ANÁLISE DO VALOR DAS EMPRESAS DO SETOR EDUCACIONAL: UM ESTUDO MULTICASO NA BM&FBOVESPA

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1 0 UNIJUÍ DACEC Curso Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul Departamento de Ciências Administrativas, Contábeis, Econômicas e da Comunicação Administração Bacharelado, Modalidade Presencial ANÁLISE DO VALOR DAS EMPRESAS DO SETOR EDUCACIONAL: UM ESTUDO MULTICASO NA BM&FBOVESPA Trabalho de Conclusão de Curso ISOÉ NÍCOLAS SCHNEIDER Orientadora: Ma. Marlene Köhler Dal Ri Ijuí, RS, 1º semestre de 2016.

2 1 ISOÉ NÍCOLAS SCHNEIDER ANÁLISE DO VALOR DAS EMPRESAS DO SETOR EDUCACIONAL: UM ESTUDO MULTICASO NA BM&FBOVESPA Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao curso de Graduação em Administração, Departamento de Ciências Administrativas, Contábeis, Econômicas e da Comunicação (Dacec), da Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul (Unijuí), requisito parcial para obtenção do título de Bacharel em Administração. Orientadora: Ma. Marlene Köhler Dal Ri Ijuí, RS 2016

3 2 ANÁLISE DO VALOR DAS EMPRESAS DO SETOR EDUCACIONAL: UM ESTUDO MULTICASO NA BM&FBOVESPA 1 Isoé Nícolas Schneider 2 ; Mestra Marlene Köhler Dal Ri 3 1 Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à banca examinadora do curso de Graduação em Administração da Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul (Unijuí), requisito parcial para a obtenção do título de Bacharel em Administração. 2 Aluno do curso de Graduação em Administração da Unijuí. iso.nicolas@hotmail.com. ³ Orientadora, professora mestra do Departamento de Ciências Administrativas, Contábeis, Econômicas e da Comunicação. mkdalri@unijui.edu.br. Resumo: O presente estudo constitui-se numa pesquisa quantitativa, descritiva, bibliográfica e documental. Seu objetivo é analisar os investimentos de renda variável no mercado de ações no segmento educacional, e visualizar os impactos das ações governamentais, da economia e da situação mercadológica no segmento educacional, presente na Bolsa de Valores de São Paulo, nos anos de 2014 e Para a realização desta pesquisa foram utilizados dados históricos dos desempenhos das ações de empresas que compõem o setor educacional da Bolsa de Valores. São elas: Kroton, Estácio, Ser Educacional e Anima Educação. O desempenho dessas empresas no mercado foi atingido pelas novas regras para obtenção do Fundo de Financiamento Estudantil (Fies), que dificultou o acesso de estudantes às instituições de ensino superior. Até o final do ano de 2014 as empresas do setor educacional da Bolsa de Valores brasileira eram consideradas defensivas, mesmo que os cenários político e econômico brasileiros apresentassem muitas incertezas. No final do ano de 2014, porém, a visão do mercado mudou em relação às ações, e o ano de 2015 iniciou com fortes quedas nos valores dos papéis das empresas do setor. As empresas que mais sentiram o impacto desta notícia foram a Anima e a Ser Educacional, o que se explica por serem menores que a Estácio e a Kroton, mas também porque atuam mais no ensino presencial, enquanto que as suas concorrentes maiores têm uma atuação maior no ensino a distância. Palavras-chave: Mercado de capitais. Bolsa de Valores. Ações. Kroton. Estácio. Ser Educacional. Anima Educação. Introdução: O presente estudo consiste em uma análise comparativa do desempenho das ações das companhias de capital aberto brasileiras do setor educacional presentes na BM&FBovespa, e pretende visualizar o impacto das políticas educacionais no desempenho das ações dessas empresas. O assunto abordado é atual e pertinente uma vez que cada vez mais se faz necessário o estudo e o conhecimento do mercado acionário para quem quer investir na Bolsa de Valores, uma vez que o mercado se mostra a cada dia mais competitivo e exigente, mas com possibilidade de boa rentabilidade. O estudo, portanto, é de suma importância para quem pretende adquirir conhecimentos na Bolsa de Valores, ou para quem quer começar a investir e definir estratégias para o alcance dos objetivos referentes à rentabilidade, correndo riscos calculados. Diante do problema apresentado, o objetivo geral deste estudo é realizar uma análise comparativa do desempenho das ações das companhias de capital aberto brasileiras do setor educacional presentes na BM&FBovespa, e visualizar o impacto das políticas educacionais no desempenho das ações destas empresas. Visando o alcance do objetivo geral foram definidos os seguintes objetivos específicos: a) Conceituar e fundamentar teoricamente o mercado de

4 3 ações; b) Conceituar as metodologias de análise adotadas para verificar o desempenho das ações das empresas objeto de estudo; c) Identificar as políticas educacionais governamentais adotadas ao longo do período de análise; d) Calcular o retorno, risco e desempenho das empresas em estudo; e) Analisar a partir de estatísticas descritivas e análise fundamentalista o desempenho das ações foco do estudo; f) Comparar e analisar os resultados obtidos no estudo em consonância com as políticas governamentais implementadas. Metodologia: Quanto a sua abordagem o estudo se classifica em pesquisa quantitativa; quanto aos objetivos de pesquisa trata-se de pesquisa descritiva; e quanto aos procedimentos técnicos caracteriza-se bibliográfica e documental. Para a realização da pesquisa foram utilizados dados históricos do desempenho das ações de empresas que compõem o setor educacional da Bolsa de Valores, como: Kroton, Estácio de Sá, Anima Educação e Ser Educacional. O levantamento dos dados se deu por meio da Internet, nos sites das organizações objetos de estudo, bem como nos sítios virtuais especializados, como BM&FBovespa e Comissão de Valores Mobiliários (CVM). Os instrumentos de coleta de dados foram aplicados em pesquisas realizadas em documentos oficiais disponibilizados pelas empresas, como: histórico e caracterização, histórico do desempenho das ações nos últimos dois anos e Balanços e Demonstrações de Resultado. Após a coleta dos dados, esses foram alocados em planilhas do Microsoft Excel, onde foram relacionados todos os desempenhos históricos das ações das empresas objeto de estudo nos últimos dois anos e capitalizados mensalmente. A análise se deu por meio de métodos estatísticos (correlação) e de Análise Fundamentalista. Como já destacado anteriormente, o objetivo deste estudo foi realizar uma análise comparativa do desempenho das ações das companhias de capital aberto brasileiras do setor educacional presentes na BM&FBovespa e visualizar o impacto das políticas educacionais no desempenho das ações destas empresas. Para tanto, foram calculados o retorno, o risco e o desempenho das ações das empresas do setor educacional da BM&FBovespa e realizada uma análise fundamentalista de cada uma das empresas de forma separada. Discussão e Resultados: Percebe-se, com a análise dos dados, que as ações do setor educacional da Bolsa de Valores são impactadas por políticas governamentais referentes ao setor da Educação. Pode-se citar a notícia das novas regras do Fundo de Financiamento Estudantil (Fies), noticiada pela mídia, que afetou fortemente as ações das empresas objeto de estudo. Os resultados obtidos com este estudo permitiram concluir que as ações do setor educacional da Bolsa de Valores se correlacionam entre elas, de forma moderada a forte, porém, não se correlacionam tão intensamente com o IBovespa, sendo que a cada R$ 1,00 que o Ibovespa varia para mais ou para menos, as ações das empresas estudadas variam, respectivamente, ANIM3 R$ 0,44, ESTC3 R$ 0,49, KROT3 R$ 0,37 e SEER3 R$ 0,36, em valores aproximados. Em relação à Análise Fundamentalista percebe-se que até o final do ano de 2014 as quatro empresas estudadas tinham um desempenho muito bom, e até mesmo eram consideradas opções de investimento seguras na Bolsa de Valores. Entretanto, após a notícia da mudança das normas do Fies, as empresas tiveram alguma dificuldade, justamente porque o mercado perdeu essa visão de investimento seguro. Conclusão: A partir do objetivo proposto inicialmente percebeu-se que as empresas do setor educacional da BM&FBovespa foram fortemente impactadas pelas notícias relacionadas ao setor educacional. As empresas menores (Anima e Ser Educacional) sentiram com mais profundidade o impacto da notícia do Fies, tanto pelo motivo do tamanho, como também pela sua atuação no ensino presencial, enquanto suas concorrentes maiores possuem maior atuação no ensino a distância. Estimou-se que cerca de 50% do orçamento do benefício foi cortado com esta nova política de ingresso no ensino superior a partir do Fies, consequentemente, as

5 4 empresas do setor deixaram de arrecadar um valor considerável. Após um período de adequação às novas normas do financiamento estudantil, no final do período de análise as empresas já estavam se estabilizando novamente. Ao fim do estudo pode-se afirmar que os objetivos foram alcançados, o mercado de ações foi conceituado e fundamentado teoricamente, da mesma forma que as metodologias adotadas para verificar o desempenho das ações objeto de estudo. Como citado, as políticas educacionais relevantes e que impactaram o setor foram identificadas e comparadas com o desempenho das organizações. Referências ASSAF NETO, Alexandre. Mercado financeiro. 11. ed. São Paulo: Atlas, GITMAN, Lawrence J. Princípios de administração financeira. 7. ed. São Paulo: Harbra, Princípios de administração financeira. 10. ed. São Paulo: Pearson Addison Wesley, GODOY, José; MEDINA, Luiz Gustavo; GAZEL JÚNIOR, Marco Antonio. Investindo em Ações: os primeiros passos as dicas do Sr. Alceu. São Paulo: Saraiva, TEIXEIRA, Enise Barth; ZAMBERLAN, Luciano; RASIA, Pedro Carlos. Pesquisa em Administração. Ijuí, RS: Ed. Unijuí, 2009.

6 5 LISTA DE QUADROS Quadro 1. Comparativo de análises Quadro 2. Coeficiente de correlação Quadro 3. Correlações Quadro 4. Informações de mercado ANIM Quadro 5. Balanço patrimonial, Anima Quadro 6. Indicadores de Liquidez, Anima Quadro 7. Indicadores de Endividamento, Anima Quadro 8. Indicadores de Rentabilidade, Anima Quadro 9. Ebitda/Lajida, Anima Quadro 10. Outros indicadores, Anima Quadro 11. Informações de Mercado ESTC Quadro 12. Balanço Patrimonial, Estácio Quadro 13. Indicadores de Liquidez, Estácio Quadro 14. Indicadores de Endividamento, Estácio Quadro 15. Indicadores de Rentabilidade, Estácio Quadro 16. Ebitda/Lajida, Estácio Quadro 17. Outros Indicadores, Estácio Quadro 18. Informações de mercado KROT Quadro 19. Balanço Patrimonial, Kroton Quadro 20. Indicadores de Liquidez, Kroton Quadro 21. Indicadores de Endividamento, Kroton Quadro 22. Indicadores de Rentabilidade, Kroton Quadro 23. Ebitda/Lajida, Kroton Quadro 24. Outros Indicadores, Kroton Quadro 25. Informações de Mercado SEER Quadro 26. Balanço Patrimonial, Ser Educacional Quadro 27. Indicadores de Liquidez, Ser Educacional Quadro 28. Indicadores de endividamento, Ser Educacional Quadro 29. Indicadores de Rentabilidade, Ser Educacional Quadro 30. Ebitda/Lajida, Ser Educacional Quadro 31. Outros Indicadores, Ser Educacional... 83

7 6 LISTA DE GRÁFICOS Gráfico 1. Variação mensal Média das ações Gráfico 2. Evolução do Ativo Total, Anima Gráfico 3. Evolução do PL, AC e PC, Anima Gráfico 4. Evolução do RB, RO e CMV Anima Gráfico 5. Evolução do Lucro Líquido, Anima Gráfico 6. Evolução dos Indicadores de Liquidez (Liquidez Corrente, Liquidez Geral, Liquidez Imdiata), Anima Gráfico 7. Evolução dos Indicadores de Liquidez (Capital de Giro, Necessidade de Capital de Giro), Anima Gráfico 8. Evolução dos Indicadores de Endividamento (Endividamento Geral, Endividamento de Capital Próprio), Anima Gráfico 9. Evolução dos Indicadores de Endividamento (Grau de Imobilização), Anima Gráfico 10. Evolução dos Indicadores de Rentabilidade, Anima Gráfico 11. Evolução Ebitda/Lajida, Anima Gráfico 12. Evolução do Ativo Total, Estácio Gráfico 13. Evolução do PL, AC e PC, Estácio Gráfico 14. Evolução do RB, RO e CMV, Estácio Gráfico 15. Evolução do Lucro Líquido, Estácio Gráfico 16. Evolução dos Indicadores de Liquidez (Liquidez Corrente, Liquidez Geral, Liquidez Imediata), Estácio Gráfico 17. Evolução dos Indicadores de Liquidez (Capital de Giro, Necessidade de Capital de Giro), Estácio Gráfico 18. Evolução dos Indicadores de Endividamento (Endividamento Geral, Endividamento de Capital Próprio), Estácio Gráfico 19. Evolução dos Indicadores de Endividamento (Grau de Imobilização), Estácio Gráfico 20. Evolução dos Indicadores de Rentabilidade, Estácio Gráfico 21. Evolução Ebitda/Lajida, Estácio Gráfico 22. Evolução do Ativo Total, Kroton Gráfico 23. Evolução do PL, AC e PC, Kroton Gráfico 24. Evolução do RB, RO e CMV, Kroton Gráfico 25. Evolução do Lucro Líquido, Kroton Gráfico 26. Evolução dos Indicadores de Liquidez (Liquidez Corrente, Liquidez Geral, Liquidez Imediata), Kroton Gráfico 27. Evolução dos Indicadores de Liquidez (Capital de Giro, Necessidade de Capital de Giro), Kroton... 67

8 7 Gráfico 28. Evolução dos Indicadores de Endividamento (Endividamento Geral, Endividamento de Capital Próprio), Kroton Gráfico 29. Evolução dos Indicadores de Endividamento (Grau de Imobilização), Kroton Gráfico 30. Evolução dos Indicadores de Rentabilidade, Kroton Gráfico 31. Evolução do Ebitda/Lajida, Kroton Gráfico 32. Evolução do Ativo Total, Ser Educacional Gráfico 33. Evolução do PL, AC e PC, Ser Educacional Gráfico 34. Evolução do RB, RO e CMV, Ser Educacional Gráfico 35. Evolução do Lucro Líquido, Ser Educacional Gráfico 36. Evolução dos Indicadores de Liquidez (Liquidez Corrente, Liquidez Geral, Liquidez Imediata), Ser Educacional Gráfico 37. Evolução dos Indicadores de Liquidez (Capital de Giro, Necessidade de Capital de Giro), Ser Educacional Gráfico 38. Evolução dos Indicadores de Endividamento (Endividamento Geral, Endividamento de Capital Próprio), Ser Educacional Gráfico 39. Evolução dos Indicadores de Endividamento (Grau de Imobilização), Ser Educacional Gráfico 40. Evolução dos Indicadores de Rentabilidade, Ser Educacional Gráfico 41. Evolução do Ebitda/Lajida, Ser Educacional... 83

9 8 LISTA DE FIGURAS Figura 1. Logomarca Kroton Figura 2. Logomarca Estácio de Sá Figura 3. Logomarca Ser Educacional Figura 4. Logomarca Anima Educação Figura 5. Análise Top Down Figura 6. Tendência da inflação e dos juros Figura 7. Exemplo de análise de setores... 26

10 9 SUMÁRIO INTRODUÇÃO CONTEXTUALIZAÇÃO DO ESTUDO Apresentação do tema Caracterização das organizações Kroton Educacional Estácio de Sá Ser Educacional Anima Educação Problema Objetivos Justificativa REFERENCIAL TEÓRICO Mercado de capitais Mercado de ações Mercado primário Mercado secundário Bolsa de Valores de São Paulo Bovespa Retorno e Risco de Investimento Métodos de Análise de Ações Análise Fundamentalista Indicadores Financeiros Análise estatística Média aritmética Quartis decis percentis (centis) A variância O desvio padrão Programas governamentais para a educação Programa Universidade para Todos (Prouni) Fundo de Financiamento Estudantil (Fies) METODOLOGIA Classificação da pesquisa Sujeitos da pesquisa e universo amostral Coleta de dados Análise e interpretação dos dados Sistematização do estudo APRESENTAÇÃO E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS Correlação Análise Fundamentalista Anima Indicadores de Liquidez Indicadores de Endividamento Indicadores de Rentabilidade Outros indicadores fundamentalistas Análise Fundamentalista Estácio Indicadores de Liquidez... 53

11 Indicadores de Endividamento Indicadores de Rentabilidade Outros indicadores fundamentalistas Análise fundamentalista Kroton Indicadores de Liquidez Indicadores de Endividamento Indicadores de Rentabilidade Outros indicadores fundamentalistas Análise fundamentalista Ser Educacional Indicadores de Liquidez Indicadores de Endividamento Indicadores de Rentabilidade Outros indicadores fundamentalistas CONCLUSÃO REFERÊNCIAS... 88

12 11 INTRODUÇÃO O atual cenário político-econômico brasileiro está desgastado e desacreditado aos olhos do mundo, o que é comprovado pelos rebaixamentos realizados pelas Agências Internacionais de Risco, gerando preocupação entre os analistas financeiros. Questões como atingimento da meta da inflação, câmbio valorizado e superávit primário, considerados o tripé da estabilização econômica, estão há muito tempo ausentes da economia brasileira. O país mudou de patamar econômico, consequência da má gestão governamental. Com isso, a estabilidade econômica trazida pelo Plano Real foi praticamente eliminada. O Estado brasileiro hoje é ineficiente, gasta mais do que pode e necessita urgentemente de uma reforma estrutural e uma adequação entre as receitas e as despesas. Algumas medidas devem ser tomadas para que o país volte ao patamar de crescimento de alguns anos atrás. Para isso, contudo, faz-se necessária uma equipe política econômica de confiança, que possa dar um novo rumo ao processo de reajustes e reformas tanto trabalhista, como previdenciária e fiscal. As políticas adotadas pelo governo impactam diretamente no mercado e, em alguns setores costumam ser mais forte do que em outros. Assim sendo, o presente estudo busca visualizar o impacto das ações governamentais no setor educacional e a forma como as empresas participantes da Bolsa de Valores têm reagido a essas políticas. Diante disso, busca-se saber quais os investimentos que valem o risco. Atualmente, a análise estatística, a análise técnica e a análise fundamentalista são algumas das formas de avaliação de investimentos no mercado financeiro, as quais trazem fundamentos que permitem o investidor tomar decisões no mercado acionário. O presente estudo, portanto, consiste em uma análise comparativa do desempenho das ações das companhias brasileiras de capital aberto do setor educacional presentes na BM&FBovespa, e busca visualizar o impacto das políticas educacionais no desempenho das ações dessas empresas. O interesse do estudo decorre da atual situação econômica do país, como também pelo interesse em saber como as ações tomadas pelo governo referentes à educação impactaram no setor educacional da Bolsa de Valores. O estudo visa, também, proporcionar o encontro entre a teoria estudada durante o curso de Administração e a prática necessária para o desenvolvimento profissional do acadêmico. Neste sentido, definiu-se como tema a análise de investimentos de renda variável no mercado de ações no segmento educacional.

13 12 O assunto abordado é atual e pertinente uma vez que cada vez mais se faz necessário o estudo e o conhecimento do mercado acionário, principalmente para quem pretende investir na Bolsa de Valores. O mercado atual se mostra a cada dia mais competitivo e exigente, porém apresenta possibilidades de boa rentabilidade. O estudo, portanto, é de suma importância para quem quer adquirir conhecimentos sobre o desempenho da Bolsa de Valores, e para quem quer começar a investir mediante riscos calculados, definindo estratégias para obter rentabilidade. Esta pesquisa está dividida em quatro capítulos. No primeiro é apresentada a contextualização do estudo, onde consta a apresentação do tema, a caracterização das organizações estudadas, o problema, os objetivos gerais e específicos e a justificativa. Na sequência, o segundo capítulo traz o referencial teórico, enquanto o terceiro revela a metodologia utilizada ao longo do estudo. O quarto capítulo, finalmente, traz os dados do estudo, assim como as devidas análises, enfatizando a correlação e a análise fundamentalista de cada empresa objeto de estudo e os referidos indicadores para avaliação dessas organizações. Por fim, constam as considerações finais e as referências utilizadas para a elaboração do estudo.

14 13 1 CONTEXTUALIZAÇÃO DO ESTUDO Este capítulo traz a apresentação do tema, a caracterização das organizações, o problema, os objetivos do presente estudo e a justificativa para a sua realização. 1.1 Apresentação do tema O tema deste estudo é a análise de investimentos de renda variável no mercado de ações no segmento educacional, que busca visualizar os impactos das ações governamentais, da economia e da situação mercadológica no segmento educacional, presente na Bolsa de Valores de São Paulo, nos anos de 2014 e Caracterização das organizações Quatro empresas que representam o setor educacional na Bolsa de Valores de São Paulo serviram de base para a elaboração desta pesquisa. São elas: Kroton (KROT3), Estácio (ESTC3), Ser Educacional (SEER3) e Anima Educação (ANIM3). As informações foram colhidas no site das respectivas empresas Kroton Educacional Figura 1. Logomarca Kroton Fonte: Kroton Educacional (2016). A Kroton Educacional abriu seu capital no ano de 2007 e é uma das maiores organizações educacionais privadas do Brasil e do mundo. Compõe o grupo Kroton as empresas Anhanguera, Fama, Pitágoras, Uniasselvi, Unic, Unime e Unopar. Atualmente, a Kroton conta com 125 unidades de Ensino Superior, presentes em 18 Estados e 83 cidades brasileiras, além de 726 Polos de Graduação EaD, credenciados pelo MEC, localizados em todos os Estados

15 14 brasileiros e também no Distrito Federal. Conta, ainda, com mais de 870 escolas de Educação Básica em todo o território nacional e mais de 400 polos de cursos livres e preparatórios. Seus referenciais estratégicos são: Missão: Melhorar a vida das pessoas por meio da educação responsável e de qualidade, formando cidadãos e preparando profissionais para o mercado, contribuindo para o desenvolvimento de seus projetos de vida. Visão: Ser referência em educação, atuando de forma inovadora e sustentável, e a melhor escolha para estudar, trabalhar e investir, líder nos mercados onde atua. Valores: Paixão por educar Somos educadores movidos pela paixão em formar e desenvolver pessoas. Respeito às pessoas Promovemos o respeito à diversidade e aos compromissos assumidos, cultivando relacionamentos. Honestidade e Responsabilidade Agimos com integridade, transparência e assumimos os impactos das nossas ações. Fazer acontecer Somos ágeis em transformar ideias e desafios em realizações. Foco em geração de valor sustentável Trabalhamos para gerar impactos positivos e sustentáveis para a sociedade. Trabalhar e aprender juntos Unimos esforços para o mesmo propósito Estácio de Sá Figura 2. Logomarca Estácio de Sá Fonte: Estácio de Sá (2016). A Estácio de Sá abriu seu capital no ano de 2007 e é uma das maiores organizações privadas no setor de ensino superior no Brasil. Possui aproximadamente 500 mil alunos matriculados nas modalidades presencial e a distância, em cursos de graduação e pósgraduação. Compõem o grupo Estácio de Sá, a Uniseb, a Estácio Editora e Distribuidora Ltda, Nova Academia, Seses, Fabec, Irep, Atual, Sudern, Anec, Asseama, Idez, Unisãoluís, Fargs,

16 15 Uniuol, Iesst, Assesc. Sua estrutura é formada por centros universitários, 36 faculdades e 170 polos de ensino a distância, além de 89 campis. Esta estrutura está alocada nos principais centros urbanos de 22 estados brasileiros e no Distrito Federal. Seus referenciais estratégicos são: Missão: Educar para transformar Integramos academia e gestão para oferecer uma educação transformadora ao maior número de pessoas, criando impacto positivo para a sociedade. Visão: Ser reconhecida como a melhor opção em Educação Superior para alunos, colaboradores e acionistas. Valores: Foco no aluno O aluno é a nossa razão de ser. Gente e Meritocracia Valorizamos e reconhecemos o mérito do maior ativo que possuímos: nossa gente. Inovação Devemos criar e ousar sempre. Simplicidade Devemos ser simples para sermos ágeis e austeros. Resultado Perseguimos resultados extraordinários com paixão e método, agindo sempre como donos. Ética Não toleramos desvios de conduta. Excelência Perseguimos a excelência na prestação de serviços dentro e fora da sala de aula. Hospitalidade Tratamos as pessoas como gostamos de ser tratados Ser Educacional Figura 3. Logomarca Ser Educacional Fonte: Ser Educacional (2016). A Ser Educacional abriu seu capital no ano de 2013, e atende mais de 100 mil alunos, distribuídos em 23 unidades de ensino, com representação em 11 Estados do Norte e Nordeste, onde está presente em 17 cidades. Compõem o Grupo Ser Educacional a Uninassau, Faculdade

17 16 Maurício de Nassau, Faculdade Joaquim Nabuco, Instituto de Pesquisa Maurício Nassau e o Instituto Ser Educacional. Seus referenciais estratégicos são: Missão: Produzir e socializar conhecimento, formando profissionais e seres humanos éticos, íntegros e competentes. Oferecer melhores condições de empregabilidade aos seus alunos. Visão: Ser líder em desempenho pedagógico e administrativo e estar entre os cinco maiores grupos educacionais do país. Ter equipes motivadas e comprometidas com a satisfação dos alunos, colaboradores e comunidades. Valores: Qualidade Qualidade no ensino e modelo de gestão voltado à cultura da qualidade total e valorização do mérito. Criatividade Criatividade para o desenvolvimento de cursos que geram oportunidades reais de empreendedorismo e empregabilidade. Respeito Respeito aos alunos, colaboradores, acionistas, fornecedores, patrimônio e princípios do grupo. Honestidade Honestidade e verdade em todas as ações e atitudes. Austeridade Austeridade no uso de recursos do grupo. Respeito socioambiental e ao patrimônio cultural Associação dos conceitos de globalização com o resgate e a preservação do patrimônio cultural nacional e responsabilidade socioambiental. Diversidade Respeito às semelhanças e diferenças de pessoas, culturas e ideias Anima Educação Figura 4. Logomarca Anima Educação Fonte: Anima Educação (2016). A Anima abriu seu capital no ano de 2013, e conta hoje com mais de 79 mil alunos em cursos presenciais, espalhados em 18 campis localizados nos Estados de Minas Gerais e São Paulo. Algumas marcas que pertencem ao grupo Anima são: Mina Gerais Educação S/A, AMC

18 17 Serviços Educacionais Ltda, Editora Universidade São Judas Tadeu Ltda, UMA Gestão PatrimoniaL S/A, Instituto Mineiro de Educação e Cultura Uni-BH S/A, Instituto de Educação e Cultura Unimonte, VC Network Educação S/A, BR Educação Executiva S/A, HSM do Brasil S/A, HSM Marcas Ltda, HSM Educação S/A e HSM Editora S/A. Seus referenciais estratégicos são: Transformar o país pela educação, sendo referência em práticas inovadoras de aprendizagem e gestão, respeito à pluralidade, valorização das pessoas e compromisso com o desenvolvimento sustentável. 1.3 Problema O atual cenário econômico e a situação do setor educacional do país remetem ao interesse de saber: o desempenho das ações das empresas de capital aberto, integrantes do setor educacional, na BM&FBOVESPA, são impactadas pelas políticas governamentais relacionadas ao setor de educação? 1.4 Objetivos Diante do problema apresentado definem-se os objetivos a seguir relacionados Objetivo geral Realizar uma análise comparativa do desempenho das ações das companhias brasileiras de capital aberto, pertencentes ao setor educacional, presentes na BM&FBOVESPA, e visualizar o impacto das políticas educacionais no desempenho das ações dessas empresas Objetivos específicos a) Conceituar e fundamentar teoricamente o mercado de ações. b) Conceituar as metodologias de análise adotadas para verificar o desempenho das ações das empresas objeto de estudo. c) Identificar as políticas educacionais governamentais adotadas ao longo do período de análise. d) Calcular o retorno, risco e desempenho das empresas em estudo.

19 18 e) Analisar, a partir de estatísticas descritivas e análise fundamentalista, o desempenho das ações foco do estudo. 1.5 Justificativa Este estudo se justifica pela sua relevância e interesse do acadêmico em vivenciar, numa etapa pós-conclusão do curso, a prática e a análise de ações e investimentos do mercado financeiro, tendo em vista que o mesmo possui preparação para atuar profissionalmente nesta área. Quanto à originalidade de estudo, o mesmo poderá servir de subsídio para outras pesquisas que versarem sobre o tema. Ademais, o estudo se torna viável uma vez que há disponibilidade de tempo, de recursos e de potenciais informações para a sua elaboração. Para o autor, portanto, o estudo é de extrema importância para a sua preparação profissional; para a sociedade buscase contribuir com o entendimento do Mercado de Ações, bem como de investimentos e minimização de riscos neste cenário.

20 19 2 REFERENCIAL TEÓRICO 2.1 Mercado de capitais O mercado de capitais refere-se às operações de médio e longo prazos e de prazos indeterminados. É composto por várias instituições, entre elas: instituições financeiras não bancárias (Bancos de Investimento, Bancos de Desenvolvimento, Sociedades de Créditos, Financiamento e Investimento, Sociedades de Arrendamento Mercantil, Cooperativas de Crédito), instituições componentes do Sistema de Poupança e Empréstimo SBPE (Caixa Econômica Federal, Sociedades de Crédito Imobiliário, Associações de Poupança e Empréstimos, Bancos Múltiplos), e diversas instituições auxiliares (Bolsa de Valores, Sociedades Corretoras de Valores Mobiliários, Sociedades Distribuidoras de Valores Mobiliários, Agentes Autônomos de Investimentos). Sobre mercado de capitais e suas modalidades de financiamento a médio e longo prazo, Assaf Neto (2012, p. 79) assim descreve: O mercado de capitais está estruturado de forma a suprir as necessidades de investimentos dos agentes econômicos, por meio de diversas modalidades de financiamentos a médio e longo prazos [...]. E quanto aos financiamentos com prazo indeterminado, o autor explica: O mercado de capitais oferece também financiamentos com prazo indeterminado, como as operações que envolvem a emissão e subscrição de ações (ASSAF NETO, 2012, p. 79). Em concordância ao que foi explicitado até o momento, Gitman (1997, p. 36) assim descreve o Mercado de Capitais: É uma relação financeira criada por instituições e condições que permitem aos fornecedores e aos tomadores de fundos de longo prazo realizar transações. Ele ainda explica que as Bolsas de Valores são a espinha dorsal do mercado de capitais, uma espécie de recintos para as transações de instrumentos de dívida e participações acionárias (GITMAN, 1997). No mercado de capitais, os principais títulos negociados são ações (ordinárias e preferenciais), Depositary Receipts, Debêntures, Letras de Câmbio, Certificados/Recibos de depósitos bancários (CDB/RDB), Caderneta de Poupança, Letras Hipotecárias, Letras Imobiliárias, Warrants, Títulos Conversíveis e Letra Financeira.

21 Mercado de ações O mercado de capitais tem como função básica promover a riqueza nacional com a participação da poupança dos agentes econômicos, sendo as ações um dos principais ativos negociados neste mercado. O mercado de ações, portanto, está inserido no mercado de capitais, conhecido também como mercado aberto (open market). Quando se fala das operações com ações, Assaf Neto (2012, p. 200) explica que esse mercado costuma operar com lotes de ações: lote-padrão e lote fracionário. O lote-padrão negocia volumes maiores de ações e define uma quantidade mínima para negociações no mercado; já o lote fracionário negocia volumes inferiores ao padronizado, ou seja, frações de lote Mercado primário O mercado primário é aquele onde ocorre a compra e venda de ações pela primeira vez, isto é, na abertura de capital da empresa, quando as ações vão para a Bolsa de Valores e podem ser adquiridas diretamente pelos investidores. É uma forma de angariar recursos para o financiamento dos investimentos organizacionais. Assaf Neto (2012, p. 200) explica: Entendese por mercado primário de ações o mercado onde são negociados, pela primeira vez, os valores emitidos pelas companhias. Em concordância com o que foi explicitado sobre o mercado primário, Gitman (1997, p. 33) explica: Este é o único mercado no qual o emissor é diretamente envolvido na transação e recebe os benefícios diretos dessa emissão. A partir desse momento os títulos começam a ser negociados entre indivíduos, empresas, governos ou instituições financeiras, poupadores e investidores no mercado secundário. As ações são a menor parcela do capital social de uma sociedade anônima, são negociáveis e distribuídas aos acionistas conforme eles as compram. Nesse sentido, Assaf Neto (2012, p. 201) esclarece: As ações constituem-se em títulos representativos da menor fração do capital de uma empresa. O acionista não é um credor da companhia, mas um coproprietário com direito à participação em seus resultados. Ele ainda explica que as ações podem ser emitidas sob a forma de cautelas, certificados ou escrituras (ASSAF NETO, 2012, p. 201). As ações são classificadas basicamente em dois tipos: ordinárias e preferenciais. Gitman (1997, p. 37) explica a diferença entre os dois tipos de ações:

22 21 Ações ordinárias são unidades de que se constitui a propriedade ou o patrimônio de uma sociedade anônima. Os possuidores dessas ações esperam obter retorno na forma de dividendos ou mediante ganhos decorrentes da valorização da ação. Ações preferenciais são uma forma especial de propriedade que tem características duplas, ou seja, de um título de dívida e de uma ação ordinária. Para os acionistas preferenciais há a promessa de pagamento periódico de dividendos fixos, que deverão ser efetuados antes de se realizar qualquer destinação de dividendos aos possuidores de ações ordinárias Mercado secundário Finalizada a abertura de capital da empresa, bem como a captação de recursos via mercado primário, as operações com ações passam a ocorrer em mercado secundário, ou seja, a partir deste momento a empresa só obtém novos recursos via nova emissão de ações no mercado primário, sendo que as negociações das ações da empresa em mercado secundário não as beneficiam. No mercado secundário a realização das negociações ocorre a partir de duas instituições: as Bolsas de Valores e o Mercado de Balcão. A função dessas instituições é a de oferecer aos investidores um ambiente seguro e eficiente para a compra e venda de valores de companhias abertas (ASSAF NETO, 2012, p. 222). As Bolsas de Valores são locais onde ocorrem os pregões, cujo objetivo básico é manter o local em condições adequadas para a realização de compras e vendas de títulos e valores mobiliários. Assaf Neto (2012, p. 223) ainda cita outros objetivos dessas instituições, como: promover uma segura e eficiente liquidação das várias negociações realizadas em seu ambiente; desenvolver um sistema de registro e liquidação das operações realizadas; desenvolver um sistema de negociação que proporcione as melhores condições de segurança e liquidez aos títulos e valores mobiliários negociados; fiscalizar o cumprimento, entre seus membros e as sociedades emissoras dos títulos, das diversas normas e disposições legais que disciplinam as operações em bolsa. O mercado de balcão pode ser entendido como aquele em que são negociadas ações e outros ativos que atendem especificações determinadas por investidores, mas que geralmente não são atendidas em negociações da Bolsa de Valores. No mercado de balcão, companhias de menor porte têm a oportunidade de acesso ao mercado de capitais.

23 22 O mercado de balcão ainda é subdividido em dois o mercado de balcão organizado e o mercado de balcão não organizado. Assaf Neto (2012, p. 235) explica que o mercado de balcão é organizado quando mantém uma estrutura que permite a realização normal de um negócio, dentro de um ambiente livre, atualizado e que ofereça liquidez aos papéis, sendo administrado por entidade autorizada pela CVM. O autor ainda define o mercado de balcão não organizado: quando os negócios de compra e venda de títulos e valores mobiliários são executados diretamente entre as partes, sem a interveniência de qualquer órgão controlador ou regulador do mercado (ASSAF NETO, 2012, p. 235). 2.3 Bolsa de Valores de São Paulo BM&FBovespa A Bolsa de Valores de São Paulo (BM&FBovespa) é uma companhia que administra mercados organizados de títulos, valores mobiliários e contratos derivativos, bem como presta serviços de registro, compensação e liquidação, atuando, principalmente, como contraparte central garantidora da liquidação financeira das operações realizadas em seus ambientes. A Bolsa oferece ampla gama de produtos e serviços, como: negociação de ações, títulos de renda fixa, câmbio pronto e contratos derivativos referenciados em ações, ativos financeiros, índices, taxas, mercadorias, moedas, entre outros; listagem de empresas e outros emissores de valores mobiliários; depositária de ativos; empréstimo de títulos; e licença de softwares. A BM&FBovespa conta com um modelo de negócio diversificado e integrado, e oferece um completo sistema de custódia. As negociações são cursadas exclusivamente em meio eletrônico. A Bolsa possibilita a seus clientes a realização de operações destinadas à compra e venda de ações, transferência de riscos de mercado (hedge), arbitragem de preços entre mercados e/ou ativos, diversificação e alocação de investimentos e alavancagem de posições. A partir de 2008 a Bolsa de Valores, com a fusão da Bovespa com a Bolsa de Mercadorias e Futuros (BM&F), tornou-se uma companhia aberta. Assaf Neto (2012, p. 223) apresenta os principais feitos históricos da Bolsa de Valores de São Paulo: 1890 Origem da Bovespa com a criação da Bolsa Livre; 1960 Formada a instituição mutualizada da Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) sem fins lucrativos. Esta estrutura perdurou até o ano de 2007 com a transformação em uma sociedade anônima (desmutualização); 1970 As cotações e demais informações passaram a ser divulgadas entre investidores e interessados de forma eletrônica e imediata. As operações com opções foram introduzidas de forma pioneira no Brasil;

24 Foram criados os Fundos Mútuos de Ações e Previdência. A custódia foi transformada em escritural, agilizando bastante a liquidação dos negócios; 1990 Introdução do sistema eletrônico de negociação de renda variável. Foi criada, também, a Companhia Brasileira de Liquidação e Custódia (CBLC) com o objetivo de oferecer uma estrutura de câmara de compensação; 2000 Foi lançado o Bovespafix, sistema eletrônico de negociação de títulos de renda fixa corporativos; 2002 As negociações em Bolsa passaram a ser realizadas de forma totalmente eletrônica; 2007 Houve a desmutualização da Bovespa, sendo criada a Bovespa Holding S/A; 2008 Integração da Bolsa de Mercadorias & Futuros (BM&F) e Bolsa de Valores de São Paulo, criando a BM&F Bovespa S.A. Bolsa de Mercadorias e Futuro. Os índices de Bolsa de Valores são compostos por uma variedade de ações que representam os maiores volumes transacionados no mercado à vista, sendo que para cada ação é atribuído um peso de acordo com o volume de negócios que a mesma representa na carteira. Assaf Neto (2012, p. 229) conceitua os índices da Bolsa de Valores: O índice de Bolsa de Valores é um valor que mede o desempenho médio dos preços de uma suposta carteira de ações, refletindo o comportamento do mercado em determinado intervalo de tempo. No Brasil, o Índice da Bolsa de Valores de São Paulo (IBovespa) é o mais importante indicador de comportamento de mercado brasileiro. Criado em 1968, a partir de uma carteira teórica de ações, o Ibovespa é expresso em pontos, com valor inicial de 100 pontos. Segundo Assaf Neto (2012, p. 230), O objetivo básico do Ibovespa é o de refletir o desempenho médio dos negócios à vista ocorridos nos pregões da Bolsa de Valores de São Paulo. Atualmente, para atualizar a amostra, a carteira de ações do Ibovespa é atualizada a cada quatro meses, quando são incluídos os papeis mais representativos do período e excluídos os com menor participação. 2.4 Retorno e risco de investimento O investimento no mercado de ações envolve fatores de risco, os quais também são levados em consideração quando se fala em retorno sobre o investimento. Teoricamente, quanto maior o retorno esperado, maior também o risco do investimento. O risco em seu sentido fundamental, é definido como a possibilidade de um prejuízo financeiro. Os ativos que possuem grandes possibilidades de prejuízos são vistos como mais arriscados que aqueles com menos possibilidades de prejuízo (GITMAN, 1997, p. 202).

25 24 Ainda sobre a relação existente entre risco e retorno, pode-se afirmar que o risco é um elemento indesejável para o investidor, uma vez que traz consequências negativas ao retorno dos investimentos. Há, porém, decisões que precisam ser tomadas a respeito da proteção do risco (CARVALHO, 2002, p. 285). Assim como o risco, o retorno é outro fator importante a ser observado pelo administrador financeiro. É preciso, contudo, que o mesmo saiba avaliar a relação entre risco e retorno de uma determinada ação, bem como da carteira em geral. Gitman (1997, p. 203) assim define: o retorno sobre um investimento é medido como o total de ganhos ou prejuízos dos proprietários decorrentes de um investimento durante um determinado período de tempo. Cabe a cada investidor adotar uma postura em relação a esses fatores. Há quem prefira assumir mais riscos, ou seja, ser mais arrojado em relação aos investimentos, e há também os chamados conservadores, que preferem assumir menos riscos, mas ter uma garantia maior de retorno, mesmo que seja menor do que aquele em que há um risco maior. 2.5 Métodos de análise de ações Há duas formas de avaliar as ações a Análise Fundamentalista e a Análise Técnica. A Análise Fundamentalista trata de analisar detalhadamente informações e dados da empresa (análise de balanço, contabilidade, modelo de gestão, etc.). Já a Análise Técnica busca avaliar uma ação conforme o desempenho passado da empresa. Quadro 1. Comparativo de análises ITENS FUNDAMENTALISTA TÉCNICA Idade 30 anos 100 anos Origem Acadêmica Profissional Usuário Administradores de fundos e Especulador investidores no longo prazo Pergunta Por quê? Quando? Análises Econômico-financeira Gráfica Hipóteses Básicas Objetivos Fonte: Pinheiro (2007, p. 278). Existe um valor real ou intrínseco para cada ação que está diretamente correlacionado com o desempenho da empresa. O objetivo da análise fundamentalista é determinar o real valor de uma ação. Os preços das ações se movimentam em tendências e existe uma dependência significativa entre as oscilações dos preços que se sucedem. O objetivo da análise técnica é determinar a tendência de evolução das cotações no curto prazo, a fim de se aproveitar das rápidas oscilações para auferir ganhos de capital (vender as ações por um preço superior ao da compra).

26 25 Antes de adentrar no mercado de ações é importante que se faça uma análise do atual cenário econômico do país. Para Godoy, Medina e Gazel Júnior (2006, p. 41), definir um cenário nada mais é do que a tentativa de projetar para o futuro as informações de hoje. A definição de um cenário deve ser o ponto de partida para uma carteira de investimentos. Para isso, deve-se primeiramente ter uma visão global da situação econômica do país; após, fazer essa visualização nos setores que podem estar em desenvolvimento, e só então fazer a escolha da ação a ser comprada. Este tipo de análise chama-se top down e está representada na Figura 5, a seguir: Figura 5. Análise Top Down Fonte: Godoy, Medina e Gazel Júnior (2006, p. 41). Em relação à análise do cenário mundial pode-se extrair informações do período em que se está passando, se é de recessão ou de crescimento, a situação das economias mais fortes, e quais países estão em crescimento. Segundo Godoy, Medina e Gazel Júnior (2006, p. 42), essas análises mostram a força de nossa moeda, a tendência de nossa balança comercial apresentar superávit ou déficit, para aonde caminham os juros pagos pelos países e o quanto isso se torna atrativo investir em um país emergente como o Brasil. Já na análise do Brasil, deve-se observar dois pontos: um deles é fazer uma análise política, e observar os assuntos que estão em pauta no Congresso. O outro ponto a ser observado é em relação à política monetária, inflação e crescimento do país. Godoy, Medina e Gazel Júnior (2006, p. 43) apresentam uma relação entre a inflação, os juros e o crescimento do país:

27 26 Figura 6. Tendência da inflação e dos juros Fonte: Godoy, Medina e Gazel Júnior (2006, p. 43). Depois de realizadas as análises global e nacional, parte-se para a análise setorial, que tem variáveis muito específicas em cada setor. As variáveis econômicas, porém, podem indicar alguns impactos específicos, o que mostra a Figura 7, a seguir: Figura 7. Exemplo de análise de setores Fonte: Godoy, Medina e Gazel Júnior (2006, p. 44). Por fim, mas não menos importante, parte-se para a análise da empresa e da ação em que se pretende investir Análise Fundamentalista A Análise Fundamentalista se refere à análise da situação econômico, financeira e mercadológica das empresas. Analistas utilizam basicamente balanços e demonstrações contábeis para a realização desse tipo de análise, sendo que geralmente quem a realiza não se importa com a variação do preço da ação no curto prazo.

28 27 Além dos balanços e demonstrações contábeis, outras informações da empresa, do setor e da conjuntura econômica são levadas em consideração, como variáveis internas e externas que possam impactar no valor das ações das empresas. Segundo a corretora do Bradesco, em sua apostila de Análise Fundamentalista: A análise fundamentalista objetiva avaliar alternativas de investimento a partir do processamento de informações obtidas junto às empresas, aliadas ao entendimento da conjuntura macroeconômica e do panorama setorial nos quais a companhia se insere, passando pela análise retrospectiva de suas demonstrações financeiras e estabelecendo previsões para o seu desempenho. (BRADESCO CORRETORA, 2015). A hipótese básica da Análise Fundamentalista é a de que existe um valor real ou intrínseco para cada ação que está diretamente correlacionado com o desempenho da empresa, e o objetivo principal da Análise Fundamentalista é determinar o real valor de uma ação. A análise das demonstrações financeiras é utilizada por diversos agentes do mercado financeiro, entre eles pode-se citar acionistas, credores efetivos e potenciais, e administradores da empresa. Estas análises são utilizadas para conhecer por meio de indicadores financeiros a posição e a evolução financeira da empresa Indicadores financeiros Por intermédio dos indicadores financeiros é possível mensurar, de forma mais clara, a situação e o desempenho de uma empresa. De acordo com Lemes Júnior, Rigo e Cherobim (2010, p. 76), através da análise das demonstrações financeiras pode-se entender o fluxo dos recursos utilizados pela empresa, apontar as origens e aplicações mais importantes e destacar possíveis ineficiências gerenciais. Os índices financeiros podem ser divididos em cinco categorias: liquidez, atividade, endividamento, rentabilidade e valor de mercado. Segundo Gitman (2004, p. 45), Basicamente, os índices de liquidez, atividade e endividamento medem o risco, os de rentabilidade medem o retorno e os de valor de mercado capturam tanto risco como retorno. A seguir são explicitados os indicadores utilizados para a análise das empresas foco deste estudo, sendo escolhidos apenas os considerados mais importantes: a) Indicadores de Liquidez A liquidez mede a capacidade de a empresa cumprir suas obrigações no curto prazo, ou seja, a capacidade de saldar suas dívidas, e corresponde à solvência geral da empresa. Este

29 28 índice é interpretado da seguinte maneira, quanto maior, melhor, sendo que um indicador com valor igual a 1,00 já é aceitável. Liquidez Corrente (LC): mede a capacidade de a empresa saldar suas obrigações de curto prazo. Segundo Gitman (2004, p. 46), em geral, quanto mais alto o valor do índice de liquidez corrente, mais a empresa é considerada líquida. A liquidez é calculada pela simples divisão do Ativo Circulante (AC) pelo Passivo Circulante (PC) Liquidez Geral (LG): sua função é indicar a liquidez da empresa no curto e longo prazos. Conforme Zdanowicz (2012, p. 73), informa a situação financeira da empresa de longo prazo, ou seja, é a relação da totalidade dos capitais circulantes próprios de curto e longo prazo da organização, em relação ao conjunto de capitais de terceiros. O índice é calculado a partir da divisão da soma dos Ativos Circulante (AC) e Realizável a Longo Prazo (RLP) pela soma dos Passivos Circulante (PC) e Exigível a Longo Prazo (ELP). Liquidez Imediata (LI): O cálculo indica o esforço da empresa para honrar as suas obrigações com o que tem disponível. Segundo Zdanowicz (2012, p. 73), esse indicador informa o quanto de dívidas em curto prazo da empresa pode ser saldado de imediato, ou seja, utilizando-se somente as suas disponibilidades existentes no momento. É calculada a partir da Disponibilidade dividida pelo Passivo Circulante (PC). Capital de Giro (CG): É um recurso de rápida renovação (dinheiro, créditos, estoques, etc.) utilizado para sustentar as operações do dia a dia da empresa. Conforme a Corretora Bradesco (2015), obtém-se da subtração do Ativo Não Circulante (ANC) menos o Passivo Não Circulante (PNC). Necessidade de Capital de Giro (NCG): Fornece informações das atividades operacionais, das decisões tomadas pela alta gerência sobre a forma de financiamento e das aplicações de recursos. Segundo a Corretora Bradesco (2015), obtém-se da subtração do Ativo Cíclico menos Passivo Cíclico. b) Indicadores de endividamento Este índice mede a participação relativa do capital de terceiros na empresa. De acordo com o explicitado, Gitman (2004, p. 49) explica que em geral, quanto mais capital de terceiros é usado por uma empresa em relação a seus ativos totais, maior sua alavancagem financeira, isto é, a ampliação do risco e do retorno. A análise desse indicador mostra a política de

30 29 obtenção de recursos da empresa. Ou seja, se a empresa vem financiando o seu Ativo com Recursos Próprios (Patrimônio Líquido) ou de Terceiros (Passivo Circulante + Exigível a Longo Prazo) e em que proporção. Este indicador é interpretado na forma de que quanto menor, melhor. Endividamento Geral (EG): Conforme Gitman (2004, p. 50), O índice de endividamento geral, mede a proporção dos ativos totais financiadas pelos credores da empresa. Em outras palavras, quanto maior este índice, maior o volume de utilização de capital de terceiros para gerar lucros na empresa. É calculado, portanto, pela soma do Passivo Circulante (PC) com o Exigível a Longo Prazo (ELG), divido pelo Ativo Total. Endividamento do Capital Próprio (ECP): mostra o quanto a empresa está endividada em relação ao seu patrimônio líquido. Ou seja, conforme expressa a Corretora Bradesco (2015), Mede especificamente o comprometimento do capital próprio da empresa em relação à sua dívida com bancos e outras que têm custo financeiro embutido (debêntures, desconto de duplicatas, etc.). É calculada, portanto, pela soma do Passivo Circulante (PC) com o Exigível a Longo Prazo (ELG), divido pelo Patrimônio Líquido (PL). Grau de Imobilização (GI): representa o quanto do Capital Próprio está comprometido no imobilizado da empresa, ou seja, em ativos de menor liquidez. Conforme expressa a Corretora Bradesco (2015), Indica em que nível os ativos não correntes da empresa são financiados com recursos próprios. É calculada, então, pela divisão do Ativo Permanente pelo Patrimônio Líquido (PL). c) Indicadores de rentabilidade O objetivo da análise dos indicadores de rentabilidade é visualizar o retorno do capital investido. Segundo Lemes Júnior, Rigo e Cherobim (2010, p. 78), os indicadores de rentabilidade medem o lucro e o retorno da empresa em relação a diversos itens no Balanço e da Demonstração de Resultados do Exercício. A interpretação desses indicadores se dá na forma de quanto maior, melhor Retorno do Capital Próprio (ROE): O retorno do capital próprio (return on common equity ROE) é a taxa de retorno dos acionistas, ou seja, mede a quantidade de valor recebida por cada unidade monetária investida. De acordo com Gitman (2004, p. 55), mede o retorno obtido no investimento do capital dos acionistas. É calculado por meio da divisão do Resultado Líquido pelo Patrimônio Líquido (PL).

31 30 Rentabilidade do Ativo (ROA): O Retorno do Ativo (return on total assets ROA) também chamado de ROI (return on investiment ROI) mede a eficiência global da administração, ou seja, o retorno obtido em relação ao total de recursos empregados, sejam eles próprios ou de terceiros. Gitman (2004, p. 55) explica: mede a eficácia da administração geral de uma empresa em termos de geração de lucros com os ativos disponíveis. É calculado por meio da divisão do Resultado Líquido pelo Ativo Total. d) Ebitda/Lajida O Earnings Before Interest, Taxes, Depreciation and Amortization (Ebitda) ou Lucro Antes do Imposto de Renda, Juros Depreciações e Amortização (Lajida), informa a geração operacional de caixa da empresa no exercício. Zdanowicz (2012, p. 121) explica o quanto ela gerou financeiramente de recursos somente em suas atividades operacionais, sem levar em consideração os efeitos financeiros, os impostos, as depreciações e as amortizações. Segundo Zdanowicz (2012), para se calcular o Lucro Operacional Líquido a empresa utiliza a diferença entre a Receita Operacional Líquida e o Custo das Mercadorias Vendidas, as despesas operacionais e as despesas financeiras líquidas. No cálculo do Ebit há a exclusão do resultado financeiro do período e do Ebitda acrescem-se os juros, impostos, a depreciação e a amortização. e) Outros indicadores utilizados Além dos indicadores citados anteriormente, ainda foram buscados outros índices utilizados pela Análise Fundamentalista para a avaliação das empresas, como o lucro por ação, que é representado pela divisão do lucro líquido pelo número de ações; o valor patrimonial por ação, que é representado pela divisão do Patrimônio Líquido pelo número de ações; e, ainda, o preço por lucro e o preço por valor patrimonial, que são representados, respectivamente, pela divisão da cotação da ação pelo lucro da ação e pela divisão da cotação da ação pelo Patrimônio Líquido da ação Análise estatística A estatística pode ser caracterizada como um conjunto de conceitos e de técnicas utilizadas para o planejamento, para a coleta de dados e sua posterior análise, com vistas a

32 31 resolver problemas existentes. Em suma, os métodos estatísticos são criados para agir com as variáveis e as incertezas, fornecendo suporte para os casos onde existe incerteza. No contexto atual, os profissionais precisam se munir de todos os conhecimentos possíveis para trabalhar com os dados, a fim de analisá-los, compreender a situação empresarial, e decidir com segurança os rumos que a empresa deve tomar. O profissional do mercado de capitais precisa dominar números e gráficos que possam quantificar informações importantes. A Estatística Descritiva reúne um conjunto de técnicas que visam condensar dados em forma de gráficos e de tabelas, os quais indicam parâmetros de localização, como média, mediana, quartis, etc., e também a sua variabilidade, como amplitude, desvio-padrão, etc. No texto que segue, Corrente (2004) apresenta conceitos de algumas técnicas apropriadas para variáveis numéricas contínuas ou para variáveis numéricas discretas Média aritmética A média aritmética é a medida mais usada para descrever uma distribuição de frequências, podendo ser simples ou ponderada. A simples é conhecida apenas por média e é calculada somando-se todos os valores em questão e dividindo o resultado pelo número de elementos somados. Ou seja, a média de n números é a sua soma dividida por n. Em função de todas as ocorrências terem exatamente a mesma importância ou peso, costuma-se dizer que elas têm o mesmo poder relativo. Existem, porém, casos em que as ocorrências possuem importância relativa diferente e esse fator precisa ser considerado no momento do cálculo. Assim, a média passa a ser ponderada, ou seja, pesada e, nesse momento, o valor de cada ocorrência é multiplicado pelo seu peso, ou seja, por sua importância relativa Quartis decis percentis (centis) Embora não sejam medidas de tendência central, mas sim medidas separatrizes, existe uma série de medidas com posição semelhante à concepção de mediana. A mediana divide a distribuição em duas partes iguais quanto ao número de elementos. Nessa mesma concepção, os quartis permitem dividir a distribuição em quatro partes iguais quanto ao número de elementos, os decis em 10 partes iguais e os centis em 100 partes iguais.

33 A variância Conceitua-se variância uma unidade quadrática em relação à unidade de medida da variável em questão, cujo inconveniente é resolvido com a definição do desvio-padrão. Nesse sentido, chama-se de acaso a influência dos fatores não controlados, os quais podem ser avaliados pela diferença, chamada desvio ou erro entre os valores observados e a média real O desvio padrão O desvio padrão é uma medida que permite estimar a variação não controlada, ou seja, a variação do acaso ou aleatória (CORRENTE, 2004). Tido como um valor absoluto expresso na mesma unidade de medida da variável aleatória em questão, trata-se de uma das medidas mais comuns para distribuição, desempenhando importante papel na estatística. 2.6 Programas governamentais para a educação Programa Universidade para Todos (Prouni) O Programa Universidade para Todos (Prouni) tem como finalidade a concessão de bolsas de estudo integrais e parciais em cursos de graduação e sequenciais de formação específica, em instituições de ensino superior privadas. Criado pelo Governo Federal em 2004 e institucionalizado pela Lei nº , em 13 de janeiro de 2005, o Programa oferece, em contrapartida, isenção de tributos àquelas instituições que aderirem ao Programa. Dirigido aos estudantes egressos do Ensino Médio da rede pública ou particular, na condição de bolsistas integrais, com renda familiar per capita máxima de três salários mínimos, o Prouni conta com um sistema de seleção informatizado e impessoal, que confere transparência e segurança ao processo. Os candidatos são selecionados pelas notas obtidas no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), conjugando-se, desse modo, inclusão à qualidade e mérito dos estudantes com melhores desempenhos acadêmicos. O Programa possui, também, ações conjuntas de incentivo à permanência dos estudantes nas instituições, como a Bolsa Permanência, os convênios de estágio MEC/Caixa e MEC/Febraban, e ainda o Fundo de Financiamento Estudantil (Fies), que possibilita ao bolsista parcial financiar até 100% da mensalidade não coberta pela bolsa do programa.

34 33 Desde a sua criação até o processo seletivo do segundo semestre de 2014, o Prouni já atendeu mais de 1,4 milhão de estudantes, sendo 70% com bolsas integrais. O Prouni, aliado ao Fies, ao Sistema de Seleção Unificada (Sisu), ao Programa de Apoio a Planos de Reestruturação e Expansão das Universidades Federais (Reuni), à Universidade Aberta do Brasil (UAB) e à expansão da rede federal de educação profissional e tecnológica ampliam significativamente o número de vagas na educação superior, contribuindo para um maior acesso dos jovens à formação acadêmica Fundo de Financiamento Estudantil (Fies) O Fundo de Financiamento Estudantil (Fies) é um programa do Ministério da Educação destinado a financiar a graduação na educação superior de estudantes matriculados em cursos superiores não gratuitos, na forma da Lei /2001. Podem recorrer ao financiamento os estudantes matriculados em cursos superiores que tenham avaliação positiva nos processos conduzidos pelo Ministério da Educação. Em 2010, o Fies passou a funcionar em um novo formato: a taxa de juros do financiamento passou a ser de 3,4% a.a., o período de carência passou para 18 meses e o período de amortização para três vezes o período de duração regular do curso + 12 meses. O Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE) passou a ser o agente operador do programa para contratos formalizados a partir de Além disso, o percentual de financiamento subiu para até 100% e as inscrições passaram a ser feitas em fluxo contínuo, permitindo ao estudante solicitar o financiamento em qualquer período do ano. A partir do segundo semestre de 2015 os financiamentos concedidos com recursos do Fies passaram a ter taxa de juros de 6,5% ao ano, com vistas a contribuir para a sustentabilidade do programa, possibilitando sua continuidade enquanto política pública perene de inclusão social e de democratização do ensino superior. O intuito é realizar um realinhamento da taxa de juros às condições existentes no cenário econômico e à necessidade de ajuste fiscal.

35 34 3 METODOLOGIA Segundo Gil (1999, p. 42), a pesquisa científica é um processo formal e sistemático de desenvolvimento do método científico. O objetivo fundamental da pesquisa é descobrir respostas para problemas mediante o emprego de procedimentos científicos. Este capítulo visa apresentar a metodologia utilizada na realização deste estudo, e consiste na classificação da pesquisa, na definição dos sujeitos da pesquisa e do universo amostral, na coleta de dados, na análise e interpretação dos dados e na sistematização do estudo. 3.1 Classificação da pesquisa Quanto à abordagem, o presente estudo se classifica como quantitativo, uma vez que busca analisar variáveis quantitativas, ou seja, analisar a variação do rendimento das ações do setor educacional. Quanto aos objetivos, a pesquisa é descritiva, pois descreve as características e motivos da variação das ações. Quanto aos procedimentos técnicos a pesquisa se caracteriza como bibliográfica e documental. Bibliográfica porque são utilizados livros, periódicos, artigos e textos sobre o assunto tratado. E documental por utilizar relatórios financeiros, históricos de cotações de ações, além de outras informações oficiais das empresas estudadas. Segundo Teixeira, Zamberlan e Rasia (2009, p. 113), a pesquisa quantitativa considera que tudo pode ser quantificável, o que significa traduzir em números, opiniões e informações para classificá-las e analisá-las. Os autores ainda afirmam que para a realização da pesquisa quantitativa se faz necessária a utilização de métodos e técnicas estatísticas. Com relação à pesquisa descritiva, Oliveira (1997 apud TEIXEIRA; ZAMBERLAN; RASIA (2009, p. 116) explica que ela possibilita identificar as diferentes formas dos fenômenos, sua ordenação, classificação, explicação das suas relações de causa e efeito. A pesquisa bibliográfica, por sua vez, segundo Lakatos e Marconi (2002 apud TEIXEIRA; ZAMBERLAN; RASIA, 2009, p. 118), é todo o referencial teórico já tornado público em relação ao tema de estudo, como publicações avulsas, boletins, jornais, revistas, livros, pesquisas, monografias, teses, material cartográfico, meios de comunicação orais (rádio e gravações em fitas magnéticas) e audiovisuais (filme e televisão). Já pesquisa documental é definida por Gil (2002 apud TEIXEIRA; ZAMBERLAN; RASIA, 2009, p. 118) como: documentos e/ou materiais que ainda não foram analisados, mas que, de acordo com a questão de objetivos da pesquisa, podem ter valor científico.

36 Sujeitos da pesquisa e universo amostral Para a realização desta pesquisa foram utilizados dados históricos dos desempenhos das ações de empresas que compõem o setor educacional da Bolsa de Valores. São elas: Kroton, Estácio, Ser Educacional e Anima Educação. 3.3 Coleta de dados O levantamento dos dados ocorreu por meio da Internet, sendo os dados buscados nos sites das organizações objeto de estudo, bem como nos sites especializados, na BM&FBovespa e na Comissão de Valores Mobiliários (CVM). Os instrumentos de coleta de dados foram aplicados em pesquisas realizadas em documentos oficiais disponibilizados pelas empresas, como: histórico e caracterização, histórico do desempenho das ações nos últimos dois anos e Balanços e Demonstrações de Resultado. A coleta dos dados ocorreu no período de 03 de dezembro de 2015 a 03 de fevereiro de 2016, e correspondem ao desempenho histórico das ações das empresas do setor educacional na BM&FBovespa dos últimos cinco anos. Os dados foram extraídos do site Yahoo Finanças. 3.4 Análise e interpretação dos dados Após a coleta dos dados, estes foram alocados em planilhas do Microsoft Excel, onde foram relacionados os desempenhos históricos das ações das empresas objeto de estudo nos últimos dois anos, e capitalizados mensalmente. A análise se deu por meio de métodos estatísticos e Análise Fundamentalista. 3.5 Sistematização do estudo Como já destacado anteriormente o objetivo deste estudo é realizar uma análise comparativa do desempenho das ações das companhias brasileiras de capital aberto do setor educacional, presentes na BM&FBovespa, e visualizar o impacto das políticas educacionais no desempenho das ações dessas empresas. Para tanto, foram calculados o retorno, o risco e o desempenho das ações das empresas do setor educacional da BM&FBovespa.

37 36 4 APRESENTAÇÃO E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS O mercado de capitais exige conhecimento dos seus riscos e lucros. As companhias brasileiras de capital aberto do setor educacional fazem parte da BM&FBovespa, e são alvo de estudos por investidores interessados. A partir do embasamento teórico inicial, passa-se agora visualizar o impacto que as políticas educacionais ocasionam no desempenho das ações dessas empresas. O foco deste estudo são a Kroton, a Estácio, a Ser Educacional e a Anima Educação, cujos resultados são explicitados a seguir. O Gráfico 1, que segue, refere a média da variação mensal das ações do setor educacional na Bolsa de Valores, podendo-se observar que a variação possui um comportamento semelhante entre as empresas. Esse fenômeno pode ser justificado, pois as organizações fazem parte de um mesmo setor e, destarte, sofrem basicamente as mesmas influências externas, acarretando um desempenho semelhante entre elas. Gráfico 1. Variação mensal Média das ações Fonte: dados da pesquisa (2016). Na virada do ano 2014 para 2015 observou-se uma queda significativa no valor das ações objeto deste estudo, momento em que estas empresas sofreram uma influência muito forte decorrente de uma decisão política governamental educacional. Por intermédio da Portaria Normativa n 21, de 26 de dezembro de 2014, o Ministério da Educação definiu que não basta o aluno se submeter ao Exame Nacional de Ensino Médio (Enem) para ser elegível ao Fundo

38 37 de Financiamento Estudantil (Fies), mas necessita, também, de uma nota mínima de 450 pontos no Enem, e não pode zerar a redação. Além disso, também foi definida uma mudança na regra de repasse do Governo para as instituições de ensino, cuja medida pressionou o capital de giro das empresas. Com essa decisão, cerca de 50% do orçamento do Fies foi cortado, principalmente devido à exclusão de alunos que não alcançaram a nota mínima para ser elegível ao financiamento. Em abril de 2015 notou-se uma nova queda na variação da média mensal desses ativos, período em que a notícia divulgada em dezembro de 2014 entrou em vigor. 4.1 Correlação Após analisar a variação da média mensal das empresas que compõem o setor educacional da BM&FBovespa, num período de dois anos, utilizou-se técnicas estatísticas para verificar a correlação entre as organizações objeto deste estudo com o Índice Bovespa. Na Tabela 1, a seguir, estão relacionados os coeficientes de correlação que servem de parâmetro para interpretação dos dados gerados a partir do modelo de correlação. Quadro 2. Coeficiente de correlação Coeficiente de correlação Correlação r 1 Perfeita positiva 0,8 r< 1 Forte positiva 0,5 r< 0,8 Moderada positiva 0,1 r< 0,5 Fraca positiva 0 <r< 0,1 Ínfima positiva 0 Nula - 0,1 <r< 0 Ínfima negativa - 0,5 < r - 0,1 Fraca negativa - 0,8 <r - 0,5 Moderada negativa - 1 <r - 0,8 Forte negativa r = - 1 Perfeita negativa Fonte: dados da pesquisa (2016). Na sequência, a Tabela 2 apresenta as correlações correspondentes às variáveis que estão sendo analisadas neste estudo. Os valores apresentados são o coeficiente de correlação (r), cujo valor indica o grau de relacionamento linear entre as variáveis, ou seja, a alteração do valor de uma variável (independente) provoca alteração no valor de outra variável (dependente).

39 38 Quadro 3. Correlações ANIM3 ESTC3 KROT3 SEER3 IBOV3 ANIM3 1 ESTC3 0, KROT3 0, , SEER3 0, , , IBOV3 0, , , , Fonte: dados da pesquisa (2016). A tabela anterior confirma o que foi comentado anteriormente, ou seja, que o grau de relacionamento entre as empresas do setor educacional é alto, variando entre uma correlação moderada positiva e forte positiva. Quando, porém, está relacionado ao Índice Bovespa, a variável que tem maior associação com o índice é a ESTC3, que mesmo assim apresenta uma correlação fraca positiva de r = 0, Exemplificando, a cada R$ 1,00 que o IBovespa varia para mais ou para menos, as ações das empresas estudadas variam respectivamente, ou seja, ANIM3 R$ 0,44; ESTC3 R$ 0,49; KROT3 R$ 0,37; e SEER3 R$ 0,36, em valores aproximados. 4.2 Análise Fundamentalista Anima Para realizar a Análise Fundamentalista foram utilizados os dados econômicofinanceiros trimestrais da empresa objeto de estudo no período do 1º trimestre de 2014 (1T 2014) ao 4º trimestre de 2015 (4T 2015). No Quadro 4, a seguir, constam os seguintes dados: valor da ação ANIM3 em cada trimestre analisado, o valor de mercado da empresa e a composição do capital social (soma das ações preferenciais e ações ordinárias). Quadro 4. Informações de mercado ANIM3 Informações de Mercado 1T2014 2T2014 3T2014 4T2014 1T2015 2T2015 3T2015 4T2015 Valor da Ação - ANIM3 21,49 29,78 29,59 35,35 15,22 21,75 9,69 13,80 Valor de Mercado *em milhões 1.762, , , , , ,44 762, ,78 Capital Social PN+ON Fonte: dados da pesquisa (2016). No Quadro 5, a seguir, são apresentados os dados do Balanço Consolidado do período de 1T de 2014 a 4T de 2015.

40 39 Quadro 5. Balanço patrimonial Anima Balaço Patrimonial Anima - 1T2014 a 4T2015 1T2014 2T2014 3T2014 4T2014 1T2015 2T2015 3T2015 4T2015 ATIVO ATIVO CIRCULANTE Disponibilidades Direitos Realizáveis Estoque Desp. Do Exerc. Seguinte ATIVO NÃO CIRCULANTE Realizável a Longo Prazo Investimentos Imobilizados - A.Perm Intangível PASSIVO PASSIVO CIRCULANTE Fornecedores Emprestimos Banc./Financ Encargos Sociais/Fiscais Outros Debitos PASSIVO NÃO CIRCULANTE Exigível a Longo Prazo PATRINÔNIO LÍQUIDO Capital Social Reservas De Capital Ajustes Avaliação Patrimonial Reserva de Lucros Participação Acionistas Lucros Acumulados Fonte: dados da pesquisa (2016). A partir dos dados do Balanço Consolidado de cada período foram elaborados gráficos para a melhor visualização do desempenho dos principais pontos dos demonstrativos econômico-financeiros da empresa ao longo do período estudado. No Gráfico 2, a seguir, é demonstrada a evolução do desempenho do Ativo Total da empresa entre o 1T de 2014 e o 4T de 2015, com uma evolução no 4T de 2015 de aproximadamente 30,01% em relação ao primeiro período analisado. Gráfico 2. Evolução do Ativo Total, Anima Fonte: elaboração própria (2016).

41 40 Com a análise dos dados também foi possível demonstrar graficamente a evolução do Patrimônio Líquido, do Ativo Circulante e do Passivo Circulante. Relacionando o primeiro trimestre analisado com o último, observa-se um desempenho positivo de 23,45% do Patrimônio Líquido; no Ativo Circulante a empresa obteve um desempenho negativo de - 36,07%; enquanto o Passivo Circulante evoluiu 99,05% no período. Gráfico 3. Evolução PL, AC e PC, Anima Fonte: elaboração própria (2016). No Gráfico 4, a seguir, é demonstrada a evolução da Receita Bruta, do Resultado Operacional e dos Custos das Mercadorias e Serviços. Gráfico 4. Evolução RB, RO e CMS, Anima Fonte: elaboração própria (2016).

42 41 Percebe-se que a receita bruta permanece nula ao longo dos períodos analisados, o que se deve ao fato de que as empresas do setor educacional iniciam as suas Demonstrações de Resultado do Exercício a partir da Receita Operacional Líquida. Em relação ao Resultado Operacional a empresa apresenta um desempenho negativo de -106,59%, enquanto o Custo das Mercadorias e Serviços teve um aumento de 144,89%. Em relação ao lucro líquido, o Gráfico 5, a seguir, apresenta o desempenho no decorrer do período a partir das demonstrações de resultado da empresa, sendo que a mesma apresenta uma variação de -112,45%. Isso revela que após ações governamentais no 1T de 2015, assim como as suas ações em mercado, o lucro líquido reagiu de forma negativa, apresentando o pior valor no 2T de A Anima, entre as quatro empresas do setor educacional analisadas, foi a que mais sentiu a notícia das novas regras do Fies que, assim como a Ser Educacional, possui um forte posicionamento no ensino presencial. Gráfico 5. Evolução Lucro Líquido, Anima Fonte: elaboração própria (2016). Para a realização das análises também foram utilizados alguns indicadores financeiros, como: Indicadores de Liquidez (Corrente, Geral, Imediata, Capital de Giro e Necessidade de Capital de Giro), Indicadores de Endividamento (Geral, Capital Próprio e Grau de Imobilização), Indicadores de Rentabilidade (Retorno do Capital Próprio e Rentabilidade do Ativo) e Ebitda/Lajida.

43 Indicadores de Liquidez Anima Os índices de liquidez são utilizados para visualizar a capacidade de pagamento da empresa, relacionando bens e direitos com as obrigações. A interpretação desses indicadores é de que quanto maior melhor, e dimensionam o quanto a empresa tem para cada unidade monetária que deve. Quadro 6. Indicadores de Liquidez, Anima Indicadores de Liquidez 1T2014 2T2014 3T2014 4T2014 1T2015 2T2015 3T2015 4T2015 Liquidez Corrente: 5,15 5,15 2,51 1,93 2,15 1,84 2,24 1,66 Liquidez Geral: 1,65 1,72 1,04 1,07 1,23 1,13 1,13 1,08 Liquidez Imediata: 4,23 4,00 1,36 0,82 0,75 0,25 1,09 0,84 Capital de Giro: Necessid. de Cap. de Giro: Fonte: dados da pesquisa (2016). a) Liquidez Corrente A Liquidez Corrente é resultado da razão entre o Ativo Circulante e o Passivo Circulante, ou seja, a capacidade de a empresa liquidar as suas obrigações no curto prazo. A Anima apresenta bons valores de Liquidez Corrente, sendo que a interpretação desse indicador é de que se o valor for maior que 1 a empresa possui capacidade de pagamento de sua dívida a curto prazo. Sendo assim, o maior valor apresentado é no 1T e 2T de 2014 (5,15), e o menor no 4T de 2015 (1,66), o que significa que para cada R$ 1,00 de dívida a empresa possui R$ 1,66 em caixa ou a receber. b) Liquidez Geral A Liquidez Geral tem como função apresentar a situação da empresa em relação aos direitos e obrigações no longo prazo, sendo que avalia a razão entre Ativo Circulante mais Realizável a Longo Prazo e Passivo Circulante mais o Passivo Não Circulante. Assim como na Liquidez Corrente o indicador de Liquidez Geral tem interpretação de quanto maior melhor, e o resultado 1 evidencia que a empresa tem capacidade de quitar todas suas dívidas com seu caixa e recebíveis. A Anima apresenta o maior valor de Liquidez Geral no 2T de 2014 (1,72) e o menor no 3T de 2014 (1,04). Ao final do período analisado a empresa possuía uma Liquidez Geral de 1,08, evidenciando que a cada R$ 1,00 de dívida a empresa possui R$ 1,08 em caixa ou a receber, demonstrando que tem capacidade de pagamento de suas dívidas no longo prazo.

44 43 c) Liquidez Imediata A Liquidez Imediata considera apenas Caixa, Saldos Bancários e Aplicações Financeiras para quitar as obrigações da empresa, excluindo Estoque e Valores a Receber. É um importante indicador da situação de curtíssimo prazo da empresa. A Anima apresenta uma situação boa em relação à Liquidez Imediata, sendo que o maior valor desse indicador pode ser observado no 1T de 2014 (4,23) e o menor no 2T de 2015 (0,25). No último trimestre analisado a empresa possuía uma liquidez imediata de 0,84, revelando que possui uma capacidade de pagamento imediato de 84% de suas obrigações com o que tem disponível em caixa. No Gráfico 6, a seguir, é apresentada a evolução desses indicadores. Gráfico 6. Evolução dos Indicadores de Liquidez (Liquidez Corrente, Liquidez Geral e Liquidez Imediata), Anima Fonte: elaboração própria (2016). d) Capital de Giro O Capital de Giro é composto pelos recursos para financiar a continuidade das operações da empresa, também chamado de Capital de Trabalho. O indicador é obtido por meio da subtração entre o Ativo Não Circulante e o Passivo Não Circulante. Os indicadores referentes ao Capital de Giro da Anima demonstram grande evolução em relação ao primeiro e o último período analisado, revelando um acréscimo de 1993,81%, passando de R$ para R$ , o que evidencia a boa liquidez da empresa. Esta evolução é explicada nas Informações Trimestrais da empresa pela incorporação da Editora Universidade São Judas Tadeu Ltda e AMC Serviços Educacionais Ltda, esta última mantenedora da Universidade São Judas Tadeu.

45 44 e) Necessidade de Capital de Giro A Necessidade de Capital de Giro é a quantidade de capital que a empresa precisa ter em caixa para financiar as suas atividades. Quando a Necessidade de Capital de Giro for positiva significa que a empresa possui superávit deste indicador, não precisando recorrer a bancos ou outras fontes de recursos. Já quando for negativa apresenta um déficit no Capital de Giro, demonstrando um quadro de risco para a empresa, pois pode ser necessário recorrer a bancos ou outras fontes de recursos para financiar suas atividades. A Anima apresenta uma situação de risco ao final do período analisado com o indicador apresentando um valor de -R$ O Gráfico 7, a seguir, representa a evolução do Capital de Giro e a consequente Necessidade de Capital de Giro. Gráfico 7. Evolução dos Indicadores de Liquidez (Capital de Giro e Necessidade de Capital de Giro), Anima Fonte: elaboração própria (2016) Indicadores de Endividamento Estes indicadores demonstram o grau de endividamento da empresa. No Quadro 7 constam os dados destes indicadores e, após, tem-se a análise individual de cada indicador. Quadro 7. Indicadores de Endividamento Anima Indicadores de Endividamento 1T2014 2T2014 3T2014 4T2014 1T2015 2T2015 3T2015 4T2015 Endividamento Geral: 42,49% 40,84% 40,72% 36,84% 33,74% 35,25% 45,65% 45,39% Endivid. do Capital Próprio: 73,87% 69,03% 68,68% 58,32% 50,92% 54,43% 83,98% 83,11% Grau de Imobilização: 18,93% 18,91% 20,74% 20,39% 20,41% 22,22% 21,73% 22,73% Fonte: dados da pesquisa (2016).

46 45 a) Endividamento Geral Este indicador é obtido por meio da soma do Passivo Circulante e do Exigível a Longo Prazo, dividido pelo Ativo Total. Ele demonstra a quantidade de capital de terceiros utilizado pela empresa em relação ao seu capital próprio, portanto, é interpretado da forma quanto menor melhor. A Anima apresenta o melhor resultado deste indicador no 1T de 2015, com 33,74%, e o pior no 3T de 2015 (45,65%). No 4T de 2015 a empresa apresenta um indicador de 45,39%, o que significa que a empresa utilizará 45,39% do seu Ativo Total para quitar suas obrigações. b) Endividamento do Capital Próprio Este indicador mede a quantidade de capital de terceiros em relação ao Patrimônio Líquido da empresa. É medido pela soma do Passivo Não Circulante e do Exigível a Longo Prazo dividido pelo Patrimônio Líquido. A Anima apresenta seu melhor resultado no 1T de 2015 (50,92%) e o pior resultado no 3T de 2015 (83,98%). No último período de análise a empresa indica que utilizará cerca de 83,11% de seu Patrimônio Líquido para quitar suas obrigações. O Gráfico 8, a seguir, mostra a evolução destes indicadores. Gráfico 8. Evolução dos Indicadores de Endividamento (Endividamento Geral e Endividamento do Capital Próprio), Anima Fonte: elaboração própria (2016). c) Grau de Imobilização O Grau de Imobilização é calculado por meio da divisão do Ativo Permanente pelo Patrimônio Líquido, e representa o quanto de Capital Próprio está comprometido no

47 46 Imobilizado da empresa. A Anima apresenta um Grau de Imobilização que varia, em média, em torno de 20% no período analisado, e no último período apresentou 22,73%. O gráfico 9, a seguir demonstra a evolução ao longo do período de análise do Grau de Imobilização da empresa Anima. Gráfico 9. Evolução dos Indicadores de Endividamento (Grau de Imobilização), Anima Fonte: elaboração própria (2016) Indicadores de Rentabilidade Os Indicadores de Rentabilidade são utilizados para demonstrar se os investimentos efetuados pela empresa tiveram rendimento, ou seja, indicar qual o grau de remuneração de um determinado negócio e o lucro/prejuízo obtido pela empresa. A seguir constam os valores desses indicadores e, após, a sua descrição individual: Quadro 8. Indicadores de Rentabilidade, Anima Rentabilidade 1T2014 2T2014 3T2014 4T2014 1T2015 2T2015 3T2015 4T2015 Retorno do Capital Próprio 8,69% 5,45% 7,44% 7,70% 9,67% -3,80% 4,53% -0,88% Rentabilidade do Ativo: 5,00% 3,22% 4,41% 4,86% 6,41% -2,46% 2,46% -0,48% Fonte: dados da pesquisa (2016). a) Retorno do Capital Próprio O Retorno do Capital Próprio mede a performance do lucro em relação ao capital próprio empregado pela empresa, ou seja, refere-se à capacidade de a empresa agregar valor, utilizando recursos próprios. Este indicador é obtido por meio da divisão entre o Resultado Líquido e o

48 47 Patrimônio Líquido. A Anima, ao final do período de análise, apresenta um valor de -0,88%, o que indica que a empresa não está remunerando os seus acionistas. Esse foi o pior resultado dentro do período analisado, o melhor foi no 1T de 2015, quando a empresa teve um indicador de 9,67%. b) Rentabilidade do Ativo A Rentabilidade do Ativo mede o retorno obtido em relação ao total de recursos empregados na organização. Este indicador é calculado por meio da divisão entre o Resultado Líquido e o Ativo Total. A Anima apresenta no 4T de 2015 um percentual de -0,48%, o que significa que a empresa não está tendo retorno sobre o seu Ativo Total. O melhor desempenho da empresa ocorreu no 1T de 2015 (6,41%) e o pior no 2T de 2015 (-2,46%). A seguir consta a evolução da Rentabilidade do Ativo ao longo do período de análise. Gráfico 10. Evolução Indicadores de Rentabilidade do Ativo, Anima Fonte: elaboração própria (2016). c) Ebitda/Lajida O Earnings Before Interests, Taxes, Depreciation and Amortization (Ebitda) ou Lucro Antes do Imposto de Renda, Juros Depreciações e Amortização (Lajida) representa o montante de recursos gerados pela empresa em suas atividades operacionais, sem levar em consideração os efeitos financeiros e de impostos. O Quadro 9, a seguir, apresenta os dados indicadores deste índice:

49 48 Quadro 9. Ebitda/Lajida, Anima EBITDA/LAJIDA 1T2014 2T2014 3T2014 4T2014 1T2015 2T2015 3T2015 4T2015 EBITDA/LAJIDA Fonte: dados da pesquisa (2016). Os dados permitem observar que a Anima tem a sua melhor geração de caixa no 1T de 2015 (R$ ), e a sua pior geração de caixa no 2T de 2015 (-R$ ). Percebe-se, assim, uma sazonalidade no início dos semestres (1T e 3T), com geração de caixa maior nesses períodos. No último período analisado a empresa apresentou um resultado de -R$ em suas atividades operacionais, o que significa que perdeu eficiência e produtividade em relação ao ano anterior. O Gráfico 11, a seguir, permite a visualização desses dados: Gráfico 11. Evolução do Ebitda/Lajida, Anima Fonte: elaboração própria (2016) Outros indicadores fundamentalistas Com o objetivo de aprofundar o tema buscou-se, ainda, outros indicadores além dos apresentados anteriormente. No Quadro 10, a seguir, encontram-se os indicadores que avaliam a empresa de acordo com a cotação de suas ações no mercado acionário.

50 49 Quadro 10. Outros indicadores, Anima 1T2014 2T2014 3T2014 4T2014 1T2015 2T2015 3T2015 4T2015 Cotação - ANIM3 21,49 29,78 29,59 35,35 15,22 21,75 9,69 13,80 Nº de ações Lucro por Ação - LPA 0,55 0,36 0,53 0,55 0,77-0,29 0,36-0,07 Valor Patrimonial por Ação - VPA 6,28 6,60 7,13 7,20 7,97 7,67 8,04 7,75 Preço/Lucro - P/L 39,39 82,76 55,80 63,78 19,76-74,62 26,63-203,08 Preço/Valor Patrimonial - P/VPA 3,42 4,51 4,15 4,91 1,91 2,83 1,21 1,78 Fonte: dados da pesquisa (2016). Ao observar os dados que compõem o quadro acima percebe-se uma queda considerável no valor da ação da Anima ao longo do período analisado. Além disso, no 4T de 2015 o índice do lucro por ação, que é resultado da divisão entre o Lucro Líquido pelo número de ações, apresenta um valor negativo de -R$ 0,07, assim como o preço por lucro (-R$ 203,08), que é resultado da divisão entre a cotação da ação pelo lucro apresentado. Isto demonstra que a empresa não está remunerando o seu acionista em relação ao seu Lucro Líquido. Já em relação ao Valor Patrimonial por ação, a Anima apresenta neste mesmo período o valor de R$ 7,75, cujo valor é calculado a partir da divisão entre o Patrimônio Líquido pela quantidade de ações. O preço do Valor Patrimonial, que é a divisão da cotação da ação pelo Valor Patrimonial por ação, ficou em R$ 1, Análise Fundamentalista Estácio Para realizar a Análise Fundamentalista da Estácio foram utilizados os dados econômico-financeiros trimestrais da empresa no período do 1º trimestre de 2014 (1T 2014) ao 4º trimestre de 2015 (4T 2015). No Quadro 11, a seguir, constam os seguintes dados: valor da ação ESTC3 em cada trimestre analisado, o valor de mercado da empresa e a composição do capital social (soma das ações preferenciais e ações ordinárias). Quadro 11. Informações de Mercado ESTC3 Informações de Mercado 1T2014 2T2014 3T2014 4T2014 1T2015 2T2015 3T2015 4T2015 Valor da Ação - ESTC3 22,86 29,25 25,44 23,82 18,54 18,00 14,10 13,95 Valor de Mercado *em milhões 6.845, , , , , , , ,64 Capital Social PN+ON Fonte: dados da pesquisa (2016).

51 50 Na sequência, o Quadro 12 apresenta os dados do Balanço Consolidado do período do 1T de 2014 ao 4T de Quadro 12. Balanço Patrimonial Estácio Balaço Patrimonial Estácio - 1T2014 a 4T2015 1T2014 2T2014 3T2014 4T2014 1T2015 2T2015 3T2015 4T2015 ATIVO ATIVO CIRCULANTE Disponibilidades Direitos Realizáveis Estoque Desp. Do Exerc. Seguinte ATIVO NÃO CIRCULANTE Realizável a Longo Prazo Investimentos Imobilizados - A.Perm Intangível PASSIVO PASSIVO CIRCULANTE Fornecedores Emprestimos Banc./Financ Encargos Sociais/Fiscais Outros Debitos PASSIVO NÃO CIRCULANTE Exigível a Longo Prazo PATRINÔNIO LÍQUIDO Capital Social Reservas De Capital Ajustes Avaliação Patrimonial Reserva de Lucros Participação Acionistas Lucros Acumulados Fonte: dados da pesquisa (2016). A partir dos dados do Balanço Consolidado de cada período foram elaborados gráficos para a melhor visualização do desempenho dos principais pontos dos demonstrativos econômico-financeiros da empresa ao longo do período analisado. No Gráfico 12, que segue, é demonstrada a evolução do desempenho do Ativo Total da empresa entre o 1T de 2014 e o 4T de 2015, revelando uma evolução no 4T de 2015 de aproximadamente 87,56% em relação ao primeiro período analisado.

52 51 Gráfico 12. Evolução do Ativo Total, Estácio Fonte: elaboração própria (2016). A análise dos dados revelou a evolução do Patrimônio Líquido, do Ativo Circulante e do Passivo Circulante. Ao relacionar o primeiro trimestre com o último observa-se um desempenho positivo de 62,74% do Patrimônio Líquido; no Ativo Circulante a empresa teve um desempenho de 48,40%, e no Passivo Circulante evoluiu 116,38% no período (Gráfico 13). Gráfico 13. Evolução do PL, AC e PC Estácio Fonte: elaboração própria (2016). O Gráfico 14, a seguir, demonstra a evolução da Receita Bruta, do Resultado Operacional e dos Custos das Mercadorias e Serviços. Percebe-se que a Receita Bruta permanece nula ao longo dos períodos analisados, o que se deve ao fato de que as empresas do setor educacional iniciam as suas Demonstrações de Resultado do Exercício a partir da Receita

53 52 Operacional Líquida. Em relação ao Resultado Operacional a empresa apresenta um desempenho negativo de -37,76%, enquanto o Custo das Mercadorias e Serviços teve um aumento de 37,03%. Gráfico 14. Evolução da RB, RO e CMS Estácio Fonte: elaboração própria (2016). Em relação ao Lucro Líquido o Gráfico 15, a seguir, apresenta o desempenho da empresa a partir das demonstrações de resultado, revelando que no período houve uma variação de -48,23% e uma evolução em cada início de semestre (1T e 3T). Observa-se, ainda, que a notícia em relação ao corte do Fies não afetou tanto esse indicador, cujo fato pode ser explicado pelo forte posicionamento da empresa em relação ao ensino a distância. Gráfico 15. Evolução do Lucro Líquido Estácio Fonte: elaboração própria (2016).

54 53 Para a realização das análises também foram utilizados alguns indicadores financeiros, entre os quais estão: Indicadores de Liquidez (Corrente, Geral, Imediata, Capital de Giro e Necessidade de Capital de Giro), Indicadores de Endividamento (Geral, do Capital Próprio e Grau de Imobilização), Indicadores de Rentabilidade (Retorno do Capital Próprio e Rentabilidade do Ativo) e Ebitda/Lajida Indicadores de Liquidez Estácio Os índices de liquidez são utilizados para visualizar a capacidade de pagamento da empresa, relacionando bens e direitos com as obrigações. A interpretação desses indicadores é de que quanto maior melhor, uma vez que dimensionam quanto a empresa tem para cada unidade monetária que deve. O Quadro 13, a seguir, apresenta esses indicadores: Quadro 13. Indicadores de Liquidez, Estácio Indicadores de Liquidez 1T2014 2T2014 3T2014 4T2014 1T2015 2T2015 3T2015 4T2015 Liquidez Corrente: 4,14 5,38 3,54 3,70 2,61 3,06 3,16 2,84 Liquidez Geral: 2,36 2,66 1,86 1,49 1,40 1,54 1,49 1,39 Liquidez Imediata: 2,74 3,71 1,85 2,40 1,45 1,30 1,51 1,31 Capital de Giro: Necessid. de Cap. de Giro: Fonte: dados da pesquisa (2016). a) Liquidez Corrente A Liquidez Corrente é o resultado da razão entre o Ativo Circulante e o Passivo Circulante, ou seja, a capacidade de liquidação de suas obrigações no curto prazo. A Estácio apresenta bons valores de Liquidez Corrente, sendo que a interpretação desse indicador é de que se o valor for maior que 1 a empresa possui capacidade de pagamento de sua dívida a curto prazo. Sendo assim, o maior valor apresentado é no 2T de 2014 (5,38), e o menor no 1T de 2015 (2,61). No último período analisado a empresa possuía um indicador de Liquidez Corrente de 2,84, o que significa que para cada R$ 1,00 de dívida a empresa possui R$ 2,84 em caixa ou a receber. b) Liquidez Geral A Liquidez Geral tem como função apresentar a situação da empresa em relação aos direitos e obrigações no longo prazo, pois avalia a razão entre o Ativo Circulante mais

55 54 Realizável a Longo Prazo e o Passivo Circulante mais o Passivo Não Circulante. Assim como na Liquidez Corrente o indicador de Liquidez Geral tem interpretação de quanto maior melhor, em que o resultado 1 evidencia que a empresa tem capacidade de quitar todas suas dívidas com seu caixa e recebíveis. A Estácio apresenta o maior valor de Liquidez Geral no 2T de 2014 (2,66) e o menor no 4T de 2015 (1,39), o que denota que a cada R$ 1,00 de dívida a empresa possui R$ 1,39 em caixa ou a receber, demonstrando que possui capacidade de pagamento de suas dívidas no longo prazo. c) Liquidez Imediata A Liquidez Imediata considera apenas Caixa, Saldos Bancários e Aplicações Financeiras para quitar as obrigações da empresa, excluindo Estoque e Valores a Receber. É um importante indicador da situação de curtíssimo prazo da empresa. A Estácio apresenta uma boa situação em relação à Liquidez Imediata, sendo que o maior valor deste indicador pode ser observado no 2T de 2014 (3,71) e o menor no 2T de 2015 (1,30). No último trimestre analisado a empresa possuía uma Liquidez Imediata de 1,31, o que revela que possui capacidade de pagamento de suas obrigações com o disponível imediato. Assim, para cada R$ 1,00 em obrigações, sobraria R$ 0,31 em caixa ou ativos de Liquidez Imediata No Gráfico 16, a seguir, é apresentada a evolução desses indicadores: Gráfico 16. Evolução dos Indicadores de Liquidez (Liquidez Corrente, Liquidez Geral, Liquidez Imediata), Estácio Fonte: elaboração própria (2016).

56 55 d) Capital de Giro O Capital de Giro são os recursos utilizados para financiar a continuidade das operações da empresa, também chamado de Capital de Trabalho. O indicador é obtido por meio da subtração entre o Ativo Não Circulante e o Passivo Não Circulante. Os indicadores referentes ao Capital de Giro da Estácio demonstram grande evolução do primeiro período em relação ao final do período de análises, que apresenta um acréscimo de 131,72%, indo de R$ para R$ , o que evidencia a boa liquidez da empresa. Assim como a Anima, a Estácio incorporou outra empresa neste período, a UniSEB, fato que, segundo as informações trimestrais da empresa, explica a evolução desse indicador. e) Necessidade de Capital de Giro A necessidade de Capital de Giro é a quantidade de capital que a empresa precisa ter em caixa para financiar as suas atividades. Quando a Necessidade de Capital de Giro for positiva, representa que a empresa possui superávit deste indicador, e não é necessário recorrer a bancos ou outras fontes de recursos. Já quando for negativa apresenta um déficit no Capital de Giro, o que demonstra um quadro de risco para a empresa, que pode, inclusive, ter que recorrer a bancos ou outras fontes de recursos para financiar suas atividades. A Estácio apresenta boa situação ao final do período analisado, quando o indicador apresenta um valor de R$ O Gráfico 17 mostra a evolução do Capital de Giro e a Necessidade de Capital de Giro: Gráfico 17. Evolução dos Indicadores de Liquidez (Capital de Giro, Necessidade de Capital de Giro), Estácio Fonte: elaboração própria (2016).

57 Indicadores de Endividamento Estes indicadores demonstram o grau de endividamento da empresa. No Quadro 14, a seguir, constam os dados desses indicadores e no texto que segue faz-se a análise individual de cada indicador. Quadro 14. Indicadores de Endividamento, Estácio Indicadores de Endividamento Endividamento Geral: 1T ,14% 2T ,89% 3T ,70% 4T ,91% 1T ,49% 2T ,43% 3T ,68% 4T ,52% Endivid. do Capital Próprio: 41,13% 34,94% 31,06% 46,86% 57,45% 50,22% 57,93% 62,65% Grau de Imobilização: 21,07% 20,05% 18,75% 19,46% 20,08% 19,51% 18,49% 19,99% Fonte: dados da pesquisa (2016). a) Endividamento Geral Este indicador é obtido por meio da soma do Passivo Circulante e do Exigível a Longo Prazo dividido pelo Ativo Total. Ele demonstra a quantidade de capital de terceiros utilizado pela empresa em relação ao seu capital próprio, e é interpretado da forma quanto menor melhor. A Estácio apresenta seu melhor resultado deste indicador no 3T de 2014, com 23,70%, e o seu pior no 4T de 2015 (38,52%), o que significa que a empresa utilizaria 38,52% do seu Ativo Total para quitação de suas obrigações. b) Endividamento do Capital Próprio Este indicador mede a quantidade de capital de terceiros em relação ao Patrimônio Líquido da empresa, e é medido pela soma do Passivo Não Circulante e do Exigível a Longo Prazo dividido pelo Patrimônio Líquido. A Estácio apresenta seu melhor resultado no 3T de 2014 (31,06%) e o pior resultado no 4T de 2015 (62,65%), indicando que utilizaria cerca de 83,11% de seu Patrimônio Líquido para quitar suas obrigações. A seguir consta o Gráfico 18 que traz a evolução desses indicadores:

58 57 Gráfico 18. Evolução dos Indicadores de Endividamento (Endividamento Geral, Endividamento do Capital Próprio), Estácio Fonte: elaboração própria (2016). c) Grau de Imobilização O Grau de Imobilização é calculado por meio da divisão do Ativo Permanente pelo Patrimônio Líquido e representa o quanto de Capital Próprio está comprometido no Imobilizado da empresa. A Estácio apresenta um Grau de Imobilização que varia, em média, em torno de 19% no período analisado, sendo que no último período apresentou 19,99%. O Gráfico 19, a seguir, demonstra a evolução do grau de imobilização da empresa ao longo do período de análise: Gráfico 19. Evolução dos Indicadores de Endividamento (Grau de Imobilização), Estácio Fonte: elaboração própria (2016).

59 Indicadores de Rentabilidade Os Indicadores de Rentabilidade são utilizados para demonstrar se os investimentos efetuados pela empresa tiveram rendimento, ou seja, indicam o grau de remuneração de um determinado negócio e o lucro/prejuízo obtido pela empresa. Na sequência, no Quadro 15, apresenta-se os valores desses indicadores e, após, faz-se a sua descrição individual: Quadro 15. Indicadores de Rentabilidade, Estácio Rentabilidade 1T2014 2T2014 3T2014 4T2014 1T2015 2T2015 3T2015 4T2015 Retorno do Capital Próprio 7,64% 4,91% 5,49% 3,38% 5,38% 5,13% 5,74% 2,43% Rentabilidade do Ativo: 5,41% 3,64% 4,19% 2,30% 3,42% 3,41% 3,63% 1,49% Fonte: dados da pesquisa (2016). a) Retorno do Capital Próprio O Retorno do Capital Próprio avalia a performance do lucro em relação ao capital próprio empregado pela empresa, ou seja, refere-se à capacidade de a empresa agregar valor, utilizando recursos próprios. Este indicador é obtido por meio da divisão entre o Resultado Líquido e o Patrimônio Líquido. A Estácio, ao final do período de análise, apresenta um valor de 2,43%, o que demonstra que a empresa teve um crescimento. Esse foi o pior resultado dentro do período analisado, o melhor ocorreu no 1T de 2014, quando a empresa teve um indicador de 7,64%. b) Rentabilidade do Ativo A Rentabilidade do Ativo avalia o retorno obtido em relação ao total de recursos empregados na organização. Este indicador é calculado por meio da divisão do Resultado Líquido pelo Ativo Total. A Estácio apresenta no 4T de 2015 o seu pior desempenho neste indicador, ou seja, um percentual de 1,49%. Isso significa que a empresa está tendo retorno sobre o seu Ativo Total de R$ 0,01 a cada R$ 1,00. O melhor desempenho da empresa ocorreu no 1T de 2014 (5,41%). A seguir, no Gráfico 20, é apresentada a evolução desse indicador ao longo do período de análise:

60 59 Gráfico 20. Evolução dos Indicadores de Rentabilidade Estácio Fonte: elaboração própria (2016). c) Ebitda/Lajida O Earnings Before Interests, Taxes, Depreciation and Amortization (Ebitda) ou Lucro Antes do Imposto de Renda, Juros Depreciações e Amortização (Lajida) representa o montante de recursos gerados pela empresa nas suas atividades operacionais, sem levar em consideração os efeitos financeiros e de impostos. O Quadro 14, a seguir, apresenta os dados indicadores deste índice: Quadro 16. Ebitda/Lajida, Estácio EBITDA/LAJIDA 1T2014 2T2014 3T2014 4T2014 1T2015 2T2015 3T2015 4T2015 EBITDA/LAJIDA Fonte: dados da pesquisa (2016). Os dados permitem observar que a Estácio tem a sua melhor geração de caixa no 3T de 2015 (R$ ), e a sua pior geração de caixa no 4T de 2014 (R$ ). Percebe-se uma sazonalidade no início dos semestres (1T e 3T), com geração de caixa maior nesses períodos. Com exceção do 4T de 2015, a empresa vinha aumentando a sua eficiência e produtividade ao longo dos períodos, observando, é claro, os períodos de sazonalidade.

61 60 Gráfico 21. Evolução Ebitda/Lajida, Estácio Fonte: elaboração própria (2016) Outros Indicadores Fundamentalistas A fim de aprofundar o tema foram buscados outros indicadores além dos apresentados anteriormente. No Quadro 17, a seguir, encontram-se os indicadores que avaliam a empresa de acordo com a cotação de suas ações no mercado acionário. Quadro 17. Outros Indicadores Estácio 1T2014 2T2014 3T2014 4T2014 1T2015 2T2015 3T2015 4T2015 Cotação - ESTC3 22,86 29,25 25,44 23,82 18,54 18,00 14,10 13,95 Nº de ações Lucro por Ação - LPA 0,43 0,29 0,42 0,26 0,42 0,43 0,51 0,21 Valor Patrimonial por Ação - VPA 5,61 5,93 7,72 7,59 7,89 8,34 8,86 8,46 Preço/Lucro - P/L 53,34 100,56 59,98 92,89 43,63 42,12 27,73 67,86 Preço/Valor Patrimonial - P/VPA 4,07 4,94 3,30 3,14 2,35 2,16 1,59 1,65 Fonte: dados da pesquisa (2016). Ao observar os dados acima percebe-se uma queda considerável no valor da ação da Estácio ao longo do período analisado. Além disso, no 4T de 2015 o índice do lucro por ação, que é resultado da divisão entre o Lucro Líquido pelo número de ações apresenta o valor de R$ 0,21, enquanto que o preço por lucro é de R$ 67,86, resultado da divisão entre a cotação da ação pelo lucro apresentado. Isso demonstra que a empresa está remunerando o seu acionista em relação ao seu Lucro Líquido, sendo que para cada ação que o acionista possui ela remunera em R$ 0,21. Já em relação ao Valor Patrimonial por ação, a Estácio apresenta neste mesmo período o valor de R$ 8,46, cujo valor é calculado a partir da divisão entre o Patrimônio Líquido

62 61 pela quantidade de ações. O preço por Valor Patrimonial, que é a divisão da cotação da ação pelo Valor Patrimonial por ação, ficou em R$ 1, Análise Fundamentalista Kroton Para realizar a Análise Fundamentalista foram utilizados os dados econômicofinanceiros trimestrais da empresa Kroton, objeto deste estudo, no período do 1º trimestre de 2014 (1T 2014) ao 4º trimestre de 2015 (4T 2015). No Quadro 18, a seguir, constam os seguintes dados: valor da ação KROT3 em cada trimestre analisado, o valor de mercado da empresa e a composição do Capital Social (soma das ações preferenciais e ações ordinárias). Quadro 18. Informações de mercado KROT3 Informações de Mercado 1T2014 2T2014 3T2014 4T2014 1T2015 2T2015 3T2015 4T2015 Valor da Ação - KROT3 12,48 15,49 15,38 15,50 10,29 11,89 7,71 9,53 Valor de Mercado *em milhões , , , , , , , ,00 Capital Social PN+ON Fonte: dados da pesquisa (2016). Na sequência, no Quadro 19 são apresentados os dados do Balanço Consolidado do período de 1T de 2014 a 4T de 2015: Quadro 19. Balanço Patrimonial Kroton Balaço Patrimonial Kroton - 1T2014 A 4T2015 1T2014 2T2014 3T2014 4T2014 1T2015 2T2015 3T2015 4T2015 ATIVO ATIVO CIRCULANTE Disponibilidades Direitos Realizáveis Estoque Desp. Do Exerc. Seguinte ATIVO NÃO CIRCULANTE Realizável a Longo Prazo Investimentos Imobilizados - A.Perm Intangível PASSIVO PASSIVO CIRCULANTE Fornecedores Emprestimos Banc./Financ Encargos Sociais/Fiscais Outros Debitos PASSIVO NÃO CIRCULANTE Exigível a Longo Prazo PATRINÔNIO LÍQUIDO Capital Social Reservas De Capital Ajustes Avaliação Patrimonial Reserva de Lucros Participação Acionistas Lucros Acumulados Fonte: dados da pesquisa (2016).

63 62 A partir dos dados do Balanço Consolidado de cada período foram elaborados gráficos para a melhor visualização do desempenho dos principais demonstrativos econômicofinanceiros da empresa ao longo do período de estudo. Percebe-se uma grande evolução de valores do 2T de 2014 para o 3T de 2014, período em que ocorreu a integração entre a Kroton e a Anhanguera, fato que explica a evolução desses valores. No Gráfico 22, a seguir, consta a evolução do desempenho do Ativo Total da empresa entre o 1T de 2014 e o 4T de 2015, com uma evolução no 4T de 2015 de aproximadamente 384,71% em relação ao primeiro período analisado. Gráfico 22. Evolução do Ativo Total, Kroton Fonte: elaboração própria (2016). A análise dos dados também permitiu demonstrar graficamente a evolução do Patrimônio Líquido, do Ativo Circulante e do Passivo Circulante. Relacionando o primeiro trimestre com o último do período analisado observa-se um desempenho positivo de 329,74% do Patrimônio Líquido. No Ativo Circulante a empresa obteve um desempenho de 54,20%, enquanto o Passivo Circulante evoluiu 162,75% no mesmo período. O Gráfico 23, a seguir, permite visualizar esses dados:

64 63 Gráfico 23. Evolução PL, AC e PC, Kroton Fonte: elaboração própria (2016). No Gráfico 24, que segue, é demonstrada a evolução da Receita Bruta, do Resultado Operacional e dos Custos das Mercadorias e Serviços. Percebe-se que a Receita Bruta permanece nula ao longo dos períodos analisados, o que se deve ao fato de que as empresas do setor educacional iniciam as suas Demonstrações de Resultado do Exercício a partir da Receita Operacional Líquida. Em relação ao Resultado Operacional a empresa apresenta um desempenho positivo de 20,51%, enquanto o Custo das Mercadorias e Serviços teve um aumento de 139%. Gráfico 24. Evolução da RB, RO e CMS, Kroton Fonte: elaboração própria (2016).

65 64 Em relação ao Lucro Líquido, o Gráfico 25, a seguir, apresenta o desempenho a partir das demonstrações de resultado da empresa no período, sendo que a mesma apresenta uma variação de 7,25%. Da mesma forma como ocorreu com a Estácio, a notícia em relação ao corte do Fies não afetou o lucro líquido da Kroton, que também possui um posicionamento forte em relação ao ensino a distância. Gráfico 25. Evolução do Lucro Líquido, Kroton Fonte: elaboração própria (2016). Para a realização das análises também foram utilizados alguns indicadores financeiros, entre os quais se encontram: Indicadores de Liquidez (Corrente, Geral, Imediata, Capital de Giro e Necessidade de Capital de Giro), Indicadores de Endividamento (Geral, do Capital Próprio e Grau de Imobilização), Indicadores de Rentabilidade (Retorno do Capital Próprio e Rentabilidade do Ativo) e Ebitda/Lajida Indicadores de Liquidez Kroton Os Índices de Liquidez são utilizados para visualizar a capacidade de pagamento da empresa, relacionando bens e direitos com as obrigações. A interpretação desses indicadores é de que quanto maior melhor, sendo que dimensionam o montante que a empresa tem para cada unidade monetária que deve. Na sequência, o Quadro 20 apresenta os valores desses indicadores e, após, faz-se a sua descrição individual:

66 65 Quadro 20. Indicadores de Liquidez, Kroton Indicadores de Liquidez 1T2014 2T2014 3T2014 4T2014 1T2015 2T2015 3T2015 4T2015 Liquidez Corrente: 2,38 2,45 1,43 1,53 1,81 1,91 1,89 1,40 Liquidez Geral: 0,86 0,98 0,46 0,53 0,61 0,68 0,71 0,73 Liquidez Imediata: 1,28 1,21 0,54 0,66 0,53 0,55 0,57 0,47 Capital de Giro: Necessid. de Cap. de Giro: Fonte: dados da pesquisa (2016). a) Liquidez Corrente A Liquidez Corrente é o resultado da razão entre o Ativo Circulante e o Passivo Circulante, ou seja, a capacidade que a empresa possui em liquidar as suas obrigações no curto prazo. A Kroton apresenta bons valores de Liquidez Corrente, sendo que a interpretação deste indicador é de que se o valor for maior que 1 a empresa possui capacidade de pagamento de sua dívida a curto prazo. Sendo assim, o maior valor apresentado ocorreu no 2T de 2014 (2,45), e o menor no 4T de 2015 (1,40). Isso significa que para cada R$ 1,00 de dívida a empresa possui R$ 1,40 em caixa ou a receber. b) Liquidez Geral A Liquidez Geral tem como função apresentar a situação da empresa em relação aos direitos e obrigações no longo prazo, ou seja, ela avalia a razão entre o Ativo Circulante mais Realizável a Longo Prazo e o Passivo Circulante mais o Passivo Não Circulante. Da mesma forma como ocorre na Liquidez Corrente, o indicador de Liquidez Geral tem interpretação de quanto maior melhor, sendo que o resultado 1 evidencia que a empresa tem capacidade de quitar todas as suas dívidas com seu caixa e recebíveis. Este indicador revela que a Kroton não possui capacidade para quitar a totalidade de suas obrigações no longo prazo, sendo que o maior valor de Liquidez Geral ocorreu no 2T de 2014 (0,98) e o menor no 3T de 2014 (0,46). No final do período analisado o indicador de Liquidez Geral é de 0,73, evidenciando que a cada R$ 1,00 de dívida a empresa possui R$ 0,73 em caixa ou a receber, demonstrando que se tivesse que liquidar todas as suas dívidas hoje, só teria capacidade de honrar 73% do valor total. c) Liquidez Imediata A Liquidez Imediata considera apenas Caixa, Saldos Bancários e Aplicações Financeiras para quitar as obrigações da empresa, excluindo Estoque e Valores a Receber.

67 66 Trata-se de um importante indicador da situação de curtíssimo prazo da empresa. A Kroton revela que não possui caixa ou ativos de Liquidez Imediata para cumprir com todas as suas obrigações no curtíssimo prazo. O maior valor desse indicador pode ser observado no 1T de 2014 (1,28) e o menor no 4T de 2015 (0,47), revelando que não possui uma capacidade de pagamento de suas obrigações com o que tem disponível imediatamente, sendo que conseguiria cobrir apenas cerca de 47% do valor. No Gráfico 26, a seguir, é apresentada a evolução desses indicadores: Gráfico 26. Evolução dos Indicadores de Liquidez (Liquidez Corrente, Liquidez Geral, Liquidez Imediata), Kroton Fonte: elaboração própria (2016). d) Capital de Giro O Capital de Giro refere-se aos recursos utilizados para financiar a continuidade das operações da empresa, também chamado de Capital de Trabalho. O indicador é obtido por meio da subtração entre o Ativo Não Circulante e o Passivo Não Circulante. Os indicadores referentes ao Capital de Giro da Kroton demonstram grande evolução do início em relação ao final do período de análises, pois ocorre um acréscimo de 425,63%, indo de R$ para R$ , o que evidencia a boa liquidez da empresa. e) Necessidade de Capital de Giro A Necessidade de Capital de Giro representa a quantidade de capital que a empresa precisa ter em caixa para financiar as suas atividades. Quando a Necessidade de Capital de Giro

68 67 é positiva, significa que a empresa possui superávit deste indicador, não precisando recorrer a bancos ou a outras fontes de recursos. Já quando for negativa representa que há um déficit no Capital de Giro, o que denota um quadro de risco para a empresa, uma vez que pode ser necessário recorrer a bancos ou a outras fontes de recursos para financiar suas atividades. A Kroton apresenta uma situação de risco no final do período analisado, com o indicador apresentando um valor de -R$ A seguir, o Gráfico 27 apresenta a evolução do Capital de Giro e da Necessidade de Capital de Giro da Kroton: Gráfico 27. Evolução dos Indicadores de Liquidez (Capital de Giro, Necessidade de Capital de Giro), Kroton Fonte: elaboração própria (2016) Indicadores de Endividamento Estes indicadores demonstram o grau de endividamento da empresa. No Quadro 21, a seguir, constam os dados desses indicadores e, após, um texto que analisa individualmente cada indicador. Quadro 21. Indicadores de Endividamento Kroton Indicadores de Endividamento Endividamento Geral: 1T ,96% 2T ,56% 3T ,51% 4T ,09% 1T ,19% 2T ,28% 3T ,52% 4T ,12% Endivid. do Capital Próprio: 49,17% 39,99% 36,07% 35,29% 33,68% 35,65% 34,27% 33,54% Grau de Imobilização: 17,30% 17,46% 11,99% 12,42% 12,57% 12,37% 12,52% 13,02% Fonte: dados da pesquisa (2016).

69 68 a) Endividamento Geral Este indicador é obtido por meio da soma do Passivo Circulante e do Exigível a Longo Prazo dividido pelo Ativo Total. Ele demonstra o montante de capital de terceiros utilizado pela empresa em relação ao seu capital próprio, portanto, é interpretado da forma quanto menor melhor. O pior resultado deste indicador na Kroton ocorreu no 1T de 2014, com 32,96%, e o seu melhor resultado foi no 4T de 2015 (25,12%). Isso significa que a empresa utilizaria 25,12% do seu Ativo Total para quitação das suas obrigações. b) Endividamento do Capital Próprio O indicador avalia a quantidade de capital de terceiros em relação ao Patrimônio Líquido da empresa. Ele é medido pela soma do Passivo Não Circulante e do Exigível a Longo Prazo dividido pelo Patrimônio Líquido. A Kroton tem seu pior resultado no 1T de 2014 (49,17%) e o melhor no 4T de 2015 (33,54%), indicando que precisa de 33,54% do seu Patrimônio Líquido para quitar obrigações. O Gráfico 28, a seguir, apresenta a evolução destes indicadores: Gráfico 28. Evolução dos Indicadores de Endividamento (Endividamento Geral, Endividamento do Capital Próprio), Kroton Fonte: elaboração própria (2016). c) Grau de Imobilização O Grau de Imobilização é calculado por meio da divisão do Ativo Permanente pelo Patrimônio Líquido, e representa o quanto de Capital Próprio está comprometido no Imobilizado da empresa. A Kroton apresenta um Grau de Imobilização que varia, em média,

70 69 em torno de 12% no período analisado, com exceção dos dois primeiros períodos de análise que ficaram em torno de 17%, e o último que apresentou 13,02%. O Gráfico 29, a seguir, demonstra a evolução do Grau de Imobilização da empresa ao longo do período de análise: Gráfico 29. Evolução dos Indicadores de Endividamento (Grau de Imobilização), Kroton Fonte: elaboração própria (2016) Indicadores de Rentabilidade Os Indicadores de Rentabilidade são utilizados para avaliar se os investimentos efetuados pela empresa tiveram rendimento, ou seja, eles indicam o grau de remuneração de um determinado negócio e o lucro/prejuízo obtido pela empresa. A seguir, o Quadro 22 apresenta os valores desses indicadores e, após, faz-se uma análise individual dos mesmos. Quadro 22. Indicadores de Rentabilidade, Kroton Rentabilidade 1T2014 2T2014 3T2014 4T2014 1T2015 2T2015 3T2015 4T2015 Retorno do Capital Próprio 9,48% 8,64% 1,91% 2,13% 3,15% 3,42% 2,54% 2,37% Rentabilidade do Ativo: 6,35% 6,17% 1,40% 1,58% 2,35% 2,52% 1,89% 1,78% Fonte: dados da pesquisa (2016). a) Retorno do Capital Próprio O retorno do Capital Próprio avalia a performance do lucro em relação ao capital próprio empregado pela empresa, ou seja, refere-se à capacidade de a empresa agregar valor, utilizando

71 70 recursos próprios. Este indicador é obtido por meio da divisão entre o Resultado Líquido e o Patrimônio Líquido. A Kroton, ao final do período de análise, apresenta um valor de 2,37%, o que demonstra que a empresa teve crescimento. O pior resultado do período analisado foi no 3T de 2014 (1,91%), e o melhor foi no 1T de 2014, quando a empresa teve um indicador de 9,48%. b) Rentabilidade do Ativo A Rentabilidade do Ativo avalia o retorno obtido em relação aos recursos empregados na organização. Este indicador é calculado por meio da divisão entre o Resultado Líquido e o Ativo Total. A Kroton apresentou no 3T de 2014 o seu pior desempenho neste indicador, isto é, um percentual de 1,40%. Ao final do período de análises a empresa apresentou 1,78%, o que significa que a empresa está tendo retorno sobre o seu Ativo Total, sendo que de cada R$ 1,00 possui um retorno de R$ 0,01. O melhor desempenho da empresa ocorreu no 1T de 2014 (6,35%). A seguir, o Gráfico 30 apresenta a evolução desses indicadores ao longo do período analisado: Gráfico 30. Evolução dos Indicadores de Rentabilidade, Kroton Fonte: elaboração própria (2016). c) Ebitda/Lajida O Earnings Before Interests, Taxes, Depreciation and Amortization (Ebitda) ou Lucro Antes do Imposto de Renda, Juros Depreciações e Amortização (Lajida) representa o montante

72 71 de recursos gerados pela empresa em suas atividades operacionais, sem levar em consideração os efeitos financeiros e de impostos. O Quadro 23, a seguir, apresenta os dados indicadores deste índice: Quadro 23. Ebitda/Lajida, Kroton EBITDA/LAJIDA 1T2014 2T2014 3T2014 4T2014 1T2015 2T2015 3T2015 4T2015 EBITDA/LAJIDA Fonte: dados da pesquisa (2016). Os dados acima permitem observar que a Kroton tem a sua melhor geração de caixa no 2T de 2015 (R$ ), e a sua pior geração de caixa no 3T de 2014 (R$ ). Em oposição às outras empresas do setor educacional, a Kroton não demonstra ter sazonalidade. Percebe-se, ainda, que a Kroton, em 2015, aumentou a sua eficiência e produtividade em relação ao ano anterior. Esses dados podem ser visualizados no Gráfico 31 a seguir: Gráfico 31. Evolução Ebitda/Lajida, Kroton Fonte: elaboração própria (2016) Outros Indicadores Fundamentalistas A fim de aprofundar o tema, foram buscados ainda outros indicadores além dos apresentados anteriormente. No Quadro 24, a seguir, constam os indicadores que avaliam a empresa de acordo com a cotação de suas ações no mercado acionário.

73 72 Quadro 24. Outros Indicadores, Kroton 1T2014 2T2014 3T2014 4T2014 1T2015 2T2015 3T2015 4T2015 Cotação - KROT3 12,48 15,49 15,38 15,50 10,29 11,89 7,71 9,53 Nº de ações Lucro por Ação - LPA 1,02 1,00 0,13 0,15 0,23 0,26 0,19 0,18 Valor Patrimonial por Ação - VPA 10,79 11,58 6,89 7,05 7,27 7,49 7,62 7,66 Preço/Lucro - P/L 12,21 15,48 117,08 103,16 44,98 46,38 39,78 52,45 Preço/Valor Patrimonial - P/VPA 1,16 1,34 2,23 2,20 1,42 1,59 1,01 1,24 Fonte: dados da pesquisa (2016). Da mesma forma como as outras empresas analisadas até o momento, o valor da ação da Kroton também teve uma queda considerável ao longo do período analisado, porém, em um percentual muito menor. Além disso, no 4T de 2015 o índice do lucro por ação, que é resultado da divisão entre o Lucro Líquido pelo número de ações, apresenta um valor de R$ 0,18, assim como o preço por lucro (R$ 52,45), que é resultado da divisão entre a cotação da ação pelo lucro apresentado. Isto demonstra que a empresa está remunerando o seu acionista em relação ao seu Lucro Líquido, ou seja, para cada ação que o acionista possui ela remunera em R$ 0,18. Já em relação ao Valor Patrimonial por ação, a Kroton apresenta neste mesmo período o valor de R$ 7,66, o qual é calculado a partir da divisão entre o Patrimônio Líquido pela quantidade de ações. O Preço por Valor Patrimonial, que é a divisão da cotação da ação pelo Valor Patrimonial por ação, apresenta R$ 1, Análise Fundamentalista Ser Educacional Para realizar a Análise Fundamentalista foram utilizados os dados econômicofinanceiros trimestrais da empresa Ser Educacional, objeto de estudo, no período do 1º trimestre de 2014 (1T 2014) ao 4º trimestre de 2015 (4T 2015). No Quadro 25, a seguir, constam os seguintes dados: o valor da ação SEER3 em cada trimestre analisado, o valor de mercado da empresa e a composição do Capital Social (soma das ações preferenciais e ações ordinárias). Quadro 25. Informações de Mercado SEER3 Informações de Mercado 1T2014 2T2014 3T2014 4T2014 1T2015 2T2015 3T2015 4T2015 Valor da Ação - SEER3 19,90 25,53 25,20 29,59 12,58 14,38 8,57 7,70 Valor de Mercado *em milhões 2.466, , , , , , ,75 964,14 Capital Social PN+ON Fonte: dados da pesquisa (2016).

74 73 Na sequência, o Quadro 26 apresenta os dados do Balanço Consolidado do 1T de 2014 ao 4T de Quadro 26. Balanço Patrimonial Ser Educacional Balaço Patrimonial Ser Educacional - 1T2014 a 4T2015 1T2014 2T2014 3T2014 4T2014 1T2015 2T2015 3T2015 4T2015 ATIVO ATIVO CIRCULANTE Disponibilidades Direitos Realizáveis Estoque Desp. Do Exerc. Seguinte ATIVO NÃO CIRCULANTE Realizável a Longo Prazo Investimentos Imobilizados - A.Perm Intangível PASSIVO PASSIVO CIRCULANTE Fornecedores Emprestimos Banc./Financ Encargos Sociais/Fiscais Outros Debitos PASSIVO NÃO CIRCULANTE Exigível a Longo Prazo PATRINÔNIO LÍQUIDO Capital Social Reservas De Capital Ajustes Avaliação Patrimonial Reserva de Lucros Participação Acionistas Lucros Acumulados Fonte: dados da pesquisa (2016). A partir dos dados do Balanço Consolidado de cada período foram elaborados gráficos que permitem melhor visualização do desempenho dos principais demonstrativos econômicofinanceiros da empresa ao longo do período de estudo. O Gráfico 32, a seguir, demonstra a evolução do desempenho do Ativo Total da empresa entre o 1T de 2014 e o 4T de 2015, e apresenta uma evolução no 4T de 2015 de aproximadamente 111,41% em relação ao primeiro período analisado.

75 74 Gráfico 32. Evolução do Ativo Total, Ser Educacional Fonte: elaboração própria (2016). A análise dos dados também permitiu demonstrar graficamente a evolução do Patrimônio Líquido, do Ativo Circulante e do Passivo Circulante. Relacionando o primeiro trimestre com o último, observa-se um desempenho positivo de 48,45% do Patrimônio Líquido. No Ativo Circulante a empresa obteve um desempenho de 13,91%, enquanto o Passivo Circulante evoluiu 152,58% no período, conforme demonstra o Gráfico 33, a seguir. Gráfico 33. Evolução do PL, AC e PC, Ser Educacional Fonte: elaboração própria (2016). O Gráfico 34, a seguir, demonstra a evolução da Receita Bruta, do Resultado Operacional e dos Custos das Mercadorias e Serviços. Percebe-se que a Receita Bruta permanece nula ao longo do período analisado, o que se deve ao fato de que as empresas do setor educacional iniciam a suas Demonstrações de Resultado do Exercício a partir da Receita

76 75 Operacional Líquida. Em relação ao Resultado Operacional a empresa apresenta um desempenho negativo de -64,53%, enquanto o Custo das Mercadorias e Serviços teve um aumento de 146,95%. Gráfico 34. Evolução da RB, RO e CMV, Ser Educacional Fonte: elaboração própria (2016). Em relação ao Lucro Líquido, o Gráfico 35, a seguir, apresenta o desempenho do período a partir das demonstrações de resultado da empresa, sendo que a mesma apresenta uma variação de -91,38%. A Ser Educacional, por atuar mais no ensino presencial e também por ser uma empresa menor do que a Estácio e a Kroton, teve uma queda no Lucro Líquido ao decorrer do ano de 2015, grande parte devido à notícia relacionada ao Fies, já citada anteriormente. Gráfico 35. Evolução do Lucro Líquido, Ser Educacional Fonte: elaboração própria (2016).

77 76 Na realização das análises também foram utilizados alguns indicadores financeiros, estes os quais se encontram: Indicadores de Liquidez (Corrente, Geral, Imediata, Capital de Giro e Necessidade de Capital de Giro), Indicadores de Endividamento (Geral, do Capital Próprio e Grau de Imobilização), Indicadores de Rentabilidade (Retorno do Capital Próprio e Rentabilidade do Ativo) e Ebitda/Lajida Indicadores de Liquidez Ser Educacional Os Índices de Liquidez são utilizados para avaliar a capacidade de pagamento da empresa, relacionando bens e direitos com as obrigações. A interpretação desses indicadores é de que quanto maior melhor, sendo que dimensionam o montante que a empresa tem para cada unidade monetária que deve. Os dados constam no Quadro 27, a seguir: Quadro 27. Indicadores de Liquidez, Ser Educacional Indicadores de Liquidez 1T2014 2T2014 3T2014 4T2014 1T2015 2T2015 3T2015 4T2015 Liquidez Corrente: 4,07 3,95 3,34 1,83 1,56 1,72 2,81 1,84 Liquidez Geral: 1,23 1,29 1,25 0,77 0,61 0,67 0,77 0,74 Liquidez Imediata: 2,97 2,49 2,15 0,79 0,25 0,20 1,41 1,10 Capital de Giro: Necessid. de Cap. de Giro: Fonte: dados da pesquisa (2016). a) Liquidez Corrente A Liquidez Corrente é o resultado da razão entre o Ativo Circulante e o Passivo Circulante, ou seja, é a capacidade que a empresa possui de liquidar as suas obrigações no curto prazo. A Ser Educacional apresenta bons valores de Liquidez Corrente, sendo que a interpretação deste indicador é de que se o valor for maior que 1 a empresa possui capacidade de pagamento de sua dívida a curto prazo. Sendo assim, o maior valor apresentado é no 1T de 2014 (4,07), e o menor no 1T de 2015 (1,56). No último trimestre analisado a empresa possuía um valor de 1,84, o que significa que para cada R$ 1,00 de dívida a empresa possui R$ 1,84 em caixa ou a receber. b) Liquidez Geral A Liquidez Geral tem como função apresentar a situação da empresa em relação aos direitos e obrigações no longo prazo, avaliando a razão entre Ativo Circulante mais Realizável

78 77 a Longo Prazo e Passivo Circulante mais o Passivo Não Circulante. Assim como na Liquidez Corrente o indicador de Liquidez Geral tem interpretação de quanto maior melhor, sendo que o resultado 1 evidencia que a empresa tem capacidade de quitar todas as suas dívidas com seu caixa e recebíveis. No final do período de análise percebe-se que a Ser Educacional não possui capacidade para quitar em sua totalidade as suas obrigações no longo prazo, sendo que o maior valor de Liquidez Geral no 2T de 2014 é de 1,29, enquanto o menor é no 1T de 2015 (0,61). No final do período analisado o indicador de Liquidez Geral apresenta um valor de 0,74, evidenciando que a cada R$ 1,00 de dívida a empresa possui R$ 0,74 em caixa ou a receber. Demonstra, com isso, que se tivesse que liquidar todas as suas dívidas hoje, só teria capacidade de honrar 74% do valor total. c) Liquidez Imediata A Liquidez Imediata considera apenas Caixa, Saldos Bancários e Aplicações Financeiras para quitar obrigações da empresa, excluindo Estoque e Valores a Receber. Tratase de um importante indicador da situação de curtíssimo prazo da empresa. A Ser Educacional possui Caixa ou ativos de Liquidez Imediata para cumprir todas as obrigações no curtíssimo prazo. O maior valor deste indicador está no 1T de 2014 (1,97) e o menor no 2T de 2015 (0,25). No final do período de análise a empresa possuía um valor de R$ 1,10, o que denota que para cada R$ 1,00 em obrigações ela possui R$ 1,10 em Caixa ou em ativos de Liquidez Imediata para cobrir as obrigações. O Gráfico 36 apresenta a evolução destes indicadores: Gráfico 36. Evolução dos Indicadores de Liquidez (Liquidez Corrente, Liquidez Geral e Liquidez Imediata), Ser Educacional Fonte: elaboração própria (2016).

79 78 d) Capital de Giro O Capital de Giro consiste nos recursos utilizados para financiar a continuidade das operações da empresa, também chamado de Capital de Trabalho. O indicador é obtido por meio da subtração entre o Ativo Não Circulante e o Passivo Não Circulante. Os indicadores referentes ao capital de giro da Ser Educacional demonstram uma grande evolução entre o início e o final do período de análises, pois apresenta um acréscimo de 193,80%, indo de R$ para R$ , o que evidencia uma boa liquidez. A queda nos valores de Capital de Giro do período do 2T para o 3T é explicada pela própria Ser Educacional em seu relatório trimestral, e deve-se a investimentos realizados para a atuação no ensino a distância. e) Necessidade de Capital de Giro A Necessidade de Capital de Giro é a quantidade de capital que a empresa necessita para financiar as suas atividades. Quando a Necessidade de Capital de Giro é positiva significa que a empresa possui superávit deste indicador, não precisando recorrer a bancos ou outras fontes de recursos. Já quando é negativa apresenta um déficit no Capital de Giro, demonstrando um quadro de risco para a empresa, pois pode ser necessário recorrer a bancos ou outras fontes de recursos para financiar suas atividades. A Ser Educacional apresenta situação de risco no final do período analisado, uma vez que o indicador apresenta um valor de -R$ O Gráfico 37 traz a evolução do Capital de Giro e a Necessidade de Capital de Giro: Gráfico 37. Evolução dos Indicadores de Liquidez (Capital de Giro, Necessidade de Capital de Giro), Ser Educacional Fonte: elaboração própria (2016).

80 Indicadores de Endividamento Estes indicadores demonstram o grau de endividamento da empresa. No Quadro 28, a seguir, constam os dados desses indicadores e, após, o texto faz uma análise individual de cada indicador. Quadro 28. Indicadores de endividamento Ser Educacional Indicadores de Endividamento Endividamento Geral: 1T ,67% 2T ,97% 3T ,46% 4T ,83% 1T ,17% 2T ,52% 3T ,09% 4T ,04% Endivid. do Capital Próprio: 71,43% 66,59% 65,17% 99,34% 113,53% 106,29% 138,60% 144,12% Grau de Imobilização: 69,00% 66,88% 69,33% 83,90% 84,81% 80,66% 78,62% 80,89% Fonte: dados da pesquisa (2016). a) Endividamento Geral Este indicador é obtido por meio da soma do Passivo Circulante e do Exigível a Longo Prazo dividido pelo Ativo Total. Ele demonstra o montante de capital de terceiros utilizado pela empresa em relação ao seu capital próprio, e é interpretado da forma quanto menor melhor. A Ser Educacional apresenta o seu melhor resultado deste indicador no 3T de 2014, com 39,46%, e o seu pior resultado no 4T de 2015 (59,04%). Isso significa que a empresa utilizaria 59,04% do seu Ativo Total para quitação de suas obrigações. b) Endividamento do Capital Próprio Este indicador mede a quantidade de capital de terceiros em relação ao Patrimônio Líquido da empresa. É medido pela soma do Passivo Não Circulante com o Exigível a Longo Prazo dividido pelo Patrimônio Líquido. A Ser Educacional apresenta uma situação preocupante neste indicador, pois seu melhor resultado é no 3T de 2014 (65,17%) e o pior resultado no 4T de 2015 (144,12%). Isso indica, portanto, que utilizaria cerca de 144,12% de seu Patrimônio Líquido para quitar suas obrigações, ou seja, precisaria mais Patrimônio do que possui para quitar suas dívidas. O Gráfico 38, a seguir, apresenta a evolução destes indicadores:

81 80 Gráfico 38. Evolução dos indicadores de endividamento (Endividamento Geral e Endividamento do Capital Próprio), Ser Educacional Fonte: dados da pesquisa (2016). c) Grau de Imobilização O Grau de Imobilização é calculado por meio da divisão do Ativo Permanente pelo Patrimônio Líquido e representa o quanto de Capital Próprio está comprometido no Imobilizado da empresa. A Ser Educacional apresenta um Grau de Imobilização que varia, em média, em torno de 76% no período analisado, sendo que no último período apresentou 80,89%. O Gráfico 39, a seguir, demonstra a evolução do Grau de Imobilização da empresa ao longo do período de análise: Gráfico 39. Evolução indicadores de endividamento (Grau de Imobilização), Ser Educacional Fonte: elaboração própria (2016).

82 Indicadores de Rentabilidade Os Indicadores de Rentabilidade são utilizados para avaliar se os investimentos efetuados pela empresa tiveram rendimento, ou seja, indicam o grau de remuneração de um determinado negócio e o lucro/prejuízo obtido pela empresa. O Quadro 29, a seguir, apresenta os valores desses indicadores e, após, um texto os descreve individualmente: Quadro 29. Indicadores de Rentabilidade Ser Educacional Rentabilidade 1T2014 2T2014 3T2014 4T2014 1T2015 2T2015 3T2015 4T2015 Retorno do Capital Próprio 11,51% 9,60% 9,74% 6,99% 11,78% 6,55% 3,13% 0,67% Rentabilidade do Ativo: 6,71% 5,76% 5,90% 3,50% 5,52% 3,17% 1,31% 0,27% Fonte: dados da pesquisa (2016). a) Retorno do Capital Próprio O Retorno do Capital Próprio avalia a performance do lucro em relação ao Capital Próprio empregado pela empresa, e se refere à capacidade de a empresa agregar valor, utilizando recursos próprios. Este indicador é obtido por meio da divisão entre o Resultado Líquido e o Patrimônio Líquido. A Ser Educacional, ao final do período de análise, apresenta um valor de 0,67%, demonstrando que teve um crescimento. Este, porém, foi o pior resultado obtido durante o período analisado, o melhor foi no 1T de 2015, quando a empresa teve um indicador de 11,78%. b) Rentabilidade do Ativo A Rentabilidade do Ativo avalia o retorno obtido em relação aos recursos empregados na organização. Este indicador é calculado por meio da divisão entre o Resultado Líquido e o Ativo Total. A Ser Educacional apresenta no 4T de 2015 o seu pior desempenho neste indicador (0,27%), o que significa que a empresa está tendo retorno sobre o seu Ativo Total, pois de cada R$ 1,00 tem um retorno de R$ 0,02. O melhor desempenho da empresa ocorreu no 1T de 2014 (6,71%). O Gráfico 40, a seguir, apresenta a evolução desses indicadores ao longo do período de análise:

83 82 Gráfico 40. Evolução dos Indicadores de Rentabilidade, Ser Educacional Fonte: elaboração própria (2016). c) Ebitda/Lajida O Earnings Before Interests, Taxes, Depreciation and Amortization (Ebitda) ou Lucro Antes do Imposto de Renda, Juros Depreciações e Amortização (Lajida) representa o montante de recursos gerados pela empresa em suas atividades operacionais, sem levar em consideração os efeitos financeiros e de impostos. O Quadro 30, a seguir, apresenta os dados indicadores deste índice: Quadro 30. Ebitda/Lajida, Ser Educacional EBITDA/LAJIDA 1T2014 2T2014 3T2014 4T2014 1T2015 2T2015 3T2015 4T2015 EBITDA/LAJIDA Fonte: dados da pesquisa (2016). Os dados acima permitem observar que a Ser Educacional tem a sua melhor geração de caixa no 1T de 2015 (R$ ), e a sua pior geração de caixa no 4T de 2015 (R$ ). Assim como a Kroton, a Ser Educacional não apresenta sazonalidade em seus resultados. Observa-se, também, que ao longo do ano de 2015 a empresa teve um decréscimo considerável em sua produtividade e eficiência, sendo que iniciou o primeiro trimestre com um resultado de R$ e terminou o ano com o pior resultado do período de análises, R$ A seguir, o Gráfico 41 apresenta a evolução desses indicadores ao longo do período de análise:

84 83 Gráfico 41. Evolução do Ebitda/Lajida, Ser Educacional Fonte: elaboração própria (2016) Outros Indicadores Fundamentalistas A fim de aprofundar o tema, buscou-se ainda outros indicadores, além dos apresentados anteriormente. O Quadro 31, a seguir, apresenta os indicadores que avaliam a empresa de acordo com a cotação de suas ações no mercado acionário. Quadro 31. Outros Indicadores, Ser Educacional 1T2014 2T2014 3T2014 4T2014 1T2015 2T2015 3T2015 4T2015 Cotação - SEER3 19,90 25,53 25,20 29,59 12,58 14,38 8,57 7,70 Nº de ações Lucro por Ação - LPA 0,47 0,43 0,46 0,35 0,66 0,39 0,19 0,04 Valor Patrimonial por Ação - VPA 4,07 4,47 4,73 5,00 5,63 5,99 6,17 6,05 Preço/Lucro - P/L 42,44 59,51 54,72 84,64 18,96 36,64 44,42 190,58 Preço/Valor Patrimonial - P/VPA 4,89 5,71 5,33 5,91 2,23 2,40 1,39 1,27 Fonte: dados da pesquisa (2016). Ao observar os dados acima percebe-se uma queda considerável no valor da ação da Ser Educacional ao longo do período analisado, em comparação com as outras empresas analisadas. Além disso, no 4T de 2015 o índice do lucro por ação, que é resultado da divisão entre o Lucro Líquido e o número de ações, apresenta um valor de R$ 0,04, assim como o preço por lucro (R$ 190,58), que é resultado da divisão entre a cotação da ação pelo lucro apresentado. Isso demonstra que a empresa está remunerando o seu acionista em relação ao seu Lucro Líquido, pois para cada ação que o acionista possui ela o remunera em R$ 0,04.

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