação. Não se trata de contrato afeto ao Direito do Trabalho e, por conseqüência, a ele são inaplicáveis os Princípios e diretrizes de interpretação

71 Trabalhador não empregado. Estagiário. Apenas o desvirtuamento do contrato de estágio é que acarreta no reconhecimento do vínculo de emprego, à luz do 2º do art. 3º da Lei. No que tange às principais novidades vale destacar: Direitos do estagiário: Bolsa obrigatória para estágios não obrigatórios; Limitação da jornada de trabalho; Redução da jornada de trabalho quando em época de provas e exames; Recesso anual remunerado integral ou proporcional

72 Trabalhador não empregado. Estagiário. Limites do contrato Tempo não superior a dois anos, salvo ao deficiente; Cota de estagiários em relação ao número de empregados, segundo tabela contida na Lei O descumprimento de quaisquer das condições tem previsão legal específica: Art. 15. A manutenção de estagiários em desconformidade com esta Lei caracteriza vínculo de emprego do educando com a parte concedente do estágio para todos os fins da legislação trabalhista e previdenciária.

73 Trabalhador não empregado. Estagiário. Este artigo não se refere apenas aos requisitos do artigo 3º da Lei, posto que, para aqueles requisitos, há previsão específica contida no 2º do mesmo artigo de caracterização do vínculo de emprego. Se assim fosse, o art. 15 seria inútil e, a regra de hermenêutica estabelece que a lei não contém dispositivos inúteis. Assim, por óbvio, a penalidade do art. 15 refere-se ao descumprimento de outros requisitos que não aqueles relacionados no art. 3º. Questão interessante está relacionada à redução da carga horária no período de provas e exames de que trata o art. 10, 2º: Poderá ser acompanhada da redução da bolsa?

74 Trabalhador não empregado. Estagiário. Crítica: O limite de dois anos vai impedir a contratação de quem está há mais de dois anos da formatura pelas partes concedentes que realmente atendem ao objetivo do contrato que é o direcionamento da mão-de-obra para o formato de profissional que desejam. Não tem sentido algum

75 Trabalhador não empregado. Voluntário. O trabalho voluntário é regido pela Lei 9.608/98. É o trabalho com ânimo e causa benevolentes. O objetivo buscado, neste caso, não é o pagamento e sim a prática da benemerência. O traço diferenciador, aqui, é a intencionalidade. A contratação de trabalhador com animus de remuneração afasta o trabalho voluntário, ainda que nenhum salário tenha sido pago ao mesmo. Neste caso, o vínculo de emprego deve ser reconhecido e deve haver condenação no pagamento dos salários atrasados.

76 Trabalhador não empregado. Funcionário Público. Servidor Público é gênero que tem como espécies o funcionário público e o empregado público. O funcionário público é aquele que se vincula à administração pública por meio do regime estatutário, regido pelo Direito Administrativo. Não é empregado e não tem Justiça do Trabalho, segundo liminar concedida pelo STF em ADIN proposta contra o art. 114, I da CF. O empregado público vincula-se à administração pública por mio do regime da CLT, regido pelo Direito do Trabalho.

77 Trabalhador não empregado. Funcionário Público. Ambos devem prestar concurso público (art. 37, II, CF). Todo cargo público é criado por Lei. A lei que cria o cargo público é que estabelece o regime que o regerá (D. Público, estatutário ou D. Privado, celetista ). O Estatuto do Regime Único do servidor Público Federal (Lei 8.112/90) estabelece que, para a União Federal, o regime deve ser o estatutário. Exceção feita às empresas públicas e sociedades de economia mista que, por força do art. 173, 1º, II da CF devem ser submetidas ao regime das empresas privadas.

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